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Flávia Faugeres: “Muitas empresas estão focadas na meta de diversidade, e não na de inclusão”

Co-fundadora da Learntofly, Flávia Faugeres acredita que é preciso garantir que as metas de diversidade estejam juntas das metas de inclusão (Imagem: Arquivo Pessoal)

Em evento organizado pela Fundação Estudar nesta quinta-feira, 20, a co-fundadora da Learntofly, Flávia Faugeres, foi uma das convidadas para discutir a presença feminina em posições de liderança no mercado de trabalho brasileiro.

Durante sua fala, ao ser questionada sobre os responsáveis por levar mais mulheres à chefia, a empresária explicou que será preciso mudar o sentido das ações dentro das empresas. Na sua visão, políticas que tornem as mulheres seguras em seus cargos serão as mais representativas.

“Muitas empresas estão focadas apenas na meta de diversidade, e não nas de inclusão”, apontou Flávia. “Ao chegar às empresas, nós precisamos ter conexões, redes de apoio e nos sentirmos queridas. Não se trata apenas de ‘colocar’ as mulheres nas organizações.”

Sobre o papel das mulheres, por outro lado, Flávia falou ainda da importância de as lideranças femininas estarem dispostas a aprender com outras referências femininas. Segundo a executiva, grande parte do que ela aprendeu sobre acolhimento e inclusão começou a surgir apenas nos últimos anos.

“No início, era necessário adotar códigos de conduta masculinos para liderar”, relatou. “Eu só fui descobrir o que era minha liderança feminina, eu já estava madura. Muito da minha consciência como mulher no ambiente de trabalho só veio nos últimos 3 anos.”

O evento também contou com o lançamento da Masterclass “Liderança Feminina” da própria Flávia Faugeres, na plataforma Escola de Liderança da Fundação Estudar.

Internet facilita debate, mas muda desafios

Para a influenciadora digital Hosana Gomes, a internet democratiza o debate sobre igualdade entre homens e mulheres, mas também ajuda a criar soluções superficiais (Imagem: Arquivo Pessoal)

Também convidada para a mesa redonda desta quinta-feira, a modelo, ativista e influenciadora digital Hosana Gomes situou as descobertas recentes de Flávia no âmbito da internet. Para ela, as redes sociais foram fundamentais para democratizar o acesso das pessoas ao debate ao mesmo tempo em que tornaram as discussões mais superficiais.

“A discussão sobre a mulher no ambiente de trabalho é uma análise psicológica, sociológica e antropológica difícil que a gente está fazendo de uma forma muito rápida”, descreveu Hosana. “E isso traz soluções que acabam nos frustrando.”

Para resolver esse problema, a ativista ressaltou que é preciso eliminar vieses inconscientes nas relações coporativas que, mesmo com programas de diversidade, ainda travam o bem-estar das mulheres.

Cenário demanda estar aberta ao futuro

Talita Nascimento, co-fundadora e conselheira do Vamos Juntas, avalia que as mulheres precisam estar abertas às mudanças para continuar conquistando espaço (Imagem: Arquivo Pessoal)

Também presente na mesa redonda desta noite, a co-fundadora e conselheira do Instituto Vamos Juntas Talita Nascimento avaliou que as mulheres precisam compreender que as mudanças ainda vão continuar por muitos anos.

“É preciso ser humilde para pensar que, em 20 anos, vão olhar para o que estamos fazendo hoje e achar tudo errado [como nós fazemos ao olhar para o passado]”, analisa Talita.

Sobre isso, Talita se lembrou de quando estava no seu primeiro emprego, em meados de 2009, quando um dos seus colegas disse que “gostava de trabalhar” com ela “porque ela trabalhava como um homem.”

À época, ela diz, aquilo soou como elogio e o fato de ela ser única pareceu algo positivo. Hoje, porém, ela diz que sua visão mudou, e que a exceção, que bastava antes, agora precisa se tornar padrão.

“Um sinal de sucesso pra mim hoje não é [ver] uma exceção, e sim [ver] uma rede que consegue trazer mais mulheres [para dentro das empresas].”

Assista à integra da mesa redonda

 

Além da estreia da Masterclass Liderança Feminina de Flávia Faugeres, o evento também marcou o lançamento do programa “Elas que Saltam”, uma iniciativa da Escola de Liderança e da Fundação Estudar, que distribuirá 100 bolsas da plataforma para mulheres empreendedoras periféricas e tem inscrições abertas até 25/11/22.

Os três elementos de uma carreira gratificante, segundo o filósofo Roman Krznaric

Roman Krznaric é especialista em empatia e escreveu sobre os elementos de uma carreira gratificante (Foto por Kate Raworth)

O que move você profissionalmente? Estabilidade? Dinheiro? Status? Equilíbrio. Embora a resposta possa ser múltipla, existe um padrão, na visão do filósofo Roman Krznaric, que rege os caminhos de quem se sente grato pelo que faz profissionalmente.

De acordo com o estudioso, que é especialista em temas produtividade e empatia no ambente de trabalho, existem três elemenntos chaves para uma carreira gratiticante.

Confira a seguir e saiba como analisar cada um deles.

Os três elementos

#1. Fluxo

Para se aprofundar na ideia clichê do “faça o que gosta”, Krznaric explica que é o primeiro elemento da carreira gratificante, o Fluxo, seria o estado de atenção em você entra ao fazer algo que gosta muito.

Ou seja: se a atividade realmete faz bem, ela gera no profissional um incentivo para que ele utilize os seus conhecimentos ou, ainda, que busque novos.

Para descobrir quais as atividades geram esse efeito, o doutor Mihaly Csikszentmihaly, que desenvolveu a visão de Krznaric em método, sugere que as pessoas se questionem:

  • Quais foram as atividades que geraram o Fluxo naturalmente?
  • O que essa atividade exigia?

Assim, o estudioso espera que seja possível mapear, pelo menos em um primeiro momento, quais atividades podem “pavimentar” uma trilha profissional.

#2. Liberdade

O segundo aspecto das carreiras gratificantes, o da Liberdade, é definido por Krznaric como algo “diferente para cada pessoa”. O que não quer dizer, porém, que faltem perguntas a serem feitas no intuito de entender como a liberdade influenciará nossas escolhas de trabalho.

Para chegar a essa resposta, o método sugere que a pessoa questione:

  • Qual é o trabalho ideial, pensando o aspecto da liberdade como um valor importante?
  • De quais liberdades você não abriria mão de jeito nenhum?
  • Qual o ambiente de trabalho ideal para você?

Faça também o Teste de Estilo de Trabalho. Ele pode dar insumos para entender o quanto a Liberdade influencia o seu bem-estar profissional.

#3. Significado

Por fim, o professor orienta que as pessoas pensem o papel do Significado em suas motivações profissionais. Embora aqui ele também reconheça que haja múltiplas visões sobre o tema, Krznaric orienta que as pessoas reflitam sobre os seus valores, suas visões de mundo e desejos para definir o que tem e o que não tem significado para eles.

Um engenheiro pode encontrar muito sentido em construir pontes, por exemplo, enquanto que, para um professor, essa seja uma missão que pode carecer de objetivo prático. A motivação, aí, muda de acordo com os valores de cada pessoa.

Boas perguntas a se fazer, na visão do especialista, são:

  • Pensando em significado, qual seria seu trabalho ideal?
  • Qual elemento do “significado” é mais importante para você?

Pensa fora dos elementos também

Muitas vezes, é possível definir o que é gratificante para nós de maneira muito mais simples. A maioria das respostas obtidas pelo método são passíveis de serem encontradas simplesmente por fazermos a mais simples das perguntas:

  • O que é gratificante para mim?

Quer se aprofundar nesse tema?

O Curso Decisão de Carreira Na Prática está disponível gratuitamente na plataforma da Escola de Liderança. Lá, é possível colocar o método de Krznaric e de outros estudiosos e estudiosas em prática para saber tudo que é preciso para decidir seu caminho profissional. Acesse aqui o curso!

Mesa redonda com Flávia Faugeres discute experiência feminina no mercado de trabalho

A Fundação Estudar e a Escola de Liderança realizam nesta quinta-feira, 20, às 19h, a mesa redonda Mulheres e Liderança. Ao vivo e remoto, o evento é gratuito e vai discutir a experiência feminina no mercado de trabalho.

O debate, que marca o lançamento da masterclass da sócia-fundadora da Learntofly, Flávia Faugeres, contará com referências femininas com carreiras de destaque em diversos setores.

Além de Flávia, vão participar ainda a modelo e ativista Hosana Gomes, a Project Leader da Delivery Associates Talita Nascimento, e a Head da Fundação Estudar Patricia Aguiar.

As convidadas devem falar dos desafios, das oportunidades e dos caminhos que trilharam para alcançar posições de liderança. A ideia, segundo a organização, é inspirar mulheres que desejam trilhar uma carreira em qualquer segmento.

Para se inscrever, basta acessar o link:

Inscrições gratuitas para a Mesa Redonda Mulheres e Liderança

Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo

Em uma mesa quadrada de madeira, jovens discutem em tom de amizade. Conteúdo sobre Empreendeismo Social

Na década de 80, o termo empreendedorismo social começou a se popularizar nos Estados Unidos, com a ajuda de Bill Drayton, eleito um dos 25 melhores líderes norte-americanos em 2005. Essa forma de fazer negócios parte do princípio de que os profissionais são capazes de mudar a realidade, criando soluções para problemas de larga escala e gerando transformações socioeconômicas.

Desde então, cada vez mais iniciativas buscam criar negócios que trabalhem com um propósito social, movimento incentivado pelo próprio mercado. De acordo com um levantamento do Fórum Econômico Mundial de 2020, para os millenials, geração predominante na força de trabalho, o objetivo mais importante de uma empresa deve ser “melhorar a sociedade”.

Entendendo o empreendedorismo social

Ainda que não exista um entendimento único sobre o empreendedorismo social, de forma geral, o conceito está relacionado ao ato de empreender ou inovar com o objetivo de alavancar causas sociais e ambientais. A meta é transformar uma realidade, promover o bem-estar da sociedade e agregar valor com cunho social, tendo ou não fins lucrativos. 

Um empreendedor social produz bens e serviços que irão impactar positivamente a comunidade em que ele está inserido e solucionar algum problema ou necessidade daquele grupo. Apesar de poder ter retorno financeiro, os empreendimentos sociais analisam seu desempenho a partir do impacto social gerado por sua atuação. 

Vale ressaltar que, apesar de apresentarem muitas similaridades,empreendedorismo social e negócio social não são sinônimos. Pesquisadores da área esclarecem que a noção de empreendedorismo social traz um ponto de vista mais amplo ao entender esse tipo de iniciativa como uma forma de inovar que trabalha com um objetivo social, que pode ser desenvolvida no setor privado, no terceiro setor ou em organizações híbridas.

Dessa forma, o empreendedorismo social cria valor por meio da inovação, que gera uma transformação social. O foco não é o retorno financeiro, mas a resolução de problemas sociais e o impacto positivo. Enquanto isso, os negócios sociais seguem a lógica tradicional do mercado, porém com a ambição de gerar valor social. 

Impacto social na prática

Para que um empreendimento seja considerado social, ele precisa apostar na inovação para resolver um problema social e buscar o  desenvolvimento social, econômico e comunitário. Além disso, cinco características também são essenciais para a iniciativa: ser inovadora; realizável; autossustentável; contar com a participação de diversos segmentos da sociedade, incluindo as pessoas impactadas; e promover impacto social com resultados mensuráveis. 

Ou seja, o que difere o empreendedorismo tradicional do social é a forma de atuação em si e o forte propósito social do negócio. Um dos exemplos mais famosos é a Ashoka, organização internacional sem fins lucrativos focada em construir e cultivar uma comunidade de líderes que transformam instituições e culturas para que apoiem mudanças sociais para o bem da sociedade. A iniciativa foi criada por Bill Drayton, um dos primeiros empreendedores sociais. 

Já no Brasil, uma iniciativa parecida é a Rede Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social que trabalha com lideranças comunitárias em favelas para acabar com a pobreza. A própria estrutura em rede ajuda as organizações parceiras a também a realizarem o empreendedorismo social através de uma gestão estratégica, transformação digital e análise de dados.

Entrando no setor 

Fora começar o próprio negócio, seguir carreira dentro do empreendedorismo social não segue um caminho tão óbvio e consolidado como em outros setores mais maduros. Por ser um ecossistema ainda em formação, não existem tantas organizações disponíveis para procurar trabalho e muitas não possuem estruturas gerenciais muito sólidas. 

Por isso, quem tem interesse em atuar dentro de uma iniciativa com propósito social precisa realizar um trabalho de exploração e investigação das possibilidades e oportunidades. Uma alternativa para conhecer melhor os negócios da área é buscar empresas que participem de programas de aceleração ou eventos voltados para o tema. 

Leia também: Conheça 8 iniciativas de empreendedorismo negro para você apoiar

Contudo, por conta do propósito social com que esses empreendimentos trabalho, é possível traçar algumas características importantes para quem quer atuar na área. Os profissionais precisam lidar com mudanças constantes e imprevistos, ambientes de incerteza, conciliar interesses distintos, trabalhar em equipe e formar parcerias, saber lidar bem com as pessoas e buscar formas de trazer resultados de impacto social.  

Além disso, o profissional precisa ter flexibilidade e vontade de explorar, pois é possível que ele acabe exercendo um papel que não necessariamente é na sua área de formação, ou que sua atuação se transforme rapidamente, por conta do dinamismo e das necessidades do negócio. 

“Economia coloca profissionais qualificados para disputar vagas com recém-formados”, diz coordenador de Pessoas da Tractian

Coordenador de Pessoas da Tractian, Julio Santos acredita que cultura do aprendizado contínuo é a chave para colocar jovens sem experiência a ingressar no mercado de trabalho

Historicamente maior em relação ao restante da população, o desemprego entre jovens de 18 a 24 anos caiu de 23% para 19% no segundo trimestre de 2022 no Brasil. Na população geral, a taxa de pessoas à procura de trabalho está em 11%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na visão do coordenador de Pessoas da Tractian, Julio Santos, um dos principais fatores que ajudam a explicar essa questão é a realidade econômica no Brasil durante os últimos anos.

“A instabilidade do mercado demanda que as empresas tenham profissionais preparados para lidar com crises e problemas inesperados”, explica Julio. “Por conta da economia atual, muitos profissionais qualificados estão disponíveis no mercado e isso faz com que eles compitam com os recém ingressantes.”

Além disso, Julio diz que o currículo das universidades brasileiras dificulta os primeiros anos da vida profissional dos jovens. Isso porque, para o ele, o que se aprende na academia não está de acordo com as expectativas do mercado de trabalho.

“Isso pode ser analisado através do processo histórico, do sucateamento da educação brasileira, do elitismo das universidades, que acabam contribuindo para essas realidades que não conversam”, analisa. “Uma empresa, por precisar sobreviver, precisa ser o mais rápida possível para se adaptar a tendências de mercado. Essa velocidade, na maioria das vezes, não é acompanhada pelos centros educacionais.”

Cultura de aprendizado contínuo é a chave para agregar jovens e experientes

Por atuar em uma empresa que é o primeiro emprego de metade da equipe, Julio é categórico ao explicar que as tecnologias novas sempre se tornam obsoletas. Assim, explica ele, novos e antigos profissionais se nivelam na medida em que precisam se atualizar constantemente.

“A saída mais estratégica que conseguimos encontrar foi dissecar um meio de aprender como se aprende”, diz. “[Por isso], o desafio não se trata de aprender uma ferramenta ou tecnologia específica, mas de encontrar meios de aprender como se aprende, para que cada nova tendência seja rapidamente absorvida pelo profissional.”

Segundo Julio, a maneira encontrada por ele e sua equipe para resolver essa questão é se “desapegar” dos aspectos técnicos ligados ao aprendizado. Habilidades comportamentais, como “adaptabilidade” e “resiliência”, são fundamentais nessa jornada.

“Utilizar de meios que ajudam a avaliar esses aspectos comportamentais, desde o processo seletivo, já garantem meio caminho andado quando o profissional se torna parte da empresa.”

Ainda assim, Julio avalia que essa nova forma de avaliar pessoas gera uma mudança no comportamento da própria equipe de gestão de pessoas. Por essa razão, é preciso tomar cuidado ao desenhar o escopo de responsabilidades de cada funcionário, ao pensar no microgerenciamento das atividades e possíveis cobranças inoportunas.

“A gestão desses profissionais vai muito mais no sentido do contexto, de dividir com eles frequentemente o que precisam manter em vista, como é a amplitude do local que pode ‘sobrevoar’, estar atento a pontos cegos desses profissionais e dividir com eles tentativas e erros passados, para que possam aprender com isso.”

Último dia de inscrições para o Programa de Estágio Spirit 2023

Photo by Tim Gouw

Terminam amanhã, dia 14 de outubro, as inscrições para o Programa de Estágio Spirit 2023, da Heartman House. Com foco em criar condições de equidade na sociedade, a oportunidade é voltada exclusivamente para estudantes de baixa renda. 

Segundo a empresa, a iniciativa vai ao encontro dos propósito da organização, que engloba ações que promovam maior conscientização sobre a importância de valorizar a diversidade. 

“Sabemos do enorme desafio que é a desigualdade social no Brasil e consequentemente o acesso ao mercado de trabalho dos jovens de baixa renda que estão no ensino superior”, explica a Heartman House.

Com o estágio, a companhia acredita que poderá ampliar as chances dos jovens aprovados de criar networking, desenvolver habilidades importantes para o mercado de trabalho, conhecer o mundo dos negócios e apresentar as possibilidades da carreira em Consultoria.

Inscreva-se

Requisitos para participação

O principal requisito para participar do programa de estágio é a renda. Assim, somente pessoas com renda familiar inferior ou igual a 3 salário mínimos podem se inscrever.

Além desse critério, porém, existem outros que precisam ser observados pelos participantes. Para se inscrever, é preciso ter:

  • Ensino superior com formação prevista até Julho de 2024 nos cursos : Administração de Empresa, Ciências Contábeis, Engenharias, Economia, Matemática, Atuária ou cursos correlatos;
  • Vivência básica na utilização do pacote Office (Power Point, Word e Excel);
  • Bom pensamento analítico e habilidade na resolução de problemas;
  • Boas habilidades de comunicação (verbal e escrita);
  • Interesse em desenvolver carreira em Consultoria e Negócios.

Atividades do programa de estágio

Durante o programa de estágio, os aprovados irão:

  • Construir slides de apresentações, a partir de demanda clara e padronizar layouts de materiais, mesmo que sob elaboração de demais pessoas do time;
  • Estruturar bancos de dados, estruturação de dados, entendimentos de variáveis de análise e dicionários de dados;
  • Organizar agendas e convocações de reuniões, internas e com clientes;
  • Realizar análises exploratórias por meio de ferramentas específicas.

Benefícios e diferenciais do Spirit 2023

Ao estagiar na Heartman House, os estudantes terão:

  • Flexibilidade de horário;
  • Desenvolvimento profissional rápido, com experiências altamente significativas;
  • Alto nível de exposição para os maiores níveis organizacionais de clientes relevantes;
  • Grande aprendizagem sobre negócios, em diversos segmentos de mercado;
  • Alto nível de autonomia;
  • Ótimo clima organizacional, com pessoas incríveis que adoram trabalhar em equipe;

Benefícios:

  • Alimentação: R$ 50,00/dia;
  • Heartman Health: programa de qualidade de vida com diversas parcerias;
  • Saúde: você terá convênio médico sem coparticipação;
  • Subsídio para uso da plataforma de saúde mental;
  • Parceria com empresas de alimentação saudável.

Bolsa Auxílio: R$2500,00.

Inscreva-se até dia 14 de Outubro

Últimos dias para se inscrever no Conexão Gestão Empresarial e Empreendedorismo e Inovação

Conexão permite o contato com 40 empresas em apenas 1 evento (Imagem: Fundação Estudar)

Estão abertas as inscrições para o Conexão Gestão Empresarial e Conexão Empreendedorismo e Inovação, evento gratuito e online promovido pela Fundação Estudar – organização da qual o Na Prática é uma das iniciativas. A fim de conectar jovens talentos universitários ou no início da carreira à importantes empresas, a iniciativa acontece nos dias 9 e 10 de novembro.

Leia também: “Robô RH” lê currículo, encontra vagas compatíveis e dá feedbacks para candidatos

“Um dos grandes diferenciais do evento é que antes do jovem interagir com as empresas, a Fundação Estudar faz um currículo personalizado com match entre o perfil do jovem e o perfil das participantes, para entender quais mais combinam com eles para facilitar as suas escolhas durante o evento. E tudo isso a partir das características identificadas durante o processo seletivo”, explica Anamaíra Spaggiari, diretora executiva da Fundação Estudar.

Além da imersão ao vivo ao longo de dois dias, será possível participar de bate-papos com profissionais do mercado, de painéis de conteúdo, fazer networking com demais participantes e interagir com profissionais de diversas áreas e lideranças das empresas.

Para se candidatar, o interessado deve preencher dados pessoais, acadêmicos e profissionais. Em seguida, cumprir as etapas do processo de seleção. Entre as empresas participantes, estão confirmadas Ifood, Itaú, Eleva Educação, Lojas Renner S.A. e Heartman House.

Inscreva-se

O que você pode esperar do Conexão

#1 Conheça as empresas que mais combinam com você

Preparamos seu currículo personalizado, com match entre seu perfil e o perfil das empresas que mais combinam com você. Tudo isso a partir das características identificadas durante seu processo seletivo, facilitando as suas escolhas.

#2 Assista às palestras e faça perguntas ao vivo

Conteúdos de qualidade com uma boa dose de inspiração aguardam você nos dias de evento. São painéis com grandes nomes dos setores empreendedorismo & inovação, mercado financeiro e gestão empresarial.

#3 Faça seu pitch para os recrutadores

Os 50 jovens com melhor desempenho nas etapas de avaliação do currículo e vídeo do processo seletivo, terão um momento para se apresentar para os recrutadores e aproveitar a chance de se destacar frente aos demais participantes.

#4 Participe de dinâmicas em grupo

Jovens com melhor desempenho nas etapas de avaliação do currículo e vídeo do processo seletivo também têm um momento para resolverem um case. A dinâmica será assistida por representantes das empresas!

#5 Visite as salas das empresas e crie sua rede de contatos

Ao longo do evento online, o participante tem a chance de visitar virtualmente as empresas e conversar com seus profissionais em horários pré-definidos.

#6 Viva uma experiência “gamificada” do evento

Responda quizzes e resolva desafios durante o evento. São uma série de interatividades para garantir uma experiência rica de aprendizado e conexão.

Inscreva-se grátis no Conexão Gestão Empresarial e no Conexão Empreendedorismo e Inovação

Diagrama de Ishikawa: o que é, para que serve e como usar

Figura da silhueta de uma espinha de peixe, representando o Diagrama de Ishikawa

O Diagrama de Ishikawa é uma das ferramentas de qualidade mais importantes no mercado. Se você tem interesse em saber mais sobre, o Na Prática preparou este artigo para explicar.

Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo.

Você vai ler:

  • O que é o Diagrama de Ishikawa
  • Para que serve a ferramenta e como ela funciona?
  • Quais são os 6Ms do método?
  • Quando se pode usar o Diagrama de Ishikawa?
  • Como montar o Diagrama?
  • Qual a origem do Diagrama de Ishikawa?

O que é o Diagrama de Ishikawa?

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama Espinha de Peixe, é uma ferramenta que ajuda as pessoas a identificar possíveis causas para problemas.

Em linhas gerais, ele serve para analisar os processos, em diferentes perspectivas, relacionando causas potenciais para um determinado cenário.

Ou seja, o método serve para que a gente encontre causas para problemas, mas também nos ajuda a encontrar causas para bons resultados – tudo pela análise do processo.

Enfrentando desafios como liderança? Aprenda como maximizar a performance da sua equipe no Programa Executivo: Liderança Transformadora. Saiba mais!

Mas como isso ocorre?

O Diagrama de Ishikawa é constituído de 6 tópicos que, quando analisados, tendem a alocar a maior parte das causas de problemas nas empresas.

Esses 6 tópicos, conhecidas como os 6M do Diagrama Espinha de Peixe, são itens relacionados a processos dentro das organizações.

Dessa forma, sempre que vamos utilizar essa ferramenta, nós analisamos cada um dos 6Ms para definir causas.

Os 6Ms são:

  • Método
  • Máquina
  • Medida
  • Meio Ambiente
  • Material
  • Mão de Obra

Confuso? Não se preocupe que vamos explicar como cada item é analisado.

Primeiro, é preciso entender como é a representação do diagrama. Veja a seguir:

Sim, não é à toa que o Diagrama de Ishikawa também é conhecido como Espinha de Peixe. Ao representar o modelo contemplando as 6 áreas de análise de causas, temos a imagem do esqueleto de um peixe fielmente representada.

Nesse esqueleto, cada um dos Ms está relacionado a um mesmo efeito, único, e que está sob análise da equipe. Por isso, lembre-se: o Diagrama deve ser utilizado para analisar um único efeito, claro e bem definido, e que pode ter raízes em várias causas.

A distribuição de cada M dessa maneira facilita a discussão de cada um deles de forma separada.

Entenda o significado dos Ms:

#1. Método

Ao analisar método, a equipe precisa elencar todas as causas em potencial que se relacionam com a forma de trabalho.

Ou seja: Quais as técnicas estão sendo utilizadas pela equipe? Quais as regras estipuladas para realizar os processos? Como determinado profissional conduz sua etapa no processo?

Todas as causas relacionadas à forma que os processos são conduzidos devem constar neste momento da discussão.

#2. Medida

Quando o assunto é medida, estamos falando da forma como nós analisamos os resultados ao fim e ao longo do processo.

Se usamos os dados incorretos, podemos estar fazendo análises incorretas. Se não dominamos as ferramentas que computam os resultados e os dados, podemos ter problemas também.

Portanto, certifique-se de questionar quais as causas relacionadas à forma como você mensura os dados podem estar impactando seu problema ou mal resultado.

#3. Máquina

Seguindo adiante na análise, é preciso dar atenção a todas as ferramentas utilizadas pela equipe durante os processos. Ou seja: temos que analisar a máquina!

Aqui, questões relacionadas a consertos, a programas desatualizados e a servidores com mal funcionamento, por exemplo, devem ser consideradas.

Sempre que alguma máquina estiver atrapalhando os processos, é preciso dar atenção a ela nesta etapa da análise de causa e efeito.

#4. Meio Ambiente

Já quando falamos em Meio Ambiente, a ideia é que as equipes deem atenção especial a tudo que está no entorno da produção e que pode afetar o efeito analisado.

Quando há muita chuva, por exemplos, pedreiros podem atrasar obras de construção. Ou quando a economia vai mal, por outro lado, é possível que produtos supérfluos comecem a vender menos.

Em outro ponto, o meio ambiente também pode estar relacionado às relações das pessoas dentro das empresas. Sobre isso questione-se: as pessoas se sentem confortáveis para exercer suas funções? As pessoas estão felizes ou adoecendo psicologicamente?

Tudo isso deve estar na ponta da língua ao fazermos a análise sobre meio ambiente do Diagrama de Ishikawa.

#5. Material

Nessa etapa do processo, quando pensamos em material, estamos nos referindo aos insumos utilizados durante os processos e que podem ter papel importante para gerar o efeito analisado.

Se uma fábrica de móveis usa madeira ruim, por exemplo, suas mesas e armários serão de má qualidade e vão vender menos. Se os doces de uma confeitaria são feitos com chocolate de má qualidade, com certeza a empresas será menos contratada para festas.

Repare nos materiais utilizados na sua produção, no seu serviço e nos seus processos. Eles podem ser a causa do problema? Então anote no diagrama!

#6. Mão de Obra

Por fim, chegamos à analise de Mão de Obra. Aqui, o objetivo é identificar causas relacionadas às habilidades das equipes, à forma como a equipe é alocada ou, em alguns casos, à falta de equipe.

Pode ser que faltem mais operários na linha de montagem de um carro, pode ser que líder mais analítico esteja tocando uma equipe de vendas e pode haver momentos em que o profissional precisa adquirir alguns conhecimentos para exercer sua função.

Em todos esses casos, a análise de mão de obra precisa ser feita e considerada dentro do Diagrama de Ishikawa.

Leia ainda: Como fazer um Plano de Ação, um mapa para conquistar seus objetivos

Quando é possível utilizar o diagrama de Ishikawa?

Sempre que houver um problema nos processos de um projeto, é possível estabelecer uma discussão baseada nas regras do Diagrama Espinha de Peixe.

Assim, não é preciso atrelar o método a um processo industrial comum. É possível utilizá-lo para um projeto pessoal, para uma meta na sua empresa ou para sua turma de alunos.

Basta encontrar um problema (ou efeito) e buscar analisar cada M pensando as causas.

Leia mais: 3 técnicas comprovadas para identificar pontos cegos ao tomar decisões

Como montar o Diagrama de Ishikawa?

Embora a representação do esqueleto de um peixe tenha se tornado comum, ela não é preponderante para nenhuma análise. Basta que você escreva os 6Ms e os discuta à luz da premissa de que existe apenas 1 efeito analisado e um conjunto de causas prováveis.

O importante, porém, é realizar a análise em equipe, em um brainstorming, para que todos os membros do processo tenham suas opiniões e visões consideradas.

Qual é a origem do Diagrama de Ishikawa?

O Diagrama foi pensado pelo engenheiro químico japonês Kaoru Ishikawa, em 1943, com o objetivo de criar um método padronizado que ajudasse a resolver problemas de produtividades em organizações.

A ideia do criador era estabelecer um modelo que pudesse ser utilizado por todos, desde operários a diretores. Mas foi só anos mais tarde que a ferramenta ganhou seu nome.

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5 passos para aproveitar cursos online de maneira mais eficaz

Foto de Andrea Piacquadio via Pexels

As transformações causadas pela pandemia de Covid-19 impactaram de forma significativa o ensino no Brasil. Segundo o Censo da Educação Superior de 2020, 53% das matrículas feitas naquele ano foram para cursos de EaD. A modalidade, que já expandia, cresceu 428% nos últimos 10 anos.

Com as mudanças, muitos alunos, professores e gestores precisaram se adaptar aos novos modelos de ensino. Se antes era preciso sair de casa e gastar horas no transporte, agora é necessário encontrar espaço e estrutura na rotina cotidiana.

Para ajudar nessa adaptação, a Fundação Estudar reuniu 5 dicas para estudantes que pretendem aproveitar ao máximo cursos online.

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#1. Crie um compromisso

Cursos online permitem que as pessoas façam as aulas onde e quando quiserem. O problema, no entanto, é que muitos alunos entendem que isso significa que eles devem fazer “de qualquer jeito” ou “quando der.”

O primeiro, e talvez principal, conselho da Fundação Estudar é para que os alunos se comprometam com o curso com a mesma rigidez que fariam caso ele fosse presencial.

Você pode, é claro, escolher os seus horário, mas é ideal que os defina rigidamente, e o que siga.

#2. Viva esse compromisso

Depois de definir seus horários de estudo, é necessário criar um ambiente no qual você poderá aproveitar ao máximo seus estudos. Muitas pessoas decidem estudar em casa, mas, quando chega a hora, estão em meio a muitas distrações que tiram o foco.

Por isso, crie uma estrutura em que poderá estudar com o maior nível de eficiência possível. Assim:

  • Vá para um lugar silencioso
  • Avise demais pessoas na casa para não ser interrompido
  • Crie um espaço de estudos fixo

#3. Anote para lembrar

Ao começar os estudos, aproveite os recursos de cursos gravados para assistir os trechos mais difíceis quantas vezes forem necessárias. Pause, anote, volte o conteúdo, anote de novo.

É mais do que comprovado que anotar ajuda a fixar as ideias, principalmente quando fazemos resumos que sintetizam a ideia central do que ouvimos e lemos. Por isso, aproveite que pode controlar o tempo para ampliar sua capacide de revisão.

#4. Ensinar para aprender

Como os cursos online são ferramentas nas quais estudamos de forma solitária, precisamos criar momentos nos quais falamos do que aprendemos para os outros.

Para isso, é importante que sejamos “chatos” para abordar famiiares e amigos dispostos a ouvir sobre o que você está aprendendo. Isso porque, ao explicarmos, fixamos as ideias, criamos roteiros lógicos e tiramos dúvidas sobre o tema.

#5. Conecte-se

Por fim, se houver a oportunidade, conecte-se a outros estudantes do mesmo curso que você. Procure por fóruns, grupos e outros canais para participar das discussões com outras pessoas que estão estudando os mesmo assuntos que você.

Isso ajuda a ter uma percepção geral sobre o aprendizado global, e, é claro, amplia nossa rede de contatos e melhora nosso networking.

Leia também: Sucesso e propósito estão diretamente conectados, indicam estudos

 

Resiliência: conceito e dicas para ser mais resiliente no dia a dia

A resiliência tem se destacado principalmente no campo da psicologia como premissa importante para manter a saúde mental. Esforçar-se em ser resiliente passa pela disposição para se manter em equilíbrio a fim de levar uma situação adiante, por mais complexa que seja. 

A seguir, falaremos mais sobre o significado da palavra e dicas práticas sobre o assunto!

Conceito de resiliência: como surgiu e em quais áreas é aplicado

O termo “resiliência” vem do latim resiliens, que significa recuar, ricochetear e voltar. A palavra inicialmente foi adotada pela Física para explicar sobre a capacidade de um corpo em recuperar sua forma original após sofrer um choque. Isso acontece porque o material absorve a energia de stress sem se quebrar. Mais tarde, o conceito ganhou espaço na Biologia, com o ecologista C. S. Holling para caracterizar ambientes que recuperaram seu equilíbrio após serem submetidos ao estresse. Dependendo do grau de destruição causado por queimadas, desflorestamento e ações que geram a extinção de vegetais ou animais em um território, a volta ao equilíbrio, nesse contexto, ganha um aspecto multifatorial, podendo ser uma retomada total ou parcial. 

Entretanto, uma vez que o ser humano consegue ser tão complexo quanto um ecossistema externo, a capacidade de absorver, processar e transformar determinado aspecto depende de fatores sistêmicos e biológicos a que estamos expostos durante a vida. Quando a transformação necessária não é promovida, é comum que se reflita em dificuldades físicas ou mentais, mais ou menos severas.

Diante disso, a partir da década de 1970, inicialmente a partir das teorias clássicas da Psicanálise de Sigmund Freud e da Psicologia do Desenvolvimento, muitos pesquisadores se dedicaram ao acompanhamento psicoterapêutico de pessoas que tinham passado por situações traumáticas e, ainda assim, conseguiam levar uma vida harmônica. A partir daí, a resiliência passou a ser associada a uma habilidade emocional necessária para lidar com frustrações, desafios cotidianos e superação de traumas. A característica costuma estar presente no dia a dia de atletas, artistas e diversas outras profissões em que a superação precisa ser constante.

3 passos para ser mais resiliente

A psicóloga Suzanne C. Kobasa é considerada uma das principais estudiosas do assunto, já que, em suas pesquisas, conseguiu estabelecer três características comuns a pessoas resilientes: ver dificuldades como desafios, comprometer-se (inclusive consigo, para além de uma situação ou objetivo profissional) e manter o autocontrole. Já para outro especialista da área, Martin Seligman – o “pai” da Psicologia Positiva –, o desenvolvimento da resiliência está associado a uma série de comportamentos, como ser criativo, ter entusiasmo, ser grato e manter o bom-humor. Com base nos trabalhos de Kobasa, Seligman e outros estudiosos do tema, veja cinco dicas de como colocar a resiliência em prática:

#1. Erre sem medo

O medo de errar paralisa muitas tomadas de atitude que poderiam ser cruciais para nosso desenvolvimento intelectual, profissional e, sobretudo, pessoal. A dica para começar a perder este medo (que está muito ligado à autocobrança) é permitir-se errar inicialmente em áreas que não terão tanto impacto na vida e, aos poucos, se arriscar mais em outros aspectos mais fundamentais. 

#2. Solte o controle

A autocobrança que impede de se permitir a situações inesperadas e tomar riscos normalmente vem de um comportamento controlador sobre si e sobre situações externas. Por isso, é preciso lembrar, cotidianamente, que não podemos controlar tudo, especialmente no que diz respeito ao outro ou ao que está fora de nós. Trabalhar o autoconhecimento é crucial para entender seus limites e potencialidades, mas também para compreender que os limites do outro, que nem sempre poderá corresponder às expectativas que criamos.

#3. Seja colaborativo

O professor Ed Diener, PhD em Psicologia pela Universidade de Illinois, desde 1981 se dedica a estudar a felicidade, acompanhando os humores de pessoas aleatórias em todo o mundo. Um dos resultados mais relevantes é a importância das ligações sociais para cooperação, na medida em que o interesse próprio é suprimido para fazer algo com outra pessoa ou com o coletivo. Entre cooperar e competir, somos biologicamente estimulados à primeira prática, que acaba gerando inclusive a liberação de dopamina (neurotransmissor que promove sensação de bem-estar).

Dicas de filmes, documentário e livros sobre resiliência

Histórias Cruzadas 

O aclamado filme de 2012 sobre a batalha de empregadas negras dos Estados Unidos para conquistar direitos civis é um dos mais associados à resiliência, já que as protagonistas precisam superar uma série de desafios pessoais durante a jornada. Dirigido por Tate Taylor, o longa é estrelado por Viola Davis, Emma Stone e Octavia Spencer.

Happy

“Você é feliz?” é a pergunta que norteia o documentário dirigido por Roko Belic, sustentada por testemunhos de pessoas de diversas origens e por especialistas a fim de mostrar a sabedoria de diversos povos. O filme quebra com a ideia de que para ser feliz basta ter dinheiro – e mostra a felicidade como algo inerente ao poder de compra.

Professor Polvo

Nesta obra premiado com o Oscar de Melhor Documentário de 2021, o cineasta Craig Foster conta a história de como encontrou seu refúgio no mergulho e na sua amizade com um polvo após a Síndrome de Burnout. A produção explora com delicadeza a ideia de que o meio no qual estamos inseridos nos ensina a ser mais resilientes.

Os Patinhos Feios

O livro do neuropsiquiatria e psicanalista Boris Cyrulnik trabalha o conceito de resiliência no sentido de lidar com o sofrimento, mas a partir de uma investigação de um processo que começa ainda na infância, quando se estabelecem os primeiros laços afetivos, até a expressão das emoções. O autor destaca exemplos de dramas pessoais, inclusive de famosos como da soprano greco-americana Maria Callas, considerada “a voz do século XX”.

Resiliência: O Segredo da Força Psíquica

No livro que virou best-seller na Alemanha, a jornalista Christina Berndt fala sobre a resiliência como uma “força” especial para resistir a situações de conflito, encarando as perdas como possibilidades de crescimento. A autora mostra que o caráter resiliente pode ser desenvolvido ao longo da vida adulta a partir de algumas estratégias.

Scrum: o que é e por que é a metodologia utilizada pelas organizações mais inovadoras do mundo

Scrum

Você já ouviu falar em Scrum? Se não, provavelmente é questão de tempo. Isso porque a metodologia é bastante utilizada atualmente no mercado. E tem motivo. Basicamente, consiste em uma forma diferente de desenhar processos de desenvolvimento de produtos, que proporciona mais velocidade.

“É um dos conceitos mais poderosos que eu já conheci na carreira”, afirma Mário Conde, sócio e líder da prática digital na Bain & Company. “Normalmente, as empresas foram estruturadas para ter muita especialização e muitas funções separadas”, complementa. Isso significa, segundo ele, ter áreas delimitadas para atender o cliente, fazer benchmark, aplicar tecnologia, testar e lançar o produto no mercado, por exemplo. “Esse processo é sequencial e muito longo, com muitas interfaces no meio.”

Além de acelerar, Scrum promove mais alinhamento entre entregas do time e resultados esperados pelo cliente. Também traz outras vantagens, principalmente quando há incerteza sobre a produção, de alguma forma, explica Conde. “Só 11% das iniciativas dão certo usando a metodologia tradicional, que é chamada de Cascata”, destaca o sócio da Bain & Company.

Quando se usa a metodologia Scrum, no entanto, a taxa de sucesso é quatro vezes maior. Em projetos muito complexos – que exigem diversos profissionais, funções, passos – a probabilidade de dar certo é até seis vezes maior. Essas (e outros benefícios) não são compartilhadas pelos frameworks que compõem a metodologia Ágil – e Scrum é apenas um deles.

O que é metodologia Ágil

Metodologia Ágil é o nome que se dá a um conjunto de técnicas de desenvolvimento de inovações – entre elas, Scrum – muito utilizado por organizações de todos os tipos hoje porque preza a velocidade nos processos envolvidos.

De acordo com Conde, os principais princípios de Ágil são:

  • priorizar pessoas em relação a projetos;
  • priorizar protótipos em relação a documentos;
  • foco na necessidade do cliente (e colaboração com ele) e
  • abertura para mudanças.

Dentre as empresas mais inovadoras do mundo, a maioria aplica um tipo de metodologia Ágil, segundo o especialista, que cita Amazon, Google e Spotify como exemplo.

“Ágil é uma forma de trabalhar diferente, qualquer pessoa pode usar”, afirma o head de práticas digitais da Bain & Company. “Sempre que se fala sobre processos que são multidisciplinares, multifuncionais, com foco no cliente e onde existe algum tipo de incerteza, esse tipo de metodologia vai ajudar.”

Leia também: O que é inovação disruptiva?

O que é preciso para aplicar Scrum

A incerteza é uma das características dos projetos que podem se beneficiar da aplicação de Scrum, mas há outras pré-condições, como: foco em oportunidade de negócio, patrocínio da liderança e tolerância ao erro.

Para os profissionais, Conde considera que as habilidades que facilitam adequação às metodologias ágeis também são muitas das que serão fundamentais para o mercado do futuro, já que a taxa das organizações que aplicam Ágil deve crescer ao longo do tempo. Entre elas, ele destaca capacidade de trabalhar em equipe, abertura para experimentação, mentalidade de visualizar ideias como hipóteses e responsabilidade sobre o produto final.

 

ESG: conheça o critério que guia investimentos com foco em sustentabilidade

esg investimentos

Alguns dados evidenciam que as prioridades das novas gerações, de forma geral, são muito ligadas à responsabilidade e ao impacto social. Por exemplo: segundo uma pesquisa de 2016 da Cone Communications, 75% dos millennials estão dispostos a ter um corte no salário para trabalhar em uma empresa socialmente responsável. De acordo com outro estudo, da Nielsen, 73% dos millennials pagariam mais por produtos ou soluções sustentáveis.

A preocupação com um futuro mais sustentável foi consolidada pela ONU com os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” (ODS). “Neste documento, questões antes subjetivas ganharam metas quantitativas a serem atingidas e buscadas”, afirma Roberta Goulart, sócia da área de Relacionamento com Cliente do multi-family office pioneiro no Brasil Turim.

O que é ESG

Para o mundo dos investimentos, isso também significa uma mudança na rota. Ou melhor, a inclusão de uma nova rota: a dos investimentos que levam em conta critérios de sustentabilidade; ou ESG – Environmental, Social and Governance (em português, Ambiental, Social e de Governança). “Alguns comportamentos que existiam antes não são mais aceitos e as companhias precisam mostrar, cada vez mais, que são sustentáveis – ecológica, social e economicamente. O ESG foi criado como uma métrica para avaliar o desempenho das empresas nesta nova conjuntura.”

Ainda que a tendência de consumidores cada vez mais interessados em produtos e serviços que tenham impacto positivo no meio ambiente e na sociedade se alastre pelo Brasil, o país ainda está atrás no tema. “[No exterior,] esta já é uma exigência, muitas vezes considerada fundamental pelo investidor estrangeiro, principalmente o institucional”, detalha Roberta. “Vemos as companhias e os fundos [estrangeiros] já posicionados ou fazendo o movimento para definir seus critérios e expô-los no mercado como diferencial”, conclui.

Para profissionais qualificados, consequentemente, a tendência é que a busca também cresça por aqui, diz Roberta. “A evolução do cenário obriga as empresas e fundos a se adaptarem, buscando profissionais capazes de levar as companhias para este novo patamar exigido.”

“Vemos os jovens hoje em três dimensões: consumidor, investidor e integrante do mercado de trabalho. Como consumidor, estão dispostos a pagar mais por produtos que reflitam um comprometimento com um impacto social e ambiental positivo. Como integrantes do mercado de trabalho, estão dispostos a receber menos para trabalharem em empresas que possuam na sua cultura esta ideologia. Como investidores, buscam ativos que tenham estas características para montar seu portfólio, sem abrir mão da rentabilidade. O conhecimento e entendimento dessa área é um diferencial para os profissionais que querem entrar ou que já estão no mercado.”

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Critérios ESG

Os critérios ESG – cuja função é fundamentar o processo de análise e seleção dos investimentos – são:

E – Environmental (Ambiental):

Como a empresa usa sua energia, descarta lixo, se emite gás carbônico e se contribui para mudanças climáticas, etc.

S – Social:

Direitos dos colaboradores, cuidados com a segurança no trabalho, diversidade no quadro de funcionários, relacionamento com a comunidade, etc.

G – Governance (Governança):

Sistema de políticas e práticas pelas quais as empresas são direcionadas e controladas, diversidade no conselho, metodologia de contabilidade, politica anticorrupção, etc.

Os requisitos ESG não são levados em conta de forma homogênea em todos os investimentos. Uma empresa no setor de energia não pode ser avaliada no mesmo peso de critério “E” que uma companhia de software, exemplifica a sócia da Turim.

Mas como são monitorados esses critérios? “Tradicionalmente as informações das empresas investidas são recebidas através de declarações financeiras publicadas periodicamente”, destaca Roberta. Com a velocidade com que as notícias se disseminam no meio digital, no entanto, isso acarreta em efeitos muito rápidos no preço das ações.

“Se, por exemplo, é divulgada uma matéria expondo determinada companhia por trabalho infantil ou por conexão com esquemas de fraude e corrupção, o mercado reage imediatamente. Isto porque certos padrões de comportamento não são mais aceitáveis pela sociedade no mundo todo. De forma que um analista, neste cenário, precisa estar antenado com tudo que é divulgado no mercado, formal ou informalmente”, explica ela. “E com um cuidado adicional de ser muito criterioso com a abundância de informações disponíveis hoje em dia”, finaliza.

Quais são as vantagens do ESG para os investidores?

Do lado dos investidores, as vantagens do uso dos critérios ESG não são poucas. Para Roberta, a principal delas é a transparência que esses dados trazem quando adicionados ao conjunto de referências que direcionam o processo de decisão. “Os critérios fornecem informações sobre como as companhias conduzem seus negócios. Isto consequentemente gera mais segurança na tomada de decisão e a garantia de que o investimento feito ao final será sustentável a longo prazo”, explica, “para o investidor, no final, o uso dos critérios é um mitigador de risco.”

“Por exemplo, escolher uma empresa com um critério ‘E’ alto significa que a companhia está preparada ou, até mesmo, a frente da tendência mundial de sustentabilidade ambiental, de forma que ela estará melhor posicionada do que seus competidores. Uma empresa com critério ‘G’ alto representa uma governança forte, o que geralmente implica em funcionários capacitados e engajados, e uma companhia de sucesso. Uma companhia com critério ‘S’ elevado, por sua vez, pode refletir a diversidade entre as pessoas, uma característica intrínseca a um ambiente de trabalho que propicia a inovação.” 

Leia também: Apaixonado pelo meio ambiente? Entenda como é possível trabalhar com sustentabilidade no mercado financeiro

Para quem quer trabalhar com investimentos ESG

As possibilidades de formação na área no país ainda não estão tão desenvolvidas como mundo afora – e, segundo a sócia, se restringem muito mais ao nível executivo. Por isso, ela destaca que é essencial, para quem se interessa por trabalhar com investimentos ESG, acompanhar as resoluções e diretrizes divulgadas pela ONU sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que pautam as maiores questões de impacto social e ambiental em voga no mundo. Além disso, também é sua recomendação acompanhar políticas que estão sendo desenhadas por grandes instituições do mercado.

“Assim como para qualquer ramo onde esteja inserido, o importante é se manter a frente da curva e das tendências”, diz Roberta. “Entender como os critérios conversam com os movimentos do mercado e ser capaz de usá-los para antecipar uma resposta é o que torna um profissional competitivo no meio.”

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