Mulher conversando com homem em trajes formais

Duas figuras bastante recorrentes quando o assunto é gestão e aceleração de carreira, o coach e o mentor estão longe de ter papeis equivalentes. Embora ambos trabalhem para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, lançam mão de diferentes metodologias e abordagens para atingir esse objetivo.

“No coaching, o objetivo é ajudar no seu processo de raciocínio”, diz Thaylan Toth, à frente da equipe de pesquisa da Fundação Estudar. Formado em Administração e Economia, Thaylan realizou mestrado em psicologia organizacional na Universidade Columbia, em Nova York.

O coach, normalmente contratado para desempenhar essa função, não diz o que você tem que fazer, mas te ajuda a se conhecer melhor e organizar cenários, de forma a auxiliar o processo de tomada de decisão em diversas situações.

Entre os cenários mais comuns que levam as pessoas a procurar esse tipo de apoio, é possível citar entrada no mercado, insatisfação com a carreira atual e vontade de mudar de área, transição de cargos, posições de liderança à vista, grandes projetos pela frente ou mesmo a vontade de desenvolver certas habilidades.

Já o mentoring é um recurso para quem tem em mente um objetivo mais específico de crescimento de carreira, e quer entender o melhor jeito de chegar lá. Ao contrário do coach, um profissional especializado nesse serviço, o mentor é um profissional senior da mesma indústria que seu mentorado. O contato com ele costuma ser menos formal e não envolve uma relação financeira.

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A seguir, entenda um pouco mais sobre as diferenças entre mentoring e coaching:

Coach

A metodologia normalmente empregada no coaching é o diálogo direcionado, em que o coach faz diversas perguntas com o objetivo de guiar o próprio processo de raciocínio do seu coachee (termo usado para se referir aquele que busca a ajuda do coach). “O coach te ajuda a quebrar seus pensamentos pré-definidos, derruba as barreiras mentais que você constrói”, diz Thaylan. É a partir da conversa entre coach e coachee que surgem as respostas – não se trata de um processo unidirecional.

Para Stephanie Crispino, coach responsável pelo programa de aceleração dos bolsistas da Fundação Estudar em 2014, esse profissional te ajuda a ter mais clareza nos seus objetivos e a traçar um plano de ação para atingi-los. A execução, no entanto, fica a cargo do coachee, de modo que estar comprometido com o processo faz bastante diferença no resultado final.

Ela diz que o mais importante é que esse profissional seja muito bem treinado na metodologia de coaching, e não necessariamente tenha experiência no mesmo mercado em que o coachee atua. Ainda assim, existem coaches especializados em certos nichos (para empreendedores, executivos, na área de finanças, marketing, etc), e, nesse caso, aproximam-se um pouco mais do processo de mentoria.

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Mentor

“Quem busca um mentor já sabe o quer fazer da vida, tem um objetivo um pouco mais claro”, explica Thaylan. O mentor é um profissional mais sênior que já trilhou uma carreira parecida com a que você quer trilhar e está lá para te dar o caminho das pedras. Em outras palavras, é alguém com bastante experiência na sua área e que vai compartilhar com você informações sobre a carreira dele.

Assim, ao contrário do coach, que te ajuda a chegar às próprias conclusões e encontrar as respostas em você mesmo, o mentor lida com um tipo de situação em que o melhor que tem a fazer é dar conselhos objetivos.

Conseguir um mentor, muitas vezes, envolve uma proposta inicial daquele que quer ser mentorado. “As pessoas são mais abertas a esse tipo de pedido do que você imagina”, defende Thaylan. Para ele, desde o estagiário até profissionais mais seniores podem buscar esse tipo de ajuda.

Se no programa de coaching você pode esperar falar bastante sobre você e suas experiências, durante o mentoring a ideia é você ouvir o máximo possível do que seu mentor tem para compartilhar. “O coach é mais isento e imparcial, e não fala sobre ele mesmo”, explica Stephanie.

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