A entrevista reversa (ou invertida) é entendida como o momento pelo qual o candidato tem a oportunidade de assumir o papel de entrevistador em um processo seletivo. Embora essa etapa da seleção costume ser ocupada quase que integralmente pelo recrutador, quem nunca ouviu: você tem alguma pergunta?
Mas que tipo de dúvidas é possível ter? A resposta é qualquer uma, mesmo que elas tenham surgido durante a conversa. Além disso, é importante lembrar que muito provavelmente o recrutador está falando com outros candidatos.
Assim, por meio de testes aplicados, perguntas padronizadas e outros critérios, ele consegue ter uma visão ampla e tem mais facilidade para fazer a comparação de perfis. Junto a isso, o entrevistador conhecimento histórico e do dia a dia da empresa.
Em contrapartida, dificilmente o candidato dispõe de informações privilegiadas da companhia – a não ser que conheça alguém interno e ainda sob a possibilidade de ter uma visão limitada a determinada área e/ou função. É por isso que a entrevista invertida deve ser usada como uma ferramenta para os candidatos sempre que houver a oportunidade.
Uma boa entrevista que culmina na contratação de um profissional dificilmente é baseada apenas em testes de personalidade e avaliações de habilidades e competências. Afinal, conforme aponta Dilip Saraf, coach de carreira e liderança, o recrutador também visa saber o quanto o candidato entende as necessidades da empresa.
Em um artigo publicado no LinkedIn, ele destaca que os candidatos devem sempre fazer uma extensa pesquisa sobre as empresas de interesse. E, assim, ter informações e perguntas que mostrem uma visão aguçada na área em que está sendo entrevistado.
“São as perguntas perspicazes que você faz em sua própria área de interesse, que mostram a profundidade de seu pensamento de liderança. Além disso, são as perguntas que você faz sobre as áreas adjacentes de interesse que destacam a amplitude de sua liderança”, afirma Saraf.
Deste modo, um processo de entrevista reversa bem-sucedida inclui não apenas as perguntas que você, como candidato, faz ao entrevistador. Ao levantar questionamentos pertinentes à posição pretendida ou sobre a organização, é demonstrado a maneira como você encara o processo seletivo e o quão interessado e preparado está para o desafio.
Estar tão preparado quanto o recrutador é uma oportunidade de impactar no processo de entrevista. Pois, além de permitir que o candidato vá preparado para entender o necessário para tomar uma decisão, também mostra à empresa o que ela deveria saber, mas não perguntou.
Sobre o assunto, o Na Prática compilou 3 passos essenciais para os candidatos que estejam preparados para a entrevista de emprego e a invertida:
É bastante comum que, ao se deparar com a oportunidade de fazer perguntas, o entrevistado se concentre basicamente em questões sobre rotina, atribuições e benefícios. São questões importantes, porém limitadas quando se pensa no todo.
Por isso, para realmente entender a vaga pretendida, o ideal é que o candidato outros dois pontos importantes: a equipe e também a empresa. Para começar, é um erro acreditar que o desenvolvimento profissional da pessoa contratada está unicamente centrado em sua função. Porém esse não é único componente dessa importante equação.
Assim sendo, é importante formular perguntas cujas respostas sejam capazes de nortear se o ambiente (função + equipe + empresa) estão de acordo com as suas pretensões de carreira.
Perguntas como “qual é a cultura da empresa?” ou “qual é a visão estratégica para os próximos dois anos?” são boas, porém dificilmente levarão a algum lugar especial. Além de serem genéricas, dificilmente ajudarão o recrutador a ter uma percepção diferente sobre o entrevistado.
Em vez disso, adote as seguintes estratégias:
Se você fizer uma pergunta durante a entrevista reversa a qual não recebeu uma boa resposta – por falta de aprofundamento, por exemplo –, vá mais fundo. Algumas frases simples para ajudar a levar o recrutador a fornecer mais informações. Vejas alguns exemplos:
Caso o entrevistador não queira responder, é preciso explicar por que a questão é importante no contexto da vaga. É claro que há situações em que o recrutador pode não saber detalhes técnicos da função. Neste caso, o indicado é perguntar quem seria a pessoa que poderia responder sobre essa informação.
Até aqui foi possível desenhar estratégias para formular boas perguntas que devem ser usadas durante as entrevistas de emprego. Ainda assim, separamos outras questões para inspirar. Mais uma vez, porém, é importante destacar que elas precisam fazer sentido para a oportunidade pretendida.
A seguir, reunimos uma lista de perguntas para serem usadas em entrevistas invertidas. Porém, lembre-se: elas precisam ser contextualizadas para a vaga e/ou função. Confira!
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