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Quer mudar a educação no Brasil? Confira essas vagas!

Jovens estudantes em mesa de estudos em escola

O Brasil é o 60º colocado entre os setenta e seis países que compõem o ranking mundial de educação feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, um dos mais completos mapas sobre o cenário educacional ao redor do globo.

Apesar do mau desempenho, essa mesma organização vê no país um grande potencial de crescimento econômico se houver progressos no setor de ensino. Duas organizações que trabalham com esse objetivo – Eleva Educação e Fundação Lemann, ambas ligadas ao empresário Jorge Paulo Lemann – estão com vagas abertas para jovens que compartilham desses mesmo sonho. As empresas buscam jovens com foco em resultados e sem receio de botar a mão na massa e fazer acontecer. Confira a seguir:

Fundação Lemann – Estágio e vagas efetivas (até 2/10)

Há catorze anos, a Fundação Lemann trabalha com um objetivo de melhorar a educação brasileira. Para tanto, desenvolve e apoia projetos inovadores, atua com políticas públicas e forma lideranças no setor – tudo de acordo com a cultura corporativa herdada do fundador, o empresário Jorge Paulo Lemann. É possível saber mais sobre o trabalho na Fundação Lemann nesta entrevista, realizada pelo Na Prática.

Confira as vagas aqui

 

Eleva Educação – Trainee Pedagógico e Trainee Executivo (até 3/10)

Com mais de 50.000 alunos, a Eleva está construindo uma rede de escolas de alta qualidade acadêmica, suportada por uma plataforma pedagógica de impacto. Uma solução inovadora que, de fato, prepara o aluno para o futuro. Para ajudar nesse desafio, está à procura de jovens talentosos interessados em atuar na parte pedagógica ou executiva da companhia. O trainee executivo é voltado para recém-formados de todas as áreas, alinhados a nossa missão e que queiram crescer na empresa. O trainee pedagógico voltado para jovens professores dispostos a assumir novos desafios pedagógicos e com obsessão por ensinar e aprender.É possível saber mais sobre o trabalho na Eleva Educação nesta entrevista, realizada pelo Na Prática.

Confia as vagas aqui

 

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Impacto social e cultura 3G? Conheça o trabalho na Fundação Lemann!

Equipe da Fundação Lemann em 2016

Há catorze anos, a Fundação Lemann trabalha com um objetivo de melhorar a educação brasileira. Para tanto, desenvolve e apoia projetos inovadores, atua com políticas públicas e forma lideranças no setor – tudo de acordo com a cultura corporativa herdada do fundador, o empresário Jorge Paulo Lemann.

Depois de ter sido pioneiro com o Banco Garantia e construído um império empresarial a frente do 3G Capital, Lemann agora reorienta o seu tino por excelência e resultados para suas fundações; além da Lemann, o empresário também está entre os criadores da Fundação Estudar.

Até 2 de outubro, no domingo, interessados podem se inscrever no processo seletivo da organização. São diversas vagas efetivas e de estágio e não há limite de idade ou de formação acadêmica.

“Impacto social significa mudar a vida de pessoas, transformar o Brasil em um país mais justo e avançado e o nosso jeito de fazer isso é com bastante seriedade, compromisso com resultados concretos e forte controle de prazo e orçamento”, explica Lucas Machado Rocha. Formado em engenharia da computação, ele foi trainee do Itaú Unibanco e hoje é coordenador de projetos na fundação.

Abaixo, ele explica ao Na Prática um pouco mais sobre o dia a dia profissional:

Como é o estilo de trabalho na Fundação Lemann?
Trabalhar na Fundação Lemann é trabalhar para resolver desafios grandes e complexos ao lado de um time ultra competente, sabendo que o resultado final vai melhorar a vida de muitas pessoas. Esse último ponto é o que, para mim, diferencia o trabalho das outras experiências profissionais que tive – a chance de trabalhar com um propósito em que acredito.

Por que decidiu trabalhar com educação e no terceiro setor?
Com o tempo, cunhei o que seria minha noção de sucesso. É um checklist simples, de três itens apenas: 1. Aprender algo novo, 2. Construir algo que me dê orgulho, e 3. Ter aprendido e construído algo que seja útil para alguém além de mim. Aliar educação e terceiro setor foi a maneira que encontrei de me sentir bem com o meu trabalho.

Quais são suas responsabilidades cotidianas?
Hoje coordeno uma equipe responsável por buscar formas de melhorar a educação usando a tecnologia como ferramenta. Estamos sempre em contato com alunos, professores e gestores escolares, entendendo suas necessidades e tentando buscar formas de resolvê-las. Fazemos parcerias com startups em educação e tecnologia, nacionais e internacionais, as ajudamos a testar suas soluções e ajustá-las para de fato resolver as necessidades da educação brasileira.   

Como seu trabalho impacta nos objetivos gerais da organização?
Meu trabalho e o trabalho da minha equipe impactam diretamente nos objetivos da Fundação Lemann pois contribuem claramente para promover uma educação de excelência. Hoje existem milhões de pessoas aprendendo e interagindo com alguma das plataformas educacionais que apoiamos como a Khan Academy, a Geekie, o Scratch, o Youtube EDU, entre outras. 

Fundação Lemann - Lucas Machado Rocha
[Lucas Machado Rocha / Fundação Lemann]

Qual é o perfil de alguém que se dá bem na Fundação Lemann?
São pessoas movidas pelo desejo de transformar o Brasil e que não se deixam abalar pelas dificuldades e complexidade dessa missão. São comprometidas, inteligentes e que se preocupam genuinamente com fazer a diferença.

Quais são as possibilidades de crescimento dentro da organização?
A Fundação Lemann é uma organização bastante meritocrática e que tem crescido bastante. Desafios para gente boa não faltam e as oportunidades para aprender são imensas. Crescer passa a ser a consequência de um trabalho bem feito.

Quais são os lados bons e ruins de se trabalhar no terceiro setor?
Para mim a principal vantagem é ter desafios realmente grandes e complexos para resolver. Eu tenho brincado que comprar e vender ações é fácil, difícil é alfabetizar uma criança. O ruim é que muitas pessoas ainda não pensam assim e o terceiro setor acaba deixando de atrair muita gente talentosa que poderia estar fazendo a diferença para o Brasil.

Quais são os desafios atuais da organização no curto e longo prazo?
Nosso objetivo é transformar o Brasil em um país mais justo e avançado e a educação tem sido para nós uma estratégia ultra relevante. Assim, garantir que todos os brasileiros tenham a oportunidade de viver uma educação de excelência tem sido nosso maior desafio.

Interessou-se? Inscreva-se no processo seletivo da Fundação Lemann até 2/10!

O lado bom e o lado ruim de trabalhar em uma startup

homens jovens conversando com cerveja sobre a mesa

As notícias sobre startups que nasceram em uma garagem e hoje faturam milhões seduzem muitos funcionários que estão insatisfeitos com seus empregos. Com o país vivendo um momento difícil como o de agora, vários profissionais também perderam seus cargos em grandes empresas e estão dispostos a recomeçar em uma startup.

Mas esse tipo de trabalho é mesmo essa maravilha toda?

Não é novidade entre aqueles que buscam uma melhor colocação que muitas startups estão revolucionando a maneira de se fazer negócios e prestar serviços. Mas, trabalhar com esses jovens que estão desbancando negócios tradicionais com uma maneira diferente de enxergar as coisas será um bom negócio para minha carreira?

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Como quase tudo nessa vida, trabalhar em uma startup tem seu lado bom, mas também tem seu lado ruim. Conversamos com profissionais que fizeram a opção por esse caminho e procuramos listar abaixo alguns dos principais pontos a serem avaliados por quem pretende trabalhar nesse tipo de empresa.

Vantagens

1. Ser sócio do negócio: Como, no início, a maioria das startups não pode oferecer grandes salários, elas adotam estratégias de contratação que incluem bônus por projetos, participação nos lucros e até a possibilidade de adquirir ações da empresa. Ou seja, se o negócio evoluir rapidamente, você pode ter uma remuneração surpreendente.

2. Informalidade do ambiente de trabalho: Horários de trabalho flexíveis, happy hour depois do expediente, mesa de sinuca e ping-pong, além da possibilidade de ir trabalhar com aquele jeans que você adora. O ambiente de trabalho nas startups é descontraído, com muitos jovens, e todos podem ficar à vontade para desempenhar suas funções.

3. Crescimento rápido: O número de funcionários em uma startup em seu estágio inicial é pequeno. Se você chegar e mostrar serviço, logo os fundadores e administradores te colocarão para ocupar uma diretoria, com a responsabilidade de gerir grandes projetos.

4. Desenvolvimento de múltiplas habilidades: A estrutura de uma startup é muito flexível, com profissionais que sabem atuar em diversas áreas. Ao começar em uma empresa como essa, necessariamente você será obrigado a aprender tarefas diferentes e tomar decisões que não tomaria em outras empresas.

5. Proximidade com os colegas: Como a equipe é reduzida, todos se ajudam e procuram trabalhar com uma sintonia grande.  Não será uma novidade virar a noite trabalhando com seu colega de trabalho e fazer viagens com ele. Quando você menos perceber, já estará desabafando sobre os problemas pessoais e uma grande amizade terá se formado.

Leia também: Google, Facebook, Uber, Netflix e Nubank estão com vagas abertas

Desvantagens

1. Fortes emoções: Vários empreendedores comparam trabalhar em uma startup com andar em uma montanha-russa. Um dia tudo vai bem, no outro fortes turbulências. Se você não lida bem com pressão e riscos, procure outra atividade.

2. Transmissão de conhecimento: Pessoas que não são proativas tendem a ter dificuldades, já que a estrutura é horizontal e ninguém costuma dizer o que o outro irá fazer na startup. Muitos são os próprios chefes e, como se costuma dizer, aprendem “na marra”, com a prática.

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3. Alta rotatividade: Os empregados de uma startup costumam ser jovens, muitos sem um planejamento de carreira. Isso gera mudanças de planos repentinas, pedidos de demissão para abrir a própria startup e assédio de outras empresas. O resultado é a dificuldade de manter a mesma equipe treinada e ciente da cultura da empresa.

4. Carreira menos estruturada: Não são raros os casos de funcionários que assumiram projetos em áreas que não dominavam e fracassaram por isso. Também não existe um plano de carreira delimitado, o que pode gerar expectativas frustradas por promoções e comparações indesejáveis com outros funcionários.

5. Currículo: Como muitas startups ainda não fizeram seu nome no mercado, a passagem de um profissional por elas tende a não ser tão valorizada por um recrutador em um futuro processo seletivo. Assim, ser diretor da startup “X” pode não ter o mesmo peso de um estágio em uma consultoria famosa “Y”.

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Perguntas que todos deveríamos fazer para encontrar nosso propósito

Homem olhando para lago

Na mesma semana, recebi duas mensagens que, juntas, me provocaram bastante. A primeira era de um estudante de escola pública da periferia de São Paulo, que pedia ajuda para que o grêmio estudantil que ele participa pudesse repensar e “reconstruir o método da escola”.

A outra mensagem veio da Índia, e era de uma amiga que estava contando sobre uma conhecida que morava no Centro-oeste brasileiro e saiu de um trainee de alta performance com chances de crescimento corporativo para trabalhar no que ela realmente acredita: educação.

Leia também: Sucesso e propósito estão diretamente conectados, indicam estudos

O que nós, como sociedade, ainda não compreendemos para começarmos a fazer diferente? Jovens que buscam novos modelos para a educação que eles mesmos estão vivendo e pessoas que questionam os modelos de trabalho em busca de propósito são cada vez mais frequentes.

Estudar em um colégio que prioriza o conteúdo cobrado no vestibular é sim uma opção, trabalhar 15 horas por dia em uma empresa que paga altos salários também é possibilidade para algumas pessoas. No entanto, acredito que devemos saber sobre a diversidade de caminhos que existem para escolhermos o nosso próprio de maneira clara.

E para escolher o caminho com o qual mais nos conectamos, precisamos fazer algumas perguntas para nós mesmos:

1. O que me faz vivo?

2. O que está no meu piloto automático?

3. O que levo nos meus bolsos?

4. Quem admiro e ainda não conheço pessoalmente?

5. Quem sou eu, sem falar de trabalho em nenhuma parte da resposta?
(Essa pergunta vai ser bastante difícil para alguns)

6. Finalmente: qual o meu propósito?

laerte-balanco
Quadrinho do cartunista Laerte Coutinho,
publicado na Folha de São Paulo

A mágica acontece fora da zona de conforto Não tive a oportunidade de ser como o estudante incomodado com a educação que me procurou no começo da semana. Tive uma experiência educacional tradicional, mas que gostei bastante. Mas me identifico muito com a menina que saiu de u
ma grande corporação em busca de propósito.

Com o Caindo no Brasil, saí de grandes empresas para uma viagem de cinco meses de ônibus pelo Brasil para conhecer as realidades e iniciativas que fazem a diferença na educação do nosso país. Você pode assistir mais sobre a história no vídeo abaixo ou ler um trecho do livro Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da educação para conhecer mais sobre as iniciativas educacionais que visitei.

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caio dib
Caio Dib, colunista do Na Prática, é fundador do Caindo no Brasil. Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, já integrou equipes de instituições como Abril Educação, Colégio Bandeirantes e Instituto Natura. É autor de Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da educação e Educação Reinventada: a tecnologia como catalisadora de uma nova escola.Também é educador no Transform+ação, um curso extracurricular que empodera jovens com idades entre 10 e 14 anos para criarem projetos que melhoram o bairro que vivem e estudam.

12 livros essenciais para quem é (ou quer ser) trainee

Livros indicados para trainee

Ser trainee tem sua dose de glamour, para não falar nos mimos e bons salários, mas a contrapartida exigida do jovem não é pequena. Depois de passar por uma seleção rigorosa, os aprovados precisam encarar uma rotina pesada e cheia de desafios.

Para driblar armadilhas — ou aprender com elas, quando forem inevitáveis —, é importante contar com um bom repertório sobre o mundo da carreira e dos negócios. Os livros podem ser uma fonte inesgotável de lições nesse sentido.

“Nos processos seletivos que conduzo, percebo que o mais importante, depois do autoconhecimento, é estar antenado com o que acontece no Brasil, no mundo e no universo empresarial”, afirma Viviane Camerlingo, consultora da Cia de Talentos. Segundo ela, os jovens que se informam por diferentes canais, inclusive os livros, constroem visões de mundo melhores e mais críticas.

Leia também: Confira os programas abertos de estágio e trainee

Quer indicações? A seguir, você verá 12 obras que podem ajudar quem é ou pretende se tornar trainee, segundo especialistas. Os títulos abordam temas como liderança, lucratividade, autoconhecimento, gestão do tempo e muitos outros. 

1. “Empresas feitas para vencer”, de Jim Collins
O que explica o sucesso estrondoso de certas empresas? Movido por esse questionamento, o consultor Jim Collins investigou os mecanismos de um negócio que consegue sustentar bons resultados no decorrer do tempo, e transformou suas descobertas nesta obra.

Para Tiago Mitraud, diretor executivo da Fundação Estudar, o livro não interessa apenas a líderes experientes, envolvidos na alta gestão das empresas: ele também pode ser muito útil para o recém-ingressante no mercado de trabalho. “O trainee precisa entender o que faz uma empresa dar certo”, afirma.

Segundo o especialista, o jovem pode aplicar os princípios do livro de Collins à sua realidade particular. O que vale para o negócio como um todo, afinal, também vale para um departamento. “Além de ensinar boas práticas, o livro oferece uma visão sistêmica sobre a organização, mostra como funciona a mentalidade dos executivos e traz repertório para reuniões e conversas”, explica.

2. “A arte de fazer acontecer”, de David Allen
O foco, aqui, é gestão do tempo e produtividade. Criador do método GTD (Getting Things Done), usado por inúmeras empresas em todo o mundo, o autor do livro dá conselhos práticos para priorizar tarefas, eliminar e-mails não lidos, reavaliar metas e gerenciar projetos. As lições são importantes para o trainee pelo imenso volume de trabalho que ele encontrará na empresa assim que for aprovado no processo seletivo. “O jovem precisará ser ágil e produtivo desde o dia 1”, afirma Mitraud.

3. “O poder do hábito”, de Charles Duhigg
Neste bestseller, o repórter do “The New York Times” Charles Duhigg argumenta que o segredo para conquistar qualquer objetivo pessoal ou profissional é entender como os hábitos funcionam —  e como podem ser transformados. O subsídio para seus argumentos são centenas de artigos acadêmicos, entrevistas com centenas de cientistas e pesquisas realizadas em dezenas de empresas. A indicação é de Viviane Camerlingo, consultora da Cia de Talentos.

4. “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, de Dale Carnegie
Citado pelo megainvestidor norte-americano Warren Buffett como uma grande influência para sua vida, este clássico assinado pelo orador e escritor Dale Carnegie foi lançado em 1937, mas ainda é uma referência muito atual sobre networking. “O livro mostra como conquistar as pessoas e se tornar influente no seu ambiente de trabalho, algo fundamental para qualquer trainee”, diz Mitraud, que também destaca a importância dessas lições para a etapa do processo seletivo que envolve dinâmicas de grupo. Quanto mais cedo o jovem dominar as sutilezas do relacionamento com os demais, mais ágil será sua ascensão profissional.

5. “Dobre seus lucros”, de Bob Fifer
De acordo com Mitraud, o jovem deve assimilar desde cedo um fato inegável sobre a carreira corporativa: qualquer que seja a sua função, seu objetivo principal será garantir os lucros da empresa. “É isso o que justifica a existência e garante a permanência de um negócio”, diz ele. Mas como impulsionar a lucratividade de uma companhia? Neste livro, o consultor Bob Filter mostra como aumentar a receita e cortar custos por meio de dicas práticas e, por vezes, surpreendentemente simples. “É importante que o trainee entenda o mecanismo básico de uma empresa, e aplique a lógica da maximização dos lucros às suas atividades cotidianas”, afirma o diretor da Fundação Estudar.

6. “Como o Google funciona”, de Eric Schmidt e Jonathan Rosenberg
Em 2016, pela terceira vez consecutiva, o Google ficou no topo do ranking de empresas dos sonhos dos jovens da Cia de Talentos. Escrito por dois executivos da companhia, este livro mostra como esta máquina de atrair candidatos — que chega a receber 2 milhões de currículos por ano em todo o mundo — funciona por dentro, da cultura corporativa ao dia a dia da equipe.

Uma das lições mais importantes para os trainees é a constatação de que a empresa não vive só de inovação e adrenalina. “Cerca de 70% da equipe trabalha com a ferramenta de busca, isto é, o produto mais básico e rentável do Google, enquanto só 30% se dedicam aos projetos alternativos e disruptivos”, explica Mitraud. “Isso mostra ao jovem que mesmo nas empresas mais descoladas o trabalho também será rotineiro e ‘pé no chão’”.

7. “Paixão por vencer”, de Jack Welch
Escrito pelo guru de gestão Jack Welch, que esteve à frente da GE entre 1981 e 2001, este livro traz paradigmas que continuam atuais para o mundo dos negócios. O objetivo é apresentar as práticas de liderança, contratação e estratégia que permitiram a perenidade de uma empresa fundada no século 19 pelo inventor Thomas Edison.

Para Mitraud, o livro é um bom conselheiro para o presente e para o futuro, apesar de refletir práticas típicas do século passado. “Embora antigas, as lições de Welch continuam fazendo sentido”, explica ele. “O jovem tem muita sede de novidade, mas precisa entender que muito do passado ainda se aplica no presente”. Startups e negócios disruptivos ensinam muito, mas empresas centenárias também.

8. “Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto”, do Instituto Empreender Endeavor
O “país incerto” do título é, sim, o Brasil. Segundo Mitraud, o livro vale a pena por mostrar algumas das principais dificuldades vividas por empresas brasileiras e como foi possível driblá-las. Os exemplos misturam histórias de empresários famosos com outras protagonizadas por desconhecidos do público.

O grande diferencial da obra é abordar questões típicas do ambiente de negócios local, tais como a complexidade tributária do país. “É importante que o jovem trainee conheça cases estrangeiros, mas também é essencial que tenha contato com lições sobre a realidade que vivemos aqui”, diz o diretor da Fundação Estudar.

9. “O lado difícil das situações difíceis”, de Bem Horowitz
Um passeio pela seção de negócios de qualquer livraria trará uma constatação inequívoca: não faltam títulos sobre pessoas e negócios que “deram certo”. Mas onde ficam as histórias sobre o que fracassou? Neste livro, o empresário Ben Horowitz conta de forma direta as piores agruras que sofreu em sua trajetória. O objetivo, claro, é dar conselhos para que o leitor não caia nas mesmas armadilhas, mas a sinceridade do autor sobre o lado difícil da carreira tem grande valor para o jovem, afirma Mitraud.

“O livro é interessante para os trainees porque mostra como as coisas dão errado na maior parte do tempo, e simultaneamente ensina a melhor forma de reagir a essas adversidades na prática”, explica o especialista. Fã de rap, o autor ilustra suas lições com letras das suas músicas preferidas, o que ajuda a tornar a leitura mais leve e descontraída.

10. “Desafiando o talento: Mitos e verdades sobre o sucesso”, de Geoff Colvin
Qual é a importância do dom para a carreira? Genialidade existe? Neste livro, o autor busca determinar o que torna algumas pessoas mais bem-sucedidas do que outras. O resultado é um conjunto de lições que podem inspirar profissionais em qualquer fase da carreira, do trainee ao CEO. O valor da obra está no fato de desconstruir a ideia de que há talentos natos, afirma Mitraud. “O segredo é combinar esforço com o que ele chama de prática deliberada, isto é, ser capaz de se desafiar ao longo da sua trajetória para se desenvolver continuamente”, explica.

11. “O processo da pérola”, de Tonny Nelson
Recomendado pelo autor do best-seller “O monge e o executivo”, James Hunter, este livro é um guia para planejar os próximos anos da sua carreira. O leitor é convidado a fazer um balanço de sua vida e criar um mapa de metas. Segundo Viviane Camerlingo, consultora da Cia de Talentos, trata-se de um excelente aliado para o autodesenvolvimento de um jovem trainee. Linguagem acessível e exercícios práticos completam a proposta didática da obra.

12. “Tomar a vida nas próprias mãos”, de Burkhard Gudrun
Escrita pela médica brasileira Burkhard Gudrun, esta obra propõe que o leitor se conscientize sobre sua própria história de vida e sobre como suas atitudes estão relacionadas à vida das outras pessoas. Camerlingo diz que sempre recomenda este título para profissionais em início de carreira. “Gosto do conceito antroposófico que divide a vida em ciclo de 7 anos, os chamados setênios”, explica. Segundo ela, a obra serve como introdução a um coaching de carreira, com foco no autoconhecimento e no autodesenvolvimento do jovem.

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Matéria originalmente publicada pelo portal EXAME.com

Por dentro da carreira de professor no grupo que emplacou 5 escolas entre as 15 melhores do país

caio da eleva educação

Não é de hoje que a preocupação com a educação brasileira ocupa lugar central nas demandas da sociedade por melhorias estruturais no país. Para conquistar avanços nesse campo, no entanto, é importante engajar todos os envolvidos no ecossistema da educação — principalmente os professores.

Nesse sentido, o cenário é ambíguo. Por um lado, percebe-se um aumento do desinteresse dos jovens em seguirem a carreira de professor (menos de 2% dos estudantes, segundo pesquisa de 2010 da Fundação Victor Civita). Por outro, surge no país uma nova leva de jovens talentosos e dipostos a desafiar esse problema de frente. De que lado você prefere estar?

Reunindo egressos dos mais variados backgrounds, o último grupo é formado por jovens inovadores e com foco em resultados que vêm revolucionando a educação no Brasil de dentro para fora. É o caso de Fernando Carnaúba, economista que contribui para a formação de professores nas escolas do Somos Educação, ou de Claudio Sassaki, o arquiteto que trabalhou no mercado financeiro e hoje toca a Geekie, uma das mais bem sucedidas startups brasileiras de inovação educacional. 

O trabalho na Eleva Educação

O carioca Caio Lo Bianco, bolsista da Fundação Estudar, também faz parte desse movimento. Formado em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio), ele sempre foi um apaixonado por educação. Hoje, trabalha como trainee no Eleva Educação, empresa com investimentos do Gera, fundo venture capital de Jorge Paulo Lemann para a área de educação. A Eleva é responsável pelo aprendizado de mais de 50 mil alunos, por meio de escolas próprias e escolas parceiras espalhadas pelos Brasil inteiro. Em 2015, emplacou quatro de suas escolas entre as 15 melhores no Enem.

A empresa, inclusive, está com inscrições abertas para seu programa de trainee, que inclui tanto posições na parte executiva da empresa, como na carreira de professor. O trainee para professor da Eleva resolve duas das principais causas da falta de interesse pela profissão: má remuneração e ausência de progressão na carreira. Assim, os professores que fazem parte do programa recebem mais do que o dobro da média de remuneração da profissão, com bônus por performance, e são treinados para assumir cargos de liderança no grupo.

Inscreva-se no programa de trainee
da Eleva Educação até 3/10!

Mas se engana quem imagina Caio, pela sua formação, focado em alguma função administrativa. Atualmente, ele divide seu tempo entre a sala de aula — ensinando Matemática para alunos do Ensino Fundamental — e outras atividades pedagógicas, como a elaboração de materiais didáticos. A seguir, ele fala sobre os desafios da profissão de professor e a decisão de abrir mão de uma carreira tradicional em economia para se dedicar a sua paixão:

Como você se envolveu com a temática de educação?
Foi muito por influência da minha avó, que era diretora de colégio e professora de línguas. Desde que eu era criança ela sempre discutiu muito comigo sobre educação, enviava cartas com recortes de jornais e reportagens sobre o tema. Então isso foi instigando em mim um interesse por educação. Essa história de crescer ouvindo e discutindo temas e propostas de educação… Eu fiquei apaixonado pelo setor e nunca pretendo mudar de área. Ao mesmo tempo, eu também queria ter um impacto na sociedade por meio da minha atuação profissional e, para mim, educação foi e sempre vai ser a forma mais palpável de atingir esse impacto. Na faculdade, dei aulas em um cursinho como voluntário. Até cheguei a fazer um estágio na indústria, durante um intercâmbio em Londres, para ver se eu gostava da experiência. Mas isso só reforçou a ideia de que não, que o que eu queria mesmo era o mercado de educação.

Como é o seu trabalho na Eleva Educação?
Eu entrei como estagiário para trabalhar na parte de gestão. Durante meu primeiro ano, ajudei a desenvolver a parte de metas de todas as áreas da empresa. Assim, era necessário entender o funcionamento de cada parte da empresa. Isso foi muito legal porque me deu uma visão bem ampla do negócio. Mas no final do estágio eu já estava percebendo que o que eu queria a partir de então era trabalhar na parte pedagógica mesmo, impactando a vida dos alunos na ponta. Foi quando virei trainee e migrei para a pedagógica. Comecei em uma área de contextualização, ajudando a tornar o nosso material mais contextualizado, mais alinhado com o dia a dia do aluno. E depois fui para outro projeto, de habilidades de vida, que tem o objetivo de desenvolver habilidades socioemocionais nos alunos. Ajudei a criar um currículo de habilidade de vida para ser usado em nossas escolas, e em cima disso trabalhamos projetos e dinâmicas que desenvolvam habilidades como curiosidade, colaboração, pensamento crítico, perseverança, proatividade, entre outras. Logo que entrei para a Eleva, paralelamente também comecei a ser professor de matemática no Pense, uma de nossas marcas, pro sexto e setimo ano.

Conte um pouco sobre o seu dia a dia…
A Eleva está no começo, é uma empresa em crecimento, então não tenho exatamente um dia típico. Eu resolvo desde coisas mais processuais, como a diagramação do material, a entrega do material, até coisas mais macros como definição de currículo, treinamento de professores, feedbacks e redação de material escolar. Então eu basicamente participo de tudo, desde criação até implementação e o aperfeiçoamento das nossas práticas. E ainda dou aula!  

Leia também: ‘Educação é campo fértil para quem gosta de inovação’, diz diretora acadêmica da Kroton

Explique mais sobre o programa de trainee da Eleva, que está com inscrições abertas.

A Eleva é uma empresa muito jovem e horizontal. Nossos diretores e presidentes estão na faixa dos trinta anos, e trabalham na mesma sala que todo mundo. A equipe é formada por pessoas muito variadas, de diversos backgrounds. O que temos em comum é que somos apaixonados por educação e acreditamos no poder que a educação tem de transformar vidas. Assim, o programa de trainee, que vai recrutar nossos novos talentos, aborda todos os tipos de pessoas, tanto as que querem atuar na parte executiva da empresa, na parte de operações, do financeiro, de M&A, como também as pessoas que amam educação e gostam de dar aula. Enquanto o trainee executivo vai trabalhar dentro da sede do grupo Eleva, o trainee professor vai passar 70% do seu tempo dentro da sala de aula. Ao mesmo tempo, ele também é estimulado a aprender sobre como funciona uma escola, como é possível… Então o perfil desse trainee professor é alguém que goste de dar aula mas tambén tem a preocupação com a parte macro da educação. Alguém que queria fazer coisas grandes, se tornar referência naquela disciplina e futuramente tocar uma das nossas escolas ou até mesmo a parte pedagógica do nosso grupo.

Caio eleva
O trainee Caio Lo Bianco [AcervoPessoal]

Ano passado, vocês emplacaram quatro escolas no “Top 15” do Enem. O que está por trás desse resultado?
Acho que é a criação de uma cultura de estudo. Nossas escolas têm essa cultura de que estudar é importante, leva você a algum lugar. Estudar transforma a sua vida. A gente tem caso de sucesso de alunos que vieram do Acre e hoje estão no MIT (Massachussets Institute of Technology), a melhor escola de engenharia do mundo. E isso a gente divulga para todo mundo. Então os alunos sabem que é possível você mudar a história da sua família e da sua vida por meio da educação. Outra coisa muito importante é a qualidade dos nossos professores. Para você se tornar um professor da rede da Eleva é muito difícil, você precisa fazer prova de aula, prova escrita, mostrar que consegue engajar os alunos, contextualizar a sua matéria. Ser professor é muito mais do que você só saber o conteúdo. É você saber, saber passar, e saber passar de uma forma engajadora. É por isso que estamos no “Top 15” do enem. Ele é uma prova contextualizada, que precisa que o aluno interpete situações do dia a dia e aplique conhecimento nessas questões, e a gente faz isso muito bem.

Inscreva-se no programa de trainee da Eleva Educação até 6/12!

E como tem sido a sua experiência em sala de aula, como professor?
Tem sido muito rica. O meu objetivo é dar atenção a todos os alunos, independente de como eles atuam. Alguns professores falam: ‘Ah, esse aluno aí é muito bagunceiro, não tem jeito’, ou ‘Esse aluno aí todo mundo sabe que ele tem problema’, e aí colocam o aluno dentro de uma caixinha e isolam ele. Eu acho que não, acho que é o papel do professor é saber trabalhar com todo tipo de aluno. E saber trabalhar com todas as situações dentro da sala de aula, com tudo o que acontece lá. Às vezes os professores querem se livrar desses alunos rotulados como problemáticos, mas eu tento cada vez mais estimular e engajar todos os alunos.   

Quais são as habilidades necessárias para ser um bom professor?
É claro que o professor tem que ter o domínio do assunto que ele está lecionando. Mas eu não diria que só isso é importante. Para trabalhar com ensino fundamental, por exemplo, tem coisas mais importante do que saber aquele conteúdo com mestrados e doutorados. Um profissional que vai se dar bem na carreira de professor deve ter muita capacidade de comunicação. Um professor que não se comunica não existe. Ele precisa saber expor a sua mensagem de forma clara, coerente e motivadora. Precisa saber vender a sua mensagem, adequar a sua mensagem ao público alvo. E precisa saber ouvir o aluno também. Além da comunicação, outra capacidade muito importante é a empatia. O professor precisa saber se colocar no lugar do aluno, e não só do aluno comum, mas de todos os variados alunos da sua sala. Se ele não entender o lado do aluno, a posição do aluno, ele não consegue motivá-lo. Assim, um bom professor precisa muito de habilidades socioemocionais, e isso independe do curso que ele fez na faculdade. 

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Parte da equipe Eleva [divulgação]

Então quem não fez Pedagogia pode seguir a carreira de professor?
Hoje, eu vejo que o curso de graduação e a experiência durante a faculdade são muito importantes para criar desafios para você, para estimular sua capacidade crítica, de entender pontos de vista diferentes, e também para te expor a problemas difíceis. Toda essa coisa que a faculdade estimula é muito importante, mas depois que você passa por isso é possível ir para várias areas. Isso é muito comum em outros países, as pessoas mudam completamente de área. É algo super viável.

Como foi a decisão de não seguir uma carreira tradicional na sua formação e ir para outra área?
A minha decisão foi muito guiada pelo que eu gostava de saber e pelo que eu acreditava. Sentia que não queria ficar em um banco ou uma consultoria e não ver de perto onde a minha atuação estava impactando a socidade. E sou realmente apaixonado por educação. Mesmo no curso de economia, meu trabalho de conclusão de curso foi sobre habilidades socioemocionais, que está bastante relacionado ao minha atuação hoje. 

Qual o seu conselho para quem está em dúvida sobre seguir a carreira de professor?
Minha sugestão é: vá para a sala de aula. Quando você está na sala de aula, você sabe se você realmente é apaixonado por aquilo ou não. E se você sente que é apaixonado por aquilo, siga a carreira de professor. Mas faça isso em lugares que valorizam essa carreira. Você precisa buscar esses lugares para ser bem-sucedido.

Qual sua visão sobre carreira de professor no Brasil, de maneira geral?
O professor consegue impactar mais do que ninguém a vida de um aluno. Todo mundo teve um professor que mudou a sua história, que mudou sua forma de enxergar o mundo. O problema é que esses professores são desvalorizados e muitos professores não tem estímulo para se desenvolverem. Existe uma ideia de que o professor é uma pessoa que já chega pronta. Então em muitas escolas o professor permanece lá intacto, no canto dele, desenvolvendo o que ele acha melhor para a sala de aula. Eu acho que a gente tem que botar esse professores todos para conversarem entre eles, para que possam trocar e aprender as melhores praticas. E aprender também com os professores de fora. Eu sou professor e posso dizer que quero aprender todo dia, cada vez mais. Eu gostaria muito de aprender melhores práticas, e aprender com outros professores. O desafio trazer mais profssores que queiram aprender cada vez mais, que queiram incentivar e motivar os alunos. A gente precisa de uma educação que motive mais, que seja mais alinhada com a realidade do século 21. A gente precisa inovar em sala de aula.

Por que tem diminuído o número de jovens interessados em seguir essa carreira?
Acho que esse desinteresse acontece exatamente porque esse profissional não é muito valorizado no mercado. E aqui na Eleva nós tentamos reverter isso. Aqui nós queremos que o professor dê aula, mas também queremos aprender com o professor. Queremos que suas melhores práticas sejam disseminadas por toda a Eleva. Chamamos os professores para trabalharem na parte pedagógica da empresa, para pensarem na escola de forma mais macro. Quando o professor é aquele que só está ali pra passar o conteúdo, aí o trabalho dele está sendo desvalorizado. Quando ele é visto como a pessoa que mais entende do que é educação, o que é o aluno e como ele pode ser incentivado, aí o papel dele fica grande. Porque o nosso cliente final é o aluno, e quem mais entende desse cliente é o professor. 

E hoje, qual o seu sonho grande?
O meu sonho grande é desenvolver currículos e aulas que desenvolvam habilidades socioemocionais nos alunos. Eu realmente acredito que faltam pessoas com mais pensamento crítico no mundo. Faltam pessoas que consigam se deparar com pensamentos diferentes e não fiquem só de um lado. Faltam pessoas que saibam lidar com perdas, com a diferença, que saibam ser empáticos e entender o ponto de vista do outro. Eu queria muito disseminar isso pelo Brasil e criar uma cultura de que ensinar habilidades socioemocionais dentro das escolas é tão importante quanto ensinar Matemática e Português.

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O que o ministro Barroso, do STF, pode te ensinar sobre carreira

Ministro Luis Roberto Barroso

Há três anos, Luís Roberto Barroso chegou ao ápice do sucesso na carreira de um advogado: assumiu o posto de ministro do Supremo Tribunal Federal, cargo máximo do judiciário brasileiro.

Formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e pela Yale Law School, hoje ele é considerado um dos profissionais mais liberais da corte. Entre outros pontos altos de sua carreira estão a defesa do casamento homoafetivo, de pesquisas com células-tronco embrionários, da proibição do nepotismo no Judiciário e da interrupção da gestação de fetos anencefálicos, assim como a batalha contínua pela liberdade de expressão.

Convidado para o evento comemorativo dos 25 anos da Fundação Estudar, onde falou aos presentes sobre legado, ele lembrou desses seus votos para dar a dimensão do que hoje pode ser considerado como seu próprio legado – aquele de sua carreira e de sua atuação como ministro, de forma mais específica – e ofereceu conselhos aos jovens profissionais que também querem deixar uma marca: 

A seguir, assista aos melhores momentos de sua participação na Reunião Anual da Fundação Estudar.

Leia também: Confira tudo que rolou na comemoração de 25 anos da Fundação Estudar

Atuação no STF Sobre o início no STF, ele já adianta: “Eu comecei no Supremo Tribunal Federal num momento difícil”. Seus primeiros votos como ministro, em 2014, estavam relacionados ao julgamento do chamado mensalão. Ele acreditava que o crime de formação de quadrilha ou bando já estava prescrito, e absolveu os acusados dessa acusação específica. “O que minha família e eu lemos e ouvimos de barbaridade, vocês não podem imaginar”, disse. 

Legado Membro de uma corte em que cada voto tem o poder de mudar rumos do país, Barroso definiu o significado da palavra parafraseando Nelson Mandela. “É a diferença que fizemos na vida dos outros que vai determinar a importância da nossa vida”, disse o líder sul-africano em um discurso de 2002. “Como houve um refluxo da política no Brasil nos últimos anos por muitas razões, muitos avanços relevantes foram conquistados via Poder Judiciário, via judicialização”, explica o ministro, de forma crítica. Serve de exemplo a união homoafetiva que, enfrentando resistência no legislativo, ganhou status de lei a partir de decisão do STF.

Outro legado recente da casa, para ele, é a intolerânca à corrupção e ao mau uso do dinheiro público, que começou com o julgamento do Mensalão e passa pela Lava Jato.

As opiniões do ministro É da natureza do posto que ocupa ter que formar opiniões sobre temas complexos e, não raro, polêmicos – afinal de contas, as opiniões e interpretações dos 11 ministros têm o poder de decidir o que será considerado certo ou errado no país. Nos vídeos a seguir, descubra o que Barroso pensa sobre temáticas polêmicas: corrupção, reforma política, ensino público e privatização, gastos com funcionalismos públicos, aborto, união homoafetiva e privatização vs ensino público.

Leia também: Para jurista Heleno Torres, profissionais de Direito devem olhar a lei de forma crítica

Trajetória acadêmica e Profissional De todas as provas que já fez na vida (ele passou nos concursos para professor universitário na UERJ e na UnB e para procurador), ele considera as mais difíceis aquelas que teve de realizar para ingressar no colégio Pedro Álvares Cabral, a concorrida escola pública onde Barroso cursou o ensino médio. Depois ingressou no curso de Direito da UERJ, abandonou uma graduação paralela em Economia na PUC-Rio e participou do movimento estudantil que combatia a ditadura no país. Para saber como sua trajetória culmina em um dos cargos mais prestigiados do Brasil, assista aos vídeos a seguir:  

Conheça o trabalho de um jovem consultor na Falconi, que está com processo seletivo aberto

menino sorrindo

Foi durante um período em Toronto, trabalhando no aeroporto internacional da cidade, que o consultor Henry Passi primeiro se interessou por consultoria de gestão. “A possibilidade de entender e buscar soluções para os problemas das empresas e realmente fazer a diferença no resultado foi algo que me motivou bastante”, lembra.

Antes de obter a pós-graduação em Gestão de Negócios Sustentáveis na canadense Seneca College, Henry tinha se formado em Administração de Empresas na Universidade Mackenzie, em São Paulo.

Em janeiro de 2013, assim que voltou ao Brasil, ingressou como trainee no programa Jovem Consultor, da Falconi – e que está com inscrições abertas até o dia  para o programa Jovem Consultor e o programa de estágio até 9/10 (inscreva-se aqui)

Podem se candidatar alunos de vários cursos, e embora a disponibilidade de vagas varie de acordo com o programa escolhido, existem posições abertas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Hoje já promovido à analista na empresa, Henry foi inicialmente atraído pela variedade de setores em que consultoria atua, atendendo clientes que vão desde governos e instituições do setor público até grandes empresas das mais variadas indústrias.

De fato, a rotina varia desde seus primeiros dias. Em seu primeiro projeto, enquanto ainda se ajustava ao método da companhia – o famoso PDCA, “planejar, executar, verificar, agir” –, Henry atuou em um projeto de construção civil. Logo em seguida, veio uma empresa de fast food. Ao longo dos três anos passados, também já atuou em segmentos como varejo, indústria e logística.

“Nas primeiras semanas tive assistência próxima de um consultor mais sênior, que me ensinou bastante, mas logo estava identificando oportunidades e conduzindo as reuniões sozinho”, lembra. “Essa transição foi bastante desafiadora, pois eu passei a não apenas ser responsável pelos números e análises que elaborava, mas também por desenvolver minha habilidade de comunicação.”

Leia também: Quatro competências-chave para se tornar um grande líder

O acesso às figuras mais sêniores é inclusive um dos pontos de destaque. Em pouco tempo, diz Henry, os trainees já estavam participando de reuniões com a diretoria e até com o CEO da companhia. “A Falconi nos dá bastante espaço para nos envolvermos em discussões com a alta direção, depende mais do nosso interesse e desempenho.”

Entre as competências que desenvolveu, além da comunicação, o consultor cita capacidade de análise, especialmente de problemas complexos, conhecimentos sobre o mercado e segmentos diversos – todas importantes se você quiser ser um líder no mercado financeiro ou se preparar para o mercado de trabalho do futuro, por exemplo.

A chave para a transformação de uma gestão, diz ele, é difundir o conhecimento do método da casa aliado ao estabelecimento de metas desafiadoras mas factíveis. “Essas metas devem ser acompanhadas com disciplina no controle dos resultados, para que as empresas alcancem novos patamares de desempenho ano após ano”, aconselha.

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Abaixo, o fundador da empresa Vicente Falconi diz o que busca em um jovem profissional em um Bate Papo com o Na Prática. 

Mercado financeiro e impacto social? Entenda o trabalho com finanças sociais

Andrea Armeni

Dos protestos da adolescência aos corredores de Wall Street, onde se estabeleceu como advogado corporativo, Andrea Armeni levou algum tempo para descobrir como retomar um sonho de juventude e trabalhar para tornar o mundo melhor.

Há quatro anos, depois de passar pelas Universidades Columbia e Yale, parou para pensar no que fazer com seus talentos. “Eu já era familiarizado com finanças e com as pessoas do mercado e comecei a pensar em como elas poderiam ajudar a criar um mundo progressista e socialmente justo”, explica. “E como eu poderia influenciar as decisões? Estando na sala ao invés de do lado de fora.”

Ao lado da sócia Morgan Simon, fundou a Transform Finance em 2014. A organização, que conta com uma rede de investidores e apoio para empreendedores sociais, foca no engajamento comunitário e no impacto social através de investimentos financeiros.

“De certa maneira é um nicho, mas crescente”, conta. Quando participaram do primeiro SOCAP, evento centrado em capital social que acontece nos EUA, o espaço reservado para eles era pequeno. Em 2015, já estavam no palco principal. “Acho que é o conceito, mais do que a organização, que começa a se estabelecer.”

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Resumidamente, o conceito é o seguinte: construir um mundo justo usando o capital como uma força para criar mudanças transformadoras e seguindo uma cartela de princípios. Ao unir investimentos financeiros e justiça social, Andrea quer unir também os mundos de investimentos de impacto, filantropia e negócios sociais.

“De onde ficam à linguagem que usam e até ao jeito que se vestem, o mundo financeiro é muito excludente”, fala ele. “Queremos criar um espaço mais acolhedor, em que mais vozes são representadas – é uma ponte.”

Na prática, a missão se traduz em identificação de oportunidades e criação de ferramentas para ajudar na criação de abordagens financeiras diferentes. Para guiar e escolher os projetos, a Transform Finance utiliza três princípios: é preciso adicionar mais valor do que se extrai, equilibrar riscos e retornos e envolver ao máximo a comunidade impactada, que deve ser proprietária do projeto quando possível.

A comunidade de investidores – que inclui também fundações, governos e ONGs além de pessoas físicas – também tem um viés educacional. Há webinars mensais, pesquisas e briefings temáticos para enriquecer a discussão. “O mais recente, por exemplo, era sobre fair trade: ele é realmente justo? Como poderia ser mais justo? É uma jornada de aprendizado mais que qualquer outra coisa”, resume Andrea.

Abaixo, ele conta mais sobre a missão ao Na Prática e avisa: “É preciso checar se estamos realmente sendo inclusivos ou se há alguém que deveríamos estar ouvindo”.

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Por que transformar finanças?
Finanças são apenas uma ferramenta que deveria ser usada para fazer coisas acontecerem. Historicamente, foi utilizada para impulsionar a economia mas, em algum momento do último século, saiu dos trilhos e tornou-se autorreferente, com uma visão de fazer apenas mais dinheiro. E na segunda metade do século 20, as pessoas começaram a notar que o dinheiro delas fazia coisas e que era possível associá-los aos seus valores, como por exemplo na época do apartheid [a partir dos anos 1960, um protesto global contra o sistema sul africano se deu através de um movimento de desinvestimento]. Então por que não fazer tudo de uma vez? Que mundo você quer ver? Com isso em mente, o que precisamos fazer?

Como disseminam a ideia da Transform Finance?
A primeira parte é explicar aos detentores de capital o que significa influenciar uma mudança social positiva de verdade. Quem determina esse impacto? Eu, o JP Morgan Chase ou as pessoas afetadas? Não podemos usar o capital para resolver os problemas do mundo sem pensar de forma holística nas causas raízes. Não dá para só dar luz solar para as crianças de Gana sem pensar em por que elas não têm eletricidade.

É preciso olhar para dentro e criar as circunstâncias para que eventualmente o investimento não exista mais, as pessoas estejam empoderadas, tenham agência e meios. A segunda parte é ativar pessoas que normalmente não olhariam para finanças. Atualmente pode ser uma coisa ruim, mas o capitalismo é uma realidade e beneficiaria todos se tivesse gente com todo tipo de background.

Como aplicar finanças sociais no Brasil?
No Brasil há muitos problemas, especialmente quando se trata de desigualdade de renda e racial, que poderiam ser abordados pelo capital. Não se trata apenas de resolver um problema de água ou educação, mas de empoderar essas pessoas. Como finanças sociais é um campo que está bem no começo, o país deveria acertar desde o início. Não é só copiar o modelo e continuar trabalhando como sempre. É preciso pensar de maneira aprofundada sobre como criar um ambiente financeiro que é mais inclusivo.

Qual é a importância da rede dos investidores?
Vemos um grande papel para investidores, que devem pressionar para obter políticas melhores e que eles acham que funcionariam. Temos uma rede de investidores, que é uma comunidade de prática antes de qualquer outra coisa. Eles podem fazer coisas com outras pessoas que pensam de maneira similar ou que já aprenderam lições.

Quais são os maiores desafios para empreendedores sociais?
Empreendedorismo social tem se tornado mais “sexy” e muitos são atraídos por ele sem realmente pensar sobre a parte social. Se é visto como enriquecer às custas dos outros, não é o caso. Temos percorrido aceleradores e incubadoras para discutir como eles podem se engajar mais profundamente com a parte social. Quais são as perguntas a serem feitas? Como funciona minha supply chain? Quem fica rico? Quem se beneficia? Como meus funcionários são tratados?

Esse foi um grande tema esse ano, conforme as finanças sociais vão ganhando fama e bilhões de dólares. Do mesmo jeito que filantropos e agentes humanitários ainda estão tentando acertar, nós devemos realmente pensar sobre o que estamos fazendo. Temos que parar, olhar para trás e checar se estamos realmente sendo inclusivos ou se há alguém que deveríamos estar ouvindo.

Por que a Transform Finance destaca tanto a qualidade dos empregos criados, por exemplo?
Isso vem do fato de que muitos investidores, especialmente nos EUA, têm essa tese sobre criação de empregos. Mas criar empregos ruins que mantêm as pessoas no ciclo da pobreza, que dão salário mínimo e nenhum benefício: qual é a raiz do problema? Começamos então a falar sobre o que é um bom trabalho do ponto de vista do trabalhador. Como posso aprimorar a qualidade dos empregos que afeto? Posso oferecer mais treinamento através de programas de governo, por exemplo? Uma força de trabalho mais saudável é mais produtiva e investidores estão em uma boa posição para fazer essa mudança em todo o portfólio.

Como a Transform Finance mede o impacto de seus investimentos?
Em conjunto com investidores membros, desenvolvemos ferramentas que fluem de nossos três princípios. Quem se envolveu? Quem se beneficiou? Medir apenas por medir serve para pouca coisa. Administrar o impacto é o que importa. Relatórios financeiros resultam em ajustes e o mesmo deveria acontecer com impacto. ‘Construímos 300 poços, feito!’ Ótimo, esse é o primeiro ponto. Como subimos daqui? Conforme crescemos o espaço, crescemos o impacto.

Onde podemos aprender mais sobre finanças sociais?
Ao escutar de verdade e abertamente as comunidades afetadas. Está falando de habitação a preços acessíveis? Converse com as pessoas do serviço social que trabalham com isso há décadas e têm o que falar. Saneamento? Engage as comunidades locais. Não vai ser um paper que vai te ajudar, mas o diálogo que criar.

Leia também: Empreendedorismo social: 10 dicas para arrecadar fundos

Como funciona a maior aceleradora de startups da América Latina

Homem sorrindo segurando notebook

Desde criança, Felipe Matos é fascinado por tecnologia. “O potencial para construir soluções e criações sempre me interessou muito”, fala. Aprendeu a programar cedo e, aos 16 anos, criou o Girando, primeiro aplicativo móvel latinoamericano. Era 1999. Quase vinte anos depois, tem no currículo uma série de empreendimentos fundados na área e atuou em diferentes momentos como investidor, investidor anjo, gestor de fundos e defensor de políticas públicas. Seu maior negócio hoje é outro que fez história na América Latina: a Start Up Farm, a maior aceleradora de startups privada da região.

Enquanto empreendia, Felipe deu um jeito de estudar a teoria. Formou-se quase dez anos depois de começar o curso de Administração, em 2011, e hoje é mestrando na Universidade de São Paulo e bolsista da Fundação Estudar. Prática, no meio tempo, não lhe faltou.

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Sua primeira empresa passou por uma incubadora universitária em Minas Gerais e foi lá, em meio a outros empreendedores, que ele percebeu que todos precisavam do mesmo auxílio para tirar projetos do papel. “Geralmente são pessoas muito técnicas e que entendem pouco de negócios”, explica.

Em 2002, decidiu ele mesmo preencher o nicho com o Instituto Inovação, aceleradora pioneira no país. O escopo ia além de negócios digitais e envolvia também agronegócios, tecnologia de informação e biotecnologia, entre outros.

Com o tempo, a organização foi tomando a forma de um grupo de investidores. Surgiu o convite para se tornarem gestores de investimentos de uma empresa de venture capital, e a equipe ajudou na criação dos fundos e desenvolvimento de critérios. Entre 2007 e 2009, avaliaram mais de duas mil startups – e investiram em apenas 36.

“Havia um gap muito grande entre quem buscava o investimento e quem o recebia”, lembra. O boom das startups digitais e dos aplicativos estava logo ali. Não vinha discreto, e o descompasso entre os estágios reais dos negócios e aquilo que eles buscavam como investidores passou a incomodar Felipe ainda mais.

“Faltava muito a figura do investidor anjo ou da aceleradora, que dá o start inicial”, diz. Para suprir essa necessidade, ele abriu as portas da Start Up Farm em 2010. O primeiro programa de aceleração aconteceu no ano seguinte, já voltado para projetos online e capacitação de empreendedores.

Aproveitaram para importar a cultura de colaboração e mentoria do Vale do Silício, apostando na criação de redes e de um ecossistema mais forte para sustentar a empreitada durante e depois do programa.

Leia também: Como as redes e comunidades podem ajudar na sua vida e carreira?

A resposta foi imediata. Da primeira turma, saíram o serviço de delivery HelloFood e o Beauty Date, que captou 28 milhões de reais em 2015. Outros sucessos da aceleradora nos anos subsequentes incluem o aplicativo Easy Taxi, o sistema de registro de ponto digital Ponto Tel e a plataforma de viagem e economia colaborativa WorldPackers.com.

Seis anos depois, Felipe vê um cenário brasileiro muito diferente. Há cerca de 4 mil startups ativas no país e uma gama variada de ferramentas, redes de apoio, fundos de investimento, auxílio empresarial, hubs e espaços de coworking, como Cubo e Google Campus (a Start Up Farm é sua parceira em São Paulo). Só as aceleradoras hoje somam quase cinquenta.

Metodologia O sucesso veio, mas não veio fácil. A primeira grande dificuldade foi explicar a ideia e praticamente criar um mercado, ainda nos tempos de Instituto Inovação.

“Mudei-me de Belo Horizonte para São Paulo e passei meses conversando com empresas de tecnologia e empreendedores bem sucedidos para formar uma rede e vender meu sonho”, lembra. “Foi mais ou menos como convidar um monte de gente para uma festa: ‘Fulano, você vem? Beltrano vai!’”

Uma vez com o projeto em pé, era hora de validar o modelo, testar a abordagem, manter o que funciona e melhorar continuamente – afinal, eles eram uma startup também.

Felipe Matos - Equipe Start Up Farm
[acervopessoal]
Hoje, a Start Up Farm tem mais de 200 startups no portfólio e estima ter captado mais de US$ 100 milhões em investimentos e gerado mais de US$ 1 bilhão de valor de mercado agregado.

“Não é só quantidade, é qualidade”, destaca Felipe, que se prepara para a 17ª edição do programa. “Selecionar bem os participantes é fundamental, porque damos o suporte mas quem de fato acelera são eles.”

A aceleração em si consiste em duas fases. A primeira inclui uma imersão de cinco semanas para validar modelos de negócios. É um período intenso, em que os selecionados estudam de tudo, dos problemas que estão resolvendo às estratégias de mercado e como fazer o melhor pitch. Em seguida, passam um dia apresentando suas empresas a investidores.

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A segunda fase é de acompanhamento e pode durar até dois anos. A Startup Farm ajuda os participantes conforme surgirem as necessidades, seja na busca por mentores específicos (são mais de 350) ou criando pontes com fundos de investimento e empresas. Através da Farm.VC, seu braço interno de venture capital, ela mesma pode se tornar investidora.

Felipe martela que o aspecto humano é básico para o sucesso. “A maior causa de falhas tem a ver com sócios e problemas societários, então colocamos muita ênfase em equipe, senso de propósito e na criação de uma comunidade forte e com espírito colaborativo”, diz.

No governo Em fevereiro de 2013, Felipe também passou a atuar como Chief Operating Officer (COO) do Start UP Brasil, programa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação para promover o ecossistema de startups no país.

“Algo que me surpreendeu positivamente foi ver muita gente inteligente e com interesse genuíno em construir coisas interessantes mesmo numa estrutura muito difícil, principalmente quando se trata de iniciativas inovadoras”, conta.

Ele esclarece: na gestão pública, é preciso trabalhar somente dentro do que é permitido pela lei. Parece óbvio, mas é diferente do dia a dia civil, em que você também pode fazer tudo aquilo que não é proibido. Na prática, significa estudar os mecanismos existentes e tentar utilizá-los para o que você precisa.

“Ou você trabalha com o formato que já existe para criar algo novo ou tem um patrocínio político para seu projeto e consegue modificar as regras, como aconteceu com a lei nova que permitiu que existisse o programa SEED do governo de Minas Gerais, por exemplo”, diz.

Ao longo de quase três anos, Felipe aprendeu muito sobre gestão pública e o poder de parcerias público-privadas como aquela – e percebeu que o governo poderia ter um impacto imenso. Foi possível, por exemplo, criar uma nova grade de bolsas dentro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e passar a oferecer boas bolsas de pesquisa também para quem tivesse muita experiência no mundo empresarial, além de para acadêmicos.

Ao todo, a empreitada envolveu dois ministérios, duas autarquias da administração federal, uma associação sem fins lucrativos e 18 aceleradoras. Apesar dos desafios, o impacto foi positivo e cerca de 200 startups foram apoiadas. O programa foi encerrado em 2015 por contenção de gastos, mas está em vias de reavaliação.

Enquanto isso, Felipe dirige o Movimento Dínamo, grupo que luta pela melhoria de políticas públicas para empreendimentos de tecnologia e tem participação de startups, empresas de venture capital, aceleradoras e grandes empresas como o Google. “Voltei muito mais imbuído desse espírito público que quer fazer com que o país funcione melhor”, resume.

Entre suas principais bandeiras estão a desburocratização do processo de abertura de empresas, que acaba resultando em “gambiarras jurídicas” que põe em risco o trabalho e os investimentos. Outro ponto são incentivos tributários, inexistentes no momento.

“Se eu investir em renda fixa ou Tesouro Direto, tenho desconto no imposto de renda. Se investir em uma startup, não: vou pagar o imposto cheio e correr um risco maior com um investimento que é produtivo, que gera crescimento, emprego, tecnologia, inovação”, justifica. “É desconcertante.”

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Como ele investe Se existe algo que empreendedores sempre querem saber é como impressionar um investidor. No papel tríplice de empreendedor, investidor e acelerador, Felipe é direto: o principal ponto é sempre a equipe.

“No começo, a empresa ainda não tem um produto bem definido. Tem um protótipo e poucos clientes, seu principal ativo são as pessoas e sua capacidade de gerar no futuro”, fala.

Em sua opinião, um bom time é composto por gente com competências complementares e, dentro desse campo, ele avalia vários critérios. Quem são aquelas pessoas? Quais são suas capacidades? Suas competências? É feita só de programadores ou gente de business? Sem diversidade na equipe, chances são de turbulência na rota para o mercado.

Em seguida, é hora de olhar para o mercado em si. Que solução é essa? Ela faz sentido? Há espaço para crescimento? É competitivo? Tem companhias dominantes? Que caminho pode ser traçado e como essa equipe em particular está preparada para ele?

São tantos os questionamentos que é praticamente impossível que o projeto se mantenha inalterado – mesmo uma equipe boa com um bom mercado e o apoio de uma aceleradora vai enfrentar mudanças. É um fator que torna flexibilidade e mente aberta outras peças-chave para o sucesso.

Apesar das dificuldades inerentes, Felipe garante que empreender em qualquer nível é uma carreira recompensadora. Tem sido seu caso. “Ao invés de ser uma peça de engrenagem em uma coisa muito maior, você trabalha naquilo que acredita. É algo que tem mais significado e muito mais impacto.”

A importância da autoconfiança para conseguir resultados excepcionais

Menino com fantasia de super herói

Todo indivíduo tem um enorme potencial. Na maioria dos casos de pessoas de sucesso, o que permitiu grandes conquistas não foi um super talento ou uma habilidade que ninguém mais no mundo tinha, mas a confiança no seu próprio potencial, a persistência diante de desafios e a mão na massa.

Quando se tem muito conhecimento sobre determinado assunto ou talento para executar certo tipo de tarefa mas não existe confiança no próprio potencial, os resultados não vem. Tenho certeza que você conhece pelo menos uma pessoa que possui uma capacidade acima da média, alguém que precisa dedicar muito menos tempo para se preparar para uma atividade e ainda assim a executa mais rápido e melhor que você.

Pois é, isso é natural. Sempre vão existir esses pontos fora da curva. Porém também tenho certeza que você conhece pessoas que possuem esse “super poder”, mas parecem não aproveitá-lo. Contentam-se com pouco, não acreditam nelas mesmas e desistem facilmente quando enfrentam algum problema. Não há dúvidas de que poderiam estar perseguindo objetivos muito maiores do que estão.

Leia também: Por que a autoestima é importante para crescer na carreira?

O sucesso acontece quando o conhecimento e/ou o talento encontram uma mentalidade vencedora. O que eu quero dizer com isso? Simples: quando conhecimento e talento andam sozinhos, os resultados não chegam perto do que poderiam ser. É preciso mais que isso. É preciso ser protagonista, querer mais. É preciso usar sua mente ao seu favor, saber explorar a sua infinita capacidade de aprender coisas novas e superar desafios!

Todos nós temos o poder de controlar nossa própria vida e nossas próprias decisões, que moldam nossa realidade. Não se engane: olhar o copo pela metade e enxergá-lo meio cheio é uma decisão. Aprender com as situações mais difíceis ou se deixar vencer por elas também.

Eu me arrisco a dizer que se você não conhece muito bem ou não tem habilidade com determinado assunto mas possui uma mente que te impulsiona ao invés de te sabotar, você vai ter uma autoconfiança quase inabalável e suas chances de obter sucesso serão infinitamente maiores do que se a realidade for a oposta.

Para conhecer os seis sabotadores mais comuns que podem minar seu sucesso profissional, recomendo assistir a websérie #AcelereSuaCarreira, do Na Prática:

Leia também: Todo lugar onde nos desenvolvemos um dia se torna pequeno

Walt Disney foi demitido de seu trabalho em um jornal por sua falta de imaginação e boas idéias, Abraham Lincoln perdeu sete eleições antes de se tornar presidente dos Estados Unidos, Steve Jobs foi demitido da própria empresa, J.K. Rowling foi rejeitada por diversas editoras antes de conseguir publicar o primeiro livro de “Harry Potter”. Esses são apenas alguns exemplos famosos de superação. E sem dúvida você consegue pensar em inúmeros outros exemplos – de pessoas conhecidas, da família, da universidade, de qualquer outro lugar. Todos eles certamente têm um ponto em comum: possuem uma mentalidade vencedora.  

Se você sente que sua mente não está sendo sua maior aliada, tenho uma boa notícia: seu cérebro pode ser ensinado e estimulado a desenvolver uma mentalidade vencedora. Ele possui uma característica chamada neuroplasticidade, e é ela que permite que essas mudanças aconteçam. E se você sente que já tem uma mente que trabalha a seu favor, ótimo! Então sabe que pode evoluir ainda mais.

Nessa coluna, trarei conteúdos que vão te ajudar a tornar sua mente sua melhor amiga para que você se desenvolva cada vez mais, tenha sucesso na sua vida pessoal e profissional e se torne a melhor versão de si mesmo – aquela explorando todo o seu potencial.

 

henrique molina
Henrique Molina
, colunista do Na Prática, é formado em Engenharia de Produção pelo Centro Universitário FEI e possui certificação profissional da Sociedade Latinoamericana de Coaching. Atua como Coach profissional, com foco em planejamento e desenvolvimento de carreira para jovens. Você pode acompanhar seu trabalho em sua página oficial. É também multiplicador do Liderança Na Prática 16h e facilitador do Autoconhecimento Na Prática, respectivamente os programas de liderança e autoconhecimento do Na Prática.

Por que tanta gente vai fazer MBA com a intenção de mudar de carreira?

executivo com mala de rodinhas andando

Frustração, retorno financeiro, escolhas equivocadas, estagnação, busca por propósito e impacto. Vários são os motivos de quem busca uma transição de carreira e, em tempos de crise, estas mudanças que estavam latentes podem, finalmente, encontrar uma oportunidade para acontecerem. Não está satisfeito com o rumo profissional tomado? Nunca é tarde para correr atrás do que realmente faz sentido para você.

Acima de tudo, é essencial entender que a mudança de carreira é um processo. É imprescindível ter uma visão clara dos novos objetivos e futuro profissionais e estabelecer ações para alcançá-los. Independente do seu motivo para mudar a trajetória de carreira, um MBA no exterior pode lhe ajudar a chegar lá.

De fato, aproximadamente 50% dos alunos de MBA das top schools afirmam interesse em mudar de carreira. Ao ajudar a identificar e desenvolver suas habilidades, definir objetivos profissionais, criar uma rede de contatos e conectar com empresas, um programa de MBA certamente proporcionará uma experiência enriquecedora e transformadora. Veja alguns elementos que julgamos essenciais nessa experiência para a transição de carreira.

Leia também: MBA como porta de entrada para uma grande consultoria

Expertise

Em programas de MBA no exterior, o seu full-time job será dedicar-se aos estudos e ao seu desenvolvimento profissional e pessoal. São um ou dois anos imersos em um contexto desafiador em que você poderá refletir sobre sua visão de carreira enquanto desenvolve suas competências e experimenta outras áreas. Esta oportunidade única permite que você adquira um conhecimento geral em negócios e, ao identificar o caminho que quer seguir, desenvolva expertise. As escolas oferecem cursos eletivos em assuntos diversos e você pode optar por seguir um track específico. Quer mudar para o atrativo setor de private equity? Busque cursos em finanças e que desenvolva suas habilidades analíticas, participe de clubes profissionais e de eventos, converse com professores da área. São várias as alternativas para construir o know-how.

Experiência profissional

Apenas conhecimento não será o suficiente para uma transição de sucesso. Aproveite o programa de MBA para adquirir experiência profissional por meio de competições de casos, aprendizagem experiencial, projetos em parceria com empresas e estágio (summer internship). Nos programas com duração de dois anos, os alunos podem realizar um estágio de verão entre o primeiro e o segundo ano. Esta é uma excelente oportunidade para experimentar um novo setor ou função e ganhar experiência sem riscos. Estruture sua visão de carreira e aproveite este momento para começar a traçá-la.

Desenvolvimento pessoal

Ao fazer parte de um ambiente multicultural, cercado de gente qualificada e que requer trabalho duro, o desenvolvimento pessoal é extremamente tangível. Para uma trajetória de sucesso, os soft skills são tão importantes quanto as habilidades técnicas e um programa de MBA no exterior certamente lhe ajudará a desenvolvê-los. Resiliência, confiança, habilidades interpessoais, trabalho em equipe, inteligência emocional e liderança são alguns deles.

Suporte e networking

As escolas oferecem uma excelente estrutura de suporte que certamente auxiliará no processo de transição de carreira. Regularmente, ocorrem eventos e feiras de carreira no campus onde empresas buscam ativamente por alunos de MBA. Todas as escolas contam também com um escritório de carreiras (Career Services) que fornece coaching, revisão de currículo, auxílio na estratégia para posicionamento no summer e após o programa e conexão com empresas.

Vale também ressaltar a importância de uma sólida e extensa rede de contatos. Seguramente, o nome da escola e o alumni network são um dos grandes benefícios de um MBA no exterior. O acesso a professores renomados e a colegas que ocuparão cargos de liderança nos mais diferentes setores e lugares do mundo abre oportunidades profissionais que não seriam possíveis sem este network.

São várias as razões para mudar de carreira e para encarar o desafio enriquecedor de um MBA no exterior. Não adie seus sonhos por insegurança. Saia da zona de conforto e corra atrás do que realmente está de acordo com o seu propósito de vida e profissional. Embora difíceis, mudanças podem abrir o caminho para uma trajetória inspiradora.

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Sobre os Autores

Francine Zucco é bioquímica com mestrado Erasmus Mundus em Inovação, mas verdadeiramente entusiasta da área de educação. Após morar e estudar no Canadá, França, Irlanda e Itália, descobriu a sua paixão por viajar, conhecer diferentes culturas e por auxiliar estudantes a buscarem experiências transformadoras no exterior. Ela mantém estas paixões nutridas na TopMBA, onde atua como coach.

Daiana Stolf é cientista por formação e escritora e coach por paixão. De mestre pelaUniversidade de Toronto (Canadá) a aluna de Gestão Estratégica na Universidade de Harvard (EUA), passando por cientista-doutoranda da EPFL (Suíça), em 2011 descobriu o prazer de guiar brasileiros curiosos e determinados a expandir seus horizontes através de cursos de pós-graduação nas melhores universidades do mundo. Ela é co-fundadora da TopMBA Coaching.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora, o portal de estudos no exterior da Fundação Estudar

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