Nem todo mundo conhece, mas o Ciclo OODA também é uma ferramenta usada para a solução de problemas. O seu funcionamento, aliás, é bastante simples e de fácil aplicabilidade tanto para a resolução de problemas quanto para a rápida tomada de decisões.

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No formato de ciclo linear simples de quatro estágios, o primeiro é a observação do contexto em que se está inserido. Em seguida, é necessário orientar-se em relação às opções disponíveis para a solução. A próxima etapa é decidir qual será a solução mais adequada. Por fim, deve-se agir de acordo com a decisão proposta. Nesse ponto, os resultados são observados e o ciclo recomeça.

É bastante provável que, assim, superficialmente, essa metodologia seja semelhante a outras. Como, por exemplo, o Ciclo PDCA ou até mesmo a Análise SWOT. Apesar disso, conceitualmente e a aplicabilidade delas são diferentes. Para começar, o ciclo OODA nem mesmo foi criada pensando em ser usada em contextos corporativos.

O que é o Ciclo OODA e qual a sua história

A história do Ciclo OODA tem início em meados década de 1970 ao ser definida por John Boyd, coronel da Força Aérea dos Estados Unidos. Considerado um grande estrategista, ele desenvolveu essa metodologia pensando na atuação de pilotos de caça – que devem ter uma rápida percepção e tomar decisões rápidas. Afinal, no combate aéreo qualquer desperdício de tempo pode ser fatal.

“Para vencer, devemos operar em um tempo ou ritmo mais rápido do que nossos ‘adversários’. Tal atividade nos fará parecer imprevisíveis. E isso, aliás, gera confusão e desordem entre eles’”, explicou Boyd.

Apesar das diferenças entre a atuação militar e a de gestores de empresas, o ciclo OODA mostrou-se viável até para o mundo dos negócios. Mesmo porque, o ambiente corporativo também pode contar com situações voláteis e com alto grau de competição. Agir com precisão e velocidade, assim, é um importante diferencial.

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Conceitos que fundamentam o Ciclo OODA

Ainda que centrado no universo militar, Boyd baseou-se em três princípios filosóficos e científicos para demonstrar que as incertezas e ambiguidades estão realmente inseridas na realidade humana – tanto externamente quanto dentro de nós. Esses três princípios são:

  • Teoremas da incompletude de Gödel: resumidamente, provam que algumas coisas na matemática nunca poderão ser comprovadas. Deste modo, qualquer modelo lógico da realidade é incompleto (e possivelmente inconsistente) e deve ser continuamente refinado/adaptado em face de novas observações.
  • Princípio da incerteza de Heisenberg: esse princípio mostra que não podemos fixar ou determinar simultaneamente a velocidade e a posição de uma partícula ou corpo. Ao aplicar esse princípio, Boyd deduzia que, mesmo quando é possível obter observações mais precisas sobre um domínio específico, provavelmente sentiremos ainda mais incerteza sobre outro. Portanto, há uma limitação na capacidade em observar a realidade com precisão – e isso é humano.
  • 2ª Lei da Termodinâmica: aplicando esse princípio na resolução de problemas e tomada de decisões, Boyd infere a necessidade de se comunicar com o mundo exterior e não agir como “sistema fechado”. Na termodinâmica há a entropia, associada ao grau de “desordem” ou “aleatoriedade” de um sistema. Não com a mesma nomenclatura, o mesmo efeito pode atingir pilotos de caças, gestores ou qualquer pessoa frente a necessidade de tomar uma decisão.

Aplicando o ciclo OODA

Assim como outras metodologias, o Ciclo OODA tem fácil aplicação e pode ser usada em diferentes contextos, que demandem a resolução de problemas. Por se tratar de um ciclo, cujas etapas estarão continuamente se atualizando, ele também é uma ferramenta usada na gestão de riscos.

Entenda em detalhes como funcionada cada etapa:

1. Observar

A primeira etapa, muitas vezes, gera confusão entre os usuários. Afinal, a observação depende do ponto onde a pessoa está e o contexto. O objetivo, porém, é único: ter uma visão ampla do exterior. No caso de uma organização, por exemplo, é válido estudar concorrência, tecnologias disponíveis, lacunas e tendências.

2. Orientar

Após fazer o levantamento das oportunidades ou mesmo rupturas, é hora de pensar em possíveis soluções. Baseie-se, se possível, em dados factíveis e informações verídicas. A depender das ideias e soluções propostas provisoriamente, cabe nesta etapa a experimentação e testes.

3. Decidir

Ao finalizar as experimentações, é hora de decidir qual é o melhor caminho a ser seguido. Caso a etapa anterior tenha gerado mais de uma solução, compare qual é a mais adequada. Além disso, a depender do contexto, é possível que mais de uma ação se torne viável – muitas vezes demandando que sejam conjuntas.

4. Agir

É hora de efetivamente colocar a mão na massa e agir: aplique as soluções que foram decididas na etapa anterior. Por já ter passado o momento de testes, em que possíveis falhas ou imprevisto já foram detectados, o tempo de ação deve ser rápido e direto.

E por se tratar de uma metodologia não-linear, o ciclo OODA não termina por aqui. Observe o desempenho da solução empregada, colha dados e informações dos resultados gerados, acompanhe o que externamente tem sido feito e voilà: o ciclo tem início novamente.

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