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Como elaborar uma apresentação de PowerPoint brilhante?

jovem branco de óculos apresentando slides

O PowerPoint foi desenvolvido por engenheiros como uma ferramenta para ajudá-los a se comunicar melhor com a equipe de marketing e vice-versa.

Esta é uma ferramenta excepcional porque permite uma comunicação verbal muito densa. Sim, você poderia enviar um memorando, mas ninguém lê estes documentos mais. À medida que as empresas estão ficando cada vez mais ágeis, nós precisamos de uma forma de comunicar nossas ideias de um grupo para outro. É neste ponto que entra o PowerPoint.

Esta poderia ser a ferramenta mais poderosa do seu computador. Mas não é. Inúmeras inovações falham porque os apresentadores usam o PowerPoint da maneira que a Microsoft quer que eles usem, ao invés de fazerem da maneira correta.

 

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Transferência da emoção 

A comunicação se refere à vontade de fazer com que os outros entendam e adotem o seu ponto de vista, para ajudá-los a entender por que você está empolgado (ou triste, ou otimista, ou qualquer estado emocional que você esteja no momento). Se tudo o que você quer fazer é criar um lista de fatos e figuras, então cancele a apresentação e envie um relatório.

Nossos cérebros têm dois lados. O lado direito é ligado às emoções, músicas e mudanças de humor. O lado esquerdo, por sua vez, é ligado à destreza, fatos e a informações de funcionamento do corpo. Quando você vai fazer uma apresentação, as pessoas querem usar as duas partes dos seus cérebros.

Então, elas usam o lado direito para julgar a forma com que você está falando e se vestindo, além da sua linguagem corporal. Frequentemente, as pessoas chegam a uma conclusão a respeito da sua palestra a partir do tempo que você gasta no segundo slide. Depois disso, pode ser tarde demais para que as suas listas com marcadores façam alguma coisa para salvar a sua apresentação.

Você pode destruir um processo comunicativo com fatos que não são comprovados ou com raciocínios que não fazem muita lógica. Mas você pode completar o processo com as emoções. Lógica não é suficiente.

Audiências internas 

Se todas as pessoas que estão na sala concordassem com você, não seria necessário fazer uma apresentação, certo? Você poderia economizar muito tempo imprimindo um relatório de uma página e entregando para cada uma das pessoas. Mas não, a razão pela qual você faz uma apresentação é a negociação, é para defender o seu ponto de vista, para vender uma ou mais ideias.

Se você acredita na sua ideia, venda-a! Faça o seu ponto de vista o mais convincente possível e alcance o que você foi buscar. Sua audiência vai te agradecer por isso, pois, lá no fundo, todos nós queremos ser comprados. Para isso, existem alguns componentes que são essenciais para uma apresentação excepcional:

Faça cartões de memorização

Não os coloque em tela, fique com eles em mãos. Você pode usar os cartões como forma de garantir que você diga tudo o que tinha sido planejado.

Faça slides que consolidam a sua fala, e não que a repete

Os slides devem demonstrar, com provas emocionais, que o que você está dizendo é a verdade. Se for falar sobre a poluição em Houston, por exemplo, invés de apresentar quatro marcadores de dados sobre a saúde ambiental da cidade, por que você não lê os dados e apresenta fotos de vários pássaros mortos, fumaça e uma imagem de pulmões infectados, por exemplo? Isto é trapaça! Não é justo! Mas funciona.

 

O que é liderança e por que ela é tão importante para uma carreira?

Crie um documento escrito

Escreva com o máximo de informações e notas de rodapé você quiser. Quando começar a apresentação, diga ao seu público que você irá entregar os detalhes da palestra posteriormente, para que eles não precisem fazer anotações durante a apresentação. Lembre-se, o seu foco deve ser em fazer uma venda emocional. O documento é uma prova para ajudar os intelectuais que estão te assistindo a aceitarem as ideias que você vendeu emocionalmente para eles. É importante não entregar o material escrito no início da palestra! Se você fizer isso, as pessoas vão ler o documento durante a apresentação e vão te ignorar. Invés disso, o seu objetivo é fazer com que eles se sentem na cadeira, confiem em você e aceitem os pontos emocionais e intelectuais que você está apresentando.

Crie um círculo de feedback

Se a sua apresentação de PowerPoint for para uma aprovação de projeto, entregue para as pessoas um formulário de aprovação do projeto para feedback, para que não tenha nenhum tipo de ambiguidade sobre o que vocês concordaram na apresentação. A razão pela qual você está fazendo uma apresentação é para realizar uma venda. Então, faça isso. Não saia sem o “sim”, ou pelo menos com o compromisso de uma data para respostas futuras.

Existem ainda cinco regras rápidas que você precisa manter em mente para criar apresentações de PowerPoint brilhantes:

1. Não use mais do que seis palavras por slide
 Nunca. Nenhuma apresentação de PowerPoint é complexa demais para poder quebrar esta regra.

2. Sem fotos amadoras
Use fotos profissionais de bancos de imagem.

3. Não use as transições de slide animadas

4. Efeitos sonoros podem ser usados
Mas somente em alguns momentos das apresentações. E nunca use os que já estão presentes no programa. Em vez disso, grave sons e músicas de CD’s e aumente as chances de que as pessoas tenham memória emocional sobre a palestra. Se as pessoas começarem a se mexer para acompanhar o ritmo da música, você os impediu de cair no sono e deixou claro para eles que a sua não é apenas mais uma reunião ou apresentação de PowerPoint qualquer.

5. Não entregue cópias impressas dos seus slides
Eles não funcionam sem você e sua apresentação.

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O sucesso é fácil de descrever: você projeta um novo slide de PowerPoint e as pessoas têm reações emocionais despertadas. Elas se sentam direito nas cadeiras e se mostram curiosas para saber o que você tem a dizer a respeito daquela imagem projetada. Então, se você fizer tudo certo, conforme planejado, todas as vezes que as pessoas pensarem sobre o que você falou, eles vão visualizar a imagem, e vice-versa.

Claro, este é um jeito diferente do que o que a maioria das pessoas costuma fazer. Mas todas as outras pessoas estão ocupadas defendendo o status quo – o que é fácil –, enquanto você está ocupado apresentando ótimas inovações, o que é muito mais difícil.

Artigo originalmente publicado no blog do Seth Godin, e a tradução aparece em Endeavor

Sete coisas que aprendi no Vale do Silício

mapa do Vale do Silício com marcas das empresas

Os mulçumanos precisam ir uma vez na vida à Meca. Quem precisa se encontrar espiritualmente, pode fazer o Caminho de Santiago de Compostela. As crianças que vão à Disney sentem a magia em suas vidas. Se você é empreendedor, você tem que conhecer o Vale do Silício!

Localizado numa faixa de aproximadamente 60km do sul de San Francisco até o sul de San Jose, esse conjunto de pequenas cidades no coração da Califórnia (EUA) é o oásis do empreendedorismo mundial.

Conheça o Imersão Empreendedorismo, programa de decisão e descoberta de carreira do Na Prática

A Era da Informação que vivemos deve sua origem e consolidação às mentes brilhantes que construíram produtos, serviços, softwares, hardwares, processos, descobertas, inovações incrementais e principalmente as disruptivas, neste local único e especial no mundo.

Lá nasceram Apple, Google, Facebook, Intel, HP, Sales Force, eBay, Evernote, Twitter, Linkedin, Netflix, Yahoo e diversas outras empresas pequenas, médias, grandes e gigantes, B2B, B2C, B2B2C, de hardware, de software, que crescem absurdamente, que são rentáveis ou não, que são vendidas, compradas, fundidas, que fazem IPO (Oferta Pública Inicial, como é chamada a abertura de capital da bolsa de valores), empresas que são líderes e referências em diversas indústrias e mercados globais.

Palo Alto, Menlo Park, Mountain View, Cupertino, San Bruno, Santa Clara San Jose e adjacências abrigam o que há de melhor desse universo. Andando pelas ruas de lá, quando você cruza com alguém, só há 4 opções: ou a pessoa é empreendedor, ou é investidor, ou engenheiro de software ou aluno da Universidade Stanford!

Tive a oportunidade de visitar recentemente o Vale e me quesitonei: por que o Vale é assim? O que fez com que ele chegasse nesse nível de excelência? Seria possível replicar esse modelo no Brasil?

Leia também: Concurso levará estudante brasileiro para o Vale do Silício

1. A oportunidade é a origem de tudo

O empreendedor do Vale sabe que todos os problemas do mundo já foram resolvidos! Porém, ele é antes de tudo um inconformado que afirma que a maneira que os problemas foram resolvidos não está boa… e propõe então uma alternativa melhor. A identificação de uma oportunidade a partir de um problema ou necessidade é a origem. No Brasil, às vezes ocorre uma inversão: primeiro o empreendedor define o produto e depois tenta encaixar uma oportunidade.

2. Cultura empreendedora

Em Stanford, os alunos são estimulados a empreender desde o primeiro dia de aula. Os cursos não são desenhados para preparar os jovens a serem empregados de grandes multinacionais ou funcionários públicos. O foco deles é aprender a aprender. E o aprendizado é aplicado a resolver problemas que podem resultar na criação de novos empreendimentos!

3. “Get out of the building”

Esse é o mantra de Steve Blank, o guru das startups. Testar, testar, testar, validar hipóteses, criar protótipos e produtos mínimos viáveis. Os empreendedores do Vale saem de suas Torres de Marfim, vão para a rua gastar sola de sapato e buscar a hora da verdade com o cliente! Um protótipo rodando vale mais do que 50 páginas de um Plano de Negócios!

4. “Fail fast”

Em minutos você consegue abrir uma empresa nos Estados Unidos e em dias você consegue fechá-la se não der certo. Vamos comparar com o Brasil? Meses para abrir e anos para fechar. Por lá, não há medo do fracasso, pois o fracasso de ontem é o aprendizado de hoje para o sucesso de amanhã!

5. Custo Americano?

A infraestrutura de transportes, telecomunicações, energia, logística, segurança… funciona. As startups têm incentivos fiscais reais. Os mercados consumidores de qualquer segmento são enormes, logo há mais oportunidades. O governo americadno evita criar empecilhos e malabarismos como temos por aqui, pois sabe que são as pequenas empresas que geram empregos, inovação e giram a economia.

Leia também: Dez livros que todo empreendedor deve ler

6. Ecossistema empreendedor maduro

Investidores-anjo, investidores seed, venture capitalists, aceleradoras, incubadoras, organismos de fomento ao empreendedorismo, startups recém-criadas, startups em franco crescimento, empresas gigantes, universidades… o ecossistema empreendedor do Vale do Silício é maduro e explosivo!

7. A importância do “give back to society”

Na semana que estive em Palo Alto, ocorreu o 50th International Selection Panel da Endeavor. O Brasil tinha 2 representantes: Joaquim Caracas da Impacto Protensão e Leonardo Simão da Bebe Store. Parabéns ao Caracas e ao Leo que agora fazem parte de uma rede de mais de 850 empreendedores em mais de 530 empresas de 18 países!

Essa foi a principal lição que aprendi no Vale do Silício: o poder de fazer parte de um ecossistema! O impacto acontece quando você se insere em redes e assim pode multiplicar seu aprendizado, seu negócio, sua liderança, seu sonho. Recomendo a todos!

Luis Vabo Jr, que assina esse texto, é Diretor Executivo da Sieve, empresa de inteligência de preços e dados de e-commerce para lojas virtuais e fabricantes.

Este artigo foi publicado originalmente em Endeavor

O que você perguntaria a um coach de carreira?

jovens profissionais ao redor de mesa na Conferência Ene

Durante os últimos cinco anos, Vinicius Kitahara trabalhou como headhunter em uma das mais respeitadas consultorias de recrutamento executivo do Brasil. Seu trabalho envolvia ligações diárias para altos executivos brasileiros, em busca das melhores pessoas para ocupar vagas nos clientes da empresa.

Essas ligações resultavam em longas conversas sobre suas trajetórias profissionais, os desafios que enfrentaram e como fizeram para superá-los. Ao todo, entrevistou mais de 1500 diretores, presidentes, empreendedores e empresários. “Todo dia era um aprendizado gigantesco”, conta.

Todo esse conhecimento reunido sobre liderança serviu de base para que Vinícius iniciasse sua atuação como coach. Hoje, está entre os coachs dos bolsistas da Fundação Estudar, criou sua própria consultoria de life coaching – a Vinning – e participará da Conferência Na Prática, antes conhecida como Conferência Ene. Lá, estará a disposição para conversar com os participantes do evento e tirar dúvidas sobre carreira e realização profissional. Vale lembrar que a participação na conferência de carreiras Ene é gratuita. As inscrições estão abertas até o dia 28 de junho e podem ser realizada por aqui.

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“Comecei a identificar padrões nesses líderes que eu conversava, vi as habilidades que tinham em comum, e percebi que muitas delas eram soft skills que não aprendemos durante a graduação”, explica. Para ele, muitas faculdades formam pessoas muito competentes, mas completamente perdidas – e esse é um dos momentos em que o coaching pode fazer toda a diferença!

Hoje, sua linha de coaching está baseada em dois pilares: felicidade e sucesso. “Eu via muitas pessoas extremamente bem sucedidas, mas que eram infelizes, mas também gente que queria ser feliz só que vivia muito no curto prazo, largava tudo para fazer um mochilão e depois voltava perdido. Isso não é sustentável”, explica Vinícius. Para ele, sucesso é fazer o que você ama e, ao mesmo tempo, sempre crescer e se desenvolver. Nesse assunto, ele é bastante pragmático: “Você precisa querer almejar os dois”.

Vinicius Kitahara Coach
Vinicius Kitahara [acervo pessoal]

Ele lembra que o coaching é uma ferramenta de autoconhecimento e tomada de decisão útil tanto para as pessoas que não sabem seus objetivos e estão meio perdidas; quanto para aquelas que já têm um sonho claro, mas precisam definir qual a melhor estratégica para alcançá-lo. “No primeiro caso, a pessoa precisa se autoconhecer, tomar um tempo para entender melhor suas vontades e definir um sonho”, explica. “Já no segundo caso, são novas habilidades que a pessoa precisa desenvolver para atingir seu sonho. São competências que eu posso ajudar a despertar.”

Leia também: Entenda como o coach e o mentor podem ajudar a acelerar sua carreira

Uma das clientes de Vinícius, por exemplo, buscou o coach já sabendo o que queria: ser aprovada no programa trainee da Ambev, um dos mais concorridos do país. O trabalho de Vinícius começou com uma confirmação desse objetivo – É isso mesmo que você quer? Quais são as motivações por trás disso? – e partiu para o desenvolvimento de habilidades de liderança junto à candidata a trainee.

Ao final do processo, ela não só foi aprovada como foi a primeira a ser promovida a gerente. Hoje, foi transferida para assumir uma gerência em São Paulo (antes, trabalhava na região Nordeste do país) e, aos 24 anos, é responsável pela gestão de mais de 300 pessoas. “O coaching consegue maximizar o potencial das pessoas. As principais competências que trabalhamos nesse caso são importantes para a carreira de qualquer pessoa: autoconfiança, autoconhecimento, clareza de objetivos e relacionamento com as pessoas. É necessário desenvolver isso constantemente”, conta Vinícius.

Para ele, não é por coincidência que, no inglês, o termo que denomina a função é o mesmo utilizado para se referir aos treinadores de atletas de alta performance. A tradução literal de coach, de fato, é essa: treinador. “O Eric Schmidt, presidente do Google, diz que todo mundo deveria ter um coach. É uma pessoa que vai trazer mais do seu potencial, colocá-lo em ação. É o cara que vai exigir o máximo de você”, resume Vinícius.

“Todos processo de coaching tem uma meta”, ele ressalta. Algumas das perguntas que serão levantadas durante as sessões são: Como eu faço para traçar essa meta? Como posso chegar nessa meta mais rápido?

Conheça o Autoconhecimento Na Prática, programa de autodescoberta e desenvolvimento do Na Prática

“Embora o coaching seja uma pausa para reflexão, também tem seu lado prático e envolve um plano de ação”, comenta Stephanie Crispino, da Fundação Estudar. Ela lembra que a conferência de carreiras Ene é uma excelente oportunidade para o jovem entender como a experiência do coaching funciona.

“Além de receber conselhos desses especialistas e fazer perguntas, o jovem também poderá entender melhor como funciona esse processo e decidir se é o tipo de auxílio que ele precisa no início da carreira”, ela explica, ressaltando que o coach não vai te dar respostas, mas apenas guiar o seu processo de raciocínio. Dentro do propósito da conferência – conectar o jovem ao seu emprego dos sonhos – ela considera que o autoconhecimento desempenha um papel de grande importância. “As atividades para ajudar o jovem a se conhecer melhor começam semanas antes do próprio evento, com alguns testes que vão ajudá-lo a ter uma visão mais clara de sua personalidade e do seu perfil de trabalho. O resultado é entregue para a pessoa e funciona como uma espécie de guia para aproveitar melhor a conferência”, explica.

Quem for conversar com Vinícius Kitahara ou um dos demais coaches que estarão presentes na Conferência Na Prática, poderá levar desde questionamentos sobre decisão de carreira e autoconhecimento até pontos mais objetivos, sobre como abordar determinada empresa ou como aproveitar melhor a conferência como um todo. O espaço, naquele momento, é de abertura total com o coach.

Competição premia estudantes que resolvem problemas de grandes empresas

reunião informal entre jovens profissionais homens

O que varredores de rua podem fazer para conscientizar as pessoas a não jogarem lixo no chão? Como vai parecer um leito de hospital no futuro? Essas podem não ser as “perguntas do milhão”, mas são, respectivamente, os desafios que valeram 5 mil e 15 mil reais no site da Battle of Concepts (ou BoC).

Na plataforma, estudantes universitários e recém-formados sugerem soluções para desafios propostos por grandes empresas – e são recompensados por isso. “O que fazemos, basicamente, é intermediar a inovação aberta para grandes empresas”, diz a paulistana Rita Oliveira, de 25 anos, sócia fundadora da Battle of Concepts no país.

Conheça o Imersão Gestão Empresarial, programa de decisão e preparação de carreira do Na Prática

A BoC busca entre os estudantes respostas criativas para dilemas que seus clientes não estão conseguindo resolver sozinhos (ou de maneira satisfatória), tais como tornar processos mais eficiente ou mesmo criar um novo logotipo. “Muitas vezes, numa grande empresa, os funcionários ficam limitados para criar por falta de tempo ou incentivo e, por isso, não conseguem pensar fora da caixa. É aí que entram as pessoas cadastradas na nossa plataforma”, conta Rita.

Batalhas

Os desafios disponíveis no site da Battle of Concepts são chamados de batalhas. Em média, participam 120 estudantes por prova. É possível fazer a inscrição individual ou em dupla e, detalhe, a idade máxima para participar é 30 anos. Cada batalha tem um prazo para terminar, um conjunto próprio de regras e um prêmio em dinheiro para a melhor ideia. As sugestões são enviadas de forma anônima e a empresa só descobre qual é o nome e a formação do campeão quando o desafio acaba. “Não é incomum que as empresas ofereçam vagas de emprego aos melhores colocados”, diz Rita.

Um exemplo é uma das batalhas citadas no começo do texto – a que pediu aos estudantes que imaginassem como vai parecer um leito de hospital no futuro. Criada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, tinha como objetivo descobrir como melhorar o bem-estar e a autonomia dos pacientes com câncer, que chegam a ficar três meses internados sem sair do quarto. As cinco melhores respostas foram premiadas com quantias em dinheiro, sendo que o primeiro colocado recebeu 5 mil reais e o quinto recebeu mil reais (A BoC não divulga quais foram as ideias nem quem foram os ganhadores para preservar a propriedade intelectual das companhias).

Entre os clientes, também estão outras grandes empresas, como a loja online de artigos esportivos Netshoes, a seguradora Mapfre, o banco Itaú, a química Dow e a Natura. Cada batalha custa em torno de 50 mil reais para a empresa contratante, valor que inclui o prêmio em dinheiro oferecido aos estudantes e também a remuneração da BoC. O preço varia de acordo com a complexidade do projeto e o tempo que a batalha fica no ar. A BoC não revela seu faturamento nem o investimento inicial.

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As universidades com melhor pontuação no site – aquelas cujos alunos venceram mais batalhas – são, em ordem decrescente, USP, Mackenzie e ESPM. O grupo estudantil melhor classificado é a Agência de Comunicações ECA Jr., da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Desde a abertura da BoC, já foram distribuídos quase 600 mil reais em prêmios. Há cerca de 23 mil alunos (de 500 universidades) cadastrados no site.

Além de manter a plataforma de inovação aberta, a BoC também organiza batalhas internas para os mesmos clientes, as grandes empresas. “Nossos dois tipos de serviços têm razão de existir. Para muitos negócios, buscar ideias fora é uma maneira de inovar sem sobrecarregar a equipe. Para outros, criar uma batalha interna é uma forma de envolver todos os funcionários de todas as áreas no processo de inovação e, assim, torná-los mais motivados”, conta Rita.

Um exemplo de batalha interna foi a organizada para os postos de combustíveis Ipiranga. A BoC criou um hotsite onde os frentistas podiam sugerir melhorias nos postos. “A navegação era super simples, o hotsite era muito parecido com o nosso. Recebemos mais de 1 200 ideias. Muitos desses funcionários disseram que ficaram felizes por ter um canal de comunicação direto com a diretoria da empresa”, diz Rita. “A intenção da batalha era essa, a de engajar os frentistas.” Ao final dessas batalhas, a BoC sempre organiza uma cerimônia de premiação para os melhores colocados.

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A ideia do Battle of Concepts

A empresa foi fundada pelo holandês Hans van Hellemondt, de 81 anos, em 2009. Na época, ele morava no Brasil há quase três décadas – mudara-se para cá para ocupar o cargo de presidente da Sears, rede de lojas de departamentos americana, quando a empresa ainda tinha uma operação brasileira. Hans, aposentado há vários anos, soube que as chamadas “batalhas de conceitos” estavam fazendo sucesso na Holanda e decidiu trazê-las para o país. Os primeiros clientes da BoC, inclusive, foram holandeses – a companhia de produtos eletrônicos de consumo Philips e a empresa de armazenamento Vopak.

Durante três anos, a Battle of Concepts ficou instalada no escritório da consultoria de tecnologia TerraForum (que foi comprada pela desenvolvedora de softwares argentina Globant em 2012) por causa de uma parceria. “A TerraForum adotou a BoC, foi quase como um processo de incubação”, diz Rita. “O presidente, José Cláudio Terra, gostou muito do projeto e ofereceu, além da hospedagem, os recursos de TI, design e RH da consultoria.”

Foi nessa época que Rita entrou na empresa. Ela era estudante de Administração na PUC-SP e estagiária da TerraForum, onde seu trabalho era cuidar da BoC. “Acabei me apaixonando pelo projeto. Como em muitos negócios pequenos, as pessoas entravam e saiam sempre, mas eu continuei lá e fui acumulando conhecimento”, conta.

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Há seis meses, Hans a convidou para ser sócia e ela aceitou, sendo quem toca a operação agora. Para Rita, foi desafiador assumir o dia-a-dia da Battle of Concepts. “Aprendo muito na prática, com os acertos e erros, é engrandecedor.” Rita acredita que uma batalha bem feita pode trazer três benefícios para as empresas: inovação, atração de talentos e posicionamento da marca como inovadora: “Hoje, é tão importante para um negócio se mostrar como inovador quanto ser inovador de fato. Investidores, funcionários, futuros funcionários, fornecedores e clientes precisam saber o que a empresa está fazendo de diferente”

Para promover a própria marca, a Battle of Concepts organiza workshops em universidades. Nesses encontros, juntam um grupo de estudantes e pedem para eles resolverem um desafio proposto na hora. Parte da divulgação também é feita por um grupo de 27 estudantes, um de cada estado do país. “Eles são nossos embaixadores, convidam colegas para conhecer o site, fazem posts sobre as batalhas”, conta Rita.

A BoC, agora com pouco mais de seis anos, ainda tem muito a crescer, de acordo com Rita. “Quando entrei na empresa, fazia reuniões com clientes que nem tinham área de inovação. Hoje, isso quase não acontece mais. As empresas estão começando a pensar em inovação de uma maneira mais estratégica e isso é muito bom para nós.”

Este artigo foi originalmente publicado em DRAFT 

O profissional que toda empresa busca

jovem estudante de óculos faz anotações

O maior desafio das empresas atualmente é crescer (ou ao menos se manter competitivas) em um mercado em constante transformação. Para isso, elas precisam contar com profissionais que tenham a habilidade necessária para encarar o novo. Mas o que isso significa na prática?

Significa que não basta ter competências técnicas (conhecimento formal, habilidades específicas para o desenvolvimento de suas funções). O que realmente diferencia um bom profissional de um profissional acima da média são suas competências comportamentais, isto é, suas atitudes no ambiente de trabalho.

Google, Facebook, Ambev e outras empresas buscam talentos em conferência de carreiras da Fundação Estudar e Na Prática

Quando me perguntam qual é o fator crítico para se ter sucesso na carreira hoje em dia, eu digo: capacidade de adaptação. As chances de profissionais “apegados” a seu próprio modus operandi e resistentes a mudanças serem bem sucedidos nesse novo contexto são mínimas.

Um estudo feito pela Innosight, uma consultoria global de estratégia e inovação, mostrou que em 1958, a média de tempo que as empresas permaneciam no Index 500 da Standard & Poor’s (índice ponderado de valor de mercado das empresas) era de 61 anos. Em 1980, a média era de 25 anos. Atualmente, a média é de 7 anos. Em 2027? 75% das empresas atualmente listadas não estarão mais lá.

Baixe o Especial do Na Prática com tudo sobre processos seletivos e trainee

Vivemos dizendo que o tempo passa cada vez mais rápido. Então ele nunca vai passar mais devagar do que hoje. O que isso quer dizer? Que todos nós, independente da posição que ocupamos, temos que nos “mexer”. Temos de nos abrir para o novo, encarar o erro como aprendizado, aceitar novos horizontes. Afinal de contas, a única certeza que temos é a de que o mundo não irá parar de mudar. Cabe a nós trabalharmos, individual e coletivamente, para sermos uma versão melhor de nós mesmos a cada dia.

Sofia Esteves é fundadora do grupo DMRH e Cia de Talentos

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

O trabalho de gerir milhões em um órgão de educação do governo

homem com barba usa tablet e toma café

O carioca Eduardo Pádua graduou-se em ciências sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e, ainda durante a faculdade, interessou-se pelo tema da educação, pesquisando desigualdades na área em sua iniciação científica.

Ainda antes de se formar, ingressou no MBA da UFRJ sobre responsabilidade social corporativa e foi trabalhar no terceiro setor, em projetos envolvendo tecnologia e educação. Seu mestrado, concluído em 2007, tratava de parcerias público-privadas em educação.

Baixe o Especial do Na Prática sobre carreira em Educação

Nesse tempo, acreditava que atuar em causas sociais via iniciativa privada era um bom caminho para transformar a realidade do país. Aos poucos, entendeu que, embora as empresas estejam criando a cultura da ação social, não têm a escala necessária para sanar problemas do tamanho que o Brasil apresenta.

Mais adiante, buscando outros caminhos para o seu propósito de gerar impacto, passou pelo escritório da UNICEF em Madri e pela UNESCO, onde prestou consultoria para o Ministério de Educação, em Brasília. Nas duas experiências, frustrou-se com a lentidão dos processos e a dificuldade de visualizar resultados, pela própria natureza das instituições – distantes da ponta, onde os problemas de fato acontecem.

Eduardo Padua
Eduardo Pádua [acervo pessoal]

Carreira Pública Em 2010, encontrou-se. Ingressou na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro para gerenciar um projeto que buscava dobrar o número de vagas em creches da cidade, criando 30 mil novas matrículas em três anos.

Nesse primeiro projeto, Eduardo tinha a responsabilidade de gerir um investimento de R$300 milhões e de decidir onde criar as vagas nas creches já existentes e em 128 novas unidades construídas. Tudo isso amparado por uma metodologia objetiva, que reunia um estudo de demanda, a priorização de áreas mais vulneráveis, dentre outros critérios. “Um desafio muito grande”, comenta.

Depois de chegar a quase 29.000 novas vagas, em 2013, Eduardo foi convidado a assumir outro projeto na secretaria. Atualmente, dedica-se à missão de planejar e implantar o turno único, de 7 horas diárias, nas escolas da rede municipal da cidade – atualmente, apenas 20% estão nessa situação. A meta é chegar a 100% em 2020.

Nesse projeto, tudo é superlativo: são 650.000 alunos envolvidos, 42.000 professores, 1.500 escolas e um investimento da ordem de R$1,8 bilhão, dedicado à construção de 136 novas unidades educacionais necessárias ao cumprimento da meta do ano que vem. “É muito dinheiro. Tem que saber usar bem. A educação no Brasil tem um problema grave de gestão”, diz.

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Paralelamente à implantação do turno único, Eduardo coordena a reorganização de todas as unidades escolares da rede municipal em três segmentos – creche e pré-escola, primário e ginásio –, substituindo as unidades que reúnem os alunos da pré-escola ao 9º ano do ensino fundamental.

A ideia é que essa reorganização torne as instalações escolares mais adequadas a cada etapa de desenvolvimento dos estudantes; facilite a vida do professor, que poderá cumprir toda a sua carga horária numa só escola, e não em duas ou mais unidades, como ocorre frequentemente hoje; melhore o trabalho pedagógico e a gestão escolar, ao permitir que os profissionais de cada unidade foquem sua atuação num só segmento; e otimize o investimento dos recursos. E, claro, que a soma de tudo isso resulte no que mais interessa: os alunos aprendam mais, ao passar mais tempo em escolas mais bem organizadas.

Atração de talentos Apesar de enfrentar algumas dificuldades de se trabalhar no setor público (a burocracia e morosidade amplamente conhecidas), Eduardo afirma que o trabalho tem sido “extremamente gratificante”. Ele explica: “Trabalhar numa empresa privada que investe em projetos de educação é como navegar numa lancha: é ágil, mas você carrega pouca gente. Já o setor público é um transatlântico: a gente é muito lento, mas carrega uma enormidade de gente junto”.

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Com o tempo, ele diz, aprende-se a viver num outro ritmo e n’outra lógica. “Você entende porque é assim. Como as ações do Estado impactam muita gente, é preciso planejar muito bem os movimentos. Se fizer uma curva errada, vai demorar muito tempo para conseguir corrigir a rota”.

E, ao contrário do que povoa o imaginário popular acerca do trabalho no setor público, Eduardo diz que sua carga de trabalho é pesada.

Ele conta também que trabalha rodeado de boas cabeças. Ao que tudo indica, gente jovem e inovadora tem se interessado pelo setor público. “A imagem do funcionário público que faz corpo mole precisa ser rapidamente desconstruída. Trabalhar para a nossa sociedade é muito motivante. Não é um trabalho qualquer”.

Perfis articulado e de liderança são bem-vindos em cargos de gestão de projetos públicos, como o que Eduardo ocupa. No dia a dia, ele diz que gasta 10% de seu tempo buscando soluções técnicas; os outros 90% são dedicados a engajar pessoas – funcionários da Prefeitura, parceiros do setor privado, membros de associações de moradores, etc.

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É preciso também um bocado de resiliência e comprometimento para assumir responsabilidades tão grandes com pouca idade (Eduardo tem apenas 33 anos). Para saber se está no rumo certo ou se está deixando de ver algum risco importante, ele procura constantemente o feedback de pessoas mais experientes e em quem confia. O salário para a coordenação de projetos prioritários no poder público é compatível com o do setor privado.

A instabilidade do cargo comissionado – embora tenha contrato de prazo indeterminado, o vínculo pode ser encerrado a qualquer momento – para Eduardo, não é uma desvantagem, mas sim uma mola propulsora. “Quanto mais você entrega resultados, mais ganha trabalho e maior a chance de permanecer após transições de governo”, diz.

Eduardo Pádua participou do Imersão Educação, programa de preparação e decisão de carreira promovido pelo Na Prática. Quer conhecer melhor as oportunidades de carreira no mercado de educação que transforma o Brasil? Saiba mais aqui.

Veja as características de quem é contratado pelo Google no Brasil

sinal de parede do Google

Existe uma chance remota, muito remota, de você não sentir o menor interesse em trabalhar no Google no Brasil. Caso contrário, você faz parte das estatísticas que colocam a multinacional no topo de rankings de empregadoras mais desejadas por profissionais em diversas áreas.

Não por acaso, a empresa recebe 2 milhões de currículos anualmente em todo o planeta, revela Mônica Santos, diretora de recursos humanos do Google para a América Latina.

A empresa não divulga o número de vagas disponíveis. Mas, segundo a executiva, oportunidades novas são abertas constantemente. “Sempre estamos dispostos a contratar gente boa”, garante.

Mônica recebeu EXAME.com com exclusividade no escritório do Google no Brasil, em São Paulo, para falar sobre o perfil dos candidatos com potencial para conquistar um emprego na empresa, bem como as características do seu concorrido processo seletivo.

No escritório paulistano, a decoração descolada e os “mimos” para os funcionários – como jogos, salas de massagem e comida à vontade – convivem com um clima de trabalho intenso e exigente.

“Eu sempre falo que o Google não chegou aonde chegou com pessoas jogando pingue-pongue o dia inteiro”, diz Mônica. “Apesar do ambiente cool, nós entregamos”.

Confira a seguir os principais trechos da conversa com a diretora:

É verdade que o Google não se importa muito com a reputação da universidade que o candidato frequentou?

Mônica Santos: Sim. Preferimos um bom aluno de uma faculdade de segunda linha a um aluno medíocre de uma faculdade de primeira linha. O importante é o candidato mostrar que corre atrás. De que adianta frequentar uma excelente universidade, mas passar o tempo todo no grêmio, bebendo cerveja? Não é o diploma em si que importa, mas sim a atitude.

Além disso, uma das nossas prioridades é a diversidade. Se o Google buscasse somente profissionais formados nas grandes universidades, desperdiçaria a chance de ter pessoas com mentalidades diferentes.

Qual é o peso das notas obtidas pelo candidato na faculdade?

MS: Houve uma mudança importante quanto a isso. Há um tempo, atribuíamos um grande peso ao desempenho acadêmico para contratar. Decidimos reavaliar esse critério e percebemos que boas notas não equivalem necessariamente a uma boa performance profissional. Hoje, isso importa bem menos para a empresa do que no passado.

Não é que não ligamos para isso, mas é mais importante no caso de estagiários e recém-formados. O jovem normalmente não tem uma experiência muito longa, então precisamos olhar para a sua trajetória como aluno. Já no caso de um profissional mais experiente, há outros elementos para avaliar.

Um candidato que nunca trabalhou numa empresa de tecnologia terá dificuldade para ser aceito no Google?

MS: De forma alguma. Se você quer trabalhar na nossa área de engenharia e desenvolvimento de software, precisa ser da área, claro. É parte do escopo, da função. Mas, para qualquer outra área da empresa, não há problema algum em nunca ter tido contato com tecnologia. Temos muitas pessoas aqui em São Paulo que trabalharam em outros setores. Nós queremos pessoas com perfis diferentes.

O Google ficou famoso por ter perguntas difíceis e esquisitas em suas entrevistas, como “Quantas bolinhas de gude cabem num fusca?” ou “Por que as tampas de bueiro são redondas?”. O processo seletivo da empresa ainda funciona assim?

MS: Na verdade, muitas mudanças aconteceram nos últimos anos. Antigamente nós fazíamos essas perguntas difíceis, sobre bolinhas de gude e por aí vai. Mas chegamos à conclusão de que isso não mede competência e as respostas podem ser treinadas. O Google também era conhecido por ter um processo seletivo longuíssimo, com muitas entrevistas. No fim, percebemos que isso não era eficiente e também mudamos.

Hoje, o nosso processo seletivo é surpreendentemente simples. Não há dinâmicas, apenas entrevistas. Idealmente acontecem quatro conversas. O candidato responde a perguntas hipotéticas e comportamentais, mas sempre sobre assuntos de trabalho. Isso é o suficiente. Ao fim dessa fase, o recrutador prepara um dossiê, com o currículo, informações de referência e um relatório das entrevistas, e o submete a um comitê interno, que faz a recomendação final sobre a contratação.

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Como é o perfil de quem é contratado pelo Google no Brasil?

MS: Nós buscamos quatro elementos num profissional. O primeiro é inteligência ou capacidade cognitiva. Significa compreender e resolver problemas e ser capaz de aprender coisas novas.

O segundo ponto tem a ver com a experiência relacionada ao cargo. Para algumas empresas, isso tem uma importância gigantesca, enquanto para o Google é um pouco relativa. Para nós, importa mais o potencial do que o histórico do candidato.

Também procuramos pessoas com perfil de liderança, e não só para posições de gestores ou gerentes. Todos aqui precisam ter iniciativa e capacidade de mobilizar pessoas, até o estagiário. Mas também não adianta querer ser sempre o líder. Você precisa ser capaz de abrir mão disso, quando necessário, e trabalhar em grupo.

O quarto e último elemento é o que chamamos de “googliness”, ou seja, a adaptação do candidato à cultura da empresa. O que é isso? Basicamente, significa ser colaborativo e pensar diferente dos demais. Ter “googliness” também é ser uma pessoa interessante, com quem é gostoso trabalhar.

Quem é o profissional que o Google não quer em seus quadros?

MS: Não queremos “heróis” que resolvam todos os problemas sozinhos. Aqui as pessoas trabalham em equipe. Não há espaço para quem é arrogante ou individualista.

Outra característica que não funciona no Google é ser muito apegado à hierarquia. Quando você fala em inovação e criatividade, você não pode ter amarras ou estruturas muito fixas. Num momento você é o líder do projeto, no outro você é parte do grupo. Quem se preocupa com a hierarquia não se dá bem aqui, seja como chefe, seja como funcionário. Não dá para esperar permissão para fazer as coisas. Se você passa e vê alguma coisa errada, precisa consertar ou, se não puder, precisa pedir para alguém consertar.

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Os escritórios do Google são famosos por serem descolados e oferecerem diversas regalias para os funcionários, como jogos e salas de massagem. Por outro lado, a cobrança por resultados é bastante alta…

MS: Sim, a cobrança é alta. Eu sempre falo que o Google não chegou aonde chegou com pessoas jogando pingue-pongue o dia inteiro. Nós contratamos pessoas realizadoras, que querem fazer a diferença. Apesar do ambiente cool, nós entregamos.

Na verdade, nós acreditamos que ter um ambiente agradável, com jogos e comida à vontade, é algo que torna as pessoas mais produtivas. Você não precisa ter um ambiente sério, tenso, para gerar resultado. Pelo contrário. Pessoas relaxadas e felizes rendem muito mais.

Assista ao bate-papo do Na Prática com Fábio Coelho, diretor-geral do Google Brasil

 

 

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

‘Precisamos de gente talentosa no setor público’, diz Mateus Bandeira

Mateus Bandeira

 “Precisamos de gente talentosa no setor público”, defendeu Mateus Bandeira, ex-CEO da consultoria FALCONI, em encontro com bolsistas da Fundação Estudar – ele próprio é um ex-bolsista e faz parte do conselho da organização. “Não dá para pensar em um país desenvolvido sem um governo eficiente, e as empresas não podem pensar que vão evoluir independente disso”, completou.

Antes de assumir a presidência da FALCONI, Mateus foi presidente do Banrisul e atuou por quase vinte anos na área pública, tendo acumulado experiências no Ministério da Fazenda, Senado Federal e Governo do Rio Grande do Sul, onde foi Secretário de Estado do Planejamento e Gestão.

Mateus Bandeira: Biografia

Logo que se formou em Informática pela Universidade Católica de Pelotas, Mateus trabalhou no setor privado por cerca de quatro anos antes de ingressar no serviço público, por meio de concurso.

Ele conta que sua ida para o governo não foi algo muito planejado. Uma vez dentro, a oportunidades que encontrou para aumentar a eficiência de processos por meio da tecnologia o fizeram permanecer.

“Todo mundo gosta de trabalhar com algo que faz sentido, não é só o dinheiro. No governo, em cada novo período surgiam novos desafios, projetos cada vez maiores que me permitiam impactar a vida de muitas pessoas”, explica Mateus. Para ele, só por meio do setor público é possível causar impacto em grande escala.

Mateus Bandeira

Atração de talentos 

Segundo Mateus Bandeira, para se chegar a um cargo bom no governo e que possibilite desencadear esse tipo de impacto, existem dois caminhos: por meio de uma carreira no setor público, ou de uma atuação destacada no setor privado. De uma forma ou de outra, o que conta (ou o que deveria contar) é a sua biografia.

Para ele, dentro do setor público existem áreas e desafios completamente diferentes, embora as oportunidades de impactar o país estejam presentes nos diversos níveis da federação e nos três poderes. Por isso, a primeira pergunta que a pessoa deve responder é: “Por que?”, e daí pensar em qual seria a área mais adequada. “Depende muito do seu momento e do que você se vê fazendo”.

“Infelizmente muitas pessoas escolhem essa carreira não por vocação, mas para levar uma vida mansa”, explica. Para ele, isso afeta negativamente a eficiência do governo. No entanto, a ideia generalizada de que todos que trabalham no setor são preguiçosos não poderia estar mais errada.

“Quem tem espírito público não se motiva só pelo dinheiro, mas pela possibilidade de fazer as coisas acontecerem. Então sempre vai ter gente afim de fazer esses projetos com propósito. O que precisamos fazer é aumentar o número de projetos assim”, opina.

Leia também: Será que a carreira pública está alinhada aos seus objetivos?

Eficiência no Setor Público

Ele defende a adoção de metas e transparência no setor público, assim como métodos melhores de avaliação de desempenho.

Isso, hoje, está muito relacionado com um dos lemas da FALCONI: “Organizações eficientes constroem uma sociedade melhor”. A própria consultoria já relizou diversos projetos na área pública. Por meio da implantação de um sistema gerencial totalmente focado em resultados, trabalham pela modernização da gestão.

Para Mateus Bandeira, a mudança no setor público será gradual, conforme a nova geração for assumindo cargos de liderança.

Devo adaptar meu currículo de vaga para vaga?

homem de terno com mãos sobre a mesa

Você pode até ter começado a trabalhar há pouco tempo, mas mesmo sem perceber, já adquiriu as mais diversas experiências profissionais! Alguns fizeram intercâmbio e outros, estágio. Também tiveram aqueles que optaram por atuar nas entidades estudantis dentro das universidades. O que importa é que você aprendeu muito com isso e precisa mostrar ao recrutador seu potencial.

Agora como fazer isso, adaptando as informações do seu currículo de acordo com o perfil da vaga?

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Ressaltar, não mentir Os “nomes” de uma vaga de estágio, trainee, ou efetiva, podem ser similares, como Analista de Marketing ou Trainee de Recursos Humanos, por exemplo. Mas isso não quer dizer que duas empresas diferentes buscam as mesmas experiências nos candidatos. Ou seja, é parte do seu papel como candidato compreender o que a empresa busca e buscar dar destaque as suas experiências e características que são mais relevantes para a vaga.

Segundo a Seja Trainee, o importante é mostrar aquilo que você tem de positivo da melhor forma possível. Às vezes você estagiou e fez um intercâmbio, e o que a empresa busca é alguém com facilidade de interagir com pessoas de diferentes culturas. O que isso quer dizer? Que você pode dar mais força a sua experiência durante o intercâmbio. E se a empresa está procurando alguém com experiência profissional? Fale da sua experiência no estágio ou mesmo em alguma entidade estudantil.

Um dos clientes da empresa passou por esta experiência recentemente. Caio Ribeiro, formado em Administração, percebeu que precisava adaptar seu currículo pois está me busca de vagas na área de marketing. Durante o trabalho de consultoria e coaching que desenvolveu, viu que precisava focar nas experiências que teve na área de marketing, apesar de também ter trabalhado na área financeira de um grande banco.

Como fazer um currículo para o primeiro emprego

Adaptação “Acho que a importância dessa adaptação está em mostrar para o recrutador o que ele busca para a vaga. Já trabalhei na área financeira de um banco, por exemplo, mas não há necessidade de dar detalhes sobre as análises que fazia, por outro lado, a interação com as outras áreas da empresa ou os projetos que desenvolvi são experiências relevantes para vagas de marketing que valem a pena serem ressaltadas no currículo”, diz Caio.

Conclusão: o currículo é adaptável, sim! Dê ênfase àquilo que você julga ser importante para aquela empresa, desde que a vaga vá ao encontro com o que você quer para o seu futuro.

Você consegue mostrar melhor o que já realizou na vida sendo autêntico. O primeiro passo é começar a entender o que uma empresa está buscando em um candidato e a partir daí encontrar pontos da sua carreira profissional que podem se encaixar com aquela vaga.

Este artigo foi originalmente publicado em Seja Trainee

O que pensa Gustavo Caetano, uma das dez mentes mais inovadoras do país

jovem profissional sorrindo em empresa de tecnologia

Imagine um jovem de 30 anos dando uma palestra sobre inovação na Nasdaq, mercado de ações eletrônicas em Nova York, para os diretores das principais empresas de tecnologia do planeta. Esse é Gustavo Caetano, fundador da Samba Tech e que viaja o país e o mundo com suas palestras sobre empreendedorismo. Acompanhar seu raciocínio é tarefa para aqueles que pensam de maneira disruptiva.
O reconhecimento pelo seu trabalho na Samba Tech rende premiação atrás de premiação ao empreendedor. Ano passado, ele foi eleito pela publicação MIT Technology Review — ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts — como uma das dez mentes mais inovadoras do país. O prêmio, realizado em parceria com a Fundação Estudar, reconhece iniciativas inovadoras capazes de enfrentar problemas críticos da sociedade brasileira.

Gustavo também foi eleito uma das 50 mentes mais inovadoras do país pela revista ProXXima (Meio&Mensagem) e ganhou por duas vezes o prêmio de CEO do ano (Pequenas Empresas Grandes Negócios e The Next Web).

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Sua empresa foi eleita por três vezes nos Estados Unidos como uma das 100 empresas mais inovadoras do mundo e a Forbes a colocou como uma das dez startups para se observar na América Latina. Recentemente, a empresa entrou para a lista da revista Fast Company como uma das dez mais inovadoras da América Latina.

No total, mais de dez mil executivos já assistiram as suas palestras.

Questionado sobre como chegou até aqui, a resposta é objetiva: “Procuro evitar comportamento de manada, aquele que quando um boi corre outros vão atrás. Tento trilhar caminhos que outros ainda não fizeram”.
Leia também: Conheça a Perestroika, escola brasileira que ensina inovação e criatividade até no Vale do Silício

Começo da carreira

Natural da cidade mineira de Araguari – onde escrevia para o jornal da cidade sobre tecnologia – Gustavo vem de uma família de médicos, mas não quis seguir o mesmo caminho e estudou Publicidade e Propaganda no Rio de Janeiro, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Nessa época criou um blog para hackers, foi presidente da empresa júnior e, entediado durante seu estágio no setor de marketing de uma grande companhia, procurou seu celular para jogar. Só que ainda não haviam fornecedores de jogos disponíveis no país em 2004.

“Vi que ainda não havia uma empresa nesse ramo e fui atrás de parceiros. Convenci uns ingleses que o Brasil tinha mercado em potencial e tornei-me representante aqui”, lembra Gustavo. De volta ao país, arrumou um investidor e, em um ano, já fornecia jogos para as grandes operadoras nacionais. Já nos próximos doze meses dominava o mercado em toda a América Latina.

Com o sucesso nos celulares, Gustavo tentou se aventurar nos games para computadores, mas não deu certo. Apesar do fracasso nessa investida, aproveitou a plataforma que desenvolveu para o download dos games e a adaptou para vídeos.

“A velocidade da internet estava aumentando e eu achava que o futuro dos vídeos era promissor. Minha ideia era vender uma plataforma para as emissoras de televisão que não quisessem usar o Youtube”, explica. Assim nasceu a Samba Tech, fundada em 2007, oferecendo soluções de vídeos como educação à distância, comunicação corporativa, Tv na internet e transmissões ao vivo.

Alguns anos depois, em 2013, teve a ideia de criar uma outra empresa quando estava em uma reunião com uma grande emissora e viu várias fitas sobre a mesa. Trata-se da SambaAds, que trabalha no gerenciamento de comerciais entre agências e emissoras de TV.

“Perguntei o que eram aquelas fitas e me disseram que eram os comerciais, que tinham chegado pelo motoboy. Logo percebi que ali tinha algo errado e que havia uma oportunidade para uma plataforma digital que pudesse aproximar os produtores dessas propagandas com as televisões”, relata.
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Grandeza e simplicidade 

Em suas palestras sobre empreendedorismo, Gustavo sempre trata da importância de uma empresa se vender bem. Sua trajetória é recheada de negócios com gigantes do mercado e ele desenvolveu o que chama de “Teoria dos pinos de boliche”: se você é capaz de negociar e trabalhar com o líder de mercado (pino inicial), os outros players vão te aceitar, como em uma reação em cadeia. “Esse é um grande desafio das startups no começo: ter endosso e reputação no mercado”, avalia o empreendedor.

Gustavo acredita que estamos vivendo uma revolução nos modelos de negócios e que muitas das grandes empresas não estão antenadas a isso. “A informação está aí para todos. Hoje uma empresa com poucos funcionários consegue incomodar uma gigante. É difícil aceitar essa ruptura e muitos estão ficando para trás. Isso acontece porque o raciocínio tende a ser linear. Mas as novas tecnologias não o são”, afirma.

Entretanto, no processo de inovação os erros são inevitáveis. “Na Samba Tech, as pessoas não têm medo de errar. Mas lá, você tem de errar rápido e não pode errar a mesma coisa depois. Ideias podem ser fantásticas, mas devem ser sempre executáveis”, pondera.
No curso sobre inovação que realizou em 2013 na famosa Singularity University, localizada em uma base de pesquisa da NASA no Vale do Silício, nos Estados Unidos, Gustavo viu de perto o desenvolvimento de tecnologias pioneiras aliadas ao lema “faster, better and cheaper” (mais rápido, melhor e mais barato).

“A tecnologia tem que resolver problemas, ser utilizável. Quanto mais simples for, mais escalável. O mais difícil não é complexidade da tecnologia, mas torná-la simples para ser utilizada na resolução dos problemas”, afirma.

Apesar do sucesso na forma de uma carreira meteórica – ele está com 33 anos – e procura dosar a quantidade de trabalho em sua rotina. “Sou um cara comum. Quem me vê trabalhando lá na Samba pensa até que sou um estagiário. No começo eu fazia de tudo e ficava o dia todo na empresa. Hoje, saio de lá às 18h, pois quero ver meu filho acordado quando chegar em casa. Quando estou brincando com ele, o celular fica bem longe. Gerenciar o tempo é fundamental”, finaliza.

Gustavo Caetano participou do Carreira Na Prática Empreendedorismo & Tecnologia, programa de preparação e decisão de carreira promovido pelo Na Prática. Quer conhecer melhor as oportunidades de carreira que uma trajetória empreendedora apresenta? Saiba mais aqui!

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O evento, que acontece em São Paulo em 30/10, contará com fintechs, legal techs, social techs, startups de educação e de mobilidade, além de empresas de tecnologia de grande porte em busca de novos talentos. Participe de paineis e outras atividades para conhecer melhor esse mercado e converse pessoalmente com representantes das melhores companhias do ramo!

As vagas são limitadas e as inscrições encerram em 3/9. Garanta sua inscrição agora mesmo!

Quer melhorar suas habilidades de liderança? Implore por feedback!

duas mulheres conversando em cafeteria

Mas olha… a verdade dói. Nós escutamos coisas que não gostamos de escutar. Levamos para o lado pessoal (e às vezes o feedback é dado de uma forma que realmente é pessoal). Só que quase sempre, quanto mais ele dói, mais próximo está da verdade.

Conheça o Autoconhecimento Na Prática, programa de autodescoberta e desenvolvimento do Na Prática

Quando você receber um feedback, primeiro agradeça. Essa pessoa acabou de te dar um grande presente: ela te disse algo que você pode usar para se tornar melhor no que faz, ou se tornar uma pessoa melhor no geral. Depois, distancie-se emocionalmente desse feedback. Ele não é um julgamento sobre você como um todo, mas um reflexo sobre como você agiu em uma situação ou contexto específico.

Disseque-o como um cirurgião. Filtre-o em meio ao ruído e identifique a verdadeira razão desse feedback – geralmente, não é o que nos contaram, mas um ponto muito mais profundo e subjetivo. Reflita sobre ele e decida, por si mesmo, se você concorda ou não com ele (desligado das suas emoções, apenas como observador dos fatos).

Pode ser que você discorde e o deixe de lado, o que é ok – nem todo feedback é algo que você quer ou precisa absorver. Mas pode ser que você encontre uma pontinha de verdade que vai fazer você pensar diferente naquela determinada situação.

Conheça o Liderança Na Prática, programa de formação de lideranças da Fundação Estudar

Agora encene, na sua cabeça, de que outra maneira você teria lidado com essa situação, com base no feedback que você acabou de processar. O que você faz aqui é, efetivamente, construir novos caminhos mentais. Você treina seu cérebro para agir diferente da próxima vez que um contexto parecido aparecer. É o que atletas chamam de “visualização”.

Em pouco tempo, você vai ter incorporado uma mudança de comportamento à sua vida, que pode te tornar um melhor líder, parceiro, empreendedor… E cuidado: isso vicia! Logo logo, você vai estar implorando por um feedback.

Pascal Finette é diretor do Startup Lab da Singularity University

Este artigo foi originalmente publicado no blog do Unreasonable Institute, e a tradução aparece em Endeavor

 

Google, Facebook, Ambev e outras empresas buscam talentos em conferência de carreiras da Fundação Estudar e Na Prática

jovens profissionais em conferência de carreiras Ene

Você já descobriu qual seria (ou será!) a empresa e o trabalho dos seus sonhos? Essa é a proposta da Ene, conferência de carreiras que a Fundação Estudar e o Na Prática realizarão no mês de agosto, em São Paulo.

O evento é gratuito e os interessados têm até o dia 28 de junho para realizar a inscrição e conseguir uma das 500 vagas disponíveis – ano passado foram quase dez mil inscritos! O foco é em universitários e jovens com até cinco anos de formação em qualquer curso de graduação.

Entre as trinta empresas que em busca de talentos na conferência deste ano estão Ambev, Bain & Company, BRF, BRMalls, BTG Pactual, Burger King, Facebook, Falconi, Globo, Google, Heinz e Omega Energia.

quero-participar

Segundo Tiago Pizzolo, organizador do evento, a conferência é diferente de outras iniciativas similares pois ajuda o participante a se conhecer melhor e cria um ambiente informal que facilita a conexão entre jovens e empresas. “Todas as empresas participantes ficam em mesas, e para fazer qualquer pergunta para os próprios profissionais dessas companhias, é só puxar uma cadeira e começar o papo”, explica.

Ene
Conferência Ene 2014 [Fundação Estudar]

Para Tiago, toda a programação foi pensada como uma maneira de estabelecer um diálogo próximo e transparente entre as empresas e os jovens, para ajudá-los a encontrar a oportunidade de estágio ou emprego dos seus sonhos.

Lá, não estarão só os recrutadores em busca de novos talentos, mas também profissionais de diversas setores prontos para compartilhar o dia a dia de suas funções – como marketing, finanças, recursos humanos, vendas e operações – a fim de auxiliar o jovem a entender qual a sua área de interesse.

Além de conectar-se a todas estas organizações, o participante também contará com workshops, sessões de coaching, bate-papos com grandes líderes e outras atividades que vão ajudar a traçar seu perfil profissional e buscar entender de fato qual estilo de empresa faria mais sentido para ele.

“Normalmente as decisões profissionais do início de carreira são tomadas com pouca informação, baseadas em muito achismo. Nos questionamos muito pouco sobre quem somos e o que queremos, por isso não entendemos qual oportunidade realmente tem tudo a ver com a gente e vai maximizar o nosso potencial”, conta Tiago. “Com a Ene, queremos suprir essa lacuna e dar ao jovem a oportunidade de conhecer melhor a si mesmo e ao mercado, contando com a ajuda de especialistas e das próprias empresas”.

quero-participar

Outro grande diferencial da conferência é o pitch de talentos. Inspirado nos pitches de startups, em que os empreendedores apresentam suas ideias de negócio para investidores, o pitch de talentos é uma inovação da Ene que dá ao jovem a possibilidade de realizar uma apresentação de dois minutos “vendendo seu peixe” para uma plateia de recrutadores de diversas empresas.

“No meu processo de busca profissional, a conferência me ajudou a descobrir não somente o que eu realmente quero fazer, mas especialmente o que eu não quero fazer. E isso é importante, pois tinha dúvidas sobre trabalhar em alguns setores que eu tirei da minha cabeça”, comenta Daniel Lavall, participante da edição de 2014.

Durante o evento, participantes do Brasil inteiro devem se reunir buscando conetar-se com o emprego dos sonhos. A Conferência Ene será realizada dia 3 de agosto, das 7h30 às 17h, no Hotel Unique, em São Paulo. As inscrições podem ser feitas por aqui.

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