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Como a passagem por uma empresa júnior ajudou na minha startup

Funcionário da Rock Content fala sobre marketing digital

No currículo de diversos empreendedores podemos encontrar passagens por grandes empresas, consultorias internacionais e trainees concorridíssimos. Mas um ponto em comum une muitos desses profissionais (mesmo que eles não coloquem isso nos currículos): a passagem por uma empresa júnior durante a graduação. E para quem deseja montar sua startup ou trabalhar em uma delas fica a dica: a rotina de trabalho é semelhante e quem contrata nessa área valoriza cada vez mais essa experiência profissional.  

O conceito do que é uma empresa júnior pode ser extraído de um documento produzido pelas próprias empresas e chamado “Conceito Nacional de Empresa Júnior”. Segundo esse documento, “as empresas juniores são constituídas pela união de alunos matriculados em cursos de graduação em instituições de ensino superior, organizados em uma associação civil com o intuito de realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento do país e de formar profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo”.

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Na prática, trata-se de uma empresa toda gerida pelos próprios estudantes, que prestam serviços a preços reduzidos para pequenas empresas preferencialmente, onde os mais experientes passam o que sabem para quem acaba de chegar. Assim, esses alunos entram em contato não apenas com a parte final do produto ou serviço oferecido, mas são obrigados a participar de processos internos inerentes a qualquer empresa.

Muito do sucesso atual da empresa RockContent, especializada em marketing de conteúdo, teve início nos corredores do curso de Comunicação Social da UFMG. Dois sócios da Rock, Diego Gomes e Vitor Peçanha, passaram pela CRIA UFMG Jr.  “Foi bem interessante, tanto eu quanto o Vitor Peçanha, meu sócio, passamos pela empresa júnior da UFMG. O Vitor inclusive chegou a ser diretor da empresa júnior. Aprendemos muito de forma prática, diferente do conteúdo acadêmico que era ensinado na sala de aula. É uma experiência riquíssima que recomendo a todos”, avalia Diego Gomes. 

O sócio concorda. “A minha passagem pela CRIA me ajudou na carreira atual pois foi minha primeira oportunidade de ser meu próprio chefe dentro de uma estrutura empresarial (mesmo que simplificada). Isso me deu a experiência inicial sobe o mundo do empreendedorismo, principalmente em relação a processos e relacionamentos com outros profissionais”, afirma Vitor Peçanha.

Se hoje a RockContent lida com gigantes do mercado, os primeiros clientes desses empreendedores surgiram na CRIA. “Meu primeiro contato com clientes reais foi através da empresa júnior. Gente de verdade com problemas de verdade. Participar desse tipo de iniciativa desperta muito o empreendedorismo, afinal se lida com clientes e problemas reais. Eu acredito muito que essa vivência desperta a vontade de montar um negócio em todo aluno universitário”, afirma Diego.

Segundo ele, as startups valorizam nos seus processos seletivos esses profissionais que passaram por uma empresa júnior.  “Na empresa júnior, você aprende fazendo. É bem parecido com uma startup onde a experiência é pouca, mas a dedicação te leva a atingir seu objetivo. Por isso, na RockContent priorizamos contratações de pessoas com esse tipo de experiência. Passou por uma empresa júnior? Já tem vantagem no processo seletivo”, conclui.

Leia também: “Como empresária júnior, me preparei para os desafios do mercado de trabalho”

Habilidades desenvolvidas Trabalhar em uma empresa júnior ajuda a desenvolver ou a despertar diversas habilidades empreendedoras. Saber quais serão elas vai variar da área de atuação da empresa (relacionada ao curso dos alunos), dos cargos ocupados dentro delas, e do perfil de cada um.

João Batista é um exemplo disso. Ao entrar no curso de Engenharia Elétrica da UFMG, encontrou na empresa júnior uma oportunidade para expandir seus horizontes. “Por achar meu curso de graduação com uma formação muito técnica e específica busquei novos espaços onde eu pudesse exercitar habilidades multifuncionais e ao mesmo tempo pudesse me testar no desenvolvimento de diversas atividades, como liderar e decidir sentindo a pressão de uma empresa de verdade. Tenho certeza que sou um profissional muito mais qualificado por ter feito parte de uma empresa júnior do que se eu tivesse apenas seguido minha carreira acadêmica.”, conta.

Além da atuação na CPE Jr., Batista chegou a ser presidente da Federação Mineira de Empresas Juniores, o que lhe proporcionou contato com diversas áreas do conhecimento.  “Ter trabalhado com pessoas de diversas áreas, de diversos cursos superiores e profissionais de grande qualidade abre portas, parcerias e novos negócios O aprendizado gerencial adquirido na empresa júnior, seja em finanças, contratos, projetos, qualidade, recursos humanos e marketing, configura-se como um pilar que me ajuda em todas minhas atividades profissionais. Já implantei metodologias de qualidade onde trabalhei, hoje estou abrindo uma empresa e a experiência que adquiri sendo gestor financeiro de uma empresa júnior muito tem me ajudado, além do aprendizado de como se trabalhar melhor em grupo”, ressalta João Batista.

Outro que passou por uma EJ (sim, essa é a sigla usada pelos próprios alunos) e que se deu bem ao criar sua startup é Gustavo Caetano, da SambaTech (empresa que oferece soluções de vídeos como educação à distância, comunicação corporativa, Tv na internet e transmissões ao vivo). Durante o curso de Publicidade e Propaganda na carioca ESPM, Gustavo adquiriu confiança para aventuras maiores no futuro.  “Empresa júnior foi legal pois te dá uma primeira ideia do que é empreendedorismo. É um negócio que você tem de tocar. Comecei a usar a lógica de endosso e reputação para propagar nosso trabalho. Fiquei mais seguro de seguir nos meus negócios posteriores pois tinha passado pela empresa júnior”, afirma o empreendedor.

Aprenda a pensar como um verdadeiro líder

Homem se prepara para palestra

O que forma um verdadeiro líder? Em meio a inúmeras teorias sobre liderança e listas de atitudes típicas de um líder, fica difícil dar uma única resposta. Normalmente, o que vem a nossa mente são habilidades: conhecimento técnico, capacidade de trabalhar em equipe e experiência.

Para Ryoichi Penna, responsável pelo Laboratório, programa de formação de lideranças do Na Prática, o que está por trás do desenvolvimento de um líder é sua maneira de pensar e ver o mundo. Para entender melhor, vale lançar mão de um termo da psicologia: locus de controle — que determina como a pessoa encara e reage aos acontecimentos de sua vida, tanto os sucessos como os fracassos.

Leia também: Como fazer melhores escolhas para sua carreira?

Enquanto as pessoas com controle interno costumam associar o que ocorre em suas vidas a questões de esforço pessoal, mérito e competência, aqueles com controle externo normalmente atribuem tudo que deu errado a fatores que não dependem de si mesmo, como sorte ou azar, chance e outras eventualidades. Não é surpresa que as pessoas com lócus de controle interno sejam mais propícias a liderar — se algo está errado ou as incomoda, elas pensam em como podem agir para reverter essa situação.

“A grande diferença entre pessoas que desenvolvem uma liderança forte e as  que não desenvolvem, é que as primeiras tem um senso de ação muito forte, baseado naquilo que vêem como responsabilidade delas”, explica Ryoichi. Para ele, é aí que portagonismo e liderança se conectam. No vídeo a seguir, feito pelo Na Prática para o Portal Administradores, ele explica como cada um pode ser assumir um locus de controle interno e ainda dá as perguntas: Será que você está sendo protagonista da sua vida e da sua carreira? Quais desafios você de fato está protagonizando?

Aprenda a pensar como um líder! É só dar o play:

 

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Sete dicas para arrecadar dinheiro por meio de crowdfunding

Dupla discute ideias no computador

Levantar dinheiro para um projeto pessoal — seja ele uma empresa, o lançamento de um produto, um evento, um projeto cultural ou até mesmo um sonho — não é uma tarefa fácil. Com a promessa de melhorar a conexão entre quem tem a ideia e milhares de possíveis colaboradores, o financiamento coletivo, também chamado de crowdfunding, tem se tornado um grande aliado de jovens empreendedores em todo o mundo.

Por meio de diversas plataformas de crowdfunding, é possível arrecadar fundos através de uma multidão que acredita em sua ideia; e o melhor, de um jeito rápido, fácil e desburocratizado. A seguir, confira algumas dicas para captar dinheiro via financiamento coletivo:

1. Escolha a plataforma de crowdfunding que melhor se adequa a sua proposta

Todas as plataformas têm o mesmo objetivo: auxiliar a arrecadação de fundos do seu projeto, mas algumas contam com diferenciais. Se você é novato em crowdfunding, o ideal é avaliar as diferentes formas de apoio oferecidas pelas plataformas e buscar uma que vá te assessorar de perto.

Leia também: Quais são e como funcionam as plataformas de crowdfunding no Brasil

2. Saiba como explicar seu negócio

É importante que conte para os contribuidores o que é o seu projeto e como pretende utilizar o dinheiro. Diferentemente de lidar com um investidor, você não precisa mostrar um planejamento detalhado do seu negócio, basta apenas convencer os usuários de que sua ideia é boa e merece cada contribuição.

3. Estipule uma meta de arrecadação realista

A meta de arrecadação deve ser condizente com os custos de lançamento da empresa ou de seu produto, se esse for o caso, mais as taxas administrativas e custos com as recompensas que precisará confeccionar e enviar. Além disso, tente se planejar ao máximo para evitar imprevistos e surpresas ruins ao longo do caminho. Escolha uma meta realista, assim você se sentirá muito mais motivado para alcançá-la.

4. Pense nas recompensas que serão oferecidas

É necessário ter recompensas para seus contribuidores. Elas são parte importante de sua campanha. Se você quer financiar uma empresa, ofereça os serviços em primeira mão aos contribuidores. Se você visa arrecadar fundos para lançar um produto, nada mais justo do que dar o produto como recompensa para quem contribuir e acreditar na sua ideia mesmo antes de lançada. Campanhas assim, que oferecem produtos inovadores e exclusivos, que não se encontram no mercado, têm mais chances de ser um sucesso.

6. Tenha uma boa rede de contatos

Você pode maximizá-la antes mesmo de a campanha ir ao ar, falando sobre seu projeto e instigando a curiosidade. Assim, quando a campanha estiver lançada, já terá potenciais contribuidores.

7. Peça feedbacks sobre sua campanha

Antes de lançar, mostre a campanha para seus amigos e familiares. Eles poderão dar um feedback e sugerir melhorias que você não havia pensado. Se estiver tudo ok, é hora de divulgar!

8. Use as redes sociais para divulgação

Para a maioria das campanhas, as redes sociais — principalmente o Facebook — são o canal mais importante para a captação de fundos e sua utilização deve ser diária.

Precisa de fundos para tirar seu projeto do papel? Crie logo a sua campanha de arrecadação e conte com a contribuição das pessoas que acreditam na sua ideia!

 

Tahiana D’Egmont é CEO da Kickante. Empreendedora digital de longa data, é especialista e marketing digital e community building e tem a missão de viralizar as campanhas de arrecadação digital na plataforma de crowdfunding. 

As 10 empresas que mais atraem estudantes de negócios e engenharia no Brasil

Funcionários trabalhando na indústria

Já parou para pensar em qual é o emprego dos seus sonhos? A empresa de consultoria Universum decidiou ouvir a opinião de 67 mil universitários brasileiros. Entre setembro de 2014 e janeiro deste ano, perguntou para os alunos qual seria oempregador ideal.

Entre os estudantes de negócios, o Google é o primeiro colocado, seguido pelo Banco do Brasil e o governo federal. A Apple e a Petrobras aparecem logo em seguida. Osestudantes de engenharia, por sua vez, colocam a Petrobras em primeiro lugar. O governo federal vem em seguida. O Google, que ficou na primeira posição no ranking global, está em quarto no Brasil.

Leia também: Veja os 100 melhores cursos de administração do Brasil

Confira o top 10 dos estudantes de negócios no Brasil:

1. Google
2. Banco do Brasil
3. Governo Federal
4. Apple
5. Petrobras
6. Banco Bradesco
7. Coca-Cola
8. Itaú Unibanco
9. Rede Globo
10. Ambev

Agora, confira as favoritas entre os estudantes de engenharia brasileiros:

1. Petrobras
2. Governo Federal
3. Odebrecht
4. Google
5. Vale
6. Apple
7. Ambev
8. Eletrobrás
9. Camargo Corrêa
10. Microsoft

Este artigo foi originalmente publicado em Época Negócios

Para Luiza Trajano, jovem precisa chegar ao mercado com noção clara de protagonismo

Luiza Trajano sorrindo

O Brasil precisa de jovens que cheguem ao mercado de trabalho com uma clara noção de que são protagonistas do seu destino e responsáveis pelos rumos do país. Pelo menos é o que dizem tanto a alas de educadores que pregam uma espécie de “educação cidadã”, como o mundo corporativo. É o que explica Luiza Trajano, dona do gigante varejista Magazine Luiza. “Essa questão de combinar o líder-cidadão-profissional vai ser uma tendência muito forte neste século”, afirma a empresária.

Indagada pelo portal Porvir, Luiza disse que gostaria de ver as escolas estimularem nos alunos saberes que ela considera fundamentais para o cidadão do século 21, como o protagonismo – um dos valores trabalhados no Laboratório e no LabX, programas de formação de liderança do Na Prática que estão com inscrições abertas.

Vale mencionar que o debate sobre se isso deve ou não ser feito (e sobre como será feito) na educação básica foi iniciado formalmente pelo Ministério da Educação com a divulgação do anteprojeto da Base Nacional Comum Curricular  – a BNC será uma espécie de currículo mínimo com força de lei, válido para todas as escolas do país.

Luiza é razoavelmente otimista com o potencial da educação brasileira, mas teme que o país perca mais uma vez o timing na hora de executar os projetos. “Veja a questão do empreendedorismo. Dá para perceber claramente que lá atrás ela não foi tratada adequadamente pelas redes de ensino, tivemos de correr atrás”, diz. “E olhe que existem experiências incríveis: tem uma escola do Sebrae em Minas Gerais na qual os alunos administram tudo, da biblioteca à cantina. Já são ensinados a empreender como parte da rotina escolar.” No vídeo a seguir, Luiza Trajano explica ao Na Prática o que é necessário para ser um empreendedor:

Do ponto de vista pedagógico, as duas características citadas por Luiza e mencionadas no início do texto são faces da mesma moeda, a de colocar o aluno no centro do processo de aprendizado, tirando-o da condição de mero espectador. “Aqui no Magazine Luiza sempre trabalhamos o autodesenvolvimento, a capacidade de as pessoas montarem suas carreiras”, ela defende. Ainda assim, existem outras características desejáveis em um profissional antenado com este século que vão além do estritamente pedagógico. Veja, no vídeo a seguir, quais são as características principais de um bom líder, segundo a empresária:

Ao listar o que busca nos novos talentos, Luiza também vai além. Para ela, é importante ter um bom repertório digital (“desde que a pessoa entenda que tecnologia não é fim, é meio”) e a capacidade de empatia, de entender o outro. Na verdade, essa é uma das questões mais essenciais para ela.”É muito importante você perceber a nobreza que existe em servir ao outro”, afirma. No vídeo a seguir, ela explica como essas características podem destacar o jovem profissional no mercado de trabalho:

Assista ao bate-papo completo do Na Prática com Luiza Trajano

Na convivência diária com funcionários mais jovens, Luiza percebe um aspecto que considera elogiável. “Esse pessoal é muito preocupado com qualidade de vida. Valorizamos muito isso aqui, tanto que estamos há mais de 18 anos no ranking das melhores empresas brasileiras para se trabalhar”, diz. “Este ano ficamos na 6ª posição.”

A contrapartida desse profissional que valoriza tanto seu próprio bem-estar é a resistência em “vestir a camisa” da empresa, engajar-se na companhia como se ela fosse uma segunda família. “O próprio mercado dita um pouco isso, se está ‘comprador’ a pessoa acaba recebendo propostas interessantes para se transferir. É difícil generalizar, mas certamente o profissional de hoje tem mais dificuldade em criar vínculos com as empresas”, diz Luiza. “Como estreitar esse vínculo? Esta é certamente uma lição de casa que todos nós, empresários, precisamos fazer.”

 

A versão original deste artigo foi publicada no portal Porvir

30 novos cursos online e gratuitos das melhores faculdades do mundo

Mulheres utilizam computador

O portfólio de cursos do Coursera, plataforma aberta de ensino online, aumentou. Trinta novas especializações nas áreas de negócios, ciências da computação e ciência de dados foram lançadas nesta semana. Grande parte tem início em meados deste mês, mas há algumas que estão previstas para começar no mês de outubro.

Os programas reúnem cursos das melhores faculdades do mundo e podem ser feitos de maneira gratuita. O aluno paga apenas se quiser obter o certificado de conclusão da especialização. Todas estão em inglês, mas há uma especialização na área de ciências da computação que é em português e elaborada por professores da Unicamp.

Os cursos, segundo comunicado divulgado pelo Coursera, chegam para atender a uma demanda dos próprios usuários do site: conhecimentos e habilidades com alto potencial de aplicação prática. A equipe do Coursera também ressalta que há programas que contam com a participação de empresas como, por exemplo, Google, Amazon e IBM, no que tange a conteúdo didático ou definição de temas para o trabalho de conclusão de curso.

Confira a seguir os temas e as universidades dos novos cursos online:

1. Business Analytics
Quem oferece: University of Pennsylvania ( Wharton School)

Desenvolvida pelos professores da Wharton School, a especialização é uma introdução à análise de big data voltada para profissionais da área de negócios, inclusive para quem não tem conhecimento prévio sobre o assunto. Alunos vão aprender como são utilizados para a tomada de decisões de marketing, recursos humanos, finanças e nas operações.
Preço total da especialização (se o aluno quiser o certificado): 495 dólares.

Mais informações: no site do Coursera.

2. Business Strategy
Quem oferece: University of Virginia

A dinâmica e os aspectos globais do gerenciamento estratégico são apresentados nesta especialização que utiliza o estudo de cases de empresas como Disney, Microsoft e Zappos. No trabalho de conclusão, alunos terão que criar um plano estratégico para um negócio já exisitente ou uma empresa própria.
Preço total (se o aluno quiser o certificado): 295 dólares

Mais informações: no site do Coursera

3. Excel to MySQL: Analytic Techniques for Business
Quem oferece: Duke University

Início: 15 de setembro.
Nesta especialização, alunos aprendem a organizar desafios de negócio em dados a partir da utilização de ferramentas como Excel, Tableau e MySQL. Após o curso será possível analisar e criar modelos para aperfeiçoar processos de negócios a partir destas ferramentas.
Preço total (se o aluno quiser o certificado): 295 dólares.

Mais informações: no site do Coursera

4. Introduction to Finance: Valuation and Investing Specialization
Quem oferece: University of Michigan

Início: 15 de setembro
A especialização propõe tópicos essenciais de análise financeira como, por exemplo, análise de fluxo de caixa, precificação, risco e retorno. No trabalho de conclusão, alunos terão de estimar o valor de uma empresa existente.
Preço total (caso o aluno queira o certificado): 455 dólares.

Mais informações: no site do Coursera

5. Hotel Management: Distribution, Revenue and Demand Management
Quem oferece: Essec Business School

Início: 14 de setembro
Temas básicos da área de hotelaria como gerência, distribuição e gestão de lucros são abordados nesta especialização. O impacto de agências virtuais de turismo no já complexo setor hoteleiro global também é tratado no curso. Alunos entrarão em contato com ferramentas e técnicas para aperfeiçoar a oferta de serviços de hospitalidade e maximizar lucros.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 256 dólares

Mais informações: no site do Coursera

6. Inspirational Leadership: Leading with Sense
Quem oferece: HEC Paris

Início: 14 de setembro
O curso ajuda profissionais a desenvolver uma abordagem de liderança genuína e generosa. Qualidades como autoconhecimento, autoconfiança, empatia, resiliência e responsabilidade ganham destaque nesta especialização que permitirá aos participantes analisar seu próprio estilo de liderança.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 236 dólares
Mais informações: no site do Coursera

7. Leading People and Teams
Quem oferece: University of Michigan (Ross School of Business)

Início: 15 de setembro
Nesta especialização alunos vão aprender a influenciar pessoas e equipes a agirem em prol de um objetivo comum. Motivação por meio da definição de metas, feedback estruturado e politicas de recompensas são aspectos tratados no curso.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 495 dólares

Mais informações: pelo site do Coursera

8. Social Media Marketing
Quem oferece: Northwestern University

Início:15 de setembro.
Esta especialização permitirá aos alunos montar uma estratégia de marketing em mídias sociais efetiva e lucrativa. A partir de ferramentas de social media e plataformas os alunos vão aprender a criar, gerenciar e otimizar campanhas de forma a posicionar marcas no meio digital de maneira estratégica.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 354 dólares

Mais informações: pelo site do Coursera

9. Strategic Management and Innovation
Quem oferece: Copenhagen Business School

Início: 14 de setembro
Questões de estratégia de negócios com foco no crescente papel do design, da experiência do usuário e da inovação na conquista de vantagem competitiva. Definição de metas, criação de valor, integração global e diversificação são temas tratados nesta especialização desenvolvida por professores da Copenhagen Business School.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 236 dólares

Mais informações: no site do Coursera

Leia também: FGV e ESPM oferecem mais de 50 cursos online gratuitos

10. Public Relations for Digital Media
Quem oferece: National University of Singapore

Início: 14 de setembro
A especialização tem ênfase no papel estratégico que o gerenciamento das relações públicas tem no alcance de resultados de longo prazo. Estudos de caso e teorias vão mostrar aos alunos as melhores práticas no campo de relações públicas. O trabalho de conclusão de curso desafia os alunos a criar uma estratégia de relações públicas em resposta a um problema real.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 295 dólares

Mais informações no site do Coursera

11. iOS: Desenvolvimento e Design de Aplicativos para iPhone e iPad
Quem oferece: UNICAMP

Início: 15 de setembro
O programa de especialização desenvolvido pela Unicamp é o único em português desta “safra” de especializações lançadas na plataforma do Coursera. Fundamentos de desenvolvimento iOS, incluindo programação em Swift, design de interfaces, implementação e publicação de aplicativos em lojas virtuais estão entre os assuntos abordados. Persistência de dados, frameworks iOS, monetização e princípios de desenvolvimento de jogos são os tópicos mais avançados da especialização.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 245 dólares

Mais informações: pelo site do Coursera.

12. Full Stack Web Development
Quem oferece: The Hong Kong University of Science and Technology

nício: 14 de setembro
Os primeiros dois cursos abordam HTML/CSS, JavaScript/JQuery, Angular JS e Bootstrap com foco no cliente. Do lado do servidor, alunos aprendem a implementar bancos de dados NoSQL usando MongoDB além de trabalhar em um ambiente Node.js. Aplicações móveis híbridas também entram na grade dos cursos desta especialização.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 354

Mais informações: pelo site do Coursera

13. Game Design: Art and Concepts
Quem oferece: California Institute of the Arts

Início: 15 de setembro
Este programa de especialização aprenda os fundamentos para a exploração e experimentos em design de jogos, concepção de história e personagens. O curso estimula a criatividade do desenvolvedor de jogos por meio da possibilidade da criação de novas formas de expressão artística por meio de jogos.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 295 dólares

Mais informações: pelo site do Coursera

14. Game Design & Development
Quem oferece: Michigan State University

Início: 15 de setembro
entos teóricos e práticos da produção de jogos por meio da plataforma Unity 3D. Conceitos, protótipos , licenças de navegação, marketing e outras considerações de negócios estão entre alguns dos assuntos abordados.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 295 dólares

Mais informações: pelo site do Coursera

15. iOS App Development with Swift
Quem oferece: University of Toronto

Início: 15 de setembro
Desenvolvimento de aplicativos para iOS por meio da linguagem Swift é foco deste programa de especialização elaborado pela University of Toronto. A utilização de ferramentas como, por exemplo, XCode, design de interfaces e interações possíveis estão entre alguns aspectos abordados nos cursos.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 236 dólares

Mais informações: pelo site do Coursera

16. iOS Development for Creative Entrepreneurs
Quem oferece: University of California, Irvine

Início:15 de setembro
A especialização compreende a base do desenvolvimento de aplicativos para iOS. Alunos serão capazes de criar aplicativos e dominar linguagem Objective-C,o framework responsivo UIKit além de SpriteKit.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 174 dólares
Mais informações: pelo site do Coursera

17. Internet of Things
Quem oferece: University of California, San Diego

Início: 15 de outubro.
A internet das coisas, ou seja interligação do mundo real e virtual por meio sensores, é o foco desta especialização. Teoria e sessões de laboratório estão no programa dos cursos elaborados pelos professores da University of California, em San Diego.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 274 dólares

Mais informações: no site do Coursera

18. Internet of Things and Embedded Systems
Quem oferece: UCI Extension

Início: 15 de setembro
Sistemas como PI Raspberry Platform e Arduino para construção de dispositivos que podem controlar o mundo físico são tema desta especialização. O trabalho final permitirá aos alunos conceber, contruir e testas um sistema baseado em um microcontrolador.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 264 dólares

Mais informações: no site do Coursera

19. Introduction to Software Product Management
Quem oferece: University of Alberta

Início: 5 de outubro
Dominar o software Agile para gerenciar equipe de desenvolvedores e interagir com clientes é o objetivo principal deste curso. O trabalho final exigirá dos alunos a aplicação de técnicas de gestão em cenários realistas que podem surgir ao longo da sua carreira.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 324 dólares

Mais informações: no site do Coursera

20. Java Programming: An Introduction to Software
Quem oferece: Duke University

Fundamentos do desenvolvimento de software com foco da introdução do assunto para iniciantes à abordagem de solução de problemas são apresentados neste programa de especialização que contou com a contribuição do Google. A empresa apresenta projetos reais e seus engenheiros participam como palestrantes convidados do curso.
Início: 15 de setembro
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 295

Mais informações: pelo site do Coursera

21. Java Programming: Object-Oriented Design of Data Structures
Quem oferece: University of California, San Diego

Início: 15 de setembro
Tópicos intermediários de desenvolvimento de software são apresentados neste programa de especialização. Alunos vão aprender a usar todas as possibilidades da programação Java e implementar estruturas e algoritmos para organizar grandes quantidades de dados, entre outras ações.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 295

Mais informações: pelo site do Coursera

22. Python for Everybody
Quem oferece: University of Michigan

Início: 15 de setembro
Fundamentos de conceitos de programação incluindo estruturas de dados, interfaces de programação e bancos de dados na linguagem Python fazem parte da grade dos cursos desta especialização.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 315 dólares

Mais informações: pelo site do Coursera

Leia também: Site oferece MBA gratuito em engenharia e inovação, com professores da USP e UFSC

23. Responsive Website Development & Design
Quem oferece: University of London

Início: 14 de setembro
Esta especialização cobre os fundamentos básicos de desenvolvimento de sites responsivos, mas também traz tópicos mais avançados como APIs, visualização de dados e animação. Para concluir o curso, os alunos terão que desenvolver uma aplicação responsiva para web.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 354 dólares

Mais informações: no site do Coursera

24. Ruby on Rails Web Development
Quem oferece: Johns Hopkins University

Início: 15 de setembro
Fundamentos de desenvolvimento web a partir do framework Ruby on Rails são apresentados neste programa de especialização. Além disso, alunos vão aprender a utilizar as principais ferramentas necessárias para desenvolver uma aplicação móvel tais como: SQL e NoSQL, HTML/CSS, e Javascript.
Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 354 dólares

Mais informações: pelo site do Coursera

25. Web Design for Everybody
Quem oferece: University of Michigan

Início: 15 de setembro
Nesta especialização alunos vão aprender a escrever de forma sintética na linguagem HTML5 e CSS3, além de criar experiência interativa com JavaScript. Desenvolvimento de site responsivo e acessível a todo público também é um dos aspectos tratados neste curso.

Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 285 dólares
Mais informações: pelo site do Coursera

26. Big Data
Quem oferece: University of California, San Diego

Início: 15 de setembro
Processar, analisar e extrair informações valiosas a partir de grande quantidade de dados é o foco deste programa de especialização.

Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 324 dólares
Mais informações: pelo site do Coursera

27. Data Science at Scale
Quem oferece: University of Washington

Início: 15 de setembro
Tópicos intermediários da ciência de dados são o foco do programa de especialização. Gerenciamento de dados, avaliação de tecnologias e desenvolvimento de visualizações mais efetivas são alguns dos temas deste programa.

Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 236 dólares
Mais informações: pelo site do Coursera

28. Data Warehousing
Quem oferece: University of Colorado

Início: 15 de setembro
Habilidades de arquitetura de dados são o foco desta especialização. Alunos vão aprender os conceitos básicos de modelagem estruturada de dados, além de ganhar experiência prática de codificação. O trabalho final vai permitir que os alunos construam e preencham uma pequena base de dados.

Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 295
Mais informações: pelo site do Coursera

29. Machine Learning
Quem oferece: University of Washington

Início: 22 de setembro
Alunos vão aprender a extrair insights de dados, construir aplicações e aplicar algoritmos para resolver problemas reais. Análise de conjuntos complexos de dados e a construção de aplicações para previsão de dados fazem parte do programa do curso.

Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 354 dólares
Mais informações: pelo site do Coursera

30. Data Analysis and Interpretation
Quem oferece: Wesleyan University

Início: 15 de setembro.
De iniciante a analista de dados em quatro cursos. Alunos vão aprender a aplicar técnicas e ferramentas de ciência de dados e no projeto final terão a oportunidade de utilizar dados reais para resolver uma questão importante na sociedade , e relatar suas descobertas em um relatório em nível profissional.

Preço total da especialização (caso o aluno queira o certificado): 295 dólares
Mais informações: pelo site do Coursera

*Todos os cursos podem ser feitos de graça. O pagamento ocorre apenas se o aluno quiser o certificado.

 

Este texto foi originalmente publicado em EXAME.com

Estereótipo de que ‘matemática é para garotos’ afasta meninas da tecnologia

Mulher oriental estudando

Se olharmos para os números do mercado de trabalho de maneira geral, dos países de terceiro mundo aos mais desenvolvidos, fica claro que a inclusão das mulheres no mundo profissional ainda é um processo em desenvolvimento, e ninguém pode afirmar com convivção que tem o problema resolvido. Ainda assim, o setor de tecnologia aparece como um ponto crítico.

Afinal de contas, por que há menos mulheres trabalhando no setor de tecnologia? Da mesma forma que a pergunta, a resposta também é bastante complexa. Para especialistas, um dos aspectos a serem levados em conta está na juventude — do ensino fundamental ao ensino médio — onde nasce e ganha força a desigualdade entre meninas e meninos.

O psicólogo americano Andrew Meltzoff, ouvido em reportagem do G1, concorda. Ele diz que, aos sete anos, garotas já absorveram dos adultos a ideia de que são inferiores em matemática aos meninos, mesmo que suas notas digam o contrário. Na hora da escolha profissional, isso contribuir para afastar mulheres de cursos como engenharia e ciências da computação, o que também se reflete na quantidade de profissionais do sexo feminino no mercado.

Andrew esteve no Brasil no último mês de julho para participar de conferências sobre estudos do cérebro e de uma mesa redonda da Academia Brasileira de Ciências sobre o aprendizado das disciplinas conhecidas pela sigla em inglês STEM – ciência, tecnologia, engenharia e matemática. “Nos Estados Unidos, as crianças só começam a aprender as operações de multiplicação e divisão no 3º ano. Mas nossas experiências mostram que, antes mesmo de começar a aprender matemática mais complexa, elas já ‘pegaram’ o estereótipo cultural de que matemática é para meninos”, disse, durante a conferência.

Leia também: Edital busca projetos que combatam desigualdade de gênero em tecnologia

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Andrew Meltzoff [YouTube] 

Estereótipos, ele explica, são “imagens que temos em nossas mentes, que traduzem crenças gerais que temos sobre grupos de pessoas”. Não são necessariamente verdade, mas, sim, crenças que temos sobre categorias sociais. Esses estereótipos são muito importantes no desenvolvimento das crianças, já que influenciam a maneira como elas pensam umas sobre as outras. “Se uma criança acredita que meninas não são boas em matemática, ela tende a tratar as garotas como se não gostassem de números, calculadoras, aritmética ou robôs”, diz. O curioso é que, na maioria dos países, as meninas têm notas maiores do que as dos meninos nos primeiros anos da escola.

Apesar de não ter realizado nenhuma pesquisa específica na região, ele acredita que esse mesmo estereótipo negativo em relação a garotas e matemática existe no Brasil — e também na América Latina, de modo geral, e na Europa. “Sabe-se que há muito poucas mulheres em geral nos campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, especialmente na altamente influente indústria das ciências da computação. Estereótipos e expectativas culturais podem levar a um número menor de mulheres na escola ou na universidade entrando em disciplinas que as preparam para carreiras na ciência da computação”, explica o psicólogo. Dessa forma, acabaremos com menos mulheres na indústria.

Mas por que, afinal de contas, é importante ter mais mulheres nos campos nesses campos e, especialmente, em ciência da computação? Para Andrews, há dois motivos principais. “O primeiro é a equidade social. Ciência da computação é um campo com muitos empregos lucrativos. Não é justo termos tão poucas mulheres neste campo. O segundo motivo é que o próprio campo será beneficiado ao trazer mais mentes criativas e brilhantes com outras perspectivas”, opina. “Ao trazer mais mulheres e minorias subrepresentadas no campo, podemos melhorar os tipos de jogos criados, os tipos de software”, completa.

No vídeo a seguir, é possível assistir a palestra de Andrew Meltzoff em sua passagem pelo Brasil. Em sua fala durante o Simpósio Internacional de Ciência para Educação, que aconteceu nos dias 5 e 6 de julho, o pesquisador explicou como esteriótipos culturais influenciam a identidade do estudante e o aprendizado de disciplinas STEM. Vale o play:

No site do G1, é possível ler a entrevista completa com o especialista.

As dicas de uma das advogadas mais influentes da América Latina

Martelo de advogados

“Sou uma apaixonada pelo que faço”. Para Adriana Braghetta esta é, sem dúvida, a chave do seu sucesso na advocacia. Com mais de 20 anos de carreira, a sócia do escritório L.O.Baptista –SVMFA já foi considerada a advogada mais influente da América Latina na área de litígio, tendo recebido o America’s Women in Business Law Awards, concedido pela revista Benchmark em parceria com a EuroMoney, em Nova York, nos Estados Unidos.

Sua especialidade são as disputas que vão para arbitragem, sua grande área de interesse e de atuação. Ela dá aulas sobre o tema e já esteve à frente do Comitê Brasileiro de Arbitragem (CBar). Na sua opinião, a arbitragem é uma área em ebulição do Brasil. “Cresceu imensamente e tem chamado muito a atenção dos jovens”, diz Adriana.

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Em entrevista à EXAME.com ela falou sobre o prêmio, sobre a consolidação da arbitragem no Brasil, as áreas quentes do Direito, sobre a sua rotina e o maior desafio na carreira das mulheres. Confira:

Qual o segredo do seu sucesso?

Sou uma apaixonada pelo que eu faço. O segredo de uma boa carreira é você realmente ser apaixonado pelo que faz.

Como você descobriu a sua paixão no Direito?

Quando estava na faculdade, eu tinha duas grandes áreas de interesse: Litígios, que a gente, naquele momento, estudava dentro do processo civil, e a área de Direito internacional. Naquela época, me formei em 1993, o Mercosul ainda estava começando e a economia era fechada, não tinha internet e as viagens internacionais não eram tão frequentes. O direito internacional era um direito clássico em que se discutia conflito de lei.

Ainda não existia arbitragem no Brasil, mas quando tive aulas sobre este tema com o professor José Carlos de Magalhães, eu disse: “vou estudar isso, independentemente de isso se tornar uma realidade ou não”. 

E então você decidiu prosseguir nesta área?

Quando me formei, fui fazer o mestrado já na área de arbitragem com viés internacional. E eu tive a grande sorte: fui agraciada porque a lei de arbitragem veio em 1996 ao encontro da minha paixão.

Adriana Braguetta
Adriana Braguetta [Divulgação]

Então você participou desde o início da arbitragem no Brasil?

Cada vez mais foi tomando corpo e eu participei desse movimento brasileiro de solidificação da arbitragem no Brasil. O que a gente vê nestes anos todos é justamente uma troca de informações entre o mundo todo. Vinte anos atrás você estudava o litígio de uma forma territorializada, porque só se pensava o litígio no Brasil.

Hoje em dia mudou muito o mundo, e eu tive a sorte de ver. Tinha esse interesse e pude ver que as novas gerações quando vão para a faculdade já estão tendo aula de arbitragem.

Hoje, a arbitragem é uma área promissora dentro do direito?

É uma área em ebulição no Brasil. Não que haja tantos litígios a ponto de ter mercado para milhares de advogados, mas digo isso porque tem chamado muito a atenção dos jovens porque é uma forma muito racional de solução de litígio, muito flexível, com respeito à autonomia da vontade das partes. Pode-se escolher o árbitro. Os jovens que estão tendo contato com esta área estão encantados. E há toda uma jurisprudência e doutrina internacionais para se estudar, o que é muito estimulante.

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Que outras áreas você destaca como as áreas quentes no Direito?

As áreas que estão em desenvolvimento são promissoras. Direito ambiental cresceu muito, os direitos humanos cresceram também. Saíram das áreas clássicas, são litígio, consultivo, tributário e trabalhista. E uma onda grande que está vindo é a área de mediação porque nós estamos com 90 milhões de litígios judicializados.

O Judiciário está assoberbado e precisa de respostas criativas para solucionar as disputas. Porque os litígios continuarão a vir, e é normal que venham. E a área de mediação está acontecendo hoje no Brasil. Estamos discutindo uma lei de mediação no Senado.

A regra de ouro para o profissional é se especializar? Não dá mais para ser generalista?

Esse é o dilema do estudante de Direito hoje. Porque também é muito importante você ter o conhecimento abrangente. Todas as grandes questões no direito envolvem facetas de outras áreas também. Você está com um grande caso e terá questões de direito tributário, trabalhista, consultivo, contratos, litígio.

Então é importante ter uma visão geral. E evidentemente precisa achar a sua área de interesse e se especializar. Mas é o grande paradoxo porque você tem conhecer o direito como um todo.

Se o interesse do jovem é se especializar em arbitragem, o que ele deve fazer?

As novas gerações encontram uma possibilidade de formação muito diferente. Uma iniciativa que surgiu e é extremamente interessante são os treinamentos. Tem o Vis Moot que é uma simulação de arbitragem internacional que ocorre em Viena.

Vão estudantes do mundo todo que se preparam durante 10 meses para defender um caso, geralmente em língua inglesa ou espanhola. Os estudantes apresentam o caso para diversos painéis de árbitros e disputam com outros estudantes. No ano passado tinham 233 faculdades e mais de 10 do Brasil. E o brasileiros têm ido muito bem. 

E no Brasil tem algo parecido?

Tem uma instituição que faz o treinamento em português que a Câmara de Arbitragem Empresarial Brasil (Camarb). O estudante deve, dentro da faculdade, procurar um professor que o estimule e o ajude, como um coach faz.

Como é a sua rotina?

Muito corrida e diversificada. Sou preponderantemente advogada, mas dou aulas também. E o exercício de dar aulas é riquíssimo de reciclagem porque você se prepara para dar aula e ouve questionamentos dos mais diversos, isso refresca o pensamento. E até junho era presidente do Comitê Brasileiro de Arbitragem (CBar) que cuida do fomento e desenvolvimento da arbitragem no Brasil.

E como busca o equilíbrio entre vida pessoal e profissional?

Gosto muito de trabalhar, para mim não é um peso, em absoluto. Busco o equilíbrio fazendo esporte, eu jogo tênis. Mas, pra mim, o equilíbrio está em ter tempo de olhar o mundo que está ao meu redor. Ir às reuniões do CBar, ler artigos novos, ver o que vai ser tendência no Direito.

Qual o principal desafio para a carreira da mulher?

A fase de filhos pequenos é um grande desafio. Mas é também um desafio do empregador. Porque é uma fase que dura 2, 3 anos, por isso não dá ser imediatista. Aqui no escritório, todas as minhas sócias têm filhos, são mulheres extremamente capacitadas.

O mercado tem que olhar isso e os empregadores precisam criar mecanismos para reter estes talentos. Isso vai ajudar as mulheres a voltarem a ter filhos mais cedo sem que isso as prejudique no desenvolvimento da vida profissional.

 

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

Neurocientista diz que CEOs devem cuidar do corpo e da mente para liderar bem

Trabalhador com mala apreciando vista da natureza

“Líderes devem primeiro entender como seu cérebro se conecta com o corpo, que não é apenas um táxi que leva o cérebro de reunião em reunião”, defende a neurocientista Tara Swart, em entrevista concedida à Folha de São Paulo. 

Professora de universidades de ponta como MIT (Massachusetts Institute of Technology), Stanford e Oxford, ela percorre o mundo dando palestra sobre o conceito de liderança sustentável — razão que também a trouxe essa semana à São Paulo, para participar do evento TEDx que ocorre na cidade hoje (21/9).

Há alguns anos, ela trocou os consultórios por uma consultoria empresarial que deu o nome de The Unlimited Mind (“A Mente Ilimitada”), e desde então tem trabalho de perto com altos executivos de diversas empresas. Seus clientes são treinados para se manter em um estado mental de consciência plena (mindfulness) e estimulados a meditar, dormir bem e ter uma alimentação saudável para ter sucesso no trabalho e gerir melhor sua equipe.

Tara Swart
Tara Swart [YouTube]

Sobre seu método, ela também escreveu o livro Neuroscience for Leadership (“Neurociência para Liderança”), recheado de conselhos sobre como se tornar um líder melhor para sua empresa, sua equipe, e para você mesmo.

“Todos os negócios envolvem um monte de tomada de decisões difíceis que exigem reflexão, foco e energia. Particularmente na indústria do conhecimento, na qual a pessoa é paga para ser um especialista que usa essencialmente o cérebro, as lideranças podem se beneficiar da neurociência aplicada”, ela explica ao jornal. “Portanto, dormir o suficiente, comer bem e manter-se hidratado e oxigenado são coisas que afetam diretamente a qualidade do pensamento e, portanto, sua capacidade de liderança”, continua.

Ela explica que, para se tornar um líder melhor, é necessário desenvolver inteligência emocional e autoconsciência. O caminho para isso começa com “comer bem, dormir bem, exercitar-se, meditar e garantir que sua equipe tenha oportunidade de fazer o mesmo”.

Leia também: Quer melhorar suas habilidades de liderança? Implore por feedback!

Para Tara, é recomendável ir aumentando diariamente a consciência dos efeitos que as essas mudanças criam e entrar em sintonia com as necessidades do seu corpo e do seu cérebro. Para começar, ela indica praticar meditação pelo menos dez minutos ao dia. Além disso, aprender pelo menos uma habilidade nova por ano — seja um novo idioma ou algum instrumento musical — é uma boa estratégia para manter o cerébro sempre em forma e aberto ao processo de aprendizagem.

No site da Folha de São Paulo, é possível ler a entrevista completa.

“Pessoas com deficiência podem realizar qualquer trabalho”, defende embaixador da diversidade no Google

Leandro Polito falando

Hoje, na equipe de strategic sourcing do Google setor que realiza as compras da empresa o administrador Leandro Polito diz adorar desafios. A frase até pode soar natural e redundante na fala de qualquer funcionário que trabalha para uma das empresas mais desejadas (e disputadas) entre os jovens profissionais. No discurso de Leandro, no entanto, ganha uma nova profundidade. Para ele, os desafios começaram ainda na infância.

Quando tinha 10 anos, foi diagnosticado que Leandro e seu irmão, então com 13, sofriam de uma doença hereditária rara, chamada retinose pigmentar. O problema causa uma degeneração gradativa da retina assim, as células dessa região do olho vão morrendo, e o paciente gradualmente perde a visão.

De início, a doença de Leandro não comprometia suas atividades do dia a dia ou seu aprendizado na escola. A dificuldade de enxergar a lousa, que o obrigava a sentar sempre na primeira fileira, foi durante muito tendo tida como um caso de miopia comum o diagnóstico certeiro só veio depois de uma bateria de exames entre São Paulo e Belo Horizonte.     

Nessa época, Leandro era uma criança esportista e disputava campeonatos de natação. Com o tempo, no entanto, a perda da visão foi se agravando e ele começou a perceber as coisas que teria de abrir mão. Deixou de fazer futebol, não enxergava mais a bola durante o jogo de basquete.

“A partir desse ponto, o apoio da minha família foi fundamental. Eles sempre me incentivaram a continuar estudando, a perceber isso apenas como um problema e não como um impedimento”, lembra, em entrevista ao Na Prática. Assista aos melhores trechos: 

Se, por um lado, as limitações existem, por outro, sua trajetória até aqui tem sido a prova de que essas limitações são muito menores do que se imagina e, na maioria das vezes, contornáveis com uma mistura de protagonismo, criativade e inovação.    

Hoje, além do cargo que ocupa no Google Brasil, Leandro também é embaixador da diversidade na empresa. Foi ele, inclusive, o responsável pela criação do Comitê de Pessoas com Deficiência (PcD) no escritório brasileiro da gigante de tecnologia, responsável por promover e incentivar o debate sobre inclusão nos negócios da organização. No vídeo a seguir, ele explica o papel do comitê no Google:

Durante conversa com o Na Prática, ele conta que, mesmo tendo estudado nos melhores colégios de São Paulo, sua ida para o ensino superior e para mercado de trabalho foi muitas vezes desencorajada. Não foi o suficiente para desmotivá-lo. Após se formar, engatou o colegial na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) com uma graduação em Administração na mesma instituição e, depois, cursou MBA em gestão de negócios na FIA (Fundação Insitituto de Administração), um dos melhores do país.

Nesse ponto, a doença já havia afetado a maior parte de sua visão (hoje ele tem 80% da vista comprometida), inviabilizando os estudos por meio de lousa ou livros. Para contornar a situação, gravava as aulas dos professores para estudar depois, ouvindo os áudios. “Era uma coisa super pesada, porque eu tinha que ouvir doze, quinze horas de conteúdo para estudar para a prova”, conta. Quando possível, digitalizava os textos transformando-os em pdf para, depois, escutá-los no computador por meio de um software que converte texto em voz.  

Durante a faculdade, também teve uma experiência empreendedora. Abriu, junto com o irmão, uma casa noturna que operou entre 2003 e 2005 na Vila Olímpia, bairro boêmio de São Paulo. Sua paixão, no entanto, era a área de finanças. Após formado, passou por grandes empresas como Bradesco, Metalsa e Unilever.  

Em algumas empresas, foi o primeiro funcionário deficiente. “É comum não saberem lidar com pessoas com deficiência”, explica. Para ele, o excesso de cuidado, em algumas ocasiões, chega a ser engraçado. “Em um desses empregos, na primeira semana, eu almocei com o CEO”, cita como exemplo desse exagero.

A mudança de empregadores foi sempre motivada por uma ambição de crescimento profissional. No Google, durante o processo seletivo para a área de strategic sourcing, competiu em pé de igualdade com candidatos sem qualquer deficiência — a empresa não possui vagas exclusivas para Pcd, e avalia todos concorrentes segundo os mesmo critérios. Para Leandro, essa política faz sentido. Atualmente, diante do desafio de fazer as compras da empresa da maneira mais eficiente possível, ele não hesita em afirmar: “As pessoas com deficiência podem realizar qualquer tipo de trabalho”.

Conheça a The School of Life, escola que ensina a viver bem

Fachada da The School of Life

Não é novidade que o ensino formal nas escolas e universidades não dá conta de todos os desafios que encontramos ao longo de nossa vida pessoal e na carreira. Foi com a intenção de preencher essa lacuna que surgiu a The School of Life, escola que tem por objetivo desenvolver inteligência emotional através da cultura e ensinar seus alunos a viver bem.

Fundada em pelo filósofo e escritor suíço Alain de Botton em 2008, em Londres, a escola tem um quadro de professores de primeira linha. Um deles é o escritor David Baker, ex-editor da famosa revista Wired inglesa, que conversou com o Na Prática sobre o seu papel na escola. Ele também é co-fundador da The School of Life no Brasil — com unidades no Rio de Janeiro e em São Paulo — e estará no país em outubro ministrando um curso intensivo de cinco dias.

david baker
David Baker [The School of Life]

Para David, a missão da escola é “ajudar pessoas a viverem a vida que elas querem, e não a vida que os outros querem para elas”. Como? Dando apoio e guiando os alunos em passos pequenos e experimentais fora de suas zonas de conforto.

O que a school of life oferece

A The School Of Life oferece aulas livres, muitas vezes sobre temas inusitados, e que não têm a pretensão de mirar um público-alvo específico. Da mesma forma, não existe formação prévia como requisto. Segundo David, a escola é voltada para qualquer um que esteja interessado em viver uma vida mais plena, gratificante e verdadeira.

Assim, os cursos não são pautados diretamente por disciplinas (filosofia, psicologia, arte, história…), e sim pelas questões e reflexões que fazem parte do nosso dia-a-dia. ‘Como equilibrar vida pessoal e trabalho’, ‘Como escolher um parceiro’, ‘Como ser mais criativo’ e ‘Como tomar decisões melhores’ são algumas das aulas disponíveis.

Como são os cursos

Em seus cursos, David é conhecido por tratar temas complexos de maneira clara e objetiva. “O mundo está cheio de coisas fascinantes, mas às vezes é difícil apreciá-las porque, acidentalmente ou não, usamos uma linguagem complicada para discuti-las. Nas minhas aulas, palestras e até mesmo no meu modo de fazer jornalismo, eu tento contornar isso, evitando jargão e ajudando as pessoas a pensar sobre esses temas e como eles afetam suas vidas”, explica.

Sobre o intensivo que vai ministrar no Brasil, já adianta que é um curso bastante profundo e intenso. “Trabalharemos temas como trabalho, amor, autoimagem e autoestima”, conta. O curso ainda receberá como professores convidados Stephen Little, referência na técnica de mindfullness, a escritora Martha Medeiros, a atriz Cristina Mutarelli e o artista plástico Paulo Von Poser. É possível obter mais informações aqui.

O maior desafio da seleção de trainee, segundo 11 aprovados

Trainee do Itaú Unibanco

Estes 11 jovens venceram disputas acirradas e deixaram para trás centenas de candidatos que, todos os anos, tentam conquistar uma oportunidade de trainee em programas de grandes empresas como Ambev, 3M, BTG Pactual, Natura, Whirlpool, entre outras.

Para se destacar, os trainees e ex-trainees que você vai conhecer nesta matéria enfrentaram (e superaram) desafios para chamar atenção de gestores – sobretudo nas etapas finais da seleção — em meio a outras tantas pessoas bem preparadas. Alguns aprovados, inclusive, citam que o principal desafio foi manter a autoconfiança frente a concorrentes tão talentosos.

Leia também: Veja os programas de estágio e trainee abertos

Confira a seguir quais foram as principais dificuldades dos processos seletivos, segundo 11 aprovados e o que eles fizeram para superá-las e, enfim, conquistar a tão sonhada vaga de trainee.

Roger Halmenschlager da Silva, 27 anos, trainee do BTG Pactual

Quando foi aprovado: janeiro de 2015

Área de trabalho: finance

Roger BTG Pactual
Roger Silva, trainee do BTG Pactual [divulgação] 

Maior desafio do processo seletivo: “com formação em engenharia elétrica pela UFRGS e em engenharia de produção pela École Centrale de Nantes, na França, minha maior dificuldade durante o processo foi me diferenciar e mostrar como poderia contribuir para o banco, uma vez que minhas experiências de estágio e trabalho eram como engenheiro no setor aeronáutico”, diz o trainee.

Competindo com candidatos que tinham experiência e formação no mercado financeiro, seu foco, para se diferenciar, residiu na sua capacidade analítica como engenheiro e no alinhamento à cultura do banco. Buscou informações na mídia sobre o BTG Pactual e estudou sobre as diferentes áreas para entender a estrutura do negócio e cada um dos valores do banco.

“Nas entrevistas, trouxe exemplos de projetos e ideias inovadoras que tive e pude executar, ressaltando os principais aprendizados e qualidades transferíveis para o banco”, diz.

Como não poderia obter o conhecimento em finanças próprio de um economista ou de um administrador, ele conta que procurou se manter atualizado sobre o cenário econômico e político do Brasil e do mundo.

“Lia diariamente jornais e revistas focadas em economia e, durante as entrevistas, sempre demonstrei minha disposição em aprender e conhecer mais sobre o mercado como um todo”, diz.

Amanda Ferreira, 23 anos, trainee da 3M

Quando foi aprovada: dezembro de 2014

Área de trabalho: gerenciamento de projetos

Maior desafio do processo seletivo: manter a autoconfiança na dinâmica em grupo. Segundo Amanda, aquela foi a primeira vez que viu seus concorrentes frente a frente. “Descobri que todos tinham um nível muito elevado e essa foi uma percepção que eu não tinha tido até então, já que as entrevistas e testes tinham sido individuais”, conta.

Outra dificuldade foi a etapa do painel, que era bastante técnico no caso da 3M. “Não conhecia muito bem o tema do caso, marketing e vendas, então optei por ser sincera, dizer que não tinha experiência no assunto”, diz. “Tive um feedback positivo por assumir que não tinha pleno conhecimento”.

Guilherme Hashimoto, 25 anos, trainee da Whirlpool

Quando foi aprovado: novembro de 2014

Área de trabalho: engenharia de qualidade

Maior desafio do processo seletivo: nas fases finais, todos os candidatos possuíam um ótimo currículo e experiências interessantes. “Assim, o maior desafio para mim foi conseguir me destacar em um curto período de tempo, demonstrando minhas habilidades e competências e destacando minha identificação com a cultura e os valores da Whirlpool”, diz Hashimoto.

“Nesses casos em que temos pouco tempo para mostrar todo o nosso potencial, estar bem preparado é fundamental. Para mim, o que ajudou foi estudar mais sobre a empresa, seus produtos e o mercado em que atua, além de ensaiar uma boa apresentação pessoal”, diz Hashimoto.

De acordo com ele, a preparação prévia foi crucial para transmitir as mensagens claramente, com calma e confiança, em uma situação que ele define como “ de altíssima pressão e em que todos querem ser os escolhidos”.

Thomaz Cecílio, 25 anos, ex-trainee da Ambev

Quando foi aprovado: ingressou em janeiro de 2014

Área de trabalho: trade marketing

Maior desafio do processo seletivo: manter a calma e confiança na hora de se apresentar diante do presidente e dos vice-presidentes da cervejaria.

Thomaz também cita uma fase em que os candidatos precisam se dividir em grupos, como se fossem empresas, e tomar decisões estratégicas. “Nessa etapa da seleção você se vê no meio de muita gente boa, então é necessário mostrar um bom desempenho no trabalho em equipe para se destacar”, afirma.

Guilherme Moliterno de Morais, 26 anos, trainee da Natura

Quando foi aprovado: dezembro de 2013 ( para início em janeiro de 2014)

Área de trabalho: inovação comercial

Maior desafio do processo seletivo: etapa de Painel, em que os candidatos formam grupos para resolver um case e apresentar recomendações para gestores presentes na sala.  “Após nossa apresentação, tivemos que responder a uma série de questionamentos dos gestores sobre a estratégia que criamos”, diz Morais. Além do case, um grande desafio, segundo ele, foi lidar com pessoas de perfis totalmente distintos. “Os diferentes comportamentos exigem muita concentração e jogo de cintura para conseguir se destacar sem criar algum tipo de desgaste. No final somos concorrentes, mas naquele momento, se não trabalharmos juntos, ninguém passa”, diz o trainee.

A preparação, com antecedência, para esta etapa foi importante para vencer o desafio, de acordo com ele. “Procurei por pessoas que já haviam prestado processos de trainee para entender um pouco da experiência vivida. Nesta hora toda dica é válida. Entendi que é muito importante conhecer a cultura da empresa antes das dinâmicas. Assim, você poderá realizar as atividades de acordo com os comportamentos valorizados pela empresa”, conta.

Ele também usa uma tática que traz resultado no trabalho em equipe. “Nos trabalhos em grupo, sempre levo alguns minutos observando as pessoas a minha volta. Dessa forma saberei como me relacionar com cada um durante a dinâmica”, diz ele que recomenda não menosprezar as ideias que surgem durante a dinâmica. “Mesmo que ela não seja utilizada integralmente, ela pode gerar algum insight no futuro”, diz.

Enrico Betoni, 23 anos, trainee do Itaú Unibanco

Quando foi aprovado: final de 2013

Área de trabalho:
comercial

Maior desafio do processo seletivo: entrevistas. Além de raciocínio e conhecimento, você precisa provar que está alinhado com os valores da empresa durante a conversa.

“A etapa das entrevistas é quando os melhores candidatos estão disputando entre si, ou seja, é necessário que a régua suba e os assuntos sejam mais complexos”, afirma Enrico. “Tanto conhecimento quanto jogo de cintura são colocados à prova, e o espaço para erro é muito baixo”.

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Matheus de Mendonça Barra, 26 anos, trainee da VLI

Quando foi aprovado: em 2013 para início em 2014

Área de trabalho: supervisão de operações do Terminal Integrado Santa Luzia.

Maior desafio do processo seletivo: O fato de não poder falhar, segundo ele. “Foram várias etapas e com dinâmicas que exigiam uma rápida tomada de decisão”, conta o trainee. Por isso, a preparação para lidar com a pressão e conseguir manter o foco em cada atividade proposta foi tão importante para ele.

Além dessa atenção quanto às questões comportamentais, Barra conta que identificou conhecimentos específicos que poderiam ser úteis para os testes. “Li muito sobre a empresa e seu negócio. Também fiquei atento em relação à necessidade de transmitir mensagens-chave em exercícios que demandavam algum tipo de apresentação com tempo limitado. No fim das contas, você tem apenas uma chance para deixar claro o que tem a dizer e o que pode oferecer à companhia”, diz.

Keyssi Schmidt, 22 anos, trainee da EY

Quando foi aprovada: maio de 2015

Área de trabalho:
assurance

Maior desafio do processo seletivo:
a dinâmica em grupo. “Foi preciso assimilar e administrar em pouco tempo não só as minhas próprias ideias, mas também as de toda uma equipe”, explica.

“Quanto vemos tanta diversidade de conhecimentos, colocamos em dúvida o que sabemos”. O segredo para se dar bem, segundo Keyssi, é absorver a energia do grupo. “É importante saber quando ouvir, quando falar, quando liderar e jamais tentar chefiar”, afirma.

Carlos Valone, 26 anos, ex- trainee da Ericsson

Quando foi aprovado: maio de 2013, terminou o programa em maio de 2015

Área de trabalho: TI

Maior desafio do processo seletivo: assessment, processo (teste) aplicado também aos novos gestores da Ericsson. Trata-se de uma simulação de um dia como gestor em uma empresa. “A simulação é bem completa e vai desde decisões estratégicas até coaching para um funcionário desmotivado”, conta. O objetivo deste teste, explica, é observar o comportamento do candidato em diferentes situações, bem parecidas com o dia a dia na empresa.

“Colocando em perspectiva, foi um ótimo teste, porque me fez lidar com várias situações que depois enfrentei na vida profissional. É importante estar bem preparado, ser resiliente para enfrentar todas as etapas do processo seletivo e o mais importante estar alinhado com a visão e os valores da empresa a que você está se candidatando”, diz o ex-trainee.

Felipe Massucato, 26 anos, trainee da Unilever

Quando foi aprovado: fevereiro de 2014

Área de trabalho: Supply chain

Maior desafio do processo seletivo: a dinâmica em grupo. “Em pouco tempo, você recebe um projeto totalmente novo, trabalha com pessoas desconhecidas e deve estruturar em conjunto uma solução apropriada”, explica Felipe.

“Você está trabalhando junto com pessoas que são seus concorrentes diretos , tem ótimo nível e experiência, e deve encontrar formas de influenciá-los em pouquíssimo tempo”.

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

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