Pessoas sentadas aguardando - Saiba como escolher seu programa de estágio

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Aula é uma coisa, trabalho é outra e não há nada melhor que um programa de estágio para fazer a ponte entre os dois. 

Esqueça essa história de que estagiários tem que fazer cafezinho. Muito menos servir cafezinho. Um estágio é, por definição, um período de aprendizado. É a melhor maneira de começar a descobrir o mundo profissional, quando é possível testar (e errar) na prática. 

Em 2016, havia 740 mil estudantes do ensino superior estagiando no Brasil. É uma parcela (infelizmente) pequena dos cerca de 8 milhões de universitários matriculados no país.

Mas estagiar segue sendo fundamental. É a chance que jovens têm de experimentar diferentes setores, empresas e ambientes de trabalho antes de se formarem, tudo com mais espaço para explorar. Além de aprender muitas lições valiosas e se tornar um profissional melhor, o estagiário amadurece, amplia seus horizontes, descobre as áreas com que tem mais afinidade e se prepara para começar a vida de formado com o pé direito.

Ao longo deste artigo, o Na Prática explica vários aspectos do estágio, incluindo quais são as regras, como encontrar a melhor oportunidade e o que fazer para se destacar antes e depois da contratação.

E há ainda um ebook especial sobre o assunto, Como Aproveitar Seu Estágio ao Máximo, que você pode baixar gratuitamente!

A lei do estágio no Brasil

A lei brasileira, que vale desde 2008, define o programa de estágio como uma espécie de desenvolvimento profissional supervisionado, que acontece no ambiente de trabalho e prepara os estudantes para o mercado. A lei também formaliza duas modalidades de estágio: obrigatório (exigido pelo curso de graduação para que o aluno se forme) e não obrigatório (opcional, faz quem vê importância na experiência durante a graduação).

A verdade é que o estágio, mesmo quando não é obrigatório, é um diferencial no currículo – e os recrutadores olham com bons olhos quem dedicou tempo a estagiar em mais de um lugar.

Deveres de quem contrata

Aos olhos da lei, quem contrata um estagiário não está formando um vínculo empregatício. O que isso significa? Na prática, a empresa não lhe deve os benefícios sociais previstos pela CLT. Mas ainda tem uma série de deveres a cumprir.

Deve assinar, por exemplo, um termo de compromisso com o estudante e com sua instituição de ensino, oferecer um seguro de acidentes pessoais, ter um um ambiente de trabalho que proporcione aprendizagem social, profissional e cultural e indicar um supervisor, entre outras obrigações. 

Como quem contrata um estagiário deve, por lei, oferecer um orientador e supervisor, todo estágio legal no Brasil é um “estágio supervisionado”. O tempo máximo que os jovens podem passar como estagiários da mesma organização é dois anos e, após doze meses no cargo, têm direito a férias remuneradas.

A Associação Brasileira de Estágios e Ministério do Trabalho e Emprego oferecem cartilhas gratuitas sobre o assunto, que você pode baixar aqui.

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Como funciona um programa de estágio

Do mesmo jeito que há inúmeros tipos de organizações, indústrias e setores, estágios também vem em formas variadas: responsabilidades, nível de exposição à liderança, interação com áreas e possibilidade de efetivação variam muito entre uma oportunidade e outra. Por isso é tão importante pesquisá-las e entender melhor o que cada uma oferece.

Empresas de grande porte e órgãos do setor público, por exemplo, costumam ter processos seletivos organizados em diversas etapas, oferecer planos de desenvolvimento profissional estruturados e ter data de início e fim para o período de estágio.

Já empresas pequenas e outros tipos de organizações podem abrir vagas conforme precisam, empregar processos seletivos mais simples e oferecer uma dose maior de autonomia.

A chave para encontrar um estágio que combine com seu perfil é entender o que você quer naquele momento profissional para então filtrar o que está disponível no mercado.

5 conselhos para encontrar o melhor estágio

As dicas a seguir vão te ajudar a decidir sobre qual o melhor momento para buscar um estágio e como encontrar o estágio ideal. Confira:

1. Saiba quando buscar um programa de estágio

Algumas empresas exigem um mínimo de semestres cursados para contratar estagiários. Da mesma forma, não são todos cursos de graduação que permitem que os alunos já busquem um estágio nos primeiros anos.

Assim, embora a máxima “Quantos antes, melhor” faça algum sentido na busca por experiências profissionais, é importante entender qual o melhor momento de buscar um programa de estágio.

Ouça experiências: converse com coordenadores do curso ou alunos veteranos para entender se um estágio no início da faculdade, se permitido, não vai comprometer demais o rendimento acadêmico. Em alguns casos, a experiência pode até potencializar o que é vivido na sala de aula em outros, pode significar notas baixas, noites mal dormidas e reprovações.

Avalie também as demais possibilidades de atividades extracurriculares que podem te desenvolver no início da faculdade, como AIESEC, empresa júnior, iniciação científica, etc.

Se a opção é um programa de estágio pouco estruturado em que você não sente que vai aprender muito envolver-se de corpo e alma com uma organização estudantil pode ser mais vantajoso tanto do ponto de vista de currículo como de crescimento profissional.

2. Elabore um currículo atrativo

Aprender a montar o currículo é fundamental, já que esse documento é o primeiro contato entre o recrutador e o candidato.

Para vagas de estágio, a principal dificuldade é criar um currículo quando se tem pouca ou nenhuma experiência profissional. Neste outro texto, apresentamos um modelo ideal de currículo para quem está no começo de carreira.

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3. Tenha o que o mercado procura

Compreender melhor o mercado e suas exigências contribui para desenvolver e trabalhar habilidades que, ao mesmo tempo que te interessam, também são valorizadas pelas empresas (ou estarão nessa lista em breve). Segundo o relatório The Future of Jobs, divulgado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, até 2020, a demanda será por profissionais com capacidade de resolver problemas complexos e que apresentem pensamento crítico, criatividade, liderança, inteligência emocional, flexibilidade cognitiva, competências de negociação, bem como alta capacidade de julgamento e tomada de decisão.

4. Não atire para todo lado  

Além de acelerar o desenvolvimento de competências bastante úteis na vida profissional, e estágio também é um momento de experimentar, testar diferentes carreiras e entender com que área do mercado você mais se identifica. Ainda que a palavra da vez seja experimentação, certa dose de foco é fundamental.

Busque, por meio do autoconhecimento (cursos como o Autoconhecimento Na Prática podem ajudar bastante nisso!), entender em quais áreas você gostaria de testar e, a partir daí, escolha para onde vai mandar o currículo. Candidatar-se a toda oportunidade que aparece sem questionar seus objetivos nunca é a melhor estratégia para a carreira.

5. Viva off-line  

Na era em que a busca por emprego é feita on-line, vale a pena fazer diferente e buscar oportunidades fora da internet. Frequentar eventos e palestras de sua área, por exemplo, é uma forma de obter mais conhecimento e, quem sabe, aumentar a lista de networking. Nesses momentos, quem se mostrar aberto a novas experiências profissionais pode encontrar uma boa porta de entrada para um estágio.

Onde encontrar um estágio?

Organizações de qualquer setor oferecem estágios e novidades surgem diariamente, então mantenha seu currículo (tanto no papel quanto no LinkedIn) atualizado. 

Também já fique atento aos meses que concentram as inscrições para processos seletivos de grande porte: em janeiro e entre agosto e outubro.

VEJA COMO MELHORAR CADA PARTE DO SEU LINKEDIN

Vagas de estágio

Para encontrar todo tipo de oportunidade, consulte a listagem organizada pelo Na Prática e também sites como Wall Jobs, 99 Jobs, Vagas.com.br, LinkedIn, Trampos.co e Cia de Talentos. Nesses sites, é possível se cadastrar e receber emails sempre que novos programas ou vagas de estágio surgem.

No nosso canal do Youtube, também postamos vídeos recorrentes com as melhores oportunidades abertas. Ao se inscrever, você também recebe notificações sobre novos vídeos e diversas dicas de carreira.

Também não se esqueça das redes de contato e dos anúncios colados em paredes e pontos de ônibus da faculdade: seu futuro estágio pode estar bem na sua frente.

Como abordar recrutadores?

Se quiser muito estagiar em uma empresa que não está contratando, não desanime: aborde-a mesmo assim, explicando porque ela é tão interessante para seu desenvolvimento profissional e que gostaria de saber sobre oportunidades futuras.

Não sabe exatamente como fazer essa aproximação? O endereço de email da área de Gente ou Recursos Humanos muitas vezes está disponível no próprio site da empresa que você deseja, na seção “Trabalhe conosco”.

Enviar uma mensagem com o seu currículo e uma carta de apresentação já é um bom começo (nesta outra matéria, você aprende como escrever uma Carta de Apresentação e pode até baixar um modelo).

Abordar um recrutador da empresa pelo LinkedIn também é uma boa ideia. Usando a barra de busca da rede social profissional, não é difícil encontrar quem recruta em uma empresa: basta buscar pelo nome da companhia desejada e palavras-chave como “recruiter”, “gente”, “recursos humanos”.

Depois de identificar a pessoa, envie uma mensagem pela própria pessoa se apresentando e falando do seu interesse em estagiar na empresa – mas use o bom senso e não “dê uma de desesperado”.

É muito possível que pelo menos uma conversa você emplaque, e ainda entre no banco de talentos como alguém proativo.

O que buscar no primeiro emprego?

Buscar o primeiro emprego não é uma tarefa fácil – não só devido ao mercado é concorrido, mas também porque muitas vezes nós mesmos não sabemos o que exatamente estamos buscando. Depois que a vida profissional engata, as coisas começam a ficar mais claras e fazer mais sentido. Só que dar o primeiro passo é essencial!

Reflita: o que quer aprender agora?

A melhor maneira de encontrar o programa de estágio certo é pensar sobre o que você mais quer aprender nesse momento.

É como usar uma ferramenta específica? Como é ter responsabilidade, metas e objetivos? Lidar com autoridades? Uma experiência curta ou longa? Testar uma área nova ou investir em uma chance de ser efetivado naquela que já conhece?

Faça uma lista com expectativas, vontades, áreas e nomes de organizações que lhe interessam. Circule aquilo que mais chama sua atenção e, partindo daí, comece a pesquisar o que está disponível.

Com essa pequena reflexão, fica mais fácil entender quais oportunidades são as melhores para você.

Teste o que quiser

Ninguém é obrigado a saber, já na faculdade, qual é seu trabalho dos sonhos. Se você se interessa por diversas áreas mas não sabe qual é melhor, teste todas!

Aproveite que, nesse período da vida profissional, todos sabem que você está aprendendo e estão dispostos a ensinar e abrir as portas. Reflita sobre qual é o seu próprio desejo.

E lembre-se: é cada vez mais comum ter experiências profissionais fora da “zona de conforto” da sua graduação, então não tenha medo.

Leia também: Experimentar é o segredo para se encontrar profissionalmente

Estuda Engenharia mas quer trabalhar na área de marketing de um e-commerce? Aplique! Estuda Biologia mas quer saber como funciona o departamento de vendas de uma grande multinacional? Aplique também!

Quem diz que é possível é Sofia Esteves. “A parte técnica a empresa está disposta a formar, mas o que está difícil de encontrar é a parte comportamental”, fala ela.

Ou seja: empregadores estão dispostos a ensinar o que você não sabe, desde que seu perfil profissional – seu estilo de trabalho, seus valores e seus interesses – combine com a organização.

Acredite: qualquer empresa quer um estagiário apaixonado e motivado na equipe.

A dica de Sofia Esteves: aprender a trabalhar

Sofia Esteves, fundadora do Grupo DMRH e da Cia. de Talentos, já viu inúmeros currículos e jovens ao longo de sua carreira. Para ela, o mais importante na hora de buscar o primeiro emprego – que normalmente é um programa de estágio – é ficar de olho no que aquela oportunidade pode oferecer não só em termos de desenvolvimento técnico, mas de atitudes e habilidades.

O objetivo de um estágio é te ensinar (e muito!) sobre os desafios do mundo profissional, e para isso não basta só dominar a teoria: é preciso ter o jogo de cintura necessário para colocá-la em prática. O estágio é uma oportunidade para começar a desenvolver as soft skills (como proatividade, negociação, mediação de conflitos, tolerância à ambiguidade) que vão te ajudar a resolver problemas, conectar ideias e conversar com pessoas diferentes.

Além disso, também é uma primeira imersão nas peculiaridades típicas do mundo corporativo. Rotinas de prestação de contas, reuniões, aprovações e metas não fazem parte do dia a dia de um estudante.

Aprendizados rotineiros – do tipo redigir e-mails profissionais, saber como se portar em uma reunião e ou oferecer sua opinião no trabalho – também são bastante válidos e devem ser perseguidos.  Em outras palavras, busque um ambiente capaz de te “ensinar a trabalhar”.

No vídeo a seguir, ela dá mais dicas para o jovem que está começando a carreira:

Como preparar seu currículo

O temido currículo não precisa ser tão temido assim. O Na Prática preparou uma matéria inteira sobre o assunto pensando justamente em quem está entrando no mercado, que inclui modelos prontos para download.

E se você acha que não tem experiências profissionais suficientes para escrever um, respire fundo e acredite: tem sim. E não precisam ter sido remuneradas!

Qualquer vivência que trouxe aprendizados profissionais, seja na empresa júnior ou num grande projeto de faculdade, pode ser colocada no currículo.

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O que um recrutador realmente quer é entender se você consegue realizar as tarefas que aquela vaga exige, não quantos empregos você já teve.

Também cuide bem de seu LinkedIn – você nunca sabe quem pode acabar esbarrando em seu perfil. (E se quiser atrair recrutadores ativamente, essa expert ensina como!)

Abaixo, você também descobre quais são (e como evitar) os piores erros de currículo:

Como passar no processo seletivo

Vamos começar pelo óbvio: seja honesto, não importa se é em relação ao seu nível de inglês ou ao seu ponto fraco. Não vale a pena mentir, mesmo que pareça uma má escolha na hora.

É melhor falar a verdade do que passar num processo seletivo sendo alguém diferente e seus colegas e superiores descobrirem, na prática, que você não é assim. Ninguém esquece!

Apresentar-se de um jeito que você não é pode se tornar tentador quando você está ansioso ou nervoso.

A boa notícia é que a preparação torna tudo mais fácil.

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Passo 1: Esteja sempre ativo

Há um grande número de instituições de ensino superior no Brasil e o medo de muitos jovens é justamente esse: vir de uma faculdade que não tem um nome forte atrapalha?

Para um número cada vez maior de empresas, não. O peso da faculdade é avaliado, mas o que você faz e é capaz de fazer é muito valorizado.

Por exemplo, o que você já fez naquele período de tempo com os recursos e oportunidades que tinha em mãos? Quanto conquistou e quando mostrou iniciativa?

Apenas estudar em uma faculdade ou outra não sela seu destino porque o volume de conquistas conta bastante para recrutadores.

Procure se envolver constantemente com pelo menos uma iniciativa (como uma empresa júnior, trabalho voluntário ou um projeto pessoal) e se destacar entre seus colegas.

Isso vale para todos!

Passo 2: Conheça a organização

Antes de se sentar para uma entrevista, aprenda tudo que puder sobre aquela empresa, seus valores, sua área de atuação, sua indústria, sua missão, visão de negócios.

Converse com quem trabalha lá, tire dúvidas com funcionários do departamento de recursos humanos, investigue o cotidiano em sites como LinkedIn, Na Prática e Love Mondays – vá além do que está no Google!

Passo 3: Saiba como se posicionar

Não tem muita experiência? Então capriche mais ainda na narração de experiências anteriores, seja elas de estágios, centros acadêmicos, empresas juniores, associações atléticas, grupos extracurriculares ou voluntariado.

Recomendamos o uso do modelo STAR (que significa Situação, Tarefas, Ações e Resultados).

Estruture sua conquistas – tanto no papel quanto na entrevista pessoal – da seguinte maneira: em que contexto você estava, o que realizou em termos de tarefas, que ações tomou e quais foram seus resultados?

Pense assim: mesmo sendo um profissional novo, o que você já executou acima da média em relação a seus concorrentes?

Passo 4: Prepare-se para as perguntas

E se prepare para as perguntas tradicionais, que exigem autoconhecimento. Em cada etapa da sua vida, qual foi a principal conquista e qual foi o principal erro? O que aprendeu? Quais são seus pontos fracos e fortes? Que feedbacks recebeu?

Pensando nisso, o Na Prática preparou uma websérie especial sobre o tema:

Passo 5: Invista em autoconhecimento

O autoconhecimento não só ajuda a entender quais são as oportunidades que fazem mais sentido para você, mas também melhora sua preparação para os processos seletivos. Um candidato que sabe mais sobre suas motivações, seus pontos fortes e fracos, sempre impressiona os recrutadores e consegue se destacar da concorrência.

Não sabe por onde começar essa reflexão? Existem diversas formas, de livros a retiros, viagens, cursos e workshops dos mais diversos perfis. A Fundação Estudar promove dois cursos de autoconhecimento: o Autoconhecimento Na Prática Online (virtual, e que está sendo temporariamente oferecido de graça com o cupom NAPRATICA_0617) e o Autoconhecimento Na Prática (presencial, e que ocorre em diversas cidades do Brasil).

Além dos cursos, a Fundação Estudar também disponibiliza aos leitores do Na Prática três testes gratuitos de autoconhecimento:

1. Teste de valores

Valores são um conjunto de crenças pessoais que guiam nossas escolhas e avaliações e também influenciam nossa satisfação profissional no médio e longo prazo.

Quando trabalhamos em uma empresa que os compartilha, ficamos engajados – e vice-versa. Ao entender quais são seus valores, você está mais bem preparado para entender sua compatibilidade com diversas oportunidades profissionais. Faça o teste de valores aqui!

2. Teste de estilo de trabalho

Você já deve ter percebido que estilos e culturas de trabalho podem mudar muito entre uma empresa e outra.

Ao entender qual é seu próprio estilo de trabalho – se prefere algo mais informal, orientado para resultados, estável etc. –, você também pode entender em que ambientes estará facilmente alinhado, o que se traduz em uma adaptação mais rápida e uma menor rotatividade. Faça o teste de estilo de trabalho aqui!

3. Teste de personalidade

Este modelo de teste de personalidade traz 5 atributos que se mantém razoavelmente estáveis no longo prazo: extroversão, agradabilidade, diligência, estabilidade emocional e curiosidade intelectual.

É uma medida muito útil na hora de entender seu alinhamento com funções e tarefas específicas de cada trabalho, já que assim você consegue entender melhor se prefere trabalhar em grupos ou sozinho ou como lida com pressão, entre outros insights. Faça o teste de personalidade aqui!

Passo 6: Descubra que habilidades estão em alta

São tantas as habilidades discutidas por aí – melhor investir nas planilhas de Microsoft Excel, mandar bem no SEO ou aprender a resolver conflitos? – que fica difícil saber por onde começar.

Afinal, que habilidades desenvolver para avançar na carreira?

Para encontrar um norte, há uma solução prática: pergunte a quem sabe.

O conselho é de Raphael Bozza, gerente de gente e performance da Kraft Heinz no Brasil: “O mais importante é criar um momento com seu gestor. Chame-o para fazer feedback com você, te direcionar – e faça as perguntas”.

Caso você não tenha um gestor, pergunte para professores, amigos, colegas e profissionais com experiência em sua área de interesse.

O que eles enxergam ganhando importância? O que é essencial dominar? Que habilidades mais usam no dia a dia?

Também é possível fazer uma lista das qualidades que você mais admira em seus modelos profissionais e se questionar, de três em três meses: como pode fazer isso também?

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4 competências para se tornar um grande líder

Quer se tornar um grande líder? Saiba que isso não acontece da noite para o dia, mas é possível preparar o terreno desde cedo.

Pensando nisso, a Fundação Estudar criou programas de formação de liderança para jovens, Liderança Na Prática 32h e Liderança Na Prática 16h, que acontecem em diversas cidades brasileiras.

Para quem quer começar agora mesmo, há quatro competências essenciais:

1. Curiosidade

Não tenha medo de se envolver profundamente com um tema e nem de pedir feedbacks críticos. Humildade e vontade de aprender (às vezes tudo de novo) são determinantes para assumir posições de liderança.

2. Determinação

Não fuja do que é difícil. Considerando um programa de estágio? Cogite aquele que vai te fazer suar a camisa. Qual empresa? Aquela que vai te fazer acordar meia hora mais cedo para pensar no melhor caminho para solucionar uma questão. Saia da sua zona de conforto.

3. Engajamento

Em qualquer área, saber como engajar seu público é essencial. Para entender como vender suas ideias, treine falar em público, debata, exponha-se e aprenda a trazer os outros para o seu lado. Toda prática conta!

4. Insight

Saber como explicar temas complexos de forma simples é uma habilidade muito valiosa. Para simplificar sua leitura de mundo, encontre projetos que exijam muita abstração e poder de síntese (de preferência multidisciplinares) e esforce-se para explicá-los – de novo e de novo. 

Quer aprender com um mestre? Saiba como Elon Musk aprende mais rápido e melhor que os outros!

5 atitudes para conseguir (e manter) um bom estágio

Além de redigir o currículo perfeito e atualizar o LinkedIn, é preciso desenvolver algumas atitudes não só para conseguir como para se destacar num bom programa de estágio.

1. Seja proativo

O que faz um estagiário se destacar é a atitude: querer fazer, correr atrás e ouvir os outros para tentar fazer as coisas. Chegue no horário, cumpra suas tarefas, assuma desafios e se destaque.

2. Busque mentores

As pessoas costumam ser mais abertas à ideia de ajudar o outro do que se pode imaginar. Vá atrás de um mentor e, se não houver ninguém em seu círculo imediato, busque alguém interessante no LinkedIn. Capriche na mensagem de apresentação e explique quem você é, o que admira naquela pessoa e por que ela seria capaz de ajudar em seu desenvolvimento profissional.

3. Pense em desenvolver alguma habilidade em alta

Não faltam listas com as habilidades em ascensão hoje ou num futuro próximo. Conhecimentos básicos sobre marketing digital, bancos de dados, desenvolvimento de software e Microsoft Excel são exemplos atuais.

4. Não mande qualquer coisa para qualquer um

Crie uma lista segmentada por áreas de interesse e pesquise com cuidado. Quais são as principais organizações e suas pessoas-chave? Como funcionam seus processos seletivos e como você pode se preparar? Qual é o tipo de desenvolvimento oferecido pelo programa? O esforço inicial valerá a pena e suas escolhas serão mais certeiras.

5. Saia de casa

Em tempos de internet, o contato pessoal vai longe. Pesquise eventos em sua área de interesse e comece a frequentá-los em busca de informações, exposição e contatos: ir atrás faz toda a diferença.

6 erros para evitar durante o estágio

Depois de conseguir aquele programa de estágio que você tanto desejava, é normal que surja a ansiedade: e agora, como vai ser? O que é esperado de você – e o que você deve evitar?

1. Aguardar instruções para tudo

Evite ficar aguardando ordens o tempo todo e tome iniciativa, traga ideias, proponha mudanças. Responder só quando surge uma pergunta não é uma atitude inteligente.

2. Ter medo de fazer perguntas

Não tenha medo de “incomodar” os superiores com questões: a curiosidade é uma qualidade bem vinda em um estagiário. Lembre-se que você está lá para aprender sobre o mercado de trabalho.

3. Manter uma relação distante com o gestor

Na mesma linha do erro anterior, o medo e a timidez podem impôr distância entre você, seus colegas e seus superiores. Tente vencê-los. Como estagiário, você precisa de ajuda para se desenvolver profissionalmente e construir uma boa relação com chefias será um fator importante durante toda sua carreira.

4. Não se integrar à equipe

Reuniões, almoços e até happy hours são lugares para estagiário, sim! Se esforçar para se integrar – na medida que for confortável para você – é essencial para entender melhor a organização e o ambiente de trabalho, além de ser importante para construir sua rede de contatos e aprender cada vez mais.

5. Não largar o celular

Vai entrar numa reunião? Não leve o telefone. Alguém está falando com você? Não esteja olhando para o telefone! Estar grudado ao aparelho o tempo todo passa uma imagem negativa, então mantenha controle.

6. Esquecer que ainda é um aprendiz

Estagiar e aprender são palavras aliadas, então evite posturas arrogantes e esteja pronto para absorver conhecimentos de quem vive sua profissão no dia a dia – a universidade não consegue ensinar tudo!

Como funciona um estágio de verão (summer internship)

Conhecida também como summer internship ou summer job, essa modalidade, que acontece durante as férias de verão, é cada vez mais frequente no Brasil. Além de oferecer experiência profissional, é especialmente interessante para estudantes de cursos em regime integral que não conseguem conciliar trabalho e aulas.

Se o estágio der certo, podem inclusive voltar para um novo summer na mesma empresa no verão seguinte, e aumentar as chances de ser contratado de fato como um profissional efetivo.

“Ficamos impressionados com quanta gente boa conseguimos ter aqui”, conta Marina Andrade, coordenadora de gente e gestão da Estudar, que organizou seu primeiro programa de estágio de verão no Brasil no início de 2017. “Os summers desenvolveram projetos que de fato criaram melhorias significativas para a organização e mostraram comprometimento na mesma medida que a equipe que trabalha aqui.”

Isabella Ferraz, hoje aluna do segundo ano de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, trabalhou como summer intern da Fundação Estudar entre janeiro e fevereiro de 2017 na área de gestão. 

“A ideia de passar as férias sem fazer algo produtivo não me agradava”, ela conta. Entre os aprendizados, destaca, além de conhecimentos de liderança e lógica operacional, ter visto a importância da motivação para um trabalho bem feito. 

Estudante de engenharia de produção da UFSCar, Luca Ricciardi também começou a buscar um summer no terceiro ano da faculdade.

Era sua primeira busca por um programa de estágio, que acabou realizando na Fundação Estudar e não se arrependeu. “Eu estava louco para entender o que era ter metas, responsabilidades e colocar a mão na massa de fato”, conta.

A Ambev é outra empresa que também promove estágios de verão.

Sua gerente de atração de talentos, Renata Figueiredo, explica que mesmo os calouros são bem vindos (e, nesse caso, as atividades extracurriculares destacadas no currículo contam muitos pontos na hora da seleção).

“Queremos dar oportunidades para quem ainda não consegue fazer estágios”, explica. “O objetivo é dar acesso ao mercado mais cedo, já que nosso programa de estágio corporativo considera somente quem está há um ano e meio de se formar.”

Quem oferece?

Além da Ambev e da Fundação Estudar, outras organizações brasileiras que oferecem esses estágios de férias, também chamados de summer jobs ou summer insternships, incluem Arpex, BTG Pactual, BRF e Kraft Heinz.

Como conseguir um estágio no exterior

Assim como estrangeiros podem estagiar no Brasil, brasileiros também podem estagiar fora do país, como muitos fazem durante intercâmbios acadêmicos.

Podem até não receber um salário (depende da lei de cada nação), mas ganham em experiência e novas perspectivas profissionais.

Não é tão difícil quanto parece, especialmente se você frequentar feiras de estudos e trabalho promovidas pelas instituições acadêmicas e conversar com profissionais e professores daquele país.

Como moram lá, são eles que vão entender melhor como funcionam estágios e processos seletivos e serão ótimos guias para as melhores oportunidades.

Embora currículos sejam similares mundo afora, é sempre bom pesquisar caso a caso para adaptar o seu conforme for necessário e seguir algumas dicas básicas de currículo internacional, como evitar o tradutor automático.

Escreva também uma carta de apresentação, que ensinamos como fazer aqui. Ela vai ser uma introdução dupla: além de explicar quem você é, explica também o contexto dos nomes que aparecem no seu currículo, que podem ser desconhecidos fora do Brasil.

Em seguida, pesquise as oportunidades disponíveis (que se concentram nas férias de verão) e aplique!

Matheus Tomoto estava nos EUA como bolsista do programa Ciência Sem Fronteiras e conseguiu um estágio no laboratório do famoso Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Abaixo, ele conta como conseguiu sua vaga:

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