Mulher reagindo a feedback negativo de homem

A importância do feedback no ambiente de trabalho é inegável. A prática já foi apontada, pela ciência, como elemento chave na alta performance e na eficiência da liderança. Enquanto as avaliações positivas servem como motivador poderoso, o feedback negativo ajuda a monitorar o comportamento, inclusive profissional.

Mas não importa o contexto, receber críticas exige certo nível de desapego – o bastante para que o feedback seja levado em conta de forma apenas racional (ou o mais próximo disso possível). Do contrário, pode causar sentimentos que afetam a efetividade e prejudicam ainda mais a performance – efeito oposto ao seu objetivo. É um equilíbrio difícil de alcançar e, por isso, dicas são bem vindas.

A psicóloga organizacional Tasha Eurich, que trabalha ajudando empresas a melhorar a efetividade de suas equipes líderes, escreveu sobre o assunto em um artigo para a Harvard Business Review. Nele, Tasha descreveu cinco ações comprovadas que favorecem o recebimento de feedback negativo “aberta e calmamente” e também a capacidade de “miná-lo por insights e aproveitá-lo para melhorar, sem danos colaterais à confiança”. Confira suas dicas!

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1. Não tenha pressa para reagir 

Como parte de um programa de pesquisa para seu novo livro, “Insight”, a psicóloga descobriu que, enquanto a maioria das pessoas busca mostrar suas emoções de imediato, as pessoas autoconscientes se dão dias, ou até mesmo semanas, para rebater o feedback negativo.

Especificamente, muitas dessas pessoas relataram trabalhar ativamente para mudar o modo como viam o feedback – pensando na informação como útil e produtiva -, algo que os psicólogos chamam de “reavaliação cognitiva”.

Outra técnica que utilizavam é a autoafirmação. Ou seja: lembrar de outros aspectos da própria personalidade (considerados positivos). Isso diminui à  resposta física à ameaça e ajuda a se tornar mais aberto ao comentário negativo.

2. Obtenha mais informação

“Não conseguimos reagir a um feedback até que o compreendamos completamente”, diz Tasha. Especialmente quando se trata de uma opinião, geralmente é uma boa idéia perguntar a alguém confiável sobre o comportamento.

Não apenas isso pode dar mais detalhes sobre a questão tida como negativa, mas também pode evitar a correção exagerada do comportamento, baseada na opinião de apenas uma pessoa.

Entre as descobertas da estudiosa, está que a maioria das pessoas autoconscientes tem um círculo pequeno de pessoas em quem confiam para lhes dar feedback. Os “críticos amados” – como a psicóloga os chama – não precisam ser necessariamente amigos ou pessoas próximas.

3. Dê um sinal das mudanças

Mudar um comportamento não garante que os colegas perceberão. Quando a transformação se dá por conta do feedback dos outros, mas eles não percebem o esforço, o indivíduo pode se sentir desencorajado.  

Como o treinador de liderança Marshall Goldsmith notou tão apropriadamente, pode ser mais difícil mudar as percepções de nosso comportamento, do que mudar o próprio comportamento.”

A solução encontrada por Tasha? Logo em seguida ao feedback, realizar uma ação altamente visível e simbólica que mostrará quão sérios são os propósitos de quem procura evoluir de acordo com suas críticas.

4. Depois do feedback negativo, não seja um mártir solitário

Receber um feedback negativo pode provocar o isolamento. Uma pesquisa científica provou isso: depois do feedback negativo, a tendência é evitar quem o deu. O que os mesmos estudiosos também descobriram é que os que agem assim experimentam declínio em seu desempenho.

Para Tasha, no entanto, o momento deve ser visto como uma oportunidade.

“O feedback negativo pode ser uma desculpa excelente para reajustarmos nossos relacionamentos e, com a abordagem adequada, nossos maiores críticos pode se tornar nossos maiores defensores.”

5. Mantenha em mente que a mudança é apenas mais uma opção

A maioria das pessoas ambiciosas de sucesso acredita que, quando um comportamento está limitando seu sucesso, elas devem trabalhar para mudá-lo. Mas nem sempre a melhor forma de administrar as fraquezas é tão clara.

Às vezes, um feedback pode colocar luz em falhas que estão “entranhadas”. Nesses casos, pode ser que a melhor resposta seja admiti-las – primeiro, para si mesmo, e depois, para os outros -, enquanto definimos expectativas sobre como deveríamos agir.

“Quando nos livramos das coisas que não podemos mudar, isto nos libera energia para focar na mudança das coisas que nós podemos”, diz, por fim, Tasha.

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