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Como a inovação acontece dentro de grandes empresas?

rony sato da basf executivo de terno

Continuidade. Este é o conceito mais marcante da conversa com Rony Sato, gerente de Tecnologia e Inovação para a América do Sul e principal guia pelos caminhos de inovação dentro da Basf Brasil. A perpetuação de cada uma das iniciativas e canais de discussão e coleta de ideias lançados ao longo dos anos pode explicar por que a empresa figura entre as mais inovadoras do mundo.

A pesquisa Best Innovator, feita em 15 países (no Brasil, com o apoio da Época Negócios) elegeu a Basfcomo a 3º mais inovadora. Mas Rony acredita que a continuidade não seria tão importante se, por trás dela, o objetivo maior não fosse a cultura de formação de massa crítica dentro da empresa: “É importante garantir um ambiente para cultura de inovação que também atenda às expectativas e seja um feedback para o colaborador, que verifique sua implementação e mostre qual foi o benefício gerado”

Corroboram esta visão o Programa Eureka (um canal interno de sugestões que existe há 34 anos vinculado à área de Excelência Operacional, dentro do qual são constantemente feitos benchmarkings de inovação); os workshops realizados pelas áreas de negócios, com interação com clientes e fornecedores; as discussões doBusiness Model Innovation com intuito de estabelecer processos inovadores; e, também, um programa de capacitação chamado Innovation Academy que introduz a relevância do tema inovação para novos colaboradores e também dá suporte às áreas na busca de novas ideias e conceitos.

Leia também: Aprenda como apreender e inovar dentro de uma grande empresa

Rony está na empresa há 15 anos e participou da formatação do departamento de Tecnologia e Inovação, em meados de 2010. Antes, existiam iniciativas isoladas dentro das áreas de negócios, caso da Suvinil (marca de tintas imobiliárias da Basf), a primeira que estabeleceu uma área de gestão de inovação, em 2008. “A iniciativa da Suvinil ajudou a posicioná-la no mercado como pioneira em tendências e tecnologia. A partir daí a preocupação com gestão em inovação se disseminou para outras áreas”, conta.

Se fosse para eleger a data inaugural em que a gestão da inovação entrou em destaque na rotina da Basf, Rony diria que foi com o estabelecimento do Top Ciência (iniciativa bianual para fomentar projetos de pesquisa em parceria com outras instituições e cientistas) há dez anos, em 2006. O Top Ciência contribuiu ativamente para o surgimento do conceito de negócio “AgCelence”, que elenca o efeito fisiológico benéfico de um produto e, hoje, ampara grande parte do portfólio da Basf. Tudo começou com o lançamento de um fungicida que deixava um efeito colateral… benéfico, especialmente na cultura de soja. Os especialistas do Top Ciência aprofundaram o estudo sobre esse produto e ainda aumentaram o número de culturas envolvidas na discussão.

“Depois da soja, a empresa passou a prestar mais atenção à cultura regional da cana-de-açúcar, o que resultou numa série de outras soluções”, conta Rony. Uma delas é o Digilab, umsistema portátil de imagem, atualmente incorporado ao smartphone como aplicativo, com o qual o agricultor pode identificar e comunicar uma infestação, compartilhando as evidências dos efeitos causados.

Como gerir a inovação A Basf é fornecedora de diversos segmentos industriais e sua estratégia global é perceber quais são as demandas do mercado (market pulls), identificar soluções e desafios e posicionar a empresa direcionando a trilha tecnológica para atender a essas demandas. “A gente chama esse processo de technology push.Trabalhamos para fazer o casamento das competências tecnológicas que precisamos fortalecer ou desenvolver para atender ao mercado”, afirma o gestor. A identificação de soluções passa também pelo rastreamento de clientes com necessidades novas.

Para um projeto chegar ao funil de inovação da Basf há vários trajetos, mas todos passam pela área de Rony para um alinhamento porque, em geral, são iniciativas transversais que envolvem mais de uma área de negócio: “Para gerir a inovação, temos de fazer a ponte, a conexão, entre a demanda e a área competente para atendê-la”.

Ele chama essa atividade de Knowledge Broker, ou corretagem de conhecimento. Um exemplo emblemático dessa “corretagem” é o Technology Scouting, espécie de radar de novidades e parcerias feito por duas subsidiárias: Basf New Business e Basf Venture Capital e acompanhado de perto pelo time de Rony e seus pares mundo afora. As subsidiárias identificam as tendências tecnológicas e de mercado e depois procuram a empresa de tecnologia que pode ter aderência com a estratégia da Basf. Rony diz que a partir daí há diversas possibilidades: “Podemos fazer aporte de capital, aquisição da empresa, licenciamento de tecnologia, acordo de desenvolvimento conjunto, aquisição de patentes… Depende do processo de análise”.

A parte de Venture Capital faz investimentos de seed capital nas empresas encontradas – sejam elas startups novas ou em estágio intermediário de crescimento. Já a parte de New Business trabalha pesquisando quais as empresas que merecem atenção especial e justificam uma possível incorporação.

A Basf não informa o orçamento da área de Tecnologia e Inovação, mas aponta um caso recente de scouting (apadrinhamento de uma empresa) que aconteceu na área de Personal Care do Brasil, com a cocriação de uma nova matéria-prima surfactante (elemento que proporciona espuma rica e suave em produtos como xampus, sabonetes líquidos e detergentes). Ariane Marques, responsável pelo Marketing de Hair Care & Color Care da Basf para América do Sul conta: “A partir de radares de parcerias, encontramos uma excelente oportunidade para desenvolver um produto inovador e colocar no mercado uma solução tradicional baseada em fontes renováveis”.

A solução foi desenvolvida durante um ano e meio junto com a empresa de biotecnologia norte-americana Solazyme e o time deles aqui no Brasil. O novo produto, chamado DEHYTON® AO 45, é uma betaína diferente das demais por ser produzida com óleos de microalgas em processo de fermentação da cana-de-açúcar, com baixa emissão de carbono e menor impacto de uso de água e terra.

O lançamento do novo produto para o mercado brasileiro ocorreu em setembro de 2015, durante a in-cosmetics Brasil, na qual foi o grande vencedor do 1º Prêmio ITEHPEC de Inovação, realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). “Tivemos grande interesse de diversas empresas do mercado cosmético, com solicitação de amostras para teste do produto em formulações”, conta Ariane. No entanto, como se trata de uma inovação e um lançamento muito recente, o tempo de chegada até o consumidor pode ser de até um ano, devido ao processo de aprovação e desenvolvimento das novas fórmulas.

Leia também: Como é trabalhar com inovação dentro de uma grande empresa?

O futuro está na cocriação Quando completou 150 anos, no ano passado, a Basf, em vez de apenas celebrar a data, pensou em maneiras de apresentar alguma contribuição maior para sociedade. A empresa optou por gerar uma herança de cocriação de soluções e impulsão da inovação criando o programa mundial Creator Space, que trabalha com temas como vida urbana e adensamento populacional; produção sustentável de alimentos e desperdício; e energia inteligente. A edição brasileira focou na temática da redução da perda de alimentos e desperdício. Inúmeros meios e metodologias foram utilizados para catalisar o programa, desde atividades presenciais até desafios virtuais.

Em busca de solucionadores (que podem ser empresas, acadêmicos ou universitários) o programa tenta trazer para a vida real a visão da empresa, como Rony diz: “Na Basf, enxergamos a química como possibilitadora do desenvolvimento de soluções para esses desafios”. Todas as iniciativas cocriadas foram avaliadas. Algumas chegarão à apreciação do corpo diretor, ainda no início deste ano, que decidirá quais receberão investimento para implementação. Possivelmente, em breve, haverá mais notícias sobre novos produtos. A inovação não pode parar.

 

Este artigo foi originalmente publicado em DRAFT

‘O que no passado foi estratégia de sucesso pode se tornar miopia da liderança’

ideia simbolo de lampada

Em vinte anos de experiência, o médico psicoterapeuta e professor Roberto Aylmer, especializado em transformação da cultura organizacional, treinou mais de 800 líderes de 75 países diferentes.

Tanta diversidade na sua vida profissional trouxe experiências e constatações inusitadas sobre a diferença de cultura entre os países e, consequentemente, no jeito de trabalhar e gerir pessoas.

Uma das suas conclusões vai contra uma afirmação propagada aos quatro ventos: a de que nós brasileiros somos pessoas fáceis de lidar. De acordo com ele, interagir com chefes brasileiros não é assim tão simples para os estrangeiros. Em entrevista à EXAME.com, ele conta uma passagem em que gestores brasileiros e noruegueses quase partiram para violência física para ilustrar a que ponto diferenças culturais podem resultar em conflitos profissionais.

Leia também: Como desenvolver o seu capital psicológico?

Aymler também revela aspectos interessantes de culturas organizacionais de outros países, como a Coreia do Sul, onde há gestores nomeados pelo governo, figuras chamadas por ele de “sombras”. Confira a entrevista:

A cultura organizacional muda com que frequência e por conta da influência de que fatores?
Para entender a mudança é preciso entender o que é cultura, como ela se forma e, aí sim, como ela muda. A essência da cultura é a forma como determinados grupos de pessoas entendem e interpretam o mundo.

O psicólogo americano Edgar Schein (criador do termo cultura organizacional) diz que cultura é o modelo de pressuposições básicas que um grupo desenvolve ao lidar com desafios e, porque funcionou adequadamente naquele contexto, é ensinado aos novos membros como a forma correta de lidar com os problemas.

A questão é quando o contexto e os problemas mudam rapidamente e a cultura não acompanha na mesma velocidade, pelo contrário, porque a cultura foi criada sobre um sucesso do passado, ela resiste em mudar. O que no passado foi ‘estratégia de sucesso’ pode se tornar miopia da liderança e caminho da estagnação.

A cultura organizacional mudou no Brasil de uns tempos pra cá?
Essa pergunta deve ser respondida com um ‘olhe em volta’ e veja com seus olhos… Talvez um fato relevante tenha sido a inclusão das classes C e D na agenda de consumo, até 2014 e o desaparecimento dessa vantagem com a crise de 2015. Essas mudanças súbitas causam medo, e com medo o mercado paralisa.

Vivemos o que no ambiente militar americano se chama de VUCA – volatilidade + incerteza (uncertainty) + complexidade + ambiguidade – e a marca deste contexto é a dificuldade de tomar decisões sem clareza da direção. É como dirigir rapidamente por uma estrada que você não sabe onde vai dar… quanto mais você corre mais perdido fica. O Brasil vive uma instabilidade que paralisa a tomada de decisão e gera perdas incalculáveis.

Há mudanças marcantes nas culturas organizacionais quando analisamos diferentes países?
Acredito que as principais mudanças estão ocorrendo nos países emergentes, que vivem um turbilhonamento mais expressivo. As indústrias europeias e americanas se encontram em fase de revisão de estratégia, mas não acredito que estejam considerando mudar sua cultura.

Já as indústrias dos países em desenvolvimento, especialmente o BRICs (claro que China já saiu do grupo ‘em desenvolvimento’ para principal player mundial), vivem uma fase na qual as interfaces com empresas e pessoas de outras culturas aumentaram e precisam rever seus conceitos.

Na medida em que as organizações caminham para maior proximidade do consumidor/cliente somos desafiados a ‘entender para atender’, ou seja, ao olhar com atenção e interesse para o outro, temos outra percepção do sentido do nosso trabalho.

Seria possível citar fatos curiosos e inusitados da cultura organizacional de alguns países com que o senhor tem mais familiaridade?
Um exemplo interessante é a percepção dos brasileiros de que somos ‘fáceis de lidar’. Isso não é verdade. Acompanhei uma empresa brasileira com operações na China, Rússia, América Central, Europa e Estados Unidos e, ao conversar com os gestores locais, percebi o quanto tinham dificuldade de lidar com os chefes brasileiros.

Nós não estamos acostumados a ‘fazer negócios’ do outro lado do oceano. Alguns países têm 500 anos de experiência em ‘negócios internacionais’, desde as grandes navegações.

Participe do Laboratório, o programa de formação de lideranças do Na Prática

E em outros países, o que foi surpreendente?
Posso citar alguns outros exemplos que me surpreenderam em outros países, como uma empresa na Itália que, embora privada, não poderia demitir um péssimo colaborador pelos acordos dos sindicatos locais com o governo, engessando a gestão da empresa e limitando a entrada de jovens no mercado de trabalho.

Outra surpresa para mim foi conhecer o “sombra”, figura que existe nas empresas coreanas. O “sombra” é um gestor coreano que trabalha em paralelo com o gestor brasileiro. Ele não age diretamente compartilhando o poder da gestão com o brasileiro, ele age quase que de forma independente. E ele não é pago pela empresa coreana e sim pelo governo coreano. Esse processo gera uma complexidade singular para o gestor.

Essas mudanças de cultura organizacional causam conflitos envolvendo expatriados, por exemplo?
Sem dúvida. Veja um caso em que participei como consultor-mediador numa crise entre noruegueses e gestores brasileiros que quase chegaram à agressão física e, analisando o caso, ficou claro que o problema central era a percepção que uma cultura tinha da outra.

Por exemplo, para um brasileiro o conflito direto deve ser evitado, pois é sinal de agressividade, para um norueguês o conflito é sinal de transparência (evitar o confronto direto e falar pelas costas é muito grave); para o norueguês, o melhor modelo de trabalho é pelo escritório de projetos, mas a indústria brasileira tem uma forte influência da hierarquia militar que é verticalizada.

E para finalizar, para o norueguês, prazo de lançamento é um compromisso de vida ou morte. Para o brasileiro, prazo é uma intenção que vai ser cumprida se nada acontecer no caminho como uma grande chuva, a Copa do Mundo, Olimpíadas etc.

É difícil para os estrangeiros entenderem o contexto brasileiro?
Expatriados têm muita dificuldade em entender a cultura e o contexto brasileiro, o que tem sido motivo de estudos de RH. E não apenas o executivo, mas também sua família. Para o crescimento profissional em muitas grandes empresas, uma passagem pela América Latina é fundamental e o maior mercado da AL é o Brasil.

Da mesma forma, temos muitos executivos brasileiros em empresas multinacionais vivendo fora do Brasil. Neste caso, pelos meus contatos, penso que a adaptação, neste caso, é melhor.

A questão é: as fronteiras estão caindo e precisamos nos tornar mais permeáveis às diferenças de perspectiva e cultura. Uma forma de ver isso é como lidamos com diferentes do nosso próprio país e fazer todos os esforços de inclusão e acessibilidade que ampliem o olhar das pessoas.

Assista também: Pedro de Godoy Bueno, CEO mais jovem do Brasil, fala sobre como desenvolver a liderança no início da carreira

 

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

Feira de MBA leva a SP e Rio algumas das melhores escolas do mundo

profissionais sérios assistindo a palestra

A feira internacional Access MBA trará às cidades do Rio de Janeiro, no dia 25/2, e São Paulo, no dia 27/2, representantes de algumas das mais conceituadas escolas de negócios internacionais, como Hult, IE e Duke.

Os eventos são gratuitos, mas os interessados devem se inscrever pela internet. A feira tem como diferencial o fato de que, ao se registrar, os participantes têm suas informações analisadas e recebem indicações de escolas que combinam com seu perfil. No dia do evento, poderão ter conversas individuais de até 20 minutos com diretores dessas escolas e de outras em que tiverem interesse. No total, 75 escolas de negócios estarão presentes.

A programação da feira também inclui palestras sobre temas ligados ao processo de seleção para o MBA no exterior, mesas-redondas e paineis com ex-alunos das instituições.

Feira Access MBA

Rio de Janeiro
Quando: 25 de fevereiro, das 11h às 15h30
Onde: Golden Tulip Ipanema Plaza (Rua Farme De Amoedo, 34, Ipanema)
Faça sua inscrição aqui

São Paulo
Quando: 27 de fevereiro, 13h15 às 18h
Onde: Tivoli São Paulo – Mofarrej (Alameda Santos, 1437 – Cerqueira César, SP)
Faça sua inscrição aqui

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora, o portal de estudos no exterior da Fundação Estudar

Você sabe o que são as corporate ventures?

O Portal DRAFT continua a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é Corporate Venture

O que acham que são as corporate ventures

Algum tipo de ação interna de uma corporação.

O que realmente são as corporate ventures

Corporate Venture é a expressão utilizada para caracterizar o investimento de empresas (geralmente de grande porte) em negócios nascentes, ou seja, grandes negócios se tornando investidores e futuros compradores de startups. “No Corporate Venture você tem um capitalista que aporta em uma empresa que precisa de financiamento e, em vez de dinheiro, essa empresa tem, em troca, participação nos lucros ou direito de voto”, diz Samy Dana, professor de finanças da Faculdade Getúlio Vargas (FGV).

Leia também: Você sabe o que é inovação disruptiva?

De acordo com Marcos Hashimoto, professor da FIA (Fundação Instituto de Administração) e da Faculdade Campo Limpo Paulista, além de diretor da Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Pequenas Empresas e co-fundador da Polifonia Escola Livre de Protagonismo Criativo, “essa parte, em que as empresas assumem o papel de investidoras procurando negócios emergentes dentro de suas estratégias corporativas, e colocando dinheiro nelas comprando parte de suas ações é a mais conhecida e especificamente denominada Corporate Venture Capital (CVC)”.

Ele diz que o conceito é bem mais amplo e que há empresas que não investem nas startups, mas as ajudam de alguma forma, seja cedendo espaço, colocando sua marca ou até colocando à disposição seus canais de distribuição. Essas são formas do tipo Corporate Venture Externo (CVE). Há, ainda, o Corporate Venture Interno (CVI), que investe em ideias de funcionários. “Um funcionário tem uma ideia de um novo produto ou negócio. A empresa ajuda dando equipe, estrutura, orçamento e faz o novo negócio decolar. Aí faz um ‘spin-off’, ou seja, cria uma nova empresa dentro do grupo, que nasceu lá dentro, nas mãos de um funcionário”, fala.

Segundo o professor, o Corporate Venture Externo também tem esse movimento, mas é chamado de ‘spin-in’: uma empresa que nasce fora, nas mãos de um empreendedor, recebe aporte de capital ou ajuda de uma empresa grande em troca de ações da empresa nascente. Quando a empresa cresce e se desenvolve, faz o ‘spin-in’, e a nova empresa passa a fazer parte do ‘guarda-chuva’ da grande empresa, faz parte do grupo (ou holding).

Quem inventou

Hashimoto diz que o conceito é bastante antigo e foi criado pelas empresas, que foram estudadas pela academia que, por sua vez, gerou estudos estruturados sobre o tema divulgando assim o conceito. “Não dá para precisar, pois não é uma metodologia, ferramenta ou produto, é um conceito. Quem cria conceitos?”, diz o professor da FIA.

Leia também: Aprenda como empreender e inovar dentro de uma grande empresa

Para que servem as corporate ventures

Para favorecer a inovação (como ponto fundamental), o aumento da produção com investimentos relativamente baixos, o conhecimento (e prática) de modelos de empreendedorismo e economia criativa, e a renovação de processos ultrapassados. Em todos os casos (CVC, o CVE e o CVI), o propósito central é a criação de novos negócios, isolados da organização, a partir de ideias baseadas em oportunidades identificadas.

“O Corporate Venture permite que a empresa não precise reinventar a roda, ou seja, não tenha que mudar nada na sua estrutura, pois sabe que tem um monte de empreendedor fora que pode fazer coisas interessantes para ela, ou está disposto a tocar projetos de seu interesse que seriam impossíveis lá dentro”, diz Hashimoto. Há também benefícios para as startups — acesso a clientes e parcerias só possíveis no ambiente corporativo e à expertise dessas empresas — e para o mercado, já que gera vagas de empregos e atrai investimentos e operações de mais multinacionais.

Quem usa

Basicamente, corporações. Alguns exemplos são Grupo Bandeirantes, Votorantim Novos Negócios, Telefonica, Google, Buscapé, GRSA, Bradesco, Odebrecht, 3M, Natura, Intel, bancos Itaú e Bradesco. O professor Hashimoto diz que a Polifonia, por meio da parceria com a THNK holandesa, implementa um programa de capacitação de profissionais nas tecnologias usadas para inovação para que mais empresas adotem o conceito de inovação corporativa. “Isso pode ser por meio do Corporate Venture Interno ou por meio da criação de uma cultura interna em favor da inovação. Acreditamos que o caminho mais fácil para que uma empresa adote este modelo seja por meio das CVIs”, diz.

Efeitos colaterais

Carlos Arruda, coordenador da área de inovação corporativa da Fundação Dom Cabral, diz que no do CV Capital os efeitos colaterais e os riscos são os mesmos de um venture capital, como a perda do valor investido. “No caso do CV Interno, além do risco financeiro há o risco de exposição da empresa”, fala. De acordo com Hashimoto, um dos efeitos é a dificuldade da empresa nascente se incorporar à estrutura da empresa-mãe.

“A adaptação acaba matando algumas das características organizacionais que davam liberdade criativa à startup. Mas este é o preço pago para que o negócio novo possa escalar através da estrutura já instalada da corporação”, diz. Outro efeito colateral, segundo o professor, são os fracassos. “O investidor sabe está assumindo um risco alto e está disposto a perder dinheiro com alguns negócios. A corporação, por outro lado, não está preparada para isso, pois lá o erro é muito pouco tolerado e frequentemente é penalizado”.

Quem é contra

Arruda diz que talvez muitas empresas não acreditem na eficácia do CV. “Mas eu não diria que sejam propriamente contra. Outro ponto é que há alguma preocupação com CV por parte do governo quando as empresas investidas são nacionais e as investidoras são multinacionais. Há questões legais de fomento que devem ser observadas”, fala.

Para saber mais sobre corporate ventures

Leia, na Harvard Business Review, o texto Corporate Venturing, um apanhado sobre o tema com exemplo de corporações no mundo todo; assista, no YouTube, ao vídeo do evento Corporate Venture in Brasil, que aconteceu ano passado e foi organizado pela Apex-Brasil; leia, na Business Insider, o texto Why Corporate Venture Capital Deals Are Small que compara o investimento de VCs independentes com o de Corporate Venture (a metade) e explica o por quê; leia, na Inc., What’s Really Driving the Boom in Corporate VC Firms, que afirma que praticamente toda corporação tem um braço de CV.

Este artigo foi originalmente publicado em DRAFT

Cinco erros de currículo que o Google não deixa passar

No Google, a área de Recursos Humanos é chamada de Operações Pessoais. E um de seus grandes nomes é Laszlo Bock, atualmente vice-presidente sênior do departamento e autor do bestseller Work Rules! (em português, Um novo jeito de trabalhar), um guia prático de trabalho e liderança segundo a filosofia da gigante de tecnologia.

Recentemente, ele contou quais são os cinco maiores erros que encontra cotidianamente em currículos de possíveis funcionários – e numa empresa que às vezes recebe 50 mil CVs por semana.

“O mais deprimente é que consigo entender com esses currículos que muitas pessoas são boas, às vezes ótimas”, conta Laszlo. “Mas em um mercado de trabalho tremendamente competitivo, basta um pequeno erro para um gerente rejeitar um candidato que, sem ele, seria interessante”. A seguir, ele escreve sobre os cinco erros de CV que o Google não perdoa: 

Leia também: Como é o estágio no Google, segundo sete jovens brasileiros

Erro 1: Erros de digitação

Esse parece óbvio, mas acontece de novo e de novo. Uma pesquisa da Career Builder em 2013 mostrou que 58% dos currículos têm erros de digitação.

Na verdade, as pessoas que mexem em seus currículos cautelosamente são especialmente vulneráveis porque os erros muitas vezes resultam de ajustar o texto de novo e novo uma última vez. Ao fazer isso, de repente sujeito e verbo não concordam mais ou um ponto final fica no lugar errado ou datas sem alinhamento.

Erros de digitação são fatais porque empregadores os interpretam como falta de atenção aos detalhes ou despreocupação com qualidade. O conserto?

Leia seu currículo de baixo para cima: reverter a ordem normal ajuda a focar em cada linha de maneira isolada. Ou peça para alguém revisar com cuidado para você.

Erro 2: Comprimento

Uma boa regra geral é uma página de currículo para cada dez anos de trabalho. Difícil encaixar tudo, certo? Mas um currículo de três ou quatro ou dez páginas simplesmente não será lido com atenção. Como escreveu Blaise Pascal: “Eu teria escrito uma carta mais curta, mas não tive tempo.”

Um currículo focado e limpo demonstra habilidade de síntese e priorização e mostra as informações mais importantes sobre você. Pense desse jeito: o único propósito de um currículo é conseguir uma entrevista. É isso. Quando você estiver na sala de entrevista, o currículo não importa muito. Então corte. Está muito longo.

Erro 3: Formatação

Exceto se você está tentando conseguir uma vaga de designer ou artista, seu foco deve estar em deixar seu currículo limpo e legível. Pelo menos uma fonte tamanho 10. Pelo menos 1,2 centímetros de margem. Papel branco, tinta preta. Espaço consistente entre as linhas, colunas alinhadas, seu nome e contato em cada página.

Se puder, observe-o no Google Docs e no Word, então anexe em um email e abra como prévia. A formatação pode ficar ruim em uma plataforma. Salvar como PDF é uma boa saída.

Baixe modelo de carta de apresentação para currículo

Erro 4: Informações confidenciais

Certa vez, recebi um currículo de candidato que trabalha em uma das três melhores consultorias. A empresa tinha uma política de privacidade rígida: os nomes dos clientes nunca poderiam ser compartilhados. No currículo, o candidato escreveu: “Consultor em uma grande empresa de software em Redmond, Washington”. Rejeitado!

Há um conflito inerente entre as necessidades de seu empregador (mantenha segredos de negócios confidenciais) e suas necessidades (mostrar quão incrível eu sou e assim conseguir um emprego melhor). Então frequentemente candidatos encontram maneiras de respeitar as letras dos acordos de privacidade mas não seu espírito. É um erro.

Mesmo que esse candidato não tenha mencionado a Microsoft pelo nome, qualquer revisor saberia. Em uma olhada rápida, descobrimos que pelo menos 5-10% dos currículos revelam informações confidenciais. O que me diz, como empregador, que eu jamais deveria contratar esses candidatos… A não ser que eu queira meus segredos enviados por e-mail à competição.

O teste do The New York Times é útil aqui: se você (ou seu chefe!) não quiser ver isso na página principal do NYT com seu nome no meio, não coloque no currículo.

Erro 5: Mentiras

Essa parte meu coração. Mentir em seu currículo nunca, nunca, nunca vale a pena. Todo mundo é demitido por isso, inclusive CEOs. Dê um Google em “CEO demitido por mentir em CV” e veja você mesmo. As pessoas mentem sobre seus diplomas (quase formado não é formado), notas (já vi centenas de pessoas “acidentalmente” arredondarem suas notas para cima, mas nunca para baixo) e onde estudaram (desculpa, mas empregadores não vêem um diploma de “vida” concedido online do mesmo jeito que vêem um da UCLA).

As pessoas mentem sobre quanto tempo passaram em empresas, o tamanho de suas equipes, resultados de vendas, sempre soprando a seu favor.

Há três grandes problemas com a mentira. Primeiro, você pode ser pego facilmente. A internet, suas referências ou pessoas que trabalharam em sua empresa no passado podem revelar sua fraude. Segundo, mentiras te seguem para sempre. Minta em seu currículo e 15 anos depois ganhe uma grande promoção. O que acontece se você for descoberto? Demitido. Boa sorte explicando isso em sua próxima entrevista. Em terceiro lugar… Nossas mães nos ensinaram isso. Sério.

 

Este artigo foi traduzido pelo Na Prática e aparece originalmente no LinkedIn

Premiação vai selecionar projetos inovadores. Veja como participar!

O concurso O Melhor da Inovação está com inscrições abertas e vai premiar projetos que apliquem ideias inovadoras ao cotidiano de empresas e comunidades. Podem participar projetos desenvolvidos por funcionários de empresas ou estudantes, individualmente ou em grupo.

Organizado pelas consultorias Grupo Bridge e Gestiona e pela Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos de Inspeção (Abendi), a premição acontecerá em São Paulo (SP), no dia 20 de maio de 2016, e tem o objetivo de dar visibilidade e fomentar a temática das inovações aplicadas no cotidiano.

Leia também: Conheça a Perestroika, escola brasileira que ensina inovação e criatividade até no Vale do Silício

Mas o que são inovações aplicadas no cotidiano? O termo “aplicada” é usado para designar uma diferença entre a inovação que precisa de um tempo maior para estudo, prototipagem e aplicação, daquela que é feita no cotidiano, em uma empresa ou uma comunidade. Segundo os organizadores, p prêmio nasce com o intuito de dar luz a estas iniciativas, que muitas vezes não são devidamente reconhecidas e valorizadas como inovação.

O prazo para as inscrições é 31 de março. Mais informações podem ser encontradas no site da premiação.

Mudança de carreira: da trajetória em turismo a vendas no Ben&Jerry’s

sorvete do ben and jerry

Nascida em Lavras, no interior de Minas Gerais, Emanuelle Spaggiari jamais imaginou que sua carreira a levaria a trabalhar com sorvetes, quanto mais em uma das maiores empresas do país. Graduada em Turismo, com formigas nos pés e sem medo de se arriscar em novas experiências, sua trajetória envolveu diversas mudanças de cidade e atuação em diferentes setores.

Seu primeiro emprego foi em uma empresa paulista de eventos que possuía sede em Lavras. Responsável por toda a operação de um evento específico da área de tecnologia, tinha contato próximo com os patrocinadores, que eram, entre outros, Microsoft e IBM e outra empresa de menor porte com sede em Brasília – que será importante para o desenrolar da história.

Um ano depois de formada, mudou-se para Angra dos Reis, onde foi trabalhar em um resort, também no setor de eventos. Logo promovida a coordenadora comercial na unidade, organizava a recepção de grupos empresariais, negociava pacotes e gerenciava toda a operação do espaço – de alocação de quartos a logística de palestras e conferências.

Carreira Itinerante

Mais uma mudança de cidade a levou a mais um shift na carreira: em Santo André, assumiu o cargo de coordenadora de eventos sociais em um espaço de festas. “Na época, eu sentia que estava dando passos para trás pois não era essa a área em que queria atuar, mas hoje eu vejo que foi uma experiência importante para mim”, ela reflete. Seis meses depois, não hesitou em mudar-se novamente, desta vez para Brasília.

emanuelle spaggiari
Emanuelle Spaggiari com o mascote da empresa [AcervoPessoal]
Chegando ao planalto central, lembrou-se da empresa que atendera enquanto ainda trabalhava em Minas. “Depois de seis anos eu mandei um email para o meu contato lá e ele se lembrou de mim”, ela comenta. Foi convidada a trabalhar nesta empresa mas acabou aceitando outra posição em uma operadora de viagens, como responsável por um projeto específico de atendimento ao Banco do Brasil. “Foi uma correria muito grande, tive que organizar a logística de transporte e acomodação para mais de mil pessoas, do presidente aos funcionários que seriam premiados no evento. Mas isso me deu habilidades que seriam muito importantes depois”, analisa.

Leia também: Coach dá três dicas para quem quer mudar de carreira ou profissão

Finalizado o projeto, mais uma mudança de emprego: a empresa de TI novamente entrou em contato e a convidou para uma vaga de Coordenadora de Marketing. Ela aceitou, mesmo sem muita experiência anterior na função. “Isso só foi possível porque se tratava de uma empresa de porte médio – eu coordenava um time e precisei mais de habilidades de liderança que de conhecimento técnico”. Depois de dois anos nesta função, a formiga voltou a mexer no seu pé, e ela quis retornar para o sudeste. Não precisou, porém, mudar de emprego – o escritório de São Paulo estava com vagas abertas, e ela assumiu a Coordenação de Canais e Parcerias, sendo responsável, majoritariamente, pelo relacionamento com os revendedores do software produzido pela empresa.

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Um não na primeira entrevista levou a um sim na segunda

Já em São Paulo, realizou um MBA em Gestão Estratégica de Negócios na USP – segundo ela, fundamental para o seu crescimento profissional em uma área que não era a sua de formação. Foi durante o Carreira, programa de decisão de carreira da Fundação Estudar, que ela conheceu seu atual líder na Unilever. Ao saber de uma vaga aberta na equipe da Kibon, escreveu-lhe solicitando o contato da consultoria de RH; ele, atraído pelo seu currículo, no mínimo, diverso, convidou-a para uma entrevista. “Conversamos por duas horas e meia, e eu não passei”, ela ri.

Sua impressão, porém, ficou guardada: nove meses depois, surgiu a oportunidade de expandir a marca Ben&Jerrys no Brasil, e ela foi convidada para uma nova entrevista – desta vez, com resultados positivos. Hoje, Emanuelle é responsável por aplicar, na ponta, a estratégia vinda do marketing – faz treinamentos com vendedores e ajuda em toda a estrutura de vendas. “É uma marca totalmente conceitual e com propósitos novos para a equipe toda de icecream. Por isso, eu tenho autonomia em influenciar a mudança de vários processos existentes em diversas áreas e caminhar com facilidade entre estas áreas”, explica ela. De turismo, eventos, tecnologia para, por fim, chegar em sorvetes, parece que a formiga do pé de Emanuelle finalmente encontrou seu lugar.

 

Emanuelle Spaggiari participou do Carreira, programa de preparação e decisão de carreira promovido pelo Na Prática. Quer conhecer melhor as oportunidades de carreira em diversas áreas? Saiba mais aqui.

Por que a autoestima é importante para crescer na carreira?

jovem loiro sorrindo

Recentemente o maior tenista da história do Brasil, Gustavo Kuerten, compartilhou em suas redes sociais uma mensagem que enviou de Paris aos pais aos 15 anos de idade. “Eu sou um jogador de tênis do Brasil, como eu existem milhares iguais. Só que eu acho que posso ser o número 1 e por isso estou treinando muito e dando tudo de mim”, escreveu o então aspirante a atleta premiado.

Guga compartilhou o arquivo ao comemorar 15 anos depois de ter chegado ao topo do ranking mundial do esporte e ser o primeiro sul-americano a alcançar esse posto. Além das competências ligadas à determinação e superação, a construção e o desenvolvimento da autoestima de Guga desde a juventude foi um fator fundamental para o sucesso que atingiu em sua carreira.

A autoestima mostra a forma como nos sentimos em relação a nós mesmos. Ela se configura a partir de experiências vividas, de relacionamentos e mensagens que recebemos de pessoas próximas importantes. Por isso mesmo, é fundamental para a projeção na carreira.

Carta Guga autoestima

A importância da autoestima

O jovem que deseja desenvolver uma trajetória de impacto e se destacar deve buscar formas de ampliar sua autoestima positiva. O motivo é simples: quem aprendeu a confiar em si e nos demais, normalmente tem uma posição existencial de maior valorização de si e do outro. Respeita a si e aos outros, mostrando consideração, usando de tratamento franco, direto, sincero e respeitoso independentemente da posição ou do estilo de pessoa com a qual se relaciona.

Algumas questões influenciam a formação da autoestima de uma pessoa: a forma como ela percebe a realidade, tipo de pensamentos, forma de representação de suas ideias e desejos; a qualidade da saúde física; a qualidade dos relacionamentos e a maneira como percebe o mundo à sua volta; o nível de autoconhecimento e como promove a tomada de conhecimento; o nível de esforço para superar os próprios limites e as melhorias no desenvolvimento da personalidade.

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O nível de interesse na mudança e no aprimoramento pessoal também influencia a forma como construímos nossa autoconfiança – isso mesmo, ela pode ser construída. E o processo de construção acontece quando, ao longo da vida, reconhecemos em cada encontro conosco e com outras pessoas uma oportunidade para ampliação do autoconhecimento (saber quais são as suas necessidades, desejos e habilidades), autoaceitação (aceitar o próprio temperamento e estabelecer objetivos concretos de mudança pessoal) e autodesenvolvimento (a capacidade de avaliar individualmente suas características, reforçando qualidades e trabalhando para corrigir limitações e planejar mudanças com objetivos e metas, de forma persistente).

Mas como podemos promover a autoestima de forma sustentável? A seguir, apresento algumas atitudes que podem ajudar: 

1. Torne-se proativo e antecipe comportamentos realizadores

Procure observar a realidade sob perspectivas positivas e pensando mais na solução do que nos problemas. Dedique-se a uma causa, procurando alinhar suas expectativas às reais possibilidades de crescimento. Você é protagonista de suas escolhas e responsável. 

2. Exercite para reduzir suas resistências a mudanças; perceba e aproveite oportunidades

É natural ficarmos na zona de conforto, mas apenas fora dela alcançamos o aprendizado e abrimos possibilidades de realização. Novas experiências ampliam a percepção de novos caminhos e perspectivas em sua vida.

3. O poder da comunicação é dizer o que sente, respeitando o direito do outro construindo relacionamentos de forma assertiva

Pela linguagem promovemos a ação do outro. Assim, desenvolver habilidades de negociação, baseadas na relação ganha-ganha e respeitando os mais diferentes pontos de vista, é uma forma positiva de construção da carreira. Cultive a firmeza com ternura e a decisão com flexibilidade.

4. Planeje e coloque em prática estratégias para alcançar seus objetivos

Crie objetivos desafiadores e procure avaliar constantemente suas atitudes e de como estas têm ajudado a atingir seus propósitos. É importante também que desenvolva competência na administração do seu tempo, conseguindo colocar-se como responsável por suas escolhas, priorizando as iniciativas de forma eficaz. Valorize-se e mantenha o foco!

 

Virginia
Virgínia Gherard, colunista do Na Prática, é consultora em gestão de pessoas e possui expertise em desenvolvimento de lideranças e equipes de alta performance. É psicóloga e doutoranda pela Universidade do Minho, em Portugal. Tem 26 anos de carreira construídos em grandes empresas, formação internacional em coaching e leciona nos cursos de pós-graduação e MBA da PUC e da Fundação Dom Cabral.

Saiba quais foram as habilidades mais buscadas no LinkedIn em 2015

homem usando tablet

Ano novo, vida nova. De acordo com o LinkedIn, isso vale para empregos também: janeiro traz a maior porcentagem de pessoas procurando por novas oportunidades online. Para auxiliar no processo, o site compilou as habilidades mais buscadas por empregadores ao longo de 2015.

Os insights? Programação e expertise com dados seguem em franca ascensão, especialmente quando se trata de computação em nuvem e análise estatística e mineração de dados. Para quem não lida diretamente com desenvolvimento tecnológico – que domina 19 das 25 categorias no ranking global –, outras habilidades populares incluem economia, direito empresarial e marketing.

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No Brasil, saltam aos olhos mudanças como a busca por Recursos Humanos, que cresceu 15% em relação a 2014, e Recrutamento, que caiu 14% no mesmo período. Cinco outras competências, como Engenharia de Materiais e Políticas Públicas e Relações Internacionais, são novidades em relação à lista nacional de 2014.

Confira abaixo os rankings na íntegra:

As 25 habilidades mais buscadas em 2015 – Ranking global

1. Computação em nuvem e distribuída
2. Análise estatística e mineração de dados
3. Gestão de campanhas de marketing
4. Marketing, SMO e SEO
5. Middleware e softwares de integração
6. Desenvolvimento mobile
7. Segurança da informação
8. Logística
9. Arquitetura da web e frameworks de desenvolvimento
10. Design de interfaces
11. Engenharia e armazenamento de dados
12. Design de algoritmos
13. Perl/Python/Ruby
14. Linguagens de shell scripting
15. Sistemas Mac, Linux e Unix
16. Marketing de canal
17. Virtualização
18. Business Intelligence
19. Desenvolvimento em Java
20. Engenharia elétrica e eletrônica
21. Gestão e software para base de dados
22. Modelagem de software e design de processos
23. Segurança de qualidade (QA) de software e teste de usabilidade
24. Economia
25. Direito empresarial e governança

As 25 habilidades mais buscadas em 2015 – Ranking brasileiro

1. Análise estatística e mineração de dados
2. Desenvolvimento mobile
3. Segurança de qualidade (QA) de software e teste de usabilidade
4. Logística
5. Arquitetura da web e frameworks de desenvolvimento
6. Middleware e softwares de integração
7. Engenharia e armazenamento de dados
8. Segurança da informação
9. Recursos humanos – Benefícios e compensações
10. Direito empresarial e governança
11. Segurança no trabalho
12. Design de interfaces
13. Desenvolvimento de aplicativos para Microsoft
14. Business Intelligence
15. Sistema de Controle de Revisão (SCR)
16. Recrutamento
17. Políticas públicas e relações internacionais
18. Engenharia de materiais
19. Perl/Python/Ruby
20. Desenvolvimento em Java
21. Desenvolvimento de negócios e gestão de relacionamento
22. Marketing em mídias sociais
23. Marketing digital
24. Modelagem de software e design de processos
25. Linguagens de shell scripting

Como é o estágio no Google, segundo 7 jovens brasileiros

pedro barino estagiario do google

A vivência de um estágio no Google é retratada com uma generosa dose de ironia e bom humor no filme “Os estagiários”, estrelado por Vince Vaughn e Owen Wilson. Mas como é a experiência na vida real?

Em depoimento a EXAME.com, 7 brasileiros que passaram pela edição 2015 do programa de estágio da empresa contam um pouco sobre os “mimos” e surpresas que encontraram no escritório do Google em São Paulo. Veja a seguir:

Quem faz estágio no Google?

 

Fernando Balbino, 23 anos

Curso: Economia na USP (Universidade de São Paulo).

O que faz no Google: Atendimento e consultoria dos produtos do Google para pequenas e médias empresas.

Qual foi sua maior surpresa ao entrar para a equipe?  “A grande surpresa foram as pessoas. Aprendi e aprendo muito com a equipe, todo mundo é super aberto e sempre disposto a oferecer ajuda, especialmente para nós, os estagiários”, conta Fernando.

De qual privilégio ou “mimo” do Google você gosta mais? “Poder jogar video game depois do serviço é muito bom, porque assim a gente consegue conversar e desacelerar. Também jogo muito pingue-pongue e sinuca, que estão disponíveis nas áreas de convivência”.

O que diria a quem sonha em trabalhar na empresa? “No Google pude me desenvolver para além daquilo que fui contratado pra desempenhar, seja através das conversas com os outros funcionários ou fazendo parte de diferentes comitês da empresa, como o comitê de funcionários negros, gays, mulheres etc. É de fato um ambiente de crescimento”.

Leia também: Por que a diversidade é tão importante para o Google

Jessica Miwa, 21 anos

Curso: Jornalismo na Fundação Cásper Líbero.

O que faz no Google: Atendimento e consultoria dos produtos do Google para pequenas e médias empresas.

Qual foi sua maior surpresa ao entrar para a equipe?  “O escritório é incrível, com diversas salas e lanches que encantam qualquer um. Tem academia, sala com jogos, sala de descanso, duas pequenas cozinhas por andar. É coisa de outro mundo”.

De qual privilégio ou “mimo” do Google você gosta mais? “É difícil escolher! As confraternizações semanais no restaurante são ótimas para descontrair um pouco e conhecer pessoas de outras áreas”.

O que diria a quem sonha em trabalhar na empresa? “É muito bacana poder trabalhar em uma empresa com pessoas tão diversas e qualificadas. A troca é muito rica”.

No vídeo abaixo, funcionários do Google explicam como a diversidade pode ser encarada como vantagem competitiva:

 

Pedro Barino, 24 anos

Curso: Engenharia de produção na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo).

O que faz no Google:  Estratégia de contas para pequenas e médias empresas.

Qual foi sua maior surpresa ao entrar para a equipe? “Eu fiquei muito surpreso com a quantidade de oportunidades que tive em tão pouco tempo. Os estagiários recebem uma atenção muito especial. Se você entrega resultados com qualidade, cada mais oportunidades de desenvolvimento são oferecidas”.

De qual privilégio ou “mimo” do Google você gosta mais? “Poder jogar pingue-pongue no escritório é o meu ‘mimo’ favorito. Faço isso praticamente todos os dias”.

O que diria a quem sonha em trabalhar na empresa? “O Google é uma empresa fantástica e mudou a minha vida. Vale muito a pena participar do processo seletivo independentemente de onde você more. O fato de o processo seletivo ser online ajuda muito nesse aspecto. Eu, por exemplo, morava em Vitória, no Espírito Santo, e fiz todas as entrevistas no meu quarto”.

 

Cheyenne Campos, 22 anos

Curso: Administração no Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).

O que faz no Google: Estratégia de contas.

Qual foi sua maior surpresa ao entrar para a equipe?  “Fiquei muito surpresa com a facilidade com que Googlers interagem com outros Googlers, independentemente do cargo, área ou país. É algo que otimiza muito os processos”.

De qual privilégio ou “mimo” do Google você gosta mais? “A flexibilidade de poder trabalhar de qualquer escritório do Google, contanto que você respeite o fuso horário do Brasil”.

O que diria a quem sonha em trabalhar na empresa? “O estilo ‘play hard, work hard’ realmente é levado a sério por aqui, tanto nos relacionamentos com os outros colegas quanto com os clientes que atendemos. Trabalhamos bastante, mas também temos muitos momentos de descontração”.

 

Jessica Santos, 23 anos

Curso: Publicidade e propaganda no Mackenzie.

O que faz no Google: Estratégia de contas para pequenas e médias empresas.

Qual foi sua maior surpresa ao entrar para a equipe? “As pessoas no Google são muito abertas e dispostas a ensinar e trocar experiências, e não apenas as pessoas que trabalham diretamente com você”.

De qual privilégio ou “mimo” do Google você gosta mais? “Ter diversos grupos e aulas diferentes, como aulas de dança, yoga e violão. Isso dá a oportunidade de praticar mais os nossos hobbies e também conhecer pessoas com interesses parecidos”.

No vídeo a seguir, Fábio Coelho, diretor do Google Brasil, explica qual o perfil esperado de um candidato para vagas de estágio no Google:

 

Raffaella Bignardi, 24 anos

Curso: Administração na FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O que faz no Google:  Vendas para pequenas e médias empresas.

Qual foi sua maior surpresa ao entrar para a equipe? “Fiquei surpresa com a receptividade das pessoas, e também com o tamanho da empresa”.

De qual privilégio ou “mimo” do Google você gosta mais? “A biblioteca incrível que fica à nossa disposição”.

O que diria a quem sonha em trabalhar na empresa? “O ambiente de trabalho é incrivelmente dinâmico, e de uma forma muito positiva”.

Leia também: Por que o fracasso é tão importante para o Google?

Heitor Melo, 25 anos

Curso: Administração de empresas na USP (Universidade de São Paulo).

O que faz no Google: Suporte estratégico para pequenos e médios negócios.

Qual foi sua maior surpresa ao entrar para a equipe? “O que mais me surpreendeu foi o clima organizacional totalmente voltado para nossa criatividade e bem-estar. Também é uma surpresa ver na prática que é possível se divertir durante o desenvolvimento das atividades de trabalho”.

De qual privilégio ou “mimo” do Google você gosta mais? “O que mais impactou minha rotina foram as aulas de Tai Chi Chuan oferecidas após o expediente. Esses exercícios me ajudaram a conciliar o último semestre da graduação de uma forma muito mais tranquila e equilibrada”.

O que diria a quem sonha em trabalhar na empresa? “Destacaria o apoio e cumplicidade dos gestores e colegas de trabalho. Um exemplo disso é a acessibilidade e facilidade das reuniões sobre carreira, que por vezes são online e independem do lugar onde estão os escritórios”.

Conheça Felipe Cunha, o administrador que trocou os bancos pelo mundo dos negócios sociais

equipe do to garantido

Com exceção do ano de 2009, o PIB brasileiro esteve em constante crescimento no século XXI. O bom desempenho econômico do Brasil alçou a economia à sétima colocação na escala global. Para muitos brasileiros, incluindo os de baixa renda, esse momento significou melhoria de vida.

O ganho econômico dos estratos sociais mais baixos, contudo, tem uma fragilidade alta: as conquistas como carro e casa próprios podem ser perdidas rapidamente, sem que as famílias tenham qualquer tipo de proteção financeira.

Esse desamparo, que pode levar muitos brasileiros de volta à pobreza, é justamente o problema que a Tô Garantido busca combater. Focado na venda de microsseguros, o negócio social foi idealizado pelo administrador Felipe Cunha.

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Com 36 anos, sendo um deles à frente da empresa, Cunha sempre teve interesse em criar um negócio que gerasse impacto social com e também proporcionasse estabilidade financeira. “Queria algo que fizesse sentido no final. Diante disso eu passei a estudar alguns modelos de negócios de impacto social e de microfinanças. Dentro deles a gente encontrou nos microsseguros um grande potencial de negócio em um mercado ainda com muito por atingir no Brasil”, explica o fundador.

Felipe Cunha To Garantido 2
Equipe Tô Garantido [Acervo Pessoal] 

Além de perceber a boa oportunidade, Cunha também já tinha alguma experiência nesse mercado de seguros, embora tenha trabalhado boa parte da sua vida em bancos. “A minha primeira experiência profissional, lá atrás, foi numa corretora de seguros. Lá a gente começou a desenvolver seguros massificados, sobretudo seguros populares que eram obtidos através de contas de energia. Mas depois me formei, entrei em outra área do setor financeiro, segui outro caminho”, conta.

Com o projeto desenhado, o fundador da Tô Garantido foi para o mercado. Apenas um ano depois da idealização do negócio, a empresa recebeu apoio da aceleradora Artemisia. “No primeiro semestre de 2014 a gente passou pelo processo de aceleração, o que permitiu refinar nosso modelo de negócio e ter contato com a população de baixa renda através dos workshops que eram realizados pela Artemisia nas comunidades, principalmente no Jardim Ângela”.

Leia também: As oportunidades para quem quer empreender com impacto social

Viabilização Embora tenha recebido o apoio da Artemisia, a Tô Garantido ainda teve que ralar para poder se estabelecer no mercado. O próximo passo foi negociar e ensinar para as grandes seguradoras o modelo de negócio que eles queriam colocar em prática. “Foi um grande desafio, porque elas [as seguradoras] ainda não conheciam, na maioria das vezes, qual o perfil de risco desse consumidor de classe C e D que está comprando seguros pela internet. Mas elas fizeram uma aposta no modelo de negócios do Tô Garantido e conseguiram desenhar produtos e coberturas mais simplificadas”, explica Cunha.

Hoje a Tô Garantido vende seguros que começam no valor de R$9,90 ao mês. O ‘seguro auto simplificado’ é a sua locomotiva. Ainda que seja mais restrita ao seguro de veículos, a compra pode se expandir, já que, por ser a primeira vez da maioria desses clientes lidando com seguros, eles começam a se familiarizar com o produto. Assim, o seguro auto é a porta de entrar para os outros produtos oferecidos pela Tô Garantido.

Mudança de vida Além de causar impacto na vida dos clientes, a entrada para o mundo dos negócios sociais também modificou a rotina de Cunha. “Eu me sinto muito mais feliz. É uma satisfação, é uma outra motivação quando você acorda para trabalhar. Você sabe que seu trabalho, no final, vai ter um impacto positivo na vida das pessoas. Quando a gente ouve o depoimento das pessoas, faz a gente se sentir mais feliz e saber que a gente de alguma forma está contribuindo para criar um mundo melhor”, relata.

Cunha também afirma ser perceptível a motivação extra de seus funcionários. “Hoje somos uma equipe de oito pessoas e todo mundo está muito imbuído desse objetivo de levar um impacto positivo na vida das pessoas. A gente quer ajudar as pessoas que mais precisam nos momentos mais difíceis”, exemplifica.

Por fim, Cunha explica o seu grande objetivo com a empresa que mudou sua vida: “É o que a gente se propõe na Tô Garantido: garantir acesso a esses produtos. Que diante dessas adversidades as pessoas possam continuar nessa trajetória de crescimento econômico, social e cultural, que elas continuem se desenvolvendo”, finaliza.

 

Assista também: A diretora Mara Mourão, do longa ‘Quem se Importa’, sobre empreendedorismo social, explica como decidiu fazer um documentário sobre esse tema

App conecta advogados e estudantes de Direito com clientes em todo o Brasil

Estátua da Justiça em Brasília

No ar desde julho de 2013, o Jurídico Correspondentes é um portal em formato de marketplace que foi criado para conectar profissionais de Direito com clientes por todo o Brasil. Hoje, quase três anos depois, sua rede já conta com 38 mil correspondentes jurídicos, advogados e escritórios de advocacia, e mais de 150 mil demandas atendidas, movimentando mais de 19 milhões de reais em serviços jurídicos.

Conheça o Imersão Jurídico, veja as datas e participe!

O objetivo é reduzir custos e facilitar serviços jurídicos, além de oferecer um canal para profissionais da área que queiram atuar como correspondentes. Não é preciso estar formado para participar — podem se cadastrar na plataforma tanto advogados como estagiários ou bachareis em Direito. Uma vez com o perfil publicado na página, é só aguardar as primeiras demandas chegarem.

Como funciona o Jurídico Correspondentes

Os pagamentos são feitos individualmente, por serviço prestado, e a startup garante que é possível faturar até 7 mil reais mensais realizando três serviços por dia.

Para manter seu perfil ativo, a plataforma oferece dois tipos de plano: o Básico, gratuito, permite publicação de perfil profissional e artigos e cadastro de uma comarca. O Premium, mais amplo, custa R$ 34,90 por mês. Os profissionais também têm a opção de divulgar suas agendas jurídicas e baixar um aplicativo para comunicar-se em tempo real com a clientela sobre solicitações e demandas.

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