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Como é trabalhar com investimentos no BNDES, um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo

Filipe Bordalo Di Luccio

Fundado em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem como principal objetivo financiar a longo prazo a realização de investimentos em todos os segmentos da economia – de âmbito social, regional e ambiental. Hoje é um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo, com bilhões de reais para investir e cerca de três mil funcionários. Um deles é Filipe Bordalo, que já atuou com estaleiros, navios e plataformas de petróleo e hoje acompanha a gestão das empresas em que o banco tem participação estratégica.

Formado em engenharia tanto pela UFRJ quanto pela École Centrale Paris, onde estudou como bolsista da Fundação Estudar, ele não teve dificuldades na hora de escolher sua graduação. “Sempre gostei de exatas e me pareceu um caminho natural, que dava boas oportunidades de colocação no mercado”, explica. “E eu sabia que um duplo diploma poderia me abrir portas no futuro, porque não é uma experiência com uma meia dúzia de matérias.”

Quer trabalhar no mercado financeiro? 
Participe da Conferência Ene, da Fundação Estudar

De volta ao Rio de Janeiro e ainda na universidade, tomou gosto por finanças e passou a estudar matérias que lidavam com o mercado financeiro. Queria aumentar seus conhecimentos sobre a indústria – e já estava de olho no setor público. Cogitou outros órgãos, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários, mas o BNDES despontou como sua opção preferida.

“Eu queria trabalhar no setor público porque, ao contrário daqueles que pensam que é um lugar para amarrar seu bode à sombra, se você quiser, é possível fazer algo legal”, explica. “Minha motivação é achar meu trabalho muito interessante – e é um lugar que permite que eu tenha qualidade de vida, porque dificilmente saio daqui à meia noite.”

A vontade veio de suas experiências anteriores em consultorias, onde as jornadas costumam ser longas. Para ter certeza de que aquele era o ambiente ideal tanto em termos de horas quanto em termos de autonomia profissional, Filipe pesquisou a estrutura e conversou com funcionários. “Eu não queria ser cerceado e não conseguir trabalhar [por ser um banco público]”, fala.

Estudou para o disputado concurso público focando também no conteúdo que poderia não cair. “Não tem fórmula mágica: destrinchei todos os itens do edital do concurso, busquei a literatura recomendada em cada assunto e fiz um curso de preparação”, lembra. “Mas sempre tem uma questão improvável, que diferencia os candidatos. Para o óbvio, todo mundo se prepara.”

Passou a integrar o quadro do BNDES um ano depois de formado, em 2012. Foi alocado no departamento de gás e petróleo, onde financiava plataformas. “Há a plataforma de petróleo e os navios que a suprem com alimentos, âncoras, dutos submarinos. O que eu fazia era financiar a construção tanto dos navios quanto das plataformas de perfuração”, conta.

Não foi parar ali por acaso. O setor naval crescia no portfólio do banco desde 2003, quando o governo federal passou financiar mais armadores e estaleiros nacionais. Depois que as bacias de pré-sal foram descobertas no Brasil, em 2006, o quadro de investimentos se intensificou.

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Plataforma de exploração do pré-sal da Petrobrás
[Plataforma de exploração do pré-sal no Brasil]

Em seu segundo ano de BNDES, Filipe começou a atuar em projeto específico e de grande escala: o financiamento de uma grande empresa de construção naval, diretamente envolvida com a exploração do pré-sal. Apesar de dois anos de trabalho e um apoio de bilhões por parte do banco, ele não conseguiu ver o projeto se concretizar por motivos externos, mas vê a época como um momento de grande crescimento profissional.

“Era uma modalidade de project financing, ou financiamento de projeto, em que você monta toda a estrutura de garantia e de metas baseada no projeto propriamente dito e não na empresa em si – é o contrário de um financiamento corporativo”, explica.

Na prática, significava analisar muitos contratos complexos e customizados, além de manter contato com outros bancos e agentes do mundo inteiro. Era uma carga grande de responsabilidade. “Assumi frentes de negociação com um ano de banco e aprendi muito sobre as partes jurídica e de engenharia naval”, lembra ele. “Era uma estrutura financeira muito mais complexa e cheguei a ter mesas de negociação com cinquenta pessoas.”

Papeis e papeis Por estar no setor público, Filipe precisou se acostumar com o controle rígido exigido pelas políticas de transparência. Além de auditorias internas e externas – que também existem no setor privado –, é preciso estar preparado para apresentar seus papeis prontamente ao Tribunal de Contas da União e à Controladoria-Geral da União, além de explicar decisões para a imprensa e para a sociedade.

“Você está sendo auditado praticamente o tempo todo por todo mundo, o que gera uma burocracia muito grande”, fala. “Por mais simples que seja o processo, ele precisa ser registrado e aprovado por posições hierárquicas altas e passar por comitês. Tudo precisa ser previamente justificado.”

É uma posição complexa para quem faz investimentos financeiros, mas também instigante. “Apesar de toda a burocracia, você encontra a maioria das pessoas muito motivadas para fazer um trabalho excelente.”

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Troca Quando o projeto no setor naval se encerrou, Filipe voltou ao financiamento de navios de plataforma. Um pouco desmotivado, pediu para mudar para o departamento de renda variável e atuar no mercado de capitais, onde está atualmente.

(Além de ter acesso à mobilidade interna, funcionários do banco podem crescer concorrendo a promoções anuais ou buscando cargos de confiança, que são limitados e envolvem, entre outras responsabilidades, representar o BNDES junto a outros bancos e instituições.)

No começo de 2016, ele passou a acompanhar as participações estratégicas do BNDES através da subsidiária BNDESPAR. Aqui, o banco entra como sócio e visa apoiar o desenvolvimento, consolidação e capitalização de empresas brasileiras nas mais diversas áreas. “É uma visão completamente diferente”, resume. “A visão do credor vira a visão do sócio: muda da busca pela minimização de riscos para a busca por riscos controlados com retorno.”

Filipe entrou acompanhando empresas de infraestrutura. Depois da troca na presidência, quando as prioridades e a diretoria do banco mudaram, foi transferido para o setor elétrico. Hoje, acompanha três empresas. 

Seu trabalho começa após as empresas já terem sido selecionadas pelo braço de investimentos do banco. É quando se inicia o processo de acompanhamento da participação no capital da empresa: “Muitas vezes temos um acordo de acionistas e, nesses casos, precisamos aprovar mudanças, como uma reestruturação ou a venda de uma subsidiária. É legal fazer parte desse processo”.

Na rotina estão análises das pautas diárias, criação e encaminhamento de relatórios propondo votos e muito estudo. Ele exemplifica: se uma empresa decide adquirir outra, encaminha essa decisão para seus acionistas e espera os votos. Filipe então atualiza o negócio, disseca o fluxo de caixa, os custos e as dívidas e incorpora os achados no valuation, o processo de estimar o quanto vale uma companhia.

“Boa parte do trabalho é acompanhar as notificações e as ordens do dia de conselhos e assembleias, fazer o valuation dessas empresas e a modelagem financeira para calcular qual seria o valor justo das ações dessa empresa”, resume.

Num setor muito regulado como o elétrico, ele estuda continuamente o regulamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mecanismos de leilão e regras de tarifa, entre outras coisas. Está aprendendo. “Meu gerente recomenda leituras de livros e artigos, que estudemos a estrutura do setor e estratégia dos concorrentes. Tudo isso para que na hora que fizermos as propostas de ação para a diretoria elas sejam mais embasadas.”

Leia também: Confira os programas abertos de estágio e trainee

Gente boa Durante a crise política brasileira, o banco passou a enfrentar desconfiança por parte da sociedade, assim como muitas outras instituições do setor público. Com seus quase cinco anos de casa, Filipe não hesita em defender os sistemas de segurança criados para coibir o mal uso de recursos públicos.

“Eu de fato acredito que os processos do banco são muito rígidos e passam por uma série de alçadas, comitês e colegiados”, tranquiliza. “É muito difícil ter um furo nesse sistema, que já tem uma série de redundâncias.”

O impacto do escrutínio externo adicional transparece atualmente no crescimento de exigências por órgãos como o TCU e o CGU, que exigem montanhas de documentos para analisar. “Ao comparar meus dois primeiros anos com os dois anos seguintes, vejo que cheguei a passar 30% do meu tempo respondendo esse tipo de questionamento”, calcula. É uma das poucas mudanças na rotina.

O cerne da preocupação social – o que fazer e mudar para criar um Brasil melhor –, no entanto, é compartilhado por ele. “Um dos principais motivos que me trouxe até aqui foi gostar de finanças e acreditar no país”, fala. “Queria contribuir de alguma forma para seu desenvolvimento e, apesar de estarmos num momento que não é muito otimista, sei que temos muitos recursos naturais, muita gente inteligente e tudo pra dar certo.”

Conheça os empresários juniores que representaram o Brasil na JADE, em Bruxelas

Brasil Júnior - JADE Meeting, em Bruxelas

Qual a relação do nosso país com a Bélgica? Para muitos essa pergunta pode ser um pouco difícil de ser respondida, mas para nós da Brasil Júnior ela vem sem dificuldade à cabeça. Todos os anos, quatro universitários brasileiros – e empresários juniores – são enviados à Bruxelas com o objetivo de serem embaixadores do Movimento Empresa Júnior Global (MEJ). Cada dupla deles passa um semestre morando na sede da JADE, a Confederação Europeia de Empresas Juniores.

Entre muitos desafios, que vão desde o choque cultural até o trabalho no dia a dia com pessoas do mundo todo, a organização ajuda a potencializar esse tipo de iniciativa ao redor do globo, integrar os principais agentes do países que possuem esse modelo de organização e a fomentar o surgimento de novas empresas juniores (EJs).

Em agosto, foi a vez de Ana Clara Iglesias e Marcos Salles. Alunos de Administração e Engenharia de Produção das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Santa Catarina (UFSC), respectivamente, deixaram amigos e famílias para trás para viver a experiência de suas vidas pelos próximos seis meses.

“Eu sempre gostei muito de viajar, mas acho que nenhuma experiência que eu tive se compara em termos de propósito com o que eu estou vivendo aqui na Bélgica. Trabalhar em tempo integral como embaixador da Brasil Júnior na JADE, as duas maiores confederações de empresas juniores do mundo, é muito desafiador”, conta Marcos.

Leia também: Líder em número de empresas juniores, Brasil sedia encontro mundial em Florianópolis

Brasil Júnior - Marcos e Ana na Summer JADE Meeting
[Marcos e Ana / Acervo pessoal]

A Ana e o Marcos não podiam estar mais animados, mas já sabem que possuem muito trabalho pela frente. Durante o último Global Forum, que aconteceu em julho deste ano durante o encontro mundial de empresas juniores (JEWC), foram definidas metas ambiciosas para toda a rede e a criação de um conselho que inclui os países da Europa, a Tunísia, o Canadá e o Brasil, que desde o último censo realizado em 2015 passou a ser considerado o lugar com mais EJs do mundo, superando o número da soma de todas presentes no território europeu. A última edição do evento havia acontecido em 2014, em Genebra.

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Desafio global Os planos de levar o modelo de empresas juniores para mais localidades segue a todo vapor, sendo cada confederação responsável por atuar em uma frente. A Brasil Júnior tem trabalhando na expansão na América do Sul e países como a Argentina e o México já vem apresentando resultados bastante interessantes. Na rotina do dia a dia dos dois, há contato com pessoas de diversas nacionalidades e de grandes organizações do mundo todo, como o World Bank.

Douglas Souza, que agora é trainee na Ambev, viveu a oportunidade de ser embaixador da Brasil Júnior em 2014 e garante que a experiência fez tudo valer a pena. Entre as coisas que viveu lá ele cita o JEWC em Genebra, o primeiro Global Forum e a possibilidade de entrar em contato com grandes organizações e até com o parlamento europeu.

Todo esse trabalho é motivado pelo nosso entendimento da importância do desenvolvimento do empreendedorismo universitário como um grande gerador de oportunidades para jovens do mundo todo, impactando os ecossistemas empreendedores de diversos países e capacitando as gerações que vão assumir as grandes funções em um futuro muito próximo – como chefes de Estado, CEOs de grandes corporações, empreendedores sociais e docentes, entre outras. Os desafios para as próximas décadas são enormes, mas nós nos mantemos confiantes. É possível construir um mundo cada vez melhor.

“O tempo passa muito rápido, é impressionante. Já tem quase dois meses que a gente está aqui e parece que chegamos ontem. Quando isso acontece, é sinal de que as coisas estão valendo a pena”, finaliza Ana.

Pedro Rio Verde Brasil Junior
Pedro Rio Verde
, colunista do Na Prática, é estudante de Engenharia na Universidade Federal da Bahia e presidente da Brasil Júnior (Confederação Brasileira de Empresa Juniores), organização que tem por objetivo potencializar o movimento de empresas juniores como agente de formação de empreendedores capazes de transformar o país

Teste de estilo de trabalho: entenda o seu jeito de trabalhar

Mulher usa laptop em mesa de trabalho

Na década de 1990, um trio de acadêmicos americanos mapeou organizações e indivíduos em busca de um teste que pudesse medir alinhamento cultural. Chegaram a basicamente oito atributos, entre eles estabilidade, informalidade e orientação para resultados, que criam a cultura e o estilo de trabalho corporativo.

Saber se você está em harmonia com o estilo de trabalho de um lugar (e qual é o seu estilo de trabalho no geral) é bastante importante. Um funcionário alinhado se ambienta rapidamente no curto prazo e tem maior felicidade no trabalho – e também é um fator que diminui a rotatividade dentro da empresa.

 

Leia também: Plano de desenvolvimento individual

 

Para conectar jovens com empresas que compartilham os mesmos valores, a Fundação Estudar envia os mesmos testes para uma amostra representativa de funcionários de diferentes áreas e níveis hierárquicos em cada uma das companhias que participam de seus eventos.

Através da média de respostas do teste de estilo de trabalho, é possível entender quais são os atributos mais importantes em cada lugar e recomendar aqueles que estão mais alinhados com os perfis de cada jovem, com base em suas próprias respostas.

Não significa que este teste seja útil apenas para processos seletivos da organização. Ao se conhecer melhor – e para isso há também os testes de valores, interesses e personalidade –, o jovem ganha insumos para tomar decisões profissionais mais acertadas e se desenvolver continuamente.

Fazer testes como esse de maneira honesta, sendo genuíno e sem pensar num funcionário “ideal” rende resultados melhores. E manter a cabeça aberta também, já que decisões de carreira envolvem não apenas sonhos e aptidões mas uma série de escolhas, como áreas de atuação, funções, atividades e culturas corporativas. Melhor tomá-las bem informado.

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5 livros para desenvolver (e melhorar) habilidades de liderança

Livros sobre liderença

Psicólogo formado pela PUC-Campinas, João Cordeiro tem muita experiência como coach de altos executivos. Começou a atuar na área em 1985 e defende, entre outros temas, o autodesenvolvimento contínuo e os benefícios da tomada de responsabilidade para si como boas medidas de liderança, que ele discute em livros como “Desculpability” e “Accountability”.

Em entrevista ao Na Prática, ele recomenda que interessados em liderança desenvolvam uma biblioteca especializada aos poucos e deem atenção também à miríade de opções online, como TED Talks. “Podem ser muito úteis em seu desenvolvimento”, diz. 

Leia também: Accountability, o valor que não pode faltar em um líder

Para começar a coleção, ele indica cinco pensadores essenciais para aprimorar seus conhecimentos. Confira abaixo:

1. “A cabeça de Peter Drucker”, de Jeffrey Krames
Considerado inventor da administração moderna, o austríaco Peter Drucker, que viveu entre 1909 e 2005, cresceu rodeado por grandes mentes, como Sigmund Freud e Albert Einstein. O autor Jeffrey Kames resume suas lições mais importantes – que influenciaram empresários como Bill Gates e Jack Welch – de maneira acessível e direta. “É talvez o mais importante de todos”, fala João. “Você se impressiona com como muito do que ele dizia ou pensava sobre administração é atual.”

2. “Empresas feitas para vencer”, de Jim Collins
Tido por alguns como sucessor de Peter Drucker, Jim Collins elegeu um caminho baseado em estudos e pesquisas científicas para pensar administração, sucesso e fracasso. Em seu livro mais famoso, ele mapea as empresas que mais valorizaram na bolsa de valores no longo prazo e entrevista seus CEOs e presidentes em busca das razões para o sucesso. A chave, descobre, é ser um líder nível 5. “Que liderança é essa? É quando o CEO ou presidente consegue balancear alta competência técnica com humildade”, explica João. “Ao invés de ter um espelho, ele tem uma janela para ver seu time.”

3. “Paixão por vencer”, de Jack Welch
Um dos empresários mais famosos do mundo, Jack Welch ganhou fama à frente da General Electric (GE). “Ser presidente de uma empresa de capital aberto por um ou dois anos é uma coisa. Por vinte e um anos é outra”, fala João. Ao longo desse tempo, Welch revolucionou a multinacional, focou e investiu em áreas específicas e criou uma nova cultura corporativa, fundada numa visão mais crítica dos negócios. No livro, voltado para pessoas em todos os níveis organizacionais, ele apresenta seus princípios básicos de negócios, gestão e liderança, entre outros temas.

4. “Blink: A decisão num piscar de olhos”, de Malcolm Gladwell
Um dos grandes bestsellers do jornalista Malcolm Gladwell, traz uma série de histórias e trata da tomada de decisões e dos fundamentos da chamada intuição. Baseado em estudos científicos, o livro defende que a tomada de decisões importantes não precisa necessariamente se basear em muito tempo de deliberação. “A intuição é algo que menosprezamos muitas vezes, mas é impressionante”, diz João. “E está disponível para todos, não é privilégio.”

5. “Quiet leadership: Six steps to transforming performance at work”, de David Rock
Os avanços da neurociência fazem mais do que fascinar: são úteis para muita gente. O neurocientista David Rock, da Universidade Columbia, especializou-se encontrar maneiras de aprimorar a capacidade de liderança através da observação da mente. Neste livro, que vem em formato de guia, ele apresenta mudanças que influenciam performance, produtividade e satisfação no trabalho.

“Recursos como ter água na sala, janelas com luz natural, alimentos que fazem bem como frutas e nozes fazem do que as pessoas se engajem melhor e retiram a tensão do ar”, exemplifica João. Ele aproveita para falar que Rock organiza um evento anual em novembro, em Nova York, onde discute novidades na áreas. “Se puder, vá e dê um grande salto na sua carreira como líder.”

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Quer participar de evento com Jim Collins, Steve Wozniak e Oliver Stone? Confira os desafios da HSM!

jim collins

Até 12 de outubro, jovens formados ou em vias de se formar entre dezembro de 2014 e dezembro de 2020 poderão se inscrever em desafios propostos pela HSM Educação Executiva para participar gratuitamente do maior evento de gestão da América Latina, a HSM Expo – famoso por já trer trazido ao país alguns dos mais influentes pensadores contemporâneos.

A edição de 2016, que já teve sua programação divulgada, contará com nomes de peso como Steve Wozniak, cofundador da Apple; Jim Collins, autor de “Empresas feitas para vencer” (que participará por transmissão via satélite); Oliver Stone, diretor ganhador de dois Oscars; Thomas Friedman, jornalista vencedor de três prêmio Pulitzer a autor do bestseller “O Mundo é Plano”; e Paula Bellizia, presidente da Microsoft Brasil. O evento reúne cerca de seis mil executivos e acontece entre 7 e 9 de novembro, em São Paulo.

Leia também: O que impede as grandes empresas de inovar? Eric Ries explica!

Enquanto o ingresso para o evento custa alguns milhares de reais, dependendo do plano escolhido e da quantidade de compras, este ano a HSM resolveu dar a oportunidade de jovens talentos terem uma experiência exclusiva (gratuita ou com altos descontos) na feira. Os sortudos serão selecionados por meio de dois desafios, realizados em parceria com a Eureca:

Desafio 1: Business Lab Experience 

O primeiro desafio, intitulado “Business Lab Experience”, selecionará 16 pessoas das áreas de design, publicidade e propaganda, desenvolvimento, TI ou business. Para participar, é necessário se inscrever no site Jovens Transformadores HSM até o dia 12 de outubro e passar por uma série de desafios online. 

Além de ganhar livre acesso aos três dias de evento, os vencedores também serão divididos em quatro equipes para criar propostas inovadoras para o futuro da plataforma de conteúdo HSM Experience. O time vencedor garante um passe integral para a HSM Expo do ano que vem e espaço para apresentar seu trabalho para o público de cerca de 6 mil executivos.

Desafio 2: Redes Sociais

O segundo desafio é aberto para todos os cursos e exige um vídeo de até dois minutos postado com hashtags específicas no Facebook, como #eunahsmexpo2016, sobre qual é sua forma de liderar para transformar o país e como a HSM Expo 2016 pode ajudar. Ao todo, sessenta jovens serão selecionados e ganharão até 80% de desconto no preço da entrada. Para saber mais sobre o desafio, visite o site Jovens Transformadores HSM.

hsm expo 2015

A seguir, confira mais alguns nomes que estarão presentes no evento:

Phil Libin: Cofundador e ex-CEO da Evernote, recebeu US$ 250 milhões em aporte de capital e concluiu parcerias estratégicas com grandes marcas. Libin levou a Evernote à lista das empresas com valuation acima de US$ 1 bilhão, em 2012. 

Martin Reeves: Diretor mundial do Instituto Bruce Henderson do Boston Consulting Group, Reeves se dedica a gerar novas ideias em estratégia e gestão para a empresa. Já publicou mais de 15 artigos na Harvard Business Review.

Thomas Friedman: Consagrado autor, jornalista e colunista do The New York Times, vencedor de três prêmios Pulitzer e autor de seis best-sellers. Foi o 2º colocado na lista de “pensadores de negócios mais influentes” do The Wall Street Journal.

Jeremy Bailenson: Pioneiro no campo da virtualidade, Bailenson tem ajudado empresas e pessoas a navegar pelo furacão da realidade virtual. É fundador do Virtual Human Interaction Lab, da Stanford University.

Ronald Heifetz:  Fundador do Centro de Liderança Pública da John Kennedy School of Government, de Harvard, Heifetz é considerado uma das maiores autoridades mundiais em liderança. É conhecido por desenvolver métodos transformadores de desenvolvimento e formação de líderes.

Cláudio Galeazzi: Eleito como o maior reestruturador de empresas do País, é fundador da consultoria Galeazzi & Associados. Ao longo da sua carreira, reergueu várias organizações em dificuldades, entre elas, Lojas Americanas, Azaleia e Cecrisa.

Roger Martin: Referência em estratégia e design thinking, Martin é autor de 11 livros e ocupou a 3ª posição no ranking dos maiores pensadores de gestão. É consultor em estratégia de marcas globais, como P&G, Lego e IDEO.

Rebecca Henderson: Diretora da Business & Environment Initiative de Harvard, Henderson tem como objetivo aprofundar o conhecimento de líderes corporativos sobre os desafios do meio ambiente. É consultora de estratégia de sustentabilidade das maiores empresas do mundo.

Márcio Fernandes: Líder mais admirado do Brasil em 2014, com recorde de 99% de satisfação e engajamento de seu time, pela Você S/A. Aos 36 anos, foi presidente da Elektro, onde reduziu 22% dos custos e melhorou em 15% a qualidade dos serviços. Propõe a felicidade no ambiente de trabalho.

Tim Leberecht: Um dos principais pensadores de marketing da nova geração, ele foi diretor de marketing da NBBJ, que ajuda organizações como Amazon, Fundação Bill & Melinda Gates, Boeing e Google a criar experiências significativas.

Tom Peters: Considerado pelo Los Angeles Times o “pai” da empresa pós-moderna, Peters é um dos principais nomes da gestão mundial e autor de alguns dos maiores best-sellers da história da administração, com mais de 6 milhões de livros vendidos.

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O que grandes executivos do mercado financeiro buscam na hora de contratar?

Pessoas na Nasdaq

O mercado financeiro é um campo de atuação concorrido e que atrai estudantes e egressos de diversos cursos. Por mais que seja comum encontrar na área engenheiros e administradores, não são raros os casos de médicos, historiadores ou até mesmo químicos que fizeram carreira no mundo dos investimentos. Isso porque, por mais que cursos tradicionais em universidades prestigiadas acabem contando pontos, o que os recrutadores realmente buscam na hora de contratar é um perfil específico de profissional, sobre o qual o Na Prática já escreveu nesse outro texto.

Entrevistamos líderes das maiores empresas financeiras do país para descobrir com detalhes o que eles buscam nesse jovem profissional. Se você quer fazer parte do time dos grandes bancos, fundos e gestoras do país, confira as dicas a seguir. E se está em busca de um emprego na área, não deixe de participar da Ene Mercado Financeiro, conferência de carreiras gratuita da Fundação Estudar que ocorre em novembro, em São Paulo – as inscrições estão abertas até 9/10.

Pedro Moreira Salles, presidente do conselho administrativo do Itaú Unibanco
“Eu quero saber a história pessoal do jovem”

 

Florian Bartunek, CIO da Constellation Investimentos
“Só ler Valor e uma revista de negócios não é o suficiente”


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José Berenguer, presidente do JP Morgan Brasil
“O currículo não é determinante”

 

Fersen Lambranho, diretor da GP Investiments
“Queremos o jovem com cabeça de velho, que pense a longo prazo”

 

Jorge Paulo Lemann, fundador do Banco Garantia e empresário do 3G Capital
“Eu sempre olho para o que a pessoa já fez de diferente, mesmo aos 20 anos”

5 atitudes para conseguir um bom estágio

Mulher aperta a mão de homem

A criação da plataforma Wall Jobs, que teve sua história contada aqui, começou com uma dificuldade familiar para muitos jovens: a dificuldade em encontrar emprego. Henrique Calandra tinha no currículo uma graduação em Relações Internacionais pela ESPM e dois cursos de extensão na Universidade Harvard e mesmo assim mal passava da primeira fase dos programas de trainee, sempre restrito às opções engessadas pelos processos de recrutamento.

“Você pensa que jogou quatro anos de faculdade fora”, lembra. Resolveu agir no que via como a raiz do problema: os sites de vagas em si. “As plataformas só pensam num lado, que é a empresa, e prejudicam a vida de milhares de jovens”, conta, lembrando de um processo em que foi obrigatoriamente encaminhado para a área de recursos humanos mesmo querendo trabalhar com marketing. “Nós pensamos nos três: na empresa, na universidade e, principalmente, no estudante.”

Leia também: Confira os programas abertos de estágio e trainee

No caso do universitário, a experiência vem principalmente através do estágio. Hoje, há cerca de 800 oportunidades e quase 1 milhão de usuários no site, que inaugurou recentemente um sistema próprio de currículos para padronizar e facilitar a busca por parte dos recrutadores. (Quem já tinha cadastro, aliás, pode visitar o site e atualizar suas informações para entrar no novo banco de dados.)

“Vimos que ninguém sabia fazer currículos”, resume ele. Além de colocar dados pessoais e experiências de qualquer tipo, é possível selecionar de uma lista que habilidades que você possui e baixar o resultado em PDF para utilizar também fora da plataforma. “É algo muito legal e que as empresas procuram, então se você deixou seu currículo no Wall Jobs, suas chances serão muito altas.”

Como o Wall Jobs também atua como agente intermediário entre companhias e possíveis estagiários, Henrique tem algumas dicas de como se destacar – e que erros não cometer. Confira abaixo 5 conselhos para conseguir o estágio que quiser:

1. Seja proativo
“O que faz um estagiário se destacar é a atitude: querer fazer, correr atrás e ouvir os outros para tentar fazer as coisas”, fala Henrique. “Se você chegar no horário, cumprir suas tarefas e for proativo, você vai se destacar de verdade. É um feedback que eu recebo e que dou pra todo mundo.”

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2. Busque mentores
As pessoas costumam ser mais abertas à ideia de ajudar o outro do que se pode imaginar. “Muita gente já pediu para mim e eu já pedi para os outros”, lembra ele. “Então vá atrás de um mentor, busque no LinkedIn, mande uma mensagem! Faltam guias para todo mundo.”

3. Pense em desenvolver alguma habilidade em alta
Não faltam listas com as habilidades em ascensão hoje ou num futuro próximo. Henrique destaca marketing digital – “Mas de verdade, estratégias e ferramentas! Não é só postar no Facebook” –, conhecimento sobre bancos de dados, desenvolvimento de software e Microsoft Excel. “Não precisa saber muito, mas as empresas cobram e é importante ter uma base.”

4. Não mande qualquer coisa para qualquer um
“Ficar mandando currículo para tudo quanto é coisa não funciona porque quem quer tudo não quer nada”, fala. Ele sugere que se crie uma lista por áreas de interesse e pesquise com cuidado cada etapa, tipos de programa e empresas antes de se candidatar – quem são as pessoas chave da organização e como ela seleciona, por exemplo? “E tente tudo que tem em uma área antes de passar para outra”, conclui ele.

5. Saia de casa
Em tempos de internet onipresente, o contato em pessoa vai longe. Por isso, Henrique sugere que o jovem pesquise eventos em sua área de interesse e comece a frequenta-los. “Numa época em que ninguém corre atrás de nada, muitas pessoas ficam esperando ser indicadas e faz sentido ir atrás. Isso vai transformar sua vida profissional inteira”, garante. Quando questionado sobre se um cartão de visita pessoal seria uma boa ideia, ele riu: “É uma ideia nova e é uma ideia boa. Corra atrás!”

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Capa do ebook

Esqueça essa história de que estagiários tem que fazer cafezinho. Muito menos servir cafezinho. Um estágio é, por definição, um período de aprendizado. É a melhor maneira de começar a descobrir o mundo profissional, quando é possível testar (e errar) na prática.

Neste material, reunimos algumas dicas sobre como você pode potencializar ao máximo o seu estágio, driblando as principais armadilhas deste tipo de emprego e aproveitando essa experiência da melhor forma possível. 

Começamos com a escolha do melhor estágio para você e terminamos com indicações do que fazer quando um estágio acaba, passando por todo o resto que você precisa saber saber para ser um bom estagiário.  

Para chegar nos conselhos e dicas reunidos neste ebook, ouvimos não só especialistas em carreira mas também os próprios estagiários das mais variadas empresas, como Ambev, Kraft Heinz, BR Malls, Fundação Estudar e BCG (Boston Consulting Group)

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Quer mudar a educação no Brasil? Confira essas vagas!

Jovens estudantes em mesa de estudos em escola

O Brasil é o 60º colocado entre os setenta e seis países que compõem o ranking mundial de educação feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, um dos mais completos mapas sobre o cenário educacional ao redor do globo.

Apesar do mau desempenho, essa mesma organização vê no país um grande potencial de crescimento econômico se houver progressos no setor de ensino. Duas organizações que trabalham com esse objetivo – Eleva Educação e Fundação Lemann, ambas ligadas ao empresário Jorge Paulo Lemann – estão com vagas abertas para jovens que compartilham desses mesmo sonho. As empresas buscam jovens com foco em resultados e sem receio de botar a mão na massa e fazer acontecer. Confira a seguir:

Fundação Lemann – Estágio e vagas efetivas (até 2/10)

Há catorze anos, a Fundação Lemann trabalha com um objetivo de melhorar a educação brasileira. Para tanto, desenvolve e apoia projetos inovadores, atua com políticas públicas e forma lideranças no setor – tudo de acordo com a cultura corporativa herdada do fundador, o empresário Jorge Paulo Lemann. É possível saber mais sobre o trabalho na Fundação Lemann nesta entrevista, realizada pelo Na Prática.

Confira as vagas aqui

 

Eleva Educação – Trainee Pedagógico e Trainee Executivo (até 3/10)

Com mais de 50.000 alunos, a Eleva está construindo uma rede de escolas de alta qualidade acadêmica, suportada por uma plataforma pedagógica de impacto. Uma solução inovadora que, de fato, prepara o aluno para o futuro. Para ajudar nesse desafio, está à procura de jovens talentosos interessados em atuar na parte pedagógica ou executiva da companhia. O trainee executivo é voltado para recém-formados de todas as áreas, alinhados a nossa missão e que queiram crescer na empresa. O trainee pedagógico voltado para jovens professores dispostos a assumir novos desafios pedagógicos e com obsessão por ensinar e aprender.É possível saber mais sobre o trabalho na Eleva Educação nesta entrevista, realizada pelo Na Prática.

Confia as vagas aqui

 

Baixe o Ebook: 9 Diferentes Carreiras para quem quer revolucionar a Educação

 

 

 

Impacto social e cultura 3G? Conheça o trabalho na Fundação Lemann!

Equipe da Fundação Lemann em 2016

Há catorze anos, a Fundação Lemann trabalha com um objetivo de melhorar a educação brasileira. Para tanto, desenvolve e apoia projetos inovadores, atua com políticas públicas e forma lideranças no setor – tudo de acordo com a cultura corporativa herdada do fundador, o empresário Jorge Paulo Lemann.

Depois de ter sido pioneiro com o Banco Garantia e construído um império empresarial a frente do 3G Capital, Lemann agora reorienta o seu tino por excelência e resultados para suas fundações; além da Lemann, o empresário também está entre os criadores da Fundação Estudar.

Até 2 de outubro, no domingo, interessados podem se inscrever no processo seletivo da organização. São diversas vagas efetivas e de estágio e não há limite de idade ou de formação acadêmica.

“Impacto social significa mudar a vida de pessoas, transformar o Brasil em um país mais justo e avançado e o nosso jeito de fazer isso é com bastante seriedade, compromisso com resultados concretos e forte controle de prazo e orçamento”, explica Lucas Machado Rocha. Formado em engenharia da computação, ele foi trainee do Itaú Unibanco e hoje é coordenador de projetos na fundação.

Abaixo, ele explica ao Na Prática um pouco mais sobre o dia a dia profissional:

Como é o estilo de trabalho na Fundação Lemann?
Trabalhar na Fundação Lemann é trabalhar para resolver desafios grandes e complexos ao lado de um time ultra competente, sabendo que o resultado final vai melhorar a vida de muitas pessoas. Esse último ponto é o que, para mim, diferencia o trabalho das outras experiências profissionais que tive – a chance de trabalhar com um propósito em que acredito.

Por que decidiu trabalhar com educação e no terceiro setor?
Com o tempo, cunhei o que seria minha noção de sucesso. É um checklist simples, de três itens apenas: 1. Aprender algo novo, 2. Construir algo que me dê orgulho, e 3. Ter aprendido e construído algo que seja útil para alguém além de mim. Aliar educação e terceiro setor foi a maneira que encontrei de me sentir bem com o meu trabalho.

Quais são suas responsabilidades cotidianas?
Hoje coordeno uma equipe responsável por buscar formas de melhorar a educação usando a tecnologia como ferramenta. Estamos sempre em contato com alunos, professores e gestores escolares, entendendo suas necessidades e tentando buscar formas de resolvê-las. Fazemos parcerias com startups em educação e tecnologia, nacionais e internacionais, as ajudamos a testar suas soluções e ajustá-las para de fato resolver as necessidades da educação brasileira.   

Como seu trabalho impacta nos objetivos gerais da organização?
Meu trabalho e o trabalho da minha equipe impactam diretamente nos objetivos da Fundação Lemann pois contribuem claramente para promover uma educação de excelência. Hoje existem milhões de pessoas aprendendo e interagindo com alguma das plataformas educacionais que apoiamos como a Khan Academy, a Geekie, o Scratch, o Youtube EDU, entre outras. 

Fundação Lemann - Lucas Machado Rocha
[Lucas Machado Rocha / Fundação Lemann]

Qual é o perfil de alguém que se dá bem na Fundação Lemann?
São pessoas movidas pelo desejo de transformar o Brasil e que não se deixam abalar pelas dificuldades e complexidade dessa missão. São comprometidas, inteligentes e que se preocupam genuinamente com fazer a diferença.

Quais são as possibilidades de crescimento dentro da organização?
A Fundação Lemann é uma organização bastante meritocrática e que tem crescido bastante. Desafios para gente boa não faltam e as oportunidades para aprender são imensas. Crescer passa a ser a consequência de um trabalho bem feito.

Quais são os lados bons e ruins de se trabalhar no terceiro setor?
Para mim a principal vantagem é ter desafios realmente grandes e complexos para resolver. Eu tenho brincado que comprar e vender ações é fácil, difícil é alfabetizar uma criança. O ruim é que muitas pessoas ainda não pensam assim e o terceiro setor acaba deixando de atrair muita gente talentosa que poderia estar fazendo a diferença para o Brasil.

Quais são os desafios atuais da organização no curto e longo prazo?
Nosso objetivo é transformar o Brasil em um país mais justo e avançado e a educação tem sido para nós uma estratégia ultra relevante. Assim, garantir que todos os brasileiros tenham a oportunidade de viver uma educação de excelência tem sido nosso maior desafio.

Interessou-se? Inscreva-se no processo seletivo da Fundação Lemann até 2/10!

O lado bom e o lado ruim de trabalhar em uma startup

homens jovens conversando com cerveja sobre a mesa

As notícias sobre startups que nasceram em uma garagem e hoje faturam milhões seduzem muitos funcionários que estão insatisfeitos com seus empregos. Com o país vivendo um momento difícil como o de agora, vários profissionais também perderam seus cargos em grandes empresas e estão dispostos a recomeçar em uma startup.

Mas esse tipo de trabalho é mesmo essa maravilha toda?

Não é novidade entre aqueles que buscam uma melhor colocação que muitas startups estão revolucionando a maneira de se fazer negócios e prestar serviços. Mas, trabalhar com esses jovens que estão desbancando negócios tradicionais com uma maneira diferente de enxergar as coisas será um bom negócio para minha carreira?

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Como quase tudo nessa vida, trabalhar em uma startup tem seu lado bom, mas também tem seu lado ruim. Conversamos com profissionais que fizeram a opção por esse caminho e procuramos listar abaixo alguns dos principais pontos a serem avaliados por quem pretende trabalhar nesse tipo de empresa.

Vantagens

1. Ser sócio do negócio: Como, no início, a maioria das startups não pode oferecer grandes salários, elas adotam estratégias de contratação que incluem bônus por projetos, participação nos lucros e até a possibilidade de adquirir ações da empresa. Ou seja, se o negócio evoluir rapidamente, você pode ter uma remuneração surpreendente.

2. Informalidade do ambiente de trabalho: Horários de trabalho flexíveis, happy hour depois do expediente, mesa de sinuca e ping-pong, além da possibilidade de ir trabalhar com aquele jeans que você adora. O ambiente de trabalho nas startups é descontraído, com muitos jovens, e todos podem ficar à vontade para desempenhar suas funções.

3. Crescimento rápido: O número de funcionários em uma startup em seu estágio inicial é pequeno. Se você chegar e mostrar serviço, logo os fundadores e administradores te colocarão para ocupar uma diretoria, com a responsabilidade de gerir grandes projetos.

4. Desenvolvimento de múltiplas habilidades: A estrutura de uma startup é muito flexível, com profissionais que sabem atuar em diversas áreas. Ao começar em uma empresa como essa, necessariamente você será obrigado a aprender tarefas diferentes e tomar decisões que não tomaria em outras empresas.

5. Proximidade com os colegas: Como a equipe é reduzida, todos se ajudam e procuram trabalhar com uma sintonia grande.  Não será uma novidade virar a noite trabalhando com seu colega de trabalho e fazer viagens com ele. Quando você menos perceber, já estará desabafando sobre os problemas pessoais e uma grande amizade terá se formado.

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Desvantagens

1. Fortes emoções: Vários empreendedores comparam trabalhar em uma startup com andar em uma montanha-russa. Um dia tudo vai bem, no outro fortes turbulências. Se você não lida bem com pressão e riscos, procure outra atividade.

2. Transmissão de conhecimento: Pessoas que não são proativas tendem a ter dificuldades, já que a estrutura é horizontal e ninguém costuma dizer o que o outro irá fazer na startup. Muitos são os próprios chefes e, como se costuma dizer, aprendem “na marra”, com a prática.

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3. Alta rotatividade: Os empregados de uma startup costumam ser jovens, muitos sem um planejamento de carreira. Isso gera mudanças de planos repentinas, pedidos de demissão para abrir a própria startup e assédio de outras empresas. O resultado é a dificuldade de manter a mesma equipe treinada e ciente da cultura da empresa.

4. Carreira menos estruturada: Não são raros os casos de funcionários que assumiram projetos em áreas que não dominavam e fracassaram por isso. Também não existe um plano de carreira delimitado, o que pode gerar expectativas frustradas por promoções e comparações indesejáveis com outros funcionários.

5. Currículo: Como muitas startups ainda não fizeram seu nome no mercado, a passagem de um profissional por elas tende a não ser tão valorizada por um recrutador em um futuro processo seletivo. Assim, ser diretor da startup “X” pode não ter o mesmo peso de um estágio em uma consultoria famosa “Y”.

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Perguntas que todos deveríamos fazer para encontrar nosso propósito

Homem olhando para lago

Na mesma semana, recebi duas mensagens que, juntas, me provocaram bastante. A primeira era de um estudante de escola pública da periferia de São Paulo, que pedia ajuda para que o grêmio estudantil que ele participa pudesse repensar e “reconstruir o método da escola”.

A outra mensagem veio da Índia, e era de uma amiga que estava contando sobre uma conhecida que morava no Centro-oeste brasileiro e saiu de um trainee de alta performance com chances de crescimento corporativo para trabalhar no que ela realmente acredita: educação.

Leia também: Sucesso e propósito estão diretamente conectados, indicam estudos

O que nós, como sociedade, ainda não compreendemos para começarmos a fazer diferente? Jovens que buscam novos modelos para a educação que eles mesmos estão vivendo e pessoas que questionam os modelos de trabalho em busca de propósito são cada vez mais frequentes.

Estudar em um colégio que prioriza o conteúdo cobrado no vestibular é sim uma opção, trabalhar 15 horas por dia em uma empresa que paga altos salários também é possibilidade para algumas pessoas. No entanto, acredito que devemos saber sobre a diversidade de caminhos que existem para escolhermos o nosso próprio de maneira clara.

E para escolher o caminho com o qual mais nos conectamos, precisamos fazer algumas perguntas para nós mesmos:

1. O que me faz vivo?

2. O que está no meu piloto automático?

3. O que levo nos meus bolsos?

4. Quem admiro e ainda não conheço pessoalmente?

5. Quem sou eu, sem falar de trabalho em nenhuma parte da resposta?
(Essa pergunta vai ser bastante difícil para alguns)

6. Finalmente: qual o meu propósito?

laerte-balanco
Quadrinho do cartunista Laerte Coutinho,
publicado na Folha de São Paulo

A mágica acontece fora da zona de conforto Não tive a oportunidade de ser como o estudante incomodado com a educação que me procurou no começo da semana. Tive uma experiência educacional tradicional, mas que gostei bastante. Mas me identifico muito com a menina que saiu de u
ma grande corporação em busca de propósito.

Com o Caindo no Brasil, saí de grandes empresas para uma viagem de cinco meses de ônibus pelo Brasil para conhecer as realidades e iniciativas que fazem a diferença na educação do nosso país. Você pode assistir mais sobre a história no vídeo abaixo ou ler um trecho do livro Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da educação para conhecer mais sobre as iniciativas educacionais que visitei.

Baixe o Ebook: 9 Carreiras para quem quer revolucionar a educação

 

caio dib
Caio Dib, colunista do Na Prática, é fundador do Caindo no Brasil. Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, já integrou equipes de instituições como Abril Educação, Colégio Bandeirantes e Instituto Natura. É autor de Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da educação e Educação Reinventada: a tecnologia como catalisadora de uma nova escola.Também é educador no Transform+ação, um curso extracurricular que empodera jovens com idades entre 10 e 14 anos para criarem projetos que melhoram o bairro que vivem e estudam.

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