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As universidades brasileiras apoiam o empreendedorismo? Veja o que alunos e professores pensam

Empreendedorismo nas universidades brasileiras

Em 2008, Filipe Salvini, estudante de sistemas de informação da PUC-Rio, estava se preparando para apresentar seu trabalho de conclusão de curso. Depois de muita ansiedade, o projeto foi aprovado, mas a história da sua ideia não parou por aí.

No ano seguinte, ao perceber uma oportunidade de mercado e o potencial do seu projeto de TCC, Filipe ingressou no Instituto Gênesis, programa de incubadoras da universidade PUC-Rio. Nessa mesma época, Luis Vabo atuava como consultor da incubadora, que fez com que a trajetória dos dois se conectassem.

Apresentados por um professor, Filipe e Vabo se entenderam logo de cara. Viram que seus perfis eram complementares e que o projeto tinha um grande potencial. Em 2009, dentro de uma universidade, iniciava-se a Sieve, fundada oficialmente em 2010.

Leia também: ‘Empreendedores é que vão salvar o Brasil’, diz Jorge Paulo Lemann

No mesmo ano, a empresa alcançou a 2ª colocação no prêmio Tire do Papel e recebeu seu primeiro investimento-anjo. Em 2012, a empresa conseguiu o maior faturamento da história da Incubadora Gênesis, além de  muitos prêmios. De acordo com os empreendedores, são mais de 8.000 lojas monitoradas, mais de quatro milhões de produtos catalogados e  uma receita de R$ 35,8 bilhões, registradas no ano de 2014.

A Sieve é apenas um dos exemplos que evidenciam o papel das universidades na hora de potencializar e inspirar o empreendedorismo, o sonho grande e a inovação no aluno. Para que mais histórias como essa se repitam, as instituições de ensino superior precisam estabelecer estratégias para multiplicar o número de universitários que criam empresas inovadoras e transformam os setores em que atuam, gerando milhares de empregos no caminho. Para ajudar nessa missão, a Endeavor e o SEBRAE realizaram a quarta edição da pesquisa Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras.

O estudo entrevistou 2.230 alunos e 680 professores pertencentes a mais de 70 instituições de ensino superior de todas as regiões do país. Seu principal objetivo é conscientizar as Instituições de Ensino Superior sobre seu poder em contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Brasil, atuando como um agente-chave do desenvolvimento do ecossistema empreendedor local. Além disso, o estudo mapeou boas práticas que vão direcionar as estratégias das universidades e das lideranças que trabalham com o tema no Brasil.

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Universidades e seus alunos: o potencial da mudança

Há uma clara discrepância entre a percepção dos alunos e professores sobre o papel das universidades. Por mais que cerca de 65% dos professores estejam satisfeitos com iniciativas de empreendedorismo dentro da universidade, a média entre os alunos é de apenas 36%. Um dos motivos é o fato das faculdades não terem um programa que apoia toda a jornada do aluno que quer empreender, algo que vá além da motivação e dos primeiros passos. As universidades têm em sua grade matérias sobre empreendedorismo, mas a maioria (54%) visa apenas inspirar o aluno a empreender. Assuntos mais práticos, como o de franquias (3%) e gestão de pequenos negócios (7%) acabam não recebendo a atenção que merecem pelas instituições de ensino superior.

Além disso, programas de acesso a investidores, mediado pela universidade, foram vistos como essenciais para 52,2% dos empreendedores universitários, mas apenas 22,6% das universidades têm essa iniciativa. E esses números não são por falta de procura: 56% dos alunos empreendedores acreditam que iniciativas de empreendedorismo, como disciplinas, incubadoras e eventos, são essenciais ao prepará-los para empreender. E não para por aí: 46% dos alunos empreendedores já cursaram as disciplinas. os potenciais empreendedores, os alunos que pretendem empreender em até três  anos, 69% já cursaram disciplinas de empreendedorismo.

A pesquisa também detectou que essas disciplinas não estão presentes, igualmente, em todos as universidades. Em cerca de 50% dos cursos de engenharias e ciências sociais aplicadas há disciplinas de empreendedorismo, sendo que essa média, em outras áreas de conhecimento, cai para apenas 30%. Tudo isso colabora para que o relacionamento entre universidades e empreendedorismo seja cada vez mais pontual, fazendo com que as instituições não sejam vistas como um ponto de apoio para aqueles que querem empreender.

Apena 33% dos entrevistados afirmaram que têm conversas com seus professores que os ajudam nos seus negócios (52% sequer conversam). O cenário se repete com outros profissionais de instituições, em que apenas 36% dos docentes são acessados em caso de dúvidas. Os pais (76,5%) e amigos de fora da faculdade (48,2%) acabam sendo os grupos mais próximos desses empreendedores universitários.

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Universidades e mercado: aproximar para ensinar

Outro grande desafio enfrentado pelas universidades é a falta de conexão entre seus professores e o mercado. Por mais que metade dos professores apoiem e/ou estejam relacionados ao movimento de educação empreendedora, 48% deles relataram nunca terem tido uma experiência empreendedora, sendo que 38% não têm vontade e/ou tempo para abrir seu próprio negócio. Dos poucos que se aventuraram nesse ambiente, 54% são donos de consultorias e só 10% deles afirmaram que seu negócio era inovador no cenário nacional.

Os professores também não se mantêm atualizados sobre o mercado como seus alunos. Quase 50% dos alunos empreendedores conversam com executivos e empreendedores e acreditam que essa é uma boa tática para se conectar com o mercado e suas oportunidades, ao passo que apenas 6,3% dos professores fazem o mesmo. Esse cenário deixa a desejar, uma vez que 70% dos alunos começaram a empreender nos últimos 5 anos e 48% abriram seu empreendimento durante a universidade.

Ao redor do mundo, centenas de universidades já reconheceram o papel e o poder da educação empreendedora sobre a inovação e o desenvolvimento econômico dos países. Pensando nisso, a Endeavor e o Sebrae criaram o Movimento de Educação Empreendedora, uma comunidade que reúne professores e agentes universitários para se conectarem e melhorarem suas iniciativas. O conhecimento já está disponível. Agora é preciso mudar a prática.

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Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

Jovens empreendedores do Paraná podem concorrer a prêmio de R$ 7 mil

Cidade de Curitiba

Empreender exige tempo, foco, conhecimento, dedicação – nada que impeça os brasileiros, é bom lembrar. Segundo uma pesquisa de 2015 da Global Entrepreneurship Monitor, o Brasil é o país mais empreendedor do mundo, e ter o próprio negócio é o terceiro sonho mais citado pelos brasileiros.

O Desafio Paraná da Geração Empreendedora está à procura de alguns desses jovens. Organizado pela Aliança Empreendedora, o concurso tem quatro categorias: ideia de negócio ou negócio com menos de 6 meses de existência, negócios em geral, negócios envolvendo tecnologia e negócios com impacto social.

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Os vencedores de cada categoria ganharão R$ 7 mil em uma cerimônia de premiação marcada para dezembro. Para participar, é preciso morar no estado do Paraná, ter entre 18 e 35 anos e assistir gratuitamente aos 12 episódios da websérie de capacitação “Empreender Modo On”.

As inscrições vão até 30/10 e podem ser feitas através do site oficial

Sebrae explica como o governo pode ajudar empreendedores

Empreendedor sendo atendido no Sebrae

O economista austríaco Carl Menger identificou que a sociedade nasce de forma espontânea, por meio do conjunto das ações individuais de cada indivíduo, que busca aumentar seu bem-estar. Traduzindo: não é necessário que haja alguém para coordenar o comportamento das pessoas. Nesse contexto, o governo surge como uma ferramenta de governança que tem como objetivo contribuir para a solução de problemas comuns a uma determinada população e garantir a segurança de todos. Ou seja, o Governo é uma ferramenta criada para servir os cidadãos.

O problema é que, durante os anos, integrantes do governo passaram a tratá-lo não como uma ferramenta, mas como um fim em si mesmo. Consequentemente, o governo passa a querer controlar a sociedade, centralizar as decisões e ampliar a tributação para benefício próprio. Quando isso acontece, ocorre uma diminuição da liberdade dos indivíduos e os recursos disponíveis são alocados de uma maneira improdutiva, provocando uma destruição de riqueza e de bem-estar.

Um exemplo desse processo é a questão da abertura e fechamento de empresas. Quando os municípios criam barreiras burocráticas, eles restringem a liberdade do empreendedor de ter seu próprio negócio e ainda o faz desperdiçar recursos, tempo e dinheiro indo de um lado para outro, tendo que passar em diferentes setores para conseguir todas as permissões necessárias. Durante todo esse processo, nada foi produzido e o governo destruiu riqueza.

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Nesse contexto, uma das melhores ferramentas para desburocratização é a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Ela prevê três pontos fundamentais para facilitar a vida do empresário:

Sala do empreendedor: espaço que reúne todos os órgãos envolvidos no processo de abertura e fechamento de empresas em um só local, o que economiza tempo para o empreendedor;

Concessão do alvará provisório: com isso a empresa pode funcionar já no dia seguinte da sua formalização; e

Definição das atividades de risco: a partir disso as empresas envolvidas com atividades de risco baixo ou moderado possam começar a operar mais rapidamente.

As ações de redução de processos burocráticos desnecessários já apresentam resultados palpáveis. Segundo dados do Sistema de Monitoramento da Implementação da Lei Geral, em 232 municípios já é possível abrir um negócio em apenas um dia. Algo comparável aos melhores países do mundo nesse quesito. O resultado é aumento da produtividade, da riqueza e do bem-estar dessas cidades.

 

Pedro Valadares é analista de políticas públicas e desenvolvimento territorial do Sebrae

 

Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

Harvard anuncia 5 bolsas para estudos relacionados ao setor público

Logo de Harvard

O Centro de Liderança Pública de Harvard tomou para si a responsabilidade de formar “líderes capazes de resolver os maiores problemas nos setores de negócios, governo e sociedade civil”. Com isto em mente e a fim de proporcionar oportunidades iguais aos melhores talentos, eles dão grande importância ao oferecimento de bolsas de estudos e aos seus programas de desenvolvimento de liderança.

Para se candidatar a qualquer um deles, os estudantes devem primeiramente candidatar-se a um dos programas da Harvard Kennedy School of Government,Harvard Graduate School of Education ou Harvard School of Public Health. As inscrições para os programas em geral vão até o dia primeiro de dezembro.

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Uma vez aceitos, podem se candidatar a uma das nove bolsas disponíveis, voltados a líderes dos mais diversos perfis e áreas. Destas, brasileiros são elegíveis a cinco. Confira os detalhes de cada uma delas:

#1 Bacon Fellowship: Voltada a estudantes que venham do governo, negócios e organizações não governamentais dedicadas a preservar e melhorar o meio ambiente.

#2 Dubin Fellowship: Voltada a estudantes que demonstrem capacidade de prosperar e venham do governo, negócios e organizações não governamentais dedicadas a preservar e melhorar o meio ambiente.

#3 George Fellowship: Para estudantes que estejam no terceiro ano de seus joint degrees na Harvard Kennedy School e na Harvard Business School (MBA + MPA, por exemplo).

#4 Gleitsman Fellowship: Para estudantes que almejam trabalhar com inovação e serem agentes de transformação social.

#5 Johnson Fellowship: Para estudantes dedicados a melhorar a qualdiade de vida de afrodescendentes e outras comunidades historicamente desprivilegiadas nos Estados Unidos.

#6 Rubenstein Fellowship: Para estudantes no primeiro ano de seus joint degrees na Harvard Kennedy School e Harvard Business School (MBA + MPA, por exemplo).

 

Além das bolsas oferecidas pelo Centro de Liderança Pública de Harvard, candidatos aceitos a programas na Harvard Kennedy School, Harvard Graduate School of Education ou Harvard T.H. Chan School of Public Health também são elegíveis às bolsas oferecidas pela Fundação Lemann. Descubra mais informações aqui.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora

Empreendedores sociais podem concorrer a US$ 1 mi e curso no Reino Unido; veja como participar

Concurso The Venture

A marca escocesa de uísque Chivas Regal está com inscrições abertas para o concurso mundial que visa encontrar e apoiar empreendedores sociais que tenham projetos inovadores. A competição, batizada de “The Venture”, acontece em 32 países, incluindo o Brasil. As inscrições para a fase regional vão até o dia 30 de outubro.

Para participar, é preciso ter uma startup com fins lucrativos, cujo negócio tenha como objetivo tornar o mundo um lugar melhor. É preciso que a empresa fature até US$ 1,5 milhão ao ano e esteja em fase de expansão, startup ou desenvolvimento. Entenda o que são estas fases no edital regional do concurso.

Baixe o Ebook: 14 brasileiros que estão colocando o país no mapa do Empreendedorismo Social

O vencedor final brasileiro participará de uma semana de aceleração do “The Venture”, em Oxford e Londres, em março de 2017, com todos as despesas pagas, e também terá todas as despesas cobertas para participar da Argumentação Final, em julho de 2017, nos Estados Unidos. Neste evento, os vencedores nacionais concorrerão na etapa global pelo investimento de 900 mil euros. Este valor será dividido entre os melhores projetos. Confira aqui os detalhes da etapa global do concurso.

Na edição 2017, um dos finalistas foi o brasileiro Onicio Neto, fundados da Epitrack – empresa que criou uma forma mais rápida de identificar e rastrear surtos de doenças através de uma plataforma digital baseada em crowdsourcing. Confira histórias dos premiados dos anos anteriores e faça sua inscrição gratuitamente através do site.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora

6 testes gratuitos para você identificar seu perfil de liderança

Ícones coloridos de homens

Recentemente, nós lançamos um curso com o mentor Daniel Castello sobre liderança transformadora. A proposta do curso, diferentemente de outras abordagens, é que o desenvolvimento aconteça de dentro para fora. Entender como você funciona, qual o seu momento e como melhorar é o primeiro passo antes de começar a gerir outras pessoas. Afinal, você não pode ajudar a administrar o tempo dos seus funcionários se ainda não souber gerir o seu ou ser a âncora que acalma o time se não souber controlar as próprias emoções.

Com estes testes profissionais, desenvolvidos pela Endeavor em parceria com a Runrun.it, você pode aprofundar o conhecimento que tem sobre o próprio perfil de liderança, de acordo com as respostas que der às situações hipotéticas, apresentadas nos testes.

Faça os testes abaixo e identifique o seu perfil

Lembre-se de ser completamente sincero nas respostas –isso vai garantir que o resultado seja mais assertivo e útil para o seu desenvolvimento.

1. A sua equipe é engajada?

Mais do que satisfeitos com o salário, o plano de carreira e o ambiente de trabalho, seus funcionários são engajados? Um time motivado tem a clareza de que faz parte de algo maior, compartilha objetivos comuns e tem perspectiva de crescimento constante para desenvolver ideias e projetos com autonomia e responsabilidade. Faça o teste e descubra se o seu time chegou nesse estágio de sintonia –e, principalmente, o que você pode fazer para desenvolvê-lo.

2. Você é melhor gestor ou líder?

Por um lado, é preciso garantir que os esforços sejam transformados em resultado, analisando o cenário e tomando dezenas de decisões todos os dias. Já liderar significa mobilizar as pessoas em direção a um objetivo, o que exige uma habilidade de comunicação e de relacionamento interpessoal. Você convive bem com os dois lados ou sente que um deles pesa mais do que o outro? Descubra nesse teste.

3. Que tipo de líder você é?

Guardião, idealista, visionário ou inspirador? O jeito com que você se relaciona com seus funcionários, com seus pares e, principalmente, como enfrenta situações de conflito diz muito sobre o seu estilo de liderança. Nesse teste, você identifica seu perfil para, a partir disso, trabalhar suas forças e seus pontos a desenvolver.

4. Com que grande líder você se parece?

Você é a favor do conflito ou prefere criar ambientes onde as pessoas se sintam mais seguras? É mais passional ou racional? A resposta a essas perguntas vai indicar a qual grupo de líderes você pertence –e quem foram os grandes nomes da história que se encaixam nesse perfil. Assim, você pode se aprofundar na biografia de cada um deles para entender o que tornou suas jornadas tão fascinantes.

5. Você sabe falar em público?

A comunicação é a habilidade-chave de todo líder. Da conversa individual ao discurso para o time, saber expressar suas ideias, persuadir as pessoas e dar as notícias difíceis são um desafio. Nesse teste você pode identificar os pontos que pode desenvolver em suas próximas apresentações.

6. Você sufoca seu time?

Você dá autonomia às pessoas ou costuma praticar o “micromanaging”? Pode não perceber, mas às vezes o excesso de controle pode impedir o surgimento de ideias mais criativas e disruptivas. Conheça os hábitos mais comuns que você pode adquirir para trabalhar a confiança nos seus colaboradores.

Com essas informações em mãos, reserve um tempo para refletir sobre os resultados e os materiais complementares dos testes que fez. São essas características que vão guiá-lo para se tornar, a cada dia, um líder capaz de formar times engajados e de alta performance.

Inscreva-se no Curso por Email: 8 Ferramentas para ser um(a) líder melhor

 

Este artigo foi publicado originalmente em Endeavor

Isto é o que falta ao universitário brasileiro, segundo Pedro Janot, ex-CEO da Azul

Pedro Janot observa

“Como estudante de Engenharia, eu era um aluno nota 5. Quando decidi mudar de curso e fazer Administração, passei a ser um aluno nota 10”, conta Pedro Janot. Hoje um executivo de destaque no mercado brasileiro, conhecido por ter trazido a Zara para o Brasil e sido o primeiro presidente da Azul Linhas Aéreas, quando adolescente ele não tinha ideia de qual profissão escolher. “Naquela época, as opções eram mais restritas, e eu acabei optando por seguir os passos do meu pai, que era engenheiro civil.”

Durante a graduação, porém, teve bastante dificuldade. “Para mim, o curso de Engenharia Civil era dificílimo: tinha matérias como Cálculo, Mecânica dos Fluidos, Probabilidade Estatística… Precisei fazer muito esforço para chegar até o quarto ano”, diz. O divisor de águas foi quando fez um curso de verão de Gerência de Marketing. “Descobri que poderia estudar o comportamento do consumidor, e aquilo me enlouqueceu a ponto de eu não me formar em Engenharia e me jogar em Administração.”

Para Janot, quando você está cursando o que gosta, o próximo passo é se dedicar muito aos estudos, indo além do que a universidade oferece, e ser pragmático, enxergando aplicabilidade no conteúdo aprendido. “O universitário precisa desenvolver uma visão de futuro e tentar pensar: o que esse somatório de matérias pode agregar à minha carreira lá na frente?” Já para quem está insatisfeito com o curso, ele aconselha insistir enquanto busca saídas. “É preciso se expor para encontrar um caminho novo”, diz.

Assista a outros trechos da entrevista exclusiva do Na Prática com Pedro Janot nos vídeos a seguir:

Como tomar melhores decisões de carreira?

De onde vem sua motivação no trabalho?

Por que o otimismo é importante?

Qual é o momento de mudar de emprego?

O que você valoriza no jovem profissional?

O que o esporte ensinou para sua carreira?

Conheça mais sobre a trajetória de Pedro Janot

Leia também: 4 dicas de carreira de Claudia Sender, CEO da Latam no Brasil

Nubank, Printi e VivaReal: três empreendedores gringos contam o que acham do Brasil

CEO Summit 2016

David Velez teve a ideia para o Nubank, uma fintech emissora de cartões de crédito, logo que chegou ao Brasil. O colombiano levou seis meses para conseguir abrir uma conta de banco e ficou impressionado com o tratamento nas agências. “Você precisa colocar todos os objetivos metálicos num armário, passar por portas à prova de balas… A experiência do cliente é a experiência de um criminoso!”, ri.

Recém-chegado dos Estados Unidos e prevendo (corretamente) que muitos gostariam de ter outra opção bancária, começou a investigar as possibilidades de atuar no setor financeiro.

“E ouvi muitas frases repetidas, como ‘no Brasil não dá’ ou ‘no Brasil não pode’”, lembrou ele em um painel sobre empreendedores estrangeiros no CEO Summit 2016, organizado pela Endeavor. “Diziam que reguladores e bancos não deixariam, que as taxas seriam impossíveis e todos – sem exceção – falaram que eu não ia conseguir começar. Há muita convencionalidade sobre como essas coisas deveriam ser aqui.”

Como Velez contou em entrevista ao Na Prática, ele foi buscar os investimentos necessários no Vale do Silício. Hoje, o Nubank tem centenas de milhares de clientes e uma imensa fila de espera.

“Há muitos desafios para um estrangeiro, mas são mais oportunidades – se fosse difícil todo mundo faria”, resumiu o americano Brian Requarth, cofundador do portal de imóveis VivaReal. “Comecei com nenhum dinheiro e, quando você não tem meios financeiros, precisa ser muito criativo – e ter pessoas que te apoiam é fundamental.”

O terceiro convidado, o húngaro-alemão Mate Pencz, que toca a gráfica online Printi, se lembra de dividir um apartamento no Brasil com outros dez expatriados – ninguém conseguia reunir a papelada toda para alugar um.

“É preciso navegar a burocracia e fazê-la funcionar para você porque depois de ultrapassar os obstáculos fica mais fácil”, disse. “Abrir uma conta e encontrar uma casa são coisas difíceis e funcionam quase como um processo de seleção!”

Cultura e oportunidades Os três gostaram do que encontraram em termos de capital humano no país. “Ficamos muito surpresos com a qualidade da execução”, falou Pencz. “O que trazíamos para a mesa como fundadores era nossa visão e estar lá para pensar fora da caixa, disrupcionando o status quo. Nosso negócio é quebrar paradigmas nesse segmento e, uma vez feito isso, há muito talento para executar.”

A adaptação para a cultura brasileira de trabalho – tema sobre o qual Fábio Coelho, diretor-geral do Google no país, já falou sobre em um bate papo com o Na Prática – também entrou em pauta.

“Questione essa ideia de que os brasileiros se comportam de certa maneira porque eles vão te surpreender se você desafiar essa mentalidade”, disse Velez. Ele dá um exemplo: o famoso atraso. “Assim que criamos uma cultura de começar pontualmente e terminar pontualmente, as pessoas começaram a chegar no horário. Trata-se de criar incentivos e uma cultura corporativa.“

Conheça o Imersão Empreendedorismo, programa de carreira do Na Prática

Para incentivar o sentimento de dono dos funcionários, por exemplo trouxe de fora a ideia de oferecer ações do Nubank com a contratação. “Não existe essa de chefe e empregado, você é parte da empresa.”

Requarth apontou como ponto negativo a disposição hierárquica das empresas no Brasil. No Vale do Silício, por exemplo, as empresas são horizontalizadas de tal maneira que um estagiário pode testar, errar e ter impacto.

“Aqui me respondem: ‘Ah, mas foi você que mandou’. Então determinamos um valor que é: ‘Não faça coisas que você acha que são estúpidas’. Se você achar que é algo idiota, me diga e a melhor ideia ganha”, falou. “É preciso ouvir as pessoas e empoderá-las, porque a hierarquia pode ser muito perigosa.”

Pecz concordou. “Damos mérito se o trabalho for bem feito e os indicadores de performance forem bons e a diferença-chave desse empoderamento é que as pessoas começaram não só a me trazer ideias mas a sentir mais orgulho do que faziam”, falou. “Elas sentem que estão contribuindo. É algo que achei que estava faltando no mercado.”

Futuro Donos de negócios que estão se consolidando no país, eles não estão aqui por acaso.

“O Brasil é um oceano azul profundo e um dos melhores mercados para se investir”, contou Pencz. “Uma base estável aqui pode se tornar uma plataforma de lançamento para negócios globais – aqui há o DNA dos mercado emergentes, como Sudeste Asiático e África. Com uma máquina eficiente e escalável, você pode, sim, ter essa ambição.”

Todos trabalham quando e como podem para fortalecer o ecossistema de empreendedorismo brasileiro. Requarth empresta um andar de seu prédio em São Paulo para startups, Velez é investidor anjo e conselheiro de outras, como a Biva, e Pencz, que está criando um fundo de investimentos, acredita em compartilhar sua trajetória e criar uma cultura colaborativa.

Os três também concordam com o seguinte: não escute tanto os outros. “Vim para o Brasil em 2008 e me disseram que eu era louco. Um ano depois, quando o país estava em todo lugar, de repente eu era um gênio – e em 2014 era burro de novo”, ri Requarth.

“Se você consegue ter sucesso no Brasil, conseguirá em qualquer lugar”, conclui Pencz. “É um dos mercados mais difíceis do mundo, então os profissionais precisam se orgulhar de trabalhar bem num sistema desses.”

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Você pode utilizar a inteligência artificial da IBM (quase) de graça na sua startup

Mike Rhodin da IBM - Foto Jon Simon

Em 2011, ao final da partida de “Jeopardy!”, famoso jogo de trívia da televisão americana, o participante humano escreveu em seu painel, rindo: “Eu dou as boas vindas aos nossos mestres computadores”. Ele estava em segundo lugar, muito atrás de Watson, a inteligência artificial criada pela IBM.

O objetivo da Watson é, basicamente, fornecer respostas certas – mesmo em situações de extrema complexidade e diante de perguntas não-padronizadas. No jogo, o Watson, completamente desconectado da internet, teve que responder perguntas realizadas com todas as nuances da linguagem natural, inclusive trocadilhos, sinônimos e homônimos, gírias e jargões. Respondeu baseado no que tinha aprendido ao longo de quatro anos de interação com humanos e conhecimentos não-estruturados. E, a cada nova interação, a máquina vai ficando cada vez mais inteligente.

Assista ao bate-papo com Rodrigo Kede, presidente da IBM

Mike Rhodin, vice-presidente sênior de Watson Business Development, esteve no Brasil recentemente para discutir as possibilidades da inteligência artificial para empreendedores no CEO Summit 2016, organizado pela Endeavor.

A ideia de uma inteligência artificial surgiu pela primeira vez nos anos 1940, quando John von Neumann, criador da base binária utilizada pelos computadores, previu que um dia eles seriam capazes de responder qualquer coisa sobre qualquer assunto em profundidade.

A IBM assumiu o desafio, considerado impossível por décadas, em e0026. Uniu alguns dos melhores cientistas do mundo numa sala só: “Passávamos pizza por baixo da porta para eles continuarem trabalhando”, brincou Rhodin.

Foi daí que surgiu a ideia de criar um participante de um jogo de perguntas e respostas, algo que poderia atestar que Watson de fato tinha conhecimento sobre tudo. “Você pode assistir como ele vai aprendendo durante a progressão do programa”, falou Rhodin. “Desde então, vimos um aumento maciço de desenvolvimento na área.”

Ferramentas Como as possibilidades de aplicação para inteligência artificial são infinitas e a IBM não conseguiria abarcar todas elas, a empresa decidiu se unir aos empreendedores e, na lógica da economia compartilhada (ou Peers Inc), apostar no poder dos indivíduos para explorar esse potencial de inovação.  

Numa nuvem para desenvolvedores de software, a companhia disponibilizou APIs, testes e modelos de negócios gratuitos ou bastante baratos para uso das massas. Os empreendedores interessados em criar algo envolvendo inteligência artificial podem aproveitar toda a tecnologia desenvolvida pela IBM de maneira gratuita ou por um preço bastante pequeno, e que acompanha a quantidade de “querys” necessárias. A eles, Rhodin avisa: vasculhem a internet, porque não é preciso começar do zero. Há muitas bibliotecas por aí. 

“O primeiro aplicativo vai levar um tempo para ser desenvolvido porque você está ensinando um computador e não programando um sistema, então parte do nível básico”, fala. “Mas seu desenvolvimento é bem direto.”

Ao contrário dos anos investidos no pioneiro Watson, a IBM hoje consegue construir novos aplicativos envolvendo inteligência artificial em meses. E eles estão ficando cada vez mais complexos, envolvendo tom de voz, personalidade do usuário e até contextos visuais, como imagens e vídeos.

Ele lembra que o Bradesco acaba de estrear em mais de 3 mil agências uma aplicação do Watson, que tem uma série de perguntas e respostas sobre transações. “Português brasileiro foi uma das primeiras línguas que ensinamos ao Watson”, disse Rhodin.

Leia também: Veja entrevista com Marcelo Lacerda, um dos maiores empresários de tecnologia do Brasil

Áreas de negócio Embora já seja empregado em diversas áreas, incluindo análises financeiras, uma das mais interessantes aplicações do sistema até agora tem sido na saúde, mais especificamente no diagnóstico de câncer.

Foram dois anos e meio de treinamento, que incluiu o aprendizado de biologia, química e medicina, até que surgisse o IBM Watson for Oncology. Hoje ativo na Tailândia, Índia e em breve na China, ele é capaz de aprender um novo tipo de câncer em até dois meses. “Isso é escalar a expertise e o conhecimento de um jeito que nunca foi feito antes e torná-los disponível para todos”, resume.

Dessa experiência, Rhodin extraiu uma fórmula de negócios para startups encontrarem mercado para a inteligência artificial: procure uma profissão em que a quantidade de informações é maior que a habilidade que um profissional tem para consumi-la. “Se você achar uma – e toda indústria tem uma –, pode pensar em cases de aplicação interessantes, criar apps pequenos e começar a crescer.” 

“E não há motivo para que um negócio não possa começar aqui no Brasil e expandir globalmente, pois podemos continuar ensinando novos idiomas [à inteligência artificial]”, finalizou. “Estamos no comecinho da revolução da informação.”

A verdade sobre os rankings de MBA

Homem observa com lupa

Depois de 27 anos de experiência como consultor de admissões, cheguei à conclusão de que as diferenças entre os rankings disponíveis são tão grandiosas que os leitores deveriam analisar os critérios de ranqueamento antes de chegar a qualquer conclusão.

No entanto, não é tão fácil quebrar resistências e desafiar hábitos culturais profundamente arraigados, que incluem listas intermináveis ​​de rankings sobre quase todas as questões na Terra. A sociedade moderna consome fortemente listas “Top 10”, e programas de MBA não são exceção.

Respeitáveis publicações ​​como US News & World Report, Business Week-Bloomberg, Financial Times, Poets & Quants, The Economist, Forbes, e QS, investem esforços de pesquisa e recursos consideráveis ​​para desenvolver e publicar rankings anuais (ou bienais, em alguns casos) que supostamente lançam luz sobre a difícil questão “qual MBA”, avaliando grandes programas em todo o mundo e atribuindo-lhes uma classificação que é questionável, para dizer o mínimo.

Leia também: MBA como porta de entrada para uma grande consultoria

Sempre acompanhei de perto estes rankings e encontrei inconsistências, como por exemplo: Stanford GSB é, simultaneamente, avaliada como número 2, 7, 5, 1, 13 , 1, 1, dependendo da revista. O mesmo problema ocorre com Wharton (4, 5, 4, 3, 10, 7, 1), MIT (5, 4, 9, 7, 15, 9, 7), Chicago (2, 2, 8, 4, 1 , 6, 4), Kellogg (5, 3, 11, 6, 7, 3, 6), Columbia (10, 6, 6, 5, 12, 4, 5), e todas as outras escolas contempladas pelas pesquisas. Mesmo Harvard, que apresenta uma dispersão menor, varia entre a posição #1 e #4 entre os diferentes rankings.

Minha compilação abrange todas as escolas listadas como “Top 10” em qualquer um desses 7 rankings – em 2016, um total de 20 escolas pôde gabar-se deste status. Se um candidato decidir ser mais “seletivo” e escolher apenas as “Top 5”, vai encontrar 12 escolas. Mesmo aqueles que estabelecerem a meta de estudar no “melhor programa de MBA do mundo” terão que decidir entre 5 opções: Chicago, Harvard, Insead, Stanford e Wharton.

Rankings, portanto, deveriam ser vistos apenas como uma fonte adicional de informação (e não a principal), desde que os candidatos entendam a metodologia utilizada para construi-los e assim captem o que está sendo medido em cada publicação diferente.

Leia também: Veja as dez melhores escolas de MBA da América Latina

Por exemplo, o ranking da Business Week-Bloomberg dá um peso grande às entrevistas com os alunos de cada escola, enquanto a US News & World Report coloca mais ênfase em dados concretos, como GMAT, GPA, salários, e assim por diante. The Economist e Financial Times combinam as escolas norte-americanas e européias, colocando respectivamente Chicago Booth (EUA) e Insead (França) como os melhores programas de MBA do mundo.

Outros rankings populares tentam medir diferentes atributos: o MIT é a universidade número 1 no QS World University Rankings; o Babson College tem o melhor MBA com foco em Empreendedorismo no mundo, de acordo com os US News & World Report Specialty Rankings; nesse mesmo ranking por especialidade, Wharton é a primeira em Finanças, Kellogg é a primeira em Marketing, Harvard é a primeira em Administração Geral, Yale é a primeira em Non-Profit, MIT Sloan é a primeira em Supply Chain, Operações e Sistemas de Informação; e Texas-Austin é a primeira em Contabilidade. A lista de rankings é imensa e gera mais confusão do que certezas.

Face a esses argumentos, a maioria das pessoas hesitaria em utilizar tais números incongruentes como a única fonte para a tomada de decisão. Infelizmente, muitos candidatos não fazem uma análise tão racional sobre este assunto, optando por eleger um dos rankings acima como a verdade absoluta – e tomar decisões de impacto duradouro com base em tal ferramenta imprecisa.

Parte do nosso trabalho é revelar os problemas desta abordagem, estimulando os candidatos a usar rankings apenas como um ponto de partida. Mais importante, eles devem aprender o máximo possível sobre cada escola, combinando as ofertas de cursos e a cultura específica de cada escola, com a avaliação das suas próprias metas de carreira, habilidades, necessidades e aspirações. Para avaliar o que chamamos de “fit”, ou alinhamento entre o perfil da escola e do candidato, é muito importante falar com ex-alunos e, sempre que possível, visitar as escolas antes de tomar qualquer decisão.

Espero ter ajudado a esclarecer um pouco sobre o tema em pauta. Boa sorte com suas escolhas!

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Ricardo Betti é colunista do Estudar Fora, onde esse post foi originalmente publicado. Graduado em Medicina pela Universidade de São Paulo, realizou seu MBA pela MIT Sloan School of Management e é International Master Coach, certificado pelo Instituto Behavioral Coaching – Nova York. Sócio Diretor da MBA Empresarial, empresa de consultoria especializada em Recursos Humanos, apoia estudantes brasileiros em seu processo de preparação para o MBA e outros cursos de pós-graduação no exterior. Também é presidente do Conselho Consultivo do MIT & MIT Sloan Alumni Club do Brasil e co-fundador do AIGAC (Association of International Graduate Admissions Consultants).

Brasileiros dão dicas de como conseguir estágio no exterior

Jovem olhando para o mapa

Matheus Tomoto era bolsista do Ciência Sem Fronteiras nos Estados Unidos. Enquanto todos os seus amigos que procuravam estágio foram para as opções “seguras” – ou seja, mais fáceis de conseguir – ele se propôs o desafio de justamente mirar no alto: “Primeiro eu selecionei as 10 melhores faculdades dos Estados Unidos. Depois, procurei pelos laboratórios que tinham a ver com a minha área”, explica ele.

Mais de mil e-mails depois, Matheus foi aceito pela melhor universidade do mundo – o Massachussetts Institute of Technology (MIT).

Já Renan Kuntz, da Universidade de Tulsa, optou por participar das feiras de estudos e trabalho promovidas pelas próprias universidades. “As pessoas levam aquilo muito a sério”, comenta. Em seu ano de calouro na Middlebury College, Marcos Souza engajou-se tanto em um estágio na universidade como em uma empresa criada e gerida por alunos da instituição. “Era muito ampla a faculdade, então tem uma diversidade muito grande de interesses”, justifica.

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Na playlist abaixo, organizada pelo Estudar Fora, veja as dicas que eles dão sobre como se apresentar, como abordar as empresas e conseguir a tão sonhada experiência de trabalho no exterior.

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Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora 

Os 10 mandamentos para passar na 2ª fase da OAB

Advogada trabalhando em frente à estátua da justiça

Depois de ter passado na primeira fase do exame de ordem da Organização dos Advogados do Brasil (OAB), o momento é de reforçar os estudos. A segunda etapa da prova da OAB traz aos candidatos quatro questões discursivas e uma peça profissional para fazer.

As questões são na área que o candidato escolheu no ato da inscrição: direito administrativo, direito civil, direito constitucional, direito empresarial, direito penal, direito do trabalho e direito tributário.

A peça vale cinco pontos e as quatro questões juntas também valem cinco pontos. Para passar, o candidato precisa fazer seis pontos.

Exame.com pediu ao professor João Aguirre, coordenador da série “Vade Mecum” (Editora Método), que desse algumas dicas aos bacharéis para a reta final de preparação e também para o dia da prova. Confira o que ele diz:

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Na hora de estudar

1. Além de estudar a peça, pratique a resolução das questões
“Muitos candidatos ficam tão preocupados com a peça e negligenciam o estudo das questões”, diz Aguirre. Para o especialista, além de estudar as peças, é preciso treinar a resolução de questões.

“Se o candidato zera nas questões ele não passa na prova, assim como se ele zerar na peça. Minha sugestão é que estude questões que já caíram pelo site da OAB. Lá tem o espelho de correção”, indica.

2. Aposte no material mais atualizado
A OAB pode cobrar súmulas dos tribunais que saíram até a publicação do edital. “Podem cair as súmulas publicadas até outubro de 2013”, explica Aguirre.

Por isso, o candidato deve estar bastante atento à atualização do seu material. Uma coleção Vade Mecum de 2013, por exemplo, traz as súmulas até janeiro do ano passado. “Quem optar por este material estará com atraso de um ano em súmulas”, explica Aguirre.

Na opinião dele, vale investir na atualização dos códigos e coleções e tomar muito cuidado com material da internet. “Muitas vezes ele não tem como saber de quando é aquele material”, diz Aguirre.

3. Habitue-se ao material que terá no dia da prova
Estar totalmente familiarizado com o material de consulta para a prova é essencial. “Na prova, o candidato pode apenas usar o código, a legislação seca, sem anotações”, lembra João Aguirre.

O uso do índice remissivo das coleções Vade Mecum e dos códigos é o primeiro passo. “O material é o melhor amigo do candidato na prova, as respostas para questões muitas vezes são achadas em artigos do código”, diz.

4. Faça simulados para treinar o gerenciamento do tempo
“O tempo de prova é exíguo”, lembra João Aguirre. Resolva provas anteriores e fique de olho no relógio. Assim é possível ter a noção de gerenciamento do tempo, fundamental para conseguir fazer a peça e resolver as questões a tempo.

5. Crie condições semelhantes às da prova
Nada de digitar texto. No dia da prova o candidato é obrigado a escrever a mão, portanto deve treinar este tipo de escrita. “As pessoas não têm mais costume de escrever, então também devem tomar cuidado com a letra”, diz Aguirre.

Lembre-se, o examinador não terá toda a disposição do mundo para decifrar o que está escrito, caso esteja ilegível. “Geralmente, circula a palavra que não entendeu, coloca um ponto de interrogação e tira pontos”, diz o especialista.

O tamanho da letra também deve ser observado. “Como previsto no edital, não são aceitas respostas que não estejam dentro dos limites da folha”, diz Aguirre.

6. Descanse na noite anterior
A prova é longa e exige máxima concentração. Por isso, perder horas de sono na véspera pode comprometer o desempenho do candidato mais cansado. “A dica é descansar na noite de sábado para domingo, o candidato pode até dar uma lida em textos, mas não adianta ficar estudando muito nestas horas finais”, recomenda o especialista.

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Na hora da prova

7. Chegue com antecedência ao local de prova
Segundo prevê o edital, os candidatos devem chegar ao local de prova 1h30 antes do início da prova. “Os fiscais vão verificar se o material que o candidato tem está adequado”, diz Aguirre.

Lembre-se o horário oficial é o de Brasília. “Importante se atentar a isso pra não comprometer anos de preparação”, diz Aguirre.

8. Questão fácil? Responda logo
Logo na primeira leitura, pode aparecer uma questão de fácil resposta. A orientação do professor Aguirre é que o candidato já responda, caso considere simples. “Em seguida, ele deve começar a fazer a peça, e depois voltar às outras questões”, sugere.

9. Atente aos termos jurídicos no enunciado da peça
A primeira leitura , geralmente, é assustadora e acompanhada por muitas interrogações. Por isso, Aguirre sugere que o candidato leia o enunciado, respire fundo, tome uma água, e leia mais uma vez. “Nesta segunda leitura, ele deve ir circulando os termos jurídicos que encontra no texto, porque são estas as palavras que ele vai encontrar no índice remissivo”, diz Aguirre.

10. Não deixe nada em branco
Na prova teste só há um alternativa correta, não existe meio termo. “Na prova escrita existem, certo, meio certo, 0,25 ponto. E essa nota quebrada vai fazer toda a diferença na pontuação final”, diz Aguirre.

Não sabe a resposta? Procure termos do enunciado no código, indique artigos, mas não deixe em branco.

 

Este artigo foi originalmente publicado em Exame.com

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