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Negócios inclusivos são oportunidade de economia voltar a crescer, diz ONU

mulher no barco velejando

Segundo o relatório Mercados Inclusivos no Brasil, os negócios inclusivos são alternativa para a economia brasileira voltar a crescer nos próximos anos. O documento foi lançado em setembro pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em parceria com a Fundação Dom Cabral, e tem como objetivo apresentar os principais desafios, estratégias e oportunidades para o desenvolvimento dos mercados inclusivos no País.

“Nos últimos doze anos, o Brasil conseguiu reduzir a pobreza extrema em 75% e elevou para a classe média 45 milhões de pessoas”, lê-se na introdução ao relatório escrita por Jorge Chediek, coordenador do sistema da ONU no Brasil. Ele cita medidas governamentais como principais propulsoras dessas mudanças. “Estamos no momento de dar um passo adiante com maior participação do setor privado para inclusão das pessoas de menor renda pela via do mercado. A situação presente da economia brasileira não é confortável, mas é em momentos de crise que se fazem os ajustes e inovações que permitem transformações para a economia voltar a crescer”, continua.

Na realidade de crise, “os negócios inclusivos respondem às demandas da sociedade complementando e qualificando a oferta dos serviços públicos”, diz Luciana Aguiar, coordenadora do Pnud responsável pelo relatório, em entrevista para a Folha de São Paulo. “Eles preenchem as lacunas e as necessidades desse momento”, complementa.

Segundo o relatório, o ecossistema de negócios inclusivos no Brasil ainda é pouco desenvolvido, e há potencial para desenvolver inovações nas esferas pública e privada. Defende ainda que a articulação entre diversos atores será essencial para o desenvolvimento de mercados inclusivos no país.

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Conceito e definição Para alcançar esse objetivo, a ideia não é que as empresas realizem ações filantrópicas ou de responsabilidade social, mas sim inovações economicamente sustentáveis. “Políticas públicas governamentais são a principal ferramenta de que os países lançam mão para perseguir a eliminação da pobreza em suas múltiplas dimensões, mas é inegável que cabe à iniciativa privada um papel central nessa luta”, lê-se no estudo. “O PNUD reconhece que o verdadeiro poder do setor privado vai muito além da filantropia e da responsabilidade social, entendendo que as empresas podem inovar e desenvolver soluções sustentáveis, inclusivas e economicamente viáveis a favor das comunidades nas quais atuam”, continua.

Os negócios inclusivos podem se dividir em três nichos: iniciativas de empreendedorismo social, que usam estratégias de mercado para melhorar o bem-estar humano; atividades de negócios inclusivos, cujos modelos integram a base da pirâmide em seu core business; e os modelos de negócios inclusivos, que têm a viabilidade comercial como aspecto central.

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O que fazer se a sua empresa está passando por uma fusão?

homens apertando mãos após reunião

Mesmo o boato de que a empresa em que você trabalha vai passar por um processo de fusão ou aquisição pode gerar um clima de incerteza em toda a equipe. Diante desse cenário de indefinição, muita gente acaba se precipitando e pensa logo em recolocação ou demissão, conforme explica a consultora Ana Carla Guimarães, da Robert Half, em entrevista para a Folha de São Paulo.

Segundo a executiva, nessas horas o ideal é manter a calma e focar na entrega de resultados. A seguir, veja as dicas que ela deu ao jornal:

1. Mantenha o ritmo

Apesar da incerteza em relação a demissões, nada deve mudar de imediato. Mantenha seu planejamento, mas fique atento para se adaptar a novas prioridades.

2. Sem garantias

Empregados da organização compradora não devem ser prepotentes, já que também podem ser demitidos.

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3. Evite o nervosimo 

O problema mais recorrente são profissionais que ficam muito inseguros, perdem performance e acabam demitidos.

4. Seja claro

Quem quer mudar de área, esse é o momento de deixar isso claro para o gestor! Com as mudanças estruturais, podem surgir oportunidades de promoção, mudança de cargo ou departamento.

Ambev realiza Hackaton e leva jovens para o Vale do Silício

jovens participando de hackaton

Não é de hoje que os hackathons popularizaram-se como forma democrática de pensar soluções coletivamente, normalmente para questões de interesse público. A ideia dessas maratona é reunir hackers, programadores, desenvolvedores e inventores para criar projetos que transformem problemas em soluções digitais.

Atenta a esse movimento, a Ambev resolveu transportar a ideia para o mundo corporativo e realizar o seu próprio hackaton, uma maratona de desafios com duração de 24 horas ininterruptas que tem como objetivo fomentar a criação de ideias tecnológicas inovadoras e identificar jovens de grande potencial na área de TI.

As inscrições para a primeira edição do Hackathon Ambev já estão abertas, e podem ser realizadas por aqui.

Universitários e graduados de qualquer área de formação, que residam nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, podem participar escolhendo entre três categorias: desenvolvedor/programador, designer (UI/UX) e negócios/marketing. O evento reunirá 100 pessoas e será realizado das 13h do dia 07/11, às 13h do dia 08/11, na cidade de São Paulo.

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Durante a maratona, os jovens serão estimulados a pensar em soluções tecnológicas amplas e inovadoras para uma série de desafios que serão apresentados. Os jovens serão divididos em grupos de até cinco pessoas para desenvolverem um projeto a ser apresentado ao final da maratona. A banca julgadora será formada por líderes da companhia e por organizadores da Startup Weekend, parceira na execução do evento.

O grupo que tiver a melhor ideia será premiado com uma viagem de três dias para os Estados Unidos. Lá, vão conhecer as instalações do Beer Garage, escritório de inovação da Ambev em Palo Alto, no Vale do Silício, além de algumas startups e aceleradoras da região. Eles também visitarão a cervejaria Goose Island, do grupo Anheuser-Busch InBev, em Chicago. Para mais informações, consulte o site oficial do evento.

Concurso do MIT busca melhores startups brasileiras

trio analisando projeto na agência

A MIT Technology Review, revista de tecnologia da tradicional universidade dos Estados Unidos, está em busca das melhores startups brasileiras. Os vencedores do concurso poderão apresentar suas ideias a investidores de capital de risco nacionais e internacionais em um pitch de 3 minutos, durante o VenturePoint – encontro que faz parte do EmTech Brasil, evento de tecnologia que acontecerá no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro.

É a chance de levantar dinheiro para tirar sua ideia do papel ou dar um salto em seu empreendimento.

As startups selecionadas receberão treinamento para realizar o pitch e ainda levam duas entradas gratuitas para a feira de tecnologia. Se você tem um projeto inovador com elevado potencial de crescimento, faça sua inscrição aqui!

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Como a internet mudou a carreira em marketing?

carolina terra sorrindo

Ao longo do tempo, a maneira como se faz marketing mudou. Mudou para acompanhar as transformações do ambiente econômico e tecnológico, e para seguir as tendências comportamentais da sociedade. A última grande virada começou a ser desenhada nos anos 90, com o surgimento da internet e o início da massificação dos computadores pessoais.

Essa grande rede proporcionou um aumento exponencial nas conexões existentes entre as pessoas, facilitando o acesso ao conhecimento, além da rápida difusão e compartilhamento de informações. E foi assim que as marcas se viram diante de um cenário completamente novo onde os clientes passaram a poder expressar a sua opinião abertamente e interagir entre si. Basicamente, a internet permitiu que todos produzissem conteúdo e consumissem ideias, horizontalizando qualquer tipo de informação.

Entre as principais mudanças na forma de fazer marketing antes e depois do surgimento da internet, Carolina Terra, pesquisadora e consultora em marketing digital, destaca três – a interatividade, a participação e a importância do consumidor: “Na comunicação tradicional, ter uma via de mão dupla é muito mais difícil do que na comunicação digital, que permite a participação do usuário e o inclui na sua estratégia de marketing e relacionamento. Além disso, a voz do consumidor pode se tornar mais importante do que as das empresas ou de uma instituição.”

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“Tudo muda radicalmente” É assim que Carolina inicia a sua fala sobre como a internet influenciou a maneira como as empresas chegam até os consumidores e a carreira em marketing. Ela atuou em empresas como FIAT, Vivo, MercadoLivre e Agência Ideal, onde atendeu clientes como Google, McDonald’s, Pepsico e Nike. Sua última experiência foi como gerente de mídias sociais do grupo Nestlé. Atualmente, dá aulas de pós-graduação em Comunicação Digital na USP (Universidade de São Paulo), da FIA (Fundação Instituto de Administração) e da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).

Segundo ela, antes não havia a preocupação do que era falado entre os consumidores. Agora, porém, essa validação e endosso é muito relevante para as marcas e o conteúdo gerado pelo próprio cliente passa a ser o ponto crucial para o sucesso do marketing.

Para acompanhar as mudanças, os profissionais tiveram que se adaptar à nova realidade e mudar a sua mentalidade: “Antes, pensava-se muito mais no marketing como uma ferramenta de comunicação de massa, impactante. Era um tiro com bala de canhão. Hoje, é preciso refletir sobre como inspirar, encantar e envolver o usuário para que ele fale bem. Ter um consumidor falando bem de um produto, serviço ou experiência vale muito mais do que qualquer propaganda feita pela própria empresa”, comenta.

Trabalhar com marketing digital é pensar em estratégias que envolvam relacionamento, pessoas, histórias e desejos: “O profissional de marketing sempre teve que trabalhar com resultados e saber o retorno do investimento. Hoje, a grande pressão é ter estratégias que realmente encantem e não sejam um tiro no pé. De repente, você programa uma campanha que dá totalmente errado e vira uma crise. O ponto chave é acertar no relacionamento com o consumidor para que ele seja a sua vitrine e o seu motor de marketing. O boca a boca se profissionalizou com o digital.”, fala Carolina.

Leia também: Como os profissionais de marketing digital podem se reinventar?

O caminho até o consumidor Antes de pensar em ótimas estratégias de marketing é preciso ter certeza de que o serviço prestado é excelente e de que o negócio está funcionando: “Grandes crises nas redes sociais surgem a partir da opinião negativa de algum usuário. É preciso que tudo esteja em perfeito funcionamento para que isso se desdobre no digital e acabe aparecendo.”

Na hora de pensar no que pode ser feito na internet, as possibilidades são muitas: postagens em redes sociais, anúncios no Google, otimização, e-mail marketing, blog, landing page… Para saber quais escolher, o mais importante para a marca é conhecer o seu público alvo a fundo: “É preciso saber que mídias ele consome e em que locais ele está presente, para conseguir uma comunicação customizada. Não faz sentido oferecer a mesma coisa para todos os consumidores, é preciso criar algo que faça a diferença no dia a dia de cada um”.

Para isso, é preciso utilizar ferramentas de monitoramento e de rastreamento, e o profissional de marketing deve ter uma boa capacidade analítica: “As estratégias não devem ser definidas a partir de dados sóciodemográficos, mas sim comportamentais. Por onde ele navega? Que tipo de página ele curte?”.

Ter um conhecimento maior sobre os consumidores significa poder traçar estratégias mais assertivas e personalizadas. Mas, para saber se tudo está saindo conforme o planejado, só existe uma forma: medindo e avaliando os resultados por meio de métricas. Essas métricas são definidas de acordo com o objetivo de cada marca ou campanha: “Quem vai escolher o conjunto de parâmetros que melhor atende é o estrategista do digital. Por exemplo, em uma ação de promoção, as métricas poderiam ser o volume de pessoas que foram até a loja e a porcentagem de aumento do faturamento. Em outras ações, a métrica pode ser simplesmente visibilidade. Muitas ONGs quando fazem uma campanha definem como aspecto mais importante ter aquela causa ou ideia saindo na boca de um influenciador”, comenta.

O conteúdo é rei A preocupação em produzir um conteúdo que seja relevante deve ser prioridade no dia a dia de um profissional que trabalha com marketing digital: “Se não for assim, você não vai engajar e nem envolver ninguém. A premissa é sempre ter um bom conteúdo e um excelente serviço.”

No Brasil, temos todos os cenários. Existem marcas iniciantes que ainda não aprenderam a lidar com a internet; marcas que são muito avançadas e aproveitam todo o potencial da rede, entendem a lógica da participação do usuário e sabem envolvê-lo; e marcas com algumas iniciativas, mas com estratégias pontuais e não globais. “Estou vendo um esforço grande das marcas tentando usar a internet para se legitimar, se promover e encantar o usuário. Posso citar exemplos conduntes de marketing digital que são referência: Ponto Frio, Netflix, Itaú e McDonald’s, por exemplo”, finaliza.

Entenda como surgiu em Minas Gerais a melhor comunidade de startups do país, conhecida como “Vale do Silício” brasileiro

sao pedro valley

Por Frederico Machado

O Vale do Silício (Silicon Valley, em inglês), na costa oeste dos Estados Unidos, é uma verdadeira “Meca” para o empreendedorismo, reunindo um grande número de empresas do mercado tecnológico. Mas não é preciso ir tão longe para ter contato com um cenário parecido – dadas as devidas proporções, é claro. Basta visitar São Pedro, bairro da Zona Sul de Belo Horizonte, para observar porque San Pedro Valley é considerada a melhor comunidade de empreendedorismo digital no país atualmente.

Para se ter uma ideia do impacto desse ecossistema empreendedor, onde as empresas são vizinhas e se ajudam visando o fortalecimento do mercado, a mineira San Pedro Valley foi vencedora do prêmio Spark Awards em 2014 – uma espécie de Oscar do empreendedorismo digital brasileiro, coordenado pela Microsoft – na categoria melhor comunidade do país.

Hoje são mais de 300 startups oferecendo serviços e produtos inovadores nos mais diversos ramos.

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Marco inicial de San Pedro Valley

É difícil datar precisamente o surgimento do San Pedro Valley. Um dos marcos nessa história é a aquisição em 2005 de uma startup mineira chamada Akwan pelo Google. Depois do negócio, o gigante do mercado de buscas acabou instalando na capital mineira um escritório de pesquisa e desenvolvimento para aproveitar a mão de obra qualificada da região, inspirando os jovens do mercado de tecnologia.

E mão de obra qualificada geralmente está relacionada com uma boa universidade por perto: o curso de ciência da computação da UFMG foi líder no ranking do Enade nos últimos dois anos e abastece as startups do San Pedro Valley com empreendedores de primeira.

O relacionamento com a instituição se fortaleceu quando, no início de 2017, empreendedores resolveram organizar um curso aberto e gratuito de empreendedorismo para 150 pessoas na UFMG. A procura foi grande: cerca de 700 se inscreveram.

Ao longo de trinta encontros, os representantes da San Pedro Valley ensinam as ferramentas cotidianas das startups – como business model canvas, lean startup e marketing digital, entre outros temas –, além de insights práticos e conselhos sobre como tocar negócios e fazer contatos. É mais um passo para aumentar o círculo e fortalecer a região.

“O surgimento de um ecossistema acontece, na maioria das vezes, porque algumas empresas dão tão certo que acabam atraindo outras. Em BH, tivemos o caso da Akwan, que foi vendida para o Google e que acabou mostrando para o Brasil que existe inovação de ponta por aqui. Isso fez com que mais pessoas começassem a empreender e outros olhassem para startups como uma oportunidade de carreira”, avalia Gustavo Caetano, fundador da SambaTech e um dos pioneiros no San Pedro Valley.

Além de oferecer remuneração competitiva, ambiente informal e desafios atraentes para jovens talentos – representantes da comunidade estimam que centenas de empregos tenham sido gerados ali –, as startups da San Pedro Valley oferecem algo que outras organizações tradicionais da região, como mineradoras e montadoras de veículos, não conseguem: um crescimento de carreira acelerado.

Dentro de um modelo de gestão horizontalizado típico de startups, onde autonomia, vontade e conquistas falam mais alto que senioridade ou experiência, é possível passar de estagiário a sócio de um negócio em pouco tempo.

Leia também: Por que Barack Obama quer trabalhar no Vale do Silício?

Brincadeira séria 

O apelido “San Pedro Valley” surgiu em 2011 e o seu criador foi Mateus Bicalho, co-fundador da Hotmart. “O nome surgiu a partir de uma brincadeira, sem pretensões. Nós da Hotmart alugamos uma salinha junto como pessoal da RockContent no bairro São Pedro e as empresas começaram a crescer. Dada a proximidade entre todos os empreendedores, que trocavam ideias frequentemente sobre os negócios, e estarmos todas localizadas no bairro São Pedro, eu brinquei com o pessoal que aquela região era o San Pedro Valley, uma brincadeira em alusão ao famoso Vale do Silício norte-americano”, revela Bicalho.

Logo o apelido se difundiu pelas redes sociais, especialmente quando alguma empresa era premiada ou recebia investimentos vultuosos.

A escolha do bairro São Pedro se justifica por ser uma região de fácil acesso, com imóveis a bom preço para alugar, opções de restaurantes baratos e próxima ao tradicional bairro de Savassi. Esse cenário atraiu outros empreendedores, que costumam se encontrar por coincidência pelas ruas e estabelecimentos (sacolão, padarias, mercados, etc.) do bairro São Pedro, gerando uma rede informal.

“O San Pedro Valley é uma comunidade que se formou organicamente por empreendedores que queriam crescer e compartilhar suas experiências”, afirma Diego Gomes, um dos criadores do movimento e sócio da RockContent.

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[Encontro de empreendedores em San Pedro Valley]

Ambiente colaborativo 

Uma das marcas do lugar é a colaboração: praticamente todos os fundadores das empresas se conhecem e procuram se ajudar das mais diferentes formas.

“Uma coisa que aprendi é que ninguém é muito bom em tudo. Por aqui na SambaTech entendemos que somos acima da média em algumas áreas como Design, Produto, Marketing. Porém, em áreas como Vendas tem gente fazendo melhor, como é o caso da RockContent, referência nessa área dentro do San Pedro Valley. Por isso, nossos novos vendedores passam um bom tempo dialogando com o pessoal da Rock para aprenderem os processos e cultura de vendas”, explica Gustavo Caetano, da SambaTech.

Para facilitar essa troca de experiências, são utilizadas diversas ferramentas. “Nos grupos de WhatsApp procuramos ajudar quem está começando. Essa troca de experiências é enriquecedora porque passamos pelos mesmos problemas e desafios. Não existe clima de concorrência entre nós, todos saem ganhando com essa ajuda mútua”, explica Ofli Campos, um dos fundadores da Meliuz.

Além do grupo de WhatsApp, as empresas possuem um site – sanpedrovalley.org.br – e também se comunicam pelo Slack, sistema desenvolvido no Vale do Silício.

Para completar, os “cabeças” das principais empresas costumam se encontrar ao menos uma vez por mês para comer uma pizza, tomar cerveja e discutir os rumos dos seus negócios. “Encontrar e trocar informações de maneira constante e aberta com empreendedores de outras startups do San Pedro Valley diminui a curva de aprendizagem sobre diversos temas altamente relevantes que fazem parte do nosso dia a dia. E isto é o que caracteriza a comunidade do SPV: aqui a troca de conhecimento é constante, gratuita e envolve empresas de diversos mercados, tamanhos e fases diferentes”, afirma Rodrigo Cartacho, fundador da Sympla.

Não é raro ver fotos desses encontros no Instagram com a legenda #SPV, como essa que ilustra a reportagem.

Os bons resultados e premiações de algumas empresas do San Pedro Valley, como RockContent, SambaTech, Tracksales, Zaphee, Sympla, Meliuz, Hotmart, DataStorm, Dito e AppProva, acabam inspirando as startups que começam o seu trajeto.  “Hoje temos startups que servem de exemplo e inspiram as recém-criadas. Assim, o ecossistema segue evoluindo”, ressalta Gustavo Caetano.

O ambiente colaborativo também teve um efeito no fluxo de capital do país, antes concentrado em São Paulo, onde fica a maior parte dos fundos de investimentos. Com o sucesso das startups locais – que passaram pela fase de convencer seus investidores de que não havia necessidade de mudar de cidade –, analisar as novas oportunidades em Belo Horizonte se tornou prática do setor.

Leia também: 10 cursos rápidos que mudam a vida de um empreendedor

Incentivo do governo 

Outro fator que ajudou no desenvolvimento do San Pedro Valley foi o SEED, um programa de desenvolvimento do ecossistema de empreendedorismo e startups, que fazia parte do Escritório de Prioridades Estratégicas do governo de Minas Gerais.

Criado em 2013 com o objetivo de fomentar projetos ligados à tecnologia, o SEED já auxiliou mais de 80 startups, algumas delas apenas com ideias na cabeça.

“Um ecossistema vai bem além das startups. Precisa de diversos players como as aceleradoras, entidades financiadoras, fundos de investimento e claro, o governo. Na minha opinião, a função do governo é fomentar todos os players do ecossistema, tanto ajudando a criar novas empresas com programas como o SEED – de grande êxito em Minas Gerais –, como também facilitar o acesso a capital, e desonerar iniciativas de inovação, entre outros”, analisa Rodrigo Cartacho, da Sympla.

“Não podemos esperar que o governo atue sozinho. Precisamos entender que o governo é uma máquina capaz de fomentar – com todo os seus recursos disponíveis –, mas cabe a todos os players do ecossistema criar ações para que estes recursos sejam bem utilizados e canalizados para as principais necessidades e de maior impacto no desenvolvimento das startups”, finaliza.

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Ciências da computação é a graduação mais popular para mulheres em Stanford

mulher digitando com caderno do lado

Recentemente, diversas pesquisas tem apontado a baixa presença de mulheres no mercado de de tecnologia da informação, tirando o sono de empresas e faculdades do setor. É que essas organizações tem diante de si o complexo desafio de repensarem suas políticas de atração, retensão e seleção de pessoas para se tornarem mais inclusivas em relação a gênero — o que nem de longe é uma tarefa simples.

Stanford, no entanto, parece estar um passo a frente. Embora a universidade — uma das mais tradicionais dos Estados Unidos e referência em tecnologia e inovação — fique nas imediações do Vale do Silício, onde os números sobre a inclusão das mulheres nas empresas tecnológicas está longe de ser satisfatório, o curso de ciências da computação tornou-se, pela primeira vez na história, a graduação mais popular para estudantes mulheres.

Leia também: Por que há menos mulheres no setor de tecnologia?

Segundo a instituição informou à Reuters, cerca de 214 mulheres estão se graduando em ciência da computação, representando cerca de 30% desse departamento na universidade. Biologia humana, que havia sido o curso mais popular entre mulheres, caiu para a segunda posição.

A notícia deve impactar positivamente os avanços pela igualdade de gêneros nas carreiras de tecnologia, problema que tem uma de suas raízes na escassez de mulheres que se formam em cursos de Exatas. “Nós cruzamos o limiar em que as mulheres se sentem apoiadas e confortáveis”, disse Eric Roberts, professor emérito de ciências da computação de Stanford que obteve os números primeiramente. “O que precisamos fazer é não rejeitar pessoas porque elas se sentem mal amparadas, e uma comunidade central vibrante e com massa crítica é essencial”.

Investimentos em negócios de impacto social no Brasil devem quadruplicar até 2020

mutirão medindo o pulso da população

Os investimentos em negócios de impacto social no país devem quadruplicar nos próximos cinco anos, saltando de R$ 13 bilhões em 2014 para R$ 50 bilhões anuais a partir de 2020, segundo projeção foi realizada pela Força Tarefa Brasileira de Finanças Sociais, em parceria com a Deloitte. No mundo todo, o valor deve chegar a 1 trilhão de dólares.

Uma das novidades do estudo diz respeito à participação dos governos como investidores em impacto social. Embora hoje, no Brasil, os governos não realizem investimentos sociais, a expectativa é de que até 2020 sejam investidos 4,1 bilhões de reais de dinheiro público, com recursos advindo da criação de modelos para a inclusão de negócios de impacto social nas compras governamentais. As empresas continuam respondendo pela maior parte do investimento em impacto social: 41,9 bi dos 50 bilhões previstos. O grande crescimento desse investimento de pessoa jurídica virá do microcrédito e de fundos de investimentos de impacto. Outros tipos de investidores são organismos nacionais de fomento, organismos multilaterais de crédito, instituições de finanças comunitárias, fundações e associações, além de pessoa física.

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A pesquisa também mostra que, no país, os negócios sociais de impacto em expansão estão especialmente nas áreas de saúde e educação. De acordo com Célia Cruz, diretoria-executiva da Força Tarefa Brasileira de Finanças Sociais, será preciso quatro grandes ações simultâneas para fazer crescer os negócios de impacto social no Brasil, segundo relata a Folha de São Paulo.

“É preciso ao mesmo tempo ampliar a oferta de capital, aumentar o número de negócios de impacto qualificados e escaláveis, fortalecer organizações intermediárias, como aceleradoras, e criar um macro ambiente favorável às finanças sociais”, explicou ao jornal.

Atenção empreendedores: Eric Ries vem ao Brasil para evento sobre lean startup!

eric ries palestrando

Boa notícia para os empreendedores: Eric Ries virá ao Brasil ainda esse ano para uma série de eventos sobre empreendedorismo. Com um currículo extenso — investidor de venture capital, blogueiro, escritor, consultor regular de outros empreendedores e empreendedor-residente da Harvard Business School — ele é hoje uma das principais referências no mundo das startups.

No Brasil, participará da HSM ExpoManagement como palestrante no dia 11 de novembro, e no dia seguinte, ministrará um workshop sobre a metodologia lean startup — leitores do Na Prática tem desconto de 20% com o cupom ESTUDAR. Inscreva-se aqui.

A fama de Eric Ries remonta a quatro anos atrás, quando lançou o livro The Lean Startup, disseminando uma metodologia de gestão que, aqui no Brasil, foi traduzida como “startup enxuta”.

A lean startup, ou startup enxuta, é uma metodologia para criar negócios de forma enxuta, eliminando desperdícios e etapas desnecessárias. Consiste, entre outros princípios, em gastar poucos recursos para testar uma ideia antes de investir pesado nela. Segundo Ries, a metodologia serve para ajudar startups a falharem menos. Ou pelo menos não fracassarem por erros que poderiam ser evitados — afinal, a maioria das startups nasce com pouco dinheiro e precisa crescer rápido.

Ries diz ter feito, com o lean, uma interessante descoberta: empreendedorismo e inovação não se opõem à gestão como intuitivamente alguns pensam; eles se complementam. “O que realmente precisamos é de uma nova teoria geral da gestão”, diz ele, embora essas não sejam as palavras que se espera de um fanático do empreendedorismo.

As faculdades com mais ex-alunos nos bancos brasileiros

logo do itaú

Você já se perguntou quais são as universidades mais frequentadas por funcionários de grandes bancos que operam no Brasil? Uma ferramenta que combina dados compartilhados por usuários do LinkedIn permite descobrir a resposta.

A seguir, EXAME.com reuniu as faculdades brasileiras com mais ex-alunos empregados em nove bancos, como Itaú Unibanco e Bradesco, de acordo com o LinkedIn.

Vale lembrar que a amostra se restringe a profissionais que divulgam seu empregador atual e sua formação acadêmica no LinkedIn. A seguir, veja o ranking:

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Bradesco

FGV (Fundação Getúlio Vargas): 1.247
Unip (Universidade Paulista): 983
Universidade Presbiteriana Mackenzie: 711
Centro Universitário FIEO: 596

Banco do Brasil

FGV (Fundação Getúlio Vargas): 915
UnB (Universidade de Brasília): 468
USP (Universidade de São Paulo): 437
Universidade Presbiteriana Mackenzie: 278

Caixa Econômica Federal

FGV (Fundação Getúlio Vargas): 566
Unip (Universidade Paulista): 308
UnB (Universidade de Brasília): 235
Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina): 120

Itaú Unibanco

FGV (Fundação Getúlio Vargas): 3.239
Universidade Presbiteriana Mackenzie: 2.299
USP (Universidade de São Paulo): 1.488
Unip (Universidade Paulista): 1.165

Banco Safra

FGV (Fundação Getúlio Vargas): 415
Universidade Presbiteriana Mackenzie: 245
Unip (Universidade Paulista): 213
USP (Universidade de São Paulo): 140

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Citi

FGV (Fundação Getúlio Vargas): 607
Universidade Presbiteriana Mackenzie: 405
USP (Universidade de São Paulo): 317
Unip (Universidade Paulista): 263

HSBC

PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná): 648
FGV (Fundação Getúlio Vargas): 589
UFPR (Universidade Federal do Paraná): 544
Universidade Presbiteriana Mackenzie: 239

BTG Pactual

PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro): 177
FGV (Fundação Getúlio Vargas): 174
Ibmec: 124
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro): 111

Credit Suisse

USP (Universidade de São Paulo): 85
FGV (Fundação Getúlio Vargas): 80
Universidade Presbiteriana Mackenzie: 30
UFF (Universidade Federal Fluminense): 3

 

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

O que o tenista Guga Kuerten pode ensinar aos empreendedores

guga entrevistando jorge paulo lemann

“A nossa real capacidade está muito longe do que a gente consegue enxergar”. Foi assim que terminou a palestra do Guga no Day 1, evento promovido pela Endeavor. Gustavo Kuerten, um atleta que mudou a visão do tênis para muitos brasileiros, tricampeão de Roland Garros e primeiro no Ranking Mundial por 43 semanas, em 20 minutos contou um pouco da sua história, de forma simples e cativante.

Durante a palestra, vários momentos me chamaram a atenção, onde percebi o quanto os desafios do atleta – e principalmente a necessidade de performar – têm relação com os desafios e as necessidades dos empreendedores e executivos atualmente.

Integrar razão com a emoção frente a um desafio, criar uma mistura equilibrada dos dois, lidar com o stress, utilizar o máximo do seu potencial e aprender sobre si mesmo com o que aconteceu, são fatores que impactam muito nos resultados de líderes que buscam a alta performance. Muito do que o Guga contou que aconteceu com ele, pode ser explicado baseado em alguns conceitos que utilizamos em nossos treinamentos e processos de coaching.

De acordo com a minha percepção, baseado nas experiências contadas pelo tricampeão de Roland Garros, gostaria de compartilhar um pouquinho do que vejo dessa relação do esporte com o mundo corporativo:

Leia também: “No tênis aprendi que para ser bom é preciso treinar”, diz Jorge Paulo Lemann

1. Necessidade de Certeza

Entramos em um ciclo de sucesso ou de fracasso comandados por convicções que temos sobre algo. Quando não acreditamos em alguma coisa, nossas ações passam a ser pequenas e, mesmo que tenhamos muito potencial, não agimos, presos à crença de que não vai funcionar, pelo simples fato de não acreditarmos naquilo. Com isso, conseguimos o resultado que acreditamos e, desta forma, confirmamos a nossa crença. Como se fosse uma profecia autorrealizável.

Vamos para o exemplo da crise: se eu acredito que a crise será forte, eu começo a ficar com receio, começo a evitar ações que poderiam me levar a melhores resultados e, com isso, tenho resultados proporcionais às ações que não tomei ou que tomei para me proteger. Isso me leva a confirmar: “é, a crise tá forte!” E o ciclo retorna.

Esse ciclo de fracasso se transforma em ciclo de sucesso quando eu mudo a minha convicção, o meu senso de certeza. Guga fala disso em vários momentos, principalmente no jogo com o Kafelnikov na final de Roland Garros em 2007. Ele disse, “o cara era imbatível para mim. Foi o único jogo que eu entrei em quadra e sabia que ia perder. Eu tinha certeza absoluta. Somente no meio do jogo que eu fui entender que dava para vencer o Kafelnikov. Naquele dia, eu saí de quadra seguro que ia ganhar Roland Garros. A partir dessa vitória, eu tinha certeza que eu ia ser campeão.”

Nesse momento, Guga mostra exatamente a hora da mudança do ciclo de fracasso para o ciclo de sucesso, ponto exato da transformação do Modelo Mental. E um fator fundamental para isso, foi o papel do seu coach, Larri Passos, que durante o aquecimento estava junto com ele, como parceiro, e que com a sua certeza e apoio inabaláveis, falava com convicção de que Guga iria ganhar. Essa atitude de Larri fez o Guga ficar na dúvida, a ponto de balançar a própria crença (aquela de que não seria capaz de ganhar!) chegando a pensar: “será que ele acredita mesmo que eu vou ganhar do Kafelnikov?” Depois, Guga entendeu algo que o Larri falava muito: a importância da convicção.

Trazendo para o funcionamento humano, a convicção sobre nós mesmos nos dá a certeza e a confiança que precisamos para desempenhar em nosso máximo potencial. O medo do fracasso, de não ser suficiente frente à pressão por resultados, cresce à medida que ganhamos novos desafios e novas responsabilidades. É o vilão que fica escondido em nosso inconsciente, que nos leva a reagir em alguns momentos de uma forma que não propicia bons resultados. Muitas vezes passamos a perceber o desafio como algo enorme e passamos a duvidar da nossa capacidade.

Dica: Não estar sozinho, ter alguém do seu lado – um coach, um mentor – é fundamental, pois em alguns momentos você poderá duvidar de você mesmo, principalmente quando o desafio ficar maior e a pressão aumentar. O medo de perder, a dúvida, a falta de concentração e o stress, passam a ser o nosso maior oponente, pois geram uma voz interior que rouba a nossa energia e resulta em diminuição da nossa performance. Grandes atletas, assim como executivos de alta performance, treinam silenciar a mente em momentos de pressão. Com isso diminuem o stress, impactando diretamente os resultados.

2. Performance = Potencial – Interferência

A fórmula simples e profunda criada por Tim Gallwey, o “pai do coaching”, nos anos 70, tem ajudado muitos atletas e executivos de ponta a atingirem o seu máximo potencial até hoje.

A interferência é a voz interior que tira o silêncio da nossa mente, tira a nossa concentração e nos desgasta. Guga relata isso na final pela conquista do bicampeonato, com Magnus Norman, onde ele já era um dos favoritos. Em determinado momento, achou que já havia ganho o jogo e o campeonato, mas não foi bem assim. Aos 9 minutos da palestra, Guga conta que foram quase 50 minutos de jogo interior, de interferência interna, o que ele chamou de loucura: “sou o campeão do mundo… Sou horrível e não vou ganhar nada… De um lado para o outro, uma montanha russa.”

Quando fazemos algo que entendemos ser errado, iniciamos um processo de julgamento das nossas próprias habilidades e muitas vezes da nossa própria capacidade, e criamos uma profecia autorrealizável que passa a ser um dos nossos maiores sabotadores. Uma bola fora pode levar a gente a pensar que foi errado, uma segunda bola fora pode levar ao pensamento de que tudo está dando errado hoje, e várias bolas fora, podem fazer você se sentir horrível. ”Sou horrível… Não sou capaz… Eu não consigo fazer isso…”. O acúmulo de vozes internas rapidamente elimina qualquer chance de bom desempenho, pois tira o nosso sono e nos mantém sob o domínio da preocupação.

O aumento da performance vem de um processo de tomada de consciência do seu potencial e do que está gerando interferência interna – isso gera mais confiança e nos leva a fazer melhores escolhas.

Nesse processo, o coach treina o executivo a aumentar a percepção sobre si mesmo, prestando mais atenção no que acontece com ele no dia a dia, nas situações e espaço que ele ocupa, levando, como consequência, a uma melhora significante nos resultados.

3. Necessidade de significância

Guga comenta: “A primeira vez que a gente ganha, eu digo que foi sem querer. Ganhar a segunda vez foi mais difícil, pois tinha o peso da comprovação, para mostrar que não tinha sido sem querer”.

Isso faz lembrar uma frase do Bernardinho, que diz que mais difícil do que chegar no topo é se manter no topo. A necessidade de significância está ligada a um medo que todo ser humano tem e que carregamos desde criança, o medo da rejeição. Buscamos ser aceitos pelas pessoas e o sucesso – já ser campeão, ser promovido, mudar de cargo, se tornar Líder – gera mais pressão para isso, pois traz junto o medo do fracasso, que altera a nossa necessidade de certeza que falamos acima. Isso ativa o nosso jogo interior e nos coloca pressão para acertar em tudo.

Guga relata isso aos 15 min: “são tantas as decisões durante uma partida, lidar com a torcida, com jornalistas, com a expectativa, não dá para parar e analisar. Tem que decidir a cada milésimo de segundos. Aqui não dá para parar.”

Dica: No mundo organizacional, temos um ponto a nosso favor: embora não pareça, dá para parar. Em nosso dia a dia, seja para chegar ao topo ou se manter no topo, corremos o risco de entrar no piloto automático e ser dominado pelo jogo interior, e nesse momento é importante fazer um STOP. Normalmente paramos só para planejar. Desenvolver a capacidade de parar para tomar consciência de si, dos meus Modelos Mentais e do que está acontecendo ao meu redor, passa a ser fator fundamental de sucesso ou de fracasso. E se dizemos “mas eu não posso parar agora”, isso pode ser um sinal de que já estamos no piloto automático. Quando achamos que não podemos parar, significa que já passamos da hora de parar. E a parada se torna mais do que necessária, ela passa a ser a diferença para alta performance, para o alto rendimento. Como um carro de formula 1 que precisa de um ou mais pit stops em cada corrida.

4. A força de um propósito

Aos 16 min, Guga conta que no início de sua carreira, não tinha onde treinar e eles foram lá e construíram uma quadra. Quando não temos clareza do propósito, qualquer obstáculo nos impede de continuar e desistir passa a ser uma opção. O propósito nos dá direcionamento e consequentemente foco, força e motivação para seguir em frente.

Isso nos faz criar opções e novas possibilidades de como realizar o que desejamos, quando o propósito é forte, temos energia para buscar formas e alternativas para continuar, tudo para nos manter firmes e não desistir. Um proposito é algo maior do que um objetivo, ele não é realizável e sim vivido, no dia a dia. É a razão pela qual fazemos algo, é algo que nos alimenta diariamente, nos inspira!

5. Aprendizado e Inspiração

Aprendizado é algo que faz parte da vida (ou deveria fazer!). Pelo menos, da vida de um atleta, isso aparece como algo sagrado.

A pior crise que podemos passar é a crise interna. Essa é a responsável por aumentar o nosso nível de stress. Muitas vezes estamos trabalhando demais, executando um volume enorme de tarefas, temos uma agenda lotada e não temos espaço para aprender sobre nós mesmos, e isso tem um custo alto no longo prazo. Quem valoriza o processo de aprender sobre si, enquanto executa, estará na frente.

Guga nunca esteve sozinho, teve pessoas que o ajudaram no aprendizado e foram fonte de inspiração. Ele citou o Larri e o irmão Gui como parceiros “[Eles] tinham desafios que eram muito complicados. E parece que você está sozinho, mas não tá. Através dos exemplos fui me fortalecendo”.

Assim como no esporte, um executivo, quanto mais no topo chega, mais sozinho se sente, pois algumas preocupações, medos, ansiedades, angústias, não podem ser compartilhados com outras pessoas da organização. Ao mesmo tempo, ele também tem que performar no seu máximo potencial para gerar resultado junto com o seu time.

Ter um parceiro ao seu lado para treinar novas percepções, ajudar a evoluir novos modelos mentais, estabelecer objetivos, desenvolver a autoconfiança sem ser arrogante, e potencializar o time, passa a ser fator crítico para o sucesso.

Ponto de Atenção: Diante da forte competição de mercado ou frente a um desafio, nós criamos muitos dos nossos problemas, geramos conflitos internos que são fonte de stress, que muitas vezes são ignorados. Fazer um STOP para olhar para si de forma consciente não é sinal de egoísmo, e sim de humildade, de vontade de melhorar e impactar diferentemente o ambiente onde atuamos. Se desprender dos conflitos internos, além de reduzir o nível de stress, pode ser uma atitude responsável por uma grande virada em sua vida.

Esta foi a minha percepção como coach e gostei muito da metáfora que o Guga usou comparando o Day 1 com uma virada de jogo. Ele teve vários dias de virada. E você, já parou para pensar sobre os seus?

 

Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

Governo de SP busca startups para resolver desafios na educação

mulher escrevendo na escola

Para encontrar soluções tecnológicas que ajudem gestores, professores, pais e alunos, o Governo do Estado de São Paulo anuncia para o dia 17 de novembro a primeira edição do Pitch Gov SP. O evento que será realizado em parceria com a PRODESP (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo) e a ABStartups (Associação Brasileira de Startups) aceita a inscrição de candidatos até 18 de outubro de startups que já possuam um produto ou protótipo.

“O Pitch surgiu para o governo se aproximar do setor privado em um nível mais baixo, ocupado pelas start-ups. Fomos atrás das secretarias e pedimos para que listassem os desafios que eles vivenciam no dia a dia [Veja lista abaixo]”, diz Isabel Opice, assessora da Subsecretaria de Parcerias e Inovação. Assim como nas áreas de saúde e facilidades ao cidadão, em educação estão autorizadas a concorrer empresas cujo CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) tenha no máximo cinco anos. “Empresas com menos de cinco anos conseguem gerar soluções de forma muito mais rápida e se adaptar aos problemas do estado”, diz Isabel.

Baixe o Especial Na Prática sobre carreira em Educação

Seleção Dentre os critérios de seleção está a análise do histórico das empresas, que também leva em conta a experiência de seus integrantes no desenvolvimento de soluções semelhantes as do Pitch Gov SP. Outro item que merece atenção é o modelo de negócio, que vai dizer se a proposta da start-up consegue resolver um problema real e está em linha com as necessidades do mercado.

As 15 escolhidas para participar do Pitch Gov SP terão de fazer uma rápida apresentação (pitch, em inglês), de 10 minutos, no Palácio Bandeirantes, sede do governo paulista. As mais bem avaliadas vão poder firmar um convênio com o governo em que não haverá repasse de recursos financeiros, mas será dada a oportunidade para teste e aprimoramento das soluções, utilizando a estrutura de órgãos como a Secretaria de Educação e o Centro Paula Souza. Segundo as regras, se houver interesse da secretaria e dos órgãos responsáveis na continuidade das parcerias, a contratação será estudada caso a caso. Uma vez garantido o acesso à rede estadual, pouco a pouco a ferramenta digital avançará pelas 28 mil escolas da rede.

Veja abaixo os desafios propostos pelo governo:

Secretaria da Educação

1. Como manter um cadastro atualizado de pais e alunos (incluindo georreferenciamento), considerando as mudanças constantes de número de telefone e residência, para facilitar o processo de matrículas e acompanhamento dos estudantes?
2. Como realizar avaliações diagnósticas padronizadas em formato digital para mais de 4 milhões de alunos?
3. Como melhorar o fluxo de informação, troca de aprendizados e sugestão de novas ideias entre os diferentes atores da Secretaria de Educação de forma mais rápida, direta e participativa?
4. Como aumentar o engajamento dos pais na vida escolar do filho?
5. Como registrar, monitorar e acompanhar dados dos alunos que possibilitem avaliação nutricional e melhorias na alimentação escolar?
6. Como monitorar e acompanhar a aceitabilidade dos alunos pela alimentação escolar de forma dinâmica?
7. Como auxiliar diretores e dirigentes de ensino na gestão de prédios escolares, facilitando o acompanhamento das intervenções recebidas e problemas apresentados?
8. Como otimizar o serviço de transporte de alunos da rede estadual de ensino?
9. Como alinhar as ações de formação de professores centralizadas (promovidas pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores – EFAP) e descentralizadas (promovidas pelas Diretorias de Ensino e Escolas)?
10. Como identificar as demandas dos professores para cursos de formação e acompanhar o impacto dos cursos em sua prática profissional?
11. Como disponibilizar acesso digital a livros, revistas, produções estudantis e outras publicações aos alunos e familiares?
12. Como veicular formações rápidas e pontuais (máximo de 1 minuto) diretamente ao servidor interessado

Centro Paula Souza

13. Como fazer um registro automático da presença ou ausência dos alunos nas aulas?
14. Como produzir informações relevantes a partir de dados de presença e participação para melhorar o desempenho dos alunos?
15. Como criar um sistema de interação social entre professores, alunos, pais e gestores?
16. Como otimizar o consumo de energia elétrica, água e outros itens de custeio e infraestrutura nas unidades escolares?
17. Como otimizar a produção de alimentos nas 34 escolas agrícolas do Centro Paula Souza auxiliando na redução de custeio de merenda?

 

Este artigo foi originalmente publicado em Porvir

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