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De inspeções do Exército a fretamento de navios para Rússia, veja o dia a dia de operações e vendas em uma empresa química

Homem sorrindo
marcelo operacoes nitorquimica

Uma mistura de vendas e operações, com algumas visitas de inspeção do Exército e muitos voos internacionais para Europa e Oriente Médio. Atual gerente de mercado internacional de uma grande empresa especializada em resina química, com clientes em mais de 70 países, Mauricio Gentile encara sua rotina intensa com calma.

“Quando era jovem, fui percebendo que meu desejo era ser o diretor ou o presidente da empresa, e que as pessoas que chegaram lá só o fizeram depois de passar por diversas áreas”, lembra. Virou um plano. Aos 32 anos e formado em Administração com pós graduações em Finanças e Marketing, trabalhou com projetos, logística, análise financeira e vendas internas e externas nas empresas DuPont e AkzoNobel.

Se cuidar de operações não era novidade, combinar as duas coisas com uma série de outros malabarismos específicos de produtos químicos é um desafio. “Busquei a área comercial porque é algo mais interessante para adquirir experiência em negociações, meu nicho de carreira”, diz.

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Rotina Maurício prospecta clientes e negocia a venda do produto em grande escala para indústrias, mas não raro é preciso enviar uma amostra menor antes de assinarem o contrato. Isso envolve a mesma rota de contatos que os pedidos fechados: ele trata com o backoffice, com a fábrica, com a companhia marítima, com os colegas de operações e com o cliente, direta e diariamente.

Tanto para amostras quanto para encomendas, é necessário organizar os cronogramas de produção (a fábrica brasileira nunca para), logística (qual navio, que tipo de embalagem e quantos containers), desembaraço portuário (diferentes regras se aplicam na Holanda e na Espanha, por exemplo) e entrega (que às vezes inclui logística por terra).

“Tenho que garantir que o produto chegará na data exigida e tudo isso precisa ter licenças do governo: do Exército, para exportar, para preparar para a alfândega e para os agentes locais”, diz.

E se o cliente russo precisar que o produto chegue em 2 de maio e não duas semanas depois, por exemplo, cabe a Maurício encontrar caminhos, como buscar navios disponíveis. “É uma estratégia de vendas.”

Para que a situação se mantenha sob controle, a empresa exige pelo menos dois meses de antecedência, um para produzir e outro para embarcar – o produto chega uma semana antes ao porto e leva cerca de 20 dias no mar. “Tem cliente que faz encomendas até o final do ano e esse é o melhor dos mundos, quando amplio a carteira de vendas e vou compilando as informações”, diz.

Desafios Para entender melhor seus clientes e as rotas, Mauricio passa quase metade do tempo viajando. É algo útil para resolver problemas, como fez recentemente na Espanha. Os produtos costumam embarcar em tambores de 100 quilos e um comprador pediu que a empresa pagasse o equipamento para iça-los até um mezanino, já que seus funcionários não conseguiriam deitá-lo sem isso. Ele sugeriu a outra opção de envio: caixas de 25 quilos. “Há casos que valem a viagem.”

Para ele, que reconhece que sua função é peculiar, falta da presença in loco e do contato direto com o consumidor é uma lacuna da área de operações em geral. “Quando as pessoas de  operações não viajam e não conhecem os portos, ficam engessadas e presas na papelada, é comum dizer que não dá”, diz. “Já o vendedor entende o mercado como um todo e precisa ter cabeça aberta e flexibilidade.”

Ao lado de comprometimento com a data de entrega, compromisso acima de todos os outros, flexibilidade é uma das competências mais importantes na área. Saber ouvir e buscar soluções, tentando inovar seja na produção por homem/hora ou na maneira de transportar as caixas, é outra necessidade.

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Inove quando puder Maurício cita uma operação no Chile, em que cortaram custos ao encher o caminhão de maçãs no caminho de volta – assim ele não voltava vazio e reduzia custos terrestres. “Mas tem quem economize tanto em custos que não vende”, adverte.

Tais dualidades – corte de custos vs. gastos, inovação vs. tradição, flexibilidade vs. rigidez – não devem ser levadas de maneira leviana, já que estão ainda mais expostas na área de operações, em que os resultados são rapidamente percebidos. “Tanto o erro quanto o sucesso são muito visíveis”, diz Maurício. “É impossível que uma pessoas de operações não tenha reclamações, mas você precisa minimiza-las.”

Apesar de toda a complexidade de uma operação transnacional com um produto perigoso, suas maiores dificuldades foram aprender os passos burocráticos da exportação no Brasil e seguir aprimorando as relações interpessoais.

“É preciso saber lidar com as pessoas, que é algo que a gente aprende na prática e nos cabe desenvolver como seres humanos”, diz. “As pessoas precisam se expôr e se comunicar, não só mandar e-mail, como fazem muitos jovens – liga e vai lá na mesa da pessoa!”.

Inscreva-se em palestra gratuita sobre pós-graduação em Harvard

Logo da Harvard

O Estudar Fora, em uma parceria com a Fundação Lemann, realizará no dia 21 de junho, às 19 horas, uma sessão informativa presencial sobre oportunidades de mestrados na área de Educação na Universidade Harvard, nos Estados Unidos – instituição que está sempre no topo dos rankings universitários internacionais.

Profissionais da área de educação e estudantes que desejam saber mais sobre possibilidades de pós-graduação no setor poderão tirar todas as suas dúvidas no evento, que será realizado parcialmente em inglês. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui até o dia 19 de junho (domingo). Os inscritos receberão até o dia 20 de junho um e-mail de confirmação.

Representantes e ex-alunos da Harvard Graduate School of Education vão explicar as principais oportunidades de pós-graduação na instituição, como funciona o processo seletivo e como concorrer às bolsas de estudo da Fundação Lemann. Além disso, irão dar dicas de como tornar a sua candidatura mais competitiva.

Anote na agenda:

Sessão Informativa gratuita sobre Pós-Graduação em Educação
Data: 21/06
Horário: 19h
Local: Instituto Singularidades (Rua Deputado Lacerda Franco, 88 – Pinheiros – São Paulo)
Inscrições: até o dia 19/06

Increva-se aqui

 

Este artigo foi originalmente publicado em Estudar Fora, portal de estudos no exterior da Fundação Estudar

5 cursos gratuitos para ajudar a formar empreendedores

Macbook em cima da mesa

Se alguém disser para você que empreender é como passear em um parque, pode ter certeza: essa pessoa não sabe do que está falando. A não ser que ela tenha se esquecido de acrescentar dois detalhes: que é como passear em um parque desconhecido e, por vezes, assombrado. Aí, sim, a analogia faria mais sentido.

O ato de empreender tem tudo a ver com a exploração de um novo território – e com os riscos que isso implica. Não adianta se basear só na experiência de quem já se aventurou por aí: essa experiência é fundamental, sem dúvida, mas existem descobertas que você fará sozinho(a). Os aprendizados de outros empreendedores vão te ajudar a se preparar para alguns desafios, só que é aquela história: eles são eles, você é você. Com suas próprias habilidades e limitações, com sua própria forma de encarar os fantasmas que geralmente tiram o sono de quem empreende.

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Felizmente, além do testemunho de quem já enfrentou essas ameaças, existem instrumentos que podem te ajudar a superá-las. São cursos totalmente online e gratuitos para você entender que não se tratam de nada além disso: meras assombrações. E que, vindas das sombras, não podem resistir à luz do conhecimento (aplicável).

Vamos conhecer algumas delas, e os cursos certeiros para combatê-las:

1. O temível cliente desconhecido

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Uma figura espectral, sem perfil nem vontade definidos, e a qual, por isso, você não faz ideia de como abordar. É, não conhecer bem o público que consome seu produto ou serviço pode ser mesmo assustador.

Mas existe um curso criado exatamente para resolver esse problema. É o Como Construir a Empresa Certa para os Clientes Certos.

Com ele, você vai aprender a identificar as verdadeiras dores e as necessidades não satisfeitas dos clientes. São cerca de seis horas de vídeo-aulas com Steve Blank, empreendedor do Vale do Silício. E se o seu inglês não está tinindo, não se preocupe: tem legendas em português.

Pode acreditar: depois desse curso, o cliente desconhecido não vai mais tirar seu sono!

2. O medonho descontrole financeiro

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Perder o controle sobre as finanças é um dos maiores medos dos empreendedores. Se você é vítima disso, não se preocupe: é perfeitamente normal que você pode entenda tudo sobre um produto, um serviço ou um mercado específico, mas nada de planilhas ou cálculos.

E para te ajudar a entender, existe o curso Finanças Básicas para Empreendedores. Com ele, você aprende a pegar esse touro pelos chifres, controlando as entradas e saídas do seu caixa e garantindo a saúde financeira da sua empresa. Neste caso, as vídeo-aulas são ministradas pelo mentor Endeavor Marcelo Nakagawa, verdadeiro craque no assunto. São mais ou menos quatro horas de conteúdo totalmente online e grátis.

3. O abominável retorno sobre os investimentos em Marketing

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As ferramentas de Marketing podem ser poderosas aliadas da sua empresa – desde que bem conhecidas e utilizadas. Do contrário, você corre o risco de investir tempo e dinheiro em esforços infrutíferos, o que pode ser letal para sua gestão. Não é apavorante?

O curso Introdução ao Marketing para Empreendedores atua exatamente nessa questão. Aqui você aprende a definir sua estratégia de Marketing, a posicionar sua marca e a conquistar mais clientes. Ou seja, o curso joga luz em uma área que pode ser para lá de assombrada.

São pouco mais de quatro horas de vídeo-aulas ministradas por Leonardo Filardi, especialista em negócios de alto crescimento.

4.  O assustador funil de vendas 

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Imagine a situação: você tem uma vaga ideia de como é a jornada de compra do seu consumidor, mas ainda não consegue encaixá-lo em um funil de vendas. Ou seja, ele não está totalmente fidelizado e pode correr para os braços da concorrência. Uma perspectiva angustiante e aflitiva, não?

Ainda bem que você pode contar com o curso Como Aumentar e Gerencias Suas Vendas para evitar essa situação. Com as quatro horas de vídeo-aulas, você vai aprender a estruturar uma estratégia de vendas para alavancar receitas e garantir maior satisfação dos clientes. O conteúdo é ministrado pelo especialista Thiago de Carvalho.

5. A amedrontadora incerteza sobre como crescer

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Se você está ansioso para avançar nos negócios mas não construiu uma estrutura sólida para crescer, esse próximo passo pode causar problemas.

E para resolvê-los, foi criado o curso Como tornar seu negócio escalável e inovador, que ensina como inovar e criar um negócio com alto potencial de crescimento.

São cinco horas de vídeo-aulas com conteúdo totalmente aplicável, ministrado pela especialista Camila Key.

Enfim, esses cursos são algumas armas para te ajudar a combater monstrinhos que vivem causando ansiedade em quem empreende. O importante é adquirir conhecimento e botar para fazer. Porque só assim você vai descobrir sua própria forma de vencer esses medos. Boa sorte!

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Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor

A mulher que libertou mais de 2 mil escravos em pleno século 21

Mulher olhando para camera

Graças aos esforços de uma única brasileira, 2.354 pessoas foram libertas da escravidão desde 1995, um século depois da assinatura da Lei Áurea. Essa brasileira é Marinalva Dantas, auditora do trabalho e uma das maiores referências do país no combate à escravidão moderna e ao trabalho infantil.

As histórias dessa mulher e dessas causas se misturam e estão contadas no livro A Dama da Liberdade, lançado em 2015, também ano do aniversário de 61 anos de Marinalva. Foi escrito pelo jornalista Klester Cavalcanti.

A história de Marinalva teve uma influência crucial em sua carreira. Nascida em uma família muito pobre, em Campina Grande (PB), passou os três primeiros anos de vida em uma casa sem luz, água encanada ou esgoto. Por dentro, não havia banheiro ou paredes entre os quartos. Devido a uma crise grave de lombriga, foi levada à casa dos tios que tinham uma condição financeira melhor e acabou sendo criada por eles, em Natal (RN). Isso permitiu que Marinalva tivesse uma infância decente, bem diferente do que teria vivido se continuasse com seus pais.

Aos dez anos, foi visitar a família e reencontrar a mãe que já não reconhecia. Essa visita mexeu muito com ela, como contou em entrevista ao Blog ÉPOCA AMAZÔNIA. “Me dei conta de que era privilegiada e gostaria que todas as crianças – principalmente meus irmãos – tivessem um pouco do que eu tinha: a possibilidade de brincar e de estudar”. A experiência foi uma das bases para que ela crescesse como uma defensora dos mais fracos – como se define.

Marinalva entrou na faculdade de direito e passou em um concurso público para auditora fiscal do trabalho, em 1984. Pouco mais de dez anos depois, ingressaria nos primeiros grupos que saíram à caça de fazendas que mantinham trabalhadores em condições degradantes e sem direitos trabalhistas. Segundo levantamento apresentado no livro, os casos mais comuns de trabalho escravo estão em fazendas de pecuária (29% dos casos registrados pelo governo federal) e cana-de-açúcar (25%). Dezenove por cento estão em fazendas com outras lavouras, como algodão. Os estados com mais casos são da Amazônia Legal: Pará (12.761 de escravos libertos desde 1995) e Mato Grosso (5.953). O perfil desses escravos explica sua vulnerabilidade: 62% são analfabetos e 27% estudaram no máximo até a 4ª série.

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Como auditora do trabalho, enfrentou situações adversas e encontrou um cenário triste de constatar que ainda exista no Brasil. Viu fazendas em que os agricultores dormiam todos em um galpão, sem banheiro ou qualquer condição sanitária adequada. A comida era sempre escassa e quando ganhavam carne, eram sempre os piores pedaços, cheios de gordura e mal conservados. Em Marabá (PA), encontrou pedaços de carne que seriam consumidos no dia seguinte e estavam ao relento, infestados de moscas e em toras de madeira. A coloração quase preta do alimento a impressionou naquele dia.

Marinalva viu muitas crianças passando fome. E costumava dar a elas os alimentos que tinham no carro dos auditores do trabalho e da polícia federal. Encontrou um homem escravizado há dezenove anos e um menino que não sabia sua idade, pois nunca havia comemorado um aniversário. Questionado se tinha tempo para o lazer, esse menino respondeu que às vezes brincava de desmontar e montar a motosserra “cheia de pecinhas dentro”. Como conta uma passagem do livro, a auditora não sabia o que era mais triste: a criança não brincar por falta de tempo e de energia após um dia intenso de trabalho ou ter como brinquedo o mesmo equipamento que lhe roubava a infância.

Nem sempre era fácil se conter. Em muitos capítulos do livro A Dama da Liberdade, Marinalva é retratada como uma mulher forte, porém emotiva, que se comove e se revolta com o que encontra pela frente. Um dos poucos momentos em que chorou diante de um ex-escravo foi quando ele lhe contou que havia sido espancado por ter pedido um pouco de água limpa. A que tinha para beber vinha de um córrego e era amarela e barrenta. O chefe mandou que um peão, escravo como ele, fosse o autor das pancadas.

A luta de Marinalva a tornou uma personalidade conhecida. Ao longo dos anos apareceu em reportagens e deu inúmeras entrevistas. Descobriu casos de escravidão em fazendas de homens poderosos, como o deputado estadual do Rio de Janeiro Jorge Picciani. E, em 2002, a Polícia Federal encontrou em Marabá uma lista com nome de pessoas que deveriam ser executadas a mando de fazendeiros da região. Marinalva Dantas era um deles. Meses antes, ela comandara uma operação em uma fazenda de pecuária na região.

Em 2004, Marinalva foi para Brasília ser diretora da Divisão de Articulação de Combate ao Trabalho Infantil. O cargo mais burocrático do que prático não a agradou e ela voltou a Natal, onde até hoje é auditora. Olhando para trás, vê que a dedicação total à carreira teve impactos grandes também em sua vida pessoal, como o fim do casamento, desentendimentos com os filhos por passar tempo de mais viajando e até uma síndrome do pânico.

Apesar de tudo isso, o trabalho a realizou sempre.

Hoje, espera que todo o esforço tenha levado mais conscientização aos brasileiros para que não aceitem as barbaridades cometidas com trabalhadores sem direitos. E se diz uma otimista em relação ao fim da escravidão de uma vez por todas no país. “Eu não combatia o trabalho escravo e infantil até saber que isso existia. Depois que você descobre, quer que acabe. Não dá para aceitar que isso ainda aconteça na geração de nossos filhos e netos”.

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Confira abaixo trechos da entrevista que Marinalva concedeu ao Blog ÉPOCA AMAZÔNIA.

A senhora nasceu em uma família pobre, mas foi criada por tios com uma boa condição financeira, foi à faculdade e seguiu uma carreira voltada aos direitos humanos, principalmente dos mais pobres. Sua história pessoal influenciou essa escolha?

O fato de eu ter vindo da pobreza influenciou muito minha carreira. Fui morar com meus tios em Natal com apenas três anos, então, não tinha lembranças da minha vida anterior. Apenas aos 10 anos retornei a Campina Grade e reencontrei minha mãe, que eu nem reconhecia mais. Cresci em um ambiente de opulência e ver a casa da minha família foi chocante. Quando cheguei à cidade, fiquei feliz de ver muitas crianças que poderiam brincar comigo. Mas a maioria delas precisava trabalhar para ajudar a família. Faziam sapatos, potes de barro, carregavam água ou ajudavam no comércio, por exemplo. Me dei conta de que era privilegiada e gostaria que todas as crianças – principalmente meus irmãos – tivessem um pouco do que eu tinha: a possibilidade de brincar e de estudar.

Já adulta, ouvia histórias de homens que deixavam as famílias para trabalhar em outros estados no Norte e do Nordeste e não voltavam mais. As pessoas acreditavam que eles encontravam outras mulheres e tinham outros filhos. Na primeira vez que entrei em uma fazenda e vi os escravos que há anos não podiam voltar pra casa, senti uma grande revolta. Aqueles pais nunca abandonaram seus lares. Estavam lá sem escolha. Isso me motivou a fazer o que fosse possível para acabar com essa situação.

Como é possível que, mais de 120 anos depois da abolição da escravidão, ainda persista esse regime de trabalho no Brasil?

Isso se sustenta porque é muito lucrativo. Esses senhores de escravos ficam mudando de estratégia para burlar a lei, enganar a polícia e os consumidores. Há por exemplo, fazendeiros que assinam a carteira de trabalho das pessoas, mas não seguem qualquer norma de trabalho. É só o papel que está lá. Acham que assim não poderão ser enquadrados como empregadores de escravos.

Enquanto eles puderem manter isso, vão fazer. Já fui a uma fazenda exportadora que nunca tinha registrado nenhum empregado e sonegava muitos impostos. Então, o dono fica apenas o lucros, sem nenhum encargo. Para muitos donos de terra, a estratégia é dizer que não sabiam de nada. Que era o gerente quem cuidava dos outros funcionários. Então, nosso trabalho é ligar os pontos entre o proprietário da terra e os escravos.

Você sofreu ou sofre muitas ameaças pelo trabalho combativo?

Sim. Até hoje. Nesse final de semana mesmo, estava em uma feira livre com a equipe da tevê Globo mostrando crianças e adolescentes trabalhando nas barracas. Isso é trabalho infantil, é proibido. Alguns feirantes mandaram a gente sair de lá, dizendo que tinham muitas facas. Quando disse que eles tinham mão de obra ilegal, me responderam que se esses jovens não estivessem ali, estariam no tráfico. É uma ignorância da parte deles pensar assim.

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Este artigo foi originalmente publicado em Época Negócios

Caindo no Brasil: a jornada do jovem Caio Dib pela educação brasileira

Homem de terno falando no microfone

Entre 2013, Caio Dib caiu na estrada. Fez as malas em São Paulo, voou até Belém e desceu de volta de ônibus, parando em 58 cidades ao longo de cinco meses. A viagem acabou virando a organização Caindo no Brasil, que busca iniciativas de educação inspiradoras pelo país e também atua como consultora para empresas e institutos.

Três anos depois da jornada, com uma rede de contatos fortalecida e um livro publicado, Caio garante que encontra novas práticas educacionais o tempo todo sem sair da cidade. “Existe muita gente boa trabalhando com educação”, diz. “E se antigamente eu achava que estava sozinho nisso, hoje sei que somos muitos.”

Jornalista por formação, sempre se interessou pelo tema. Quando trabalhava em uma editora de educação, no entanto, começou a questionar a abordagem geral. “Criávamos soluções para problemas que nós imaginávamos que eram problemas”, lembra. “Praticamente não existiam serviços com base no usuário ou design thinking.”

Foi só no emprego seguinte, atuando em marketing digital, que veio a ideia. “Estávamos falando sobre viagem e caiu a ficha: se o melhor jeito de saber é estar na rua, o melhor jeito de estar na rua é viajando.”

Em casa, pegou um atlas, circulou mais de 70 cidades pelo país e contou quanto dinheiro tinha guardado. Caio assume que o planejamento foi meio aleatório. Entraram na lista cidades importantes, históricas, berços de projetos famosos de educação ou aquelas com nomes engraçados. (O nome do município de Russas, no Ceará, ainda o faz rir.)

“Dicas me ajudaram a me sentir seguro, mas não valiam muito no chão. Então eu perguntava às pessoas locais se elas conheciam boas iniciativas de educação e elas conheciam muito mais que qualquer um”, lembra ele, que montou uma página no Facebook para relatar a viagem.

Descobertas Aos poucos, conforme Caio descobria o país e se encantava com a criatividade dos brasileiros, a viagem tomou forma de jornada.

Um de seus exemplos favoritos vem de São Luís do Maranhão, onde Deisy, então monitora de museu, contou sua história. Criada em uma comunidade carente, ela havia frequentado uma escola pública em que tudo faltava, de merendas dentro da data de validade à segurança. Mesmo assim, formou-se na universidade e tornou-se professora.

Quando chegou na escola, parecida com a sua, conheceu um aluno problemático que levava bebida alcóolica para a sala. Não era segredo, mas até então era inevitável. Sabendo que precisava fazer algo conquistar seu respeito, Deisy pegou a garrafa e deu um gole. Os alunos ficaram estupefatos.

Leia também: Entrevistamos a cofundadora do Ensina Brasil, que quer atrair jovens talentos para a educação

No dia seguinte, começaram a respeita-la e entender que poderiam se identificar com ela – ali, todos compartilhavam trajetórias similares. Anos depois, Deisy encontrou o antigo aluno-problema estudando na universidade.

Também no Nordeste conheceu o Programa de Educação em Células Cooperativas (PRECE), iniciativa cearense que começou simples e se tornou política pública estadual. “Não existiam professores na cidade, então um adulto teve a ideia de criar um grupo de estudos em que cada um dava aulas sobre o que mais sabia”, explica. O grupo não só terminou ensino médio como entrou na universidade.

De volta a São Paulo – “e morrendo de medo de não conseguir me readaptar” –, Caio tinha uma enorme vontade de espalhar o que tinha aprendido. Aceitou mais de cem convites para dar palestras pelo país e decidiu escrever um livro com as treze melhores histórias.

Mergulhou na pesquisa, leu artigos científicos e mestrados, re-entrevistou pessoas-chave e  arrecadou mais de R$ 30 mil em um crowdfunding para bancar a publicação. Concluída, a obra, que pode ser lida online, foi parar nas mãos de gente como Fernando Haddad, prefeito de São Paulo.

“O mais importante é saber como trazer e adaptar essas ideias para a sua própria realidade, de maneira que tenham sentido para você”, resume.

Trilha Descoberta a vontade de empreender, faltava colocar uma organização de pé. “Se eu quero mudar a educação, não iria conseguir fazendo isso de noite ou no fim de semana”, diz Caio.

Para criar um negócio com propósito e usar suas habilidades jornalísticas, decidiu oferecer serviços em duas frentes. A primeira é a produção de conteúdo. “Nosso desafio é entregar um relatório de impacto para investidores sem que seja algo proforma, que tenha uma narrativa boa e que fale sobre o projeto de uma maneira gostosa”, explica.

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A segunda é a consultoria ativa, em que Caio dá aulas. Atualmente, atua na Escola Santi, criando uma nova cultura de educação livre para garotos de 10 a 13 anos, e no Lab Educação, onde trabalha para ativar uma rede de professores inovadores.

Outro de seus projetos atuais tem potencial para aumentar sua visibilidade país afora. Trata-se de um projeto para o Transforma, braço de educação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que comissionou material multimídia sobre as transformações que o esporte pode causar dentro das escolas.

Caindo no Brasil - 1
[acervopessoal]

Atualmente, a Caindo no Brasil tem dois funcionários, mas pretende crescer cerca de 15% até o fim do ano e criar uma rede de mentores. O escritório, frisa o fundador, é a cidade. “É onde as coisas acontecem”, diz ele, que marca pelo menos três cafés por semana para trocar ideias e fazer contatos.

Futuro A importância do networking é enorme para Caio, especialmente quando se trata de conversar com outros empreendedores e sanar suas dúvidas – como metrificar as coisas que faz ou medir impacto, por exemplo? “Acho que temos que nos falar mais, nos ver mais!”, diz. “Todos saímos mais ricos.”

A questão de fortalecer ecossistemas e redes também é crucial. A falta de professores em eventos de educação, por exemplo, é algo que o incomoda bastante. “É uma dor, mas estamos tentando traze-los mais para perto”, diz ele, que interage com professores, empresas, institutos e alunos. “Em alguns eventos, consigo colocar todo mundo no mesmo lugar e levar uma coisa de um ator para outro. É um trabalho de formiguinha, mas é o diferencial.”

Apesar de todos os obstáculos – o gargalo de infraestrutura, para citar um fator, resulta em 60%  das escolas sem saneamento básico e 10 mil sem luz elétrica –, Caio é um otimista infatigável. É capaz de criar uma função para cada interessado, de arquitetos e engenheiros (“é fundamental repensar a escola como estrutura”) a administradores (“falta cuidar do dia a dia dos projetos”).

Acima de tudo, no entanto, é alguém que destaca a importância de praticar a empatia e criar um senso de urgência. “Se ficarmos de picuinha, estamos todos perdendo tempo”, diz. “E é inaceitável que exista uma única pessoa fora da escola no Brasil hoje.”

Como ser contratado por empresas como Rede Globo, Burger King, Itaú e Bain & Company?

Quer saber como ser contratado pela empresa que você sonha? Conversamos com jovens talentos contratados por quatro das empresas mais disputadas pelos universitários e recém-formados: Itaú Unibanco, Burger King, Heinz, Rede Globo e Bain & Company.

Em comum, eles assinaram contratos depois da participação na Conferência Na Prática, evento de carreira gratuito organizado pela Fundação Estudar e que conecta jovens talentos com as melhores empresas e oportunidades de trabalho.

No momento, duas edições do evento estão com inscrições abertas: a de Gestão Empresarial, que será realizada no dia 31/6, e a de Mercado Financeiro, marcada para dia ⅛ – ambas em São Paulo. As inscrições podem ser realizadas até dia 11/6,.

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A seguir, veja as dicas e aprendizados que esses jovens compartilharam sobre como se apresentar para a empresa de seus sonhos e aproveitar melhor a conferência:

Rebekka Samson, contratada como trainee pelo Itaú Unibanco

Quando o assunto é carreira, eu sempre comento sobre a Conferência Na Prática com os meus amigos. Foi um momento único, os insights e ferramentas que encontrei lá realmente me fizeram dar um salto: fui aprovada no programa de trainee do Itaú Unibanco!

No dia, eu cheguei lá com todas as dúvidas e inseguranças possíveis. O ponto principal para mim foi o bate-papo com os coaches, que mostraram o quanto era importante ter segurança sobre a minha própria trajetória e como minhas inseguranças tornavam o meu discurso negativo. Também conversei pela primeira vez sobre autoconhecimento.

Se eu pudesse dar uma dica para os participantes desse ano, acredito que seria sobre aproveitar para colocar na mesa todas as suas dúvidas, e não fingir ser nenhuma personagem. Foi essa sinceridade que me permitiu dar o meu salto.

Quando falei com a equipe do Itaú Unibanco, conheci uma das responsáveis pelo programa de trainee. Fui convidada para a entrevista final. Me preparei, me conheci, venci inseguranças e dei o meu primeiro grande salto. Em dezembro recebi a ligação informando que eu havia sido aprovada para a área de finanças. Foi sensacional!

Eu desejo aquela sensação para todo mundo. Não foi só a aprovação que me deixou feliz, foi ser escolhida pela empresa que eu escolhi. Isso faz toda a diferença.

Patricia Gomes, contratada pelo Itaú Unibanco

Para qualquer processo seletivo de mercado financeiro, a dica mais importante é estar sempre antenado no que está acontecendo no mundo e principalmente no próprio mercado financeiro. Por ser um ambiente dinâmico, afetado por muitos fatores, é importante que o candidato tenha um jogo de cintura e possua esta característica.

Arthur Lisboa, contratado pelo Burger King

Não estaria contratado se não fosse pela Conferência Na Prática. O evento me deu a visibilidade necessária para chamar a atenção dos recrutadores de algumas empresas, dentre elas a Burger King, que é onde estou hoje. Ensaiei bastante para minha apresentação, e tenho certeza que valeu a pena.

Minha dica é para os participantes não se preocuparem com o nervosismo! As conversas são informais e, por vezes, com várias pessoas ao mesmo tempo. A timidez pode te fazer perder oportunidades de conhecer tudo sobre cada companhia.

Antecipe-se avaliando quais empresas te atraem mais, mas não se feche para novas oportunidades. Quando estiver conversando com os recrutadores, pergunte sobre tudo: valores, história da companhia, presente e visão de futuro!

Eu, por exemplo, nunca havia pensado em trabalhar na Burger King, mas após cinco minutos de conversa e a compreensão dos planos da empresa, já estava perguntando “Que dia começo a trabalhar com vocês?”.

Felipe Scott, contratado como trainee talento pela Heinz

Já participei de dezenas de processos seletivos, inclusive várias finais, mas a Conferência Na Prática foi um experiência única. Uma revolução nos processos seletivos.

Eu me planejei para falar sobre minha trajetória, passei por valores, conquistas e sonhos. Tentei ressaltar o essencial para vender meu peixe. Minha dica é: monte um discurso simples e coerente com o que sonha. Já sabe o que quer? Vai pra cima!

Além disso, a conferência me deu o networking e as ferramentas para buscar o que era meu. O pulo do gato foi uma dica dada por um dos consultores presentes no evento: “Se a empresa que você quer não te contatou, use o óleo de peroba e vá atrás dela. Quantas pessoas batem lá para mostrar interesse? Quantas pessoas mandam email com currículo? Quem você acha que é lembrado?”

Segui esse protocolo e virei estatística. Engordei a fatia dos contratados só depois de bater na porta sem ser convidado.

Felipe Rocha, contratado pela Rede Globo

A Conferência Na Prática me elevou à enésima potência. Encarei o jogo como final de campeonato, pois sabia que estar ali, em meio aos gestores e recrutadores das maiores empresas do país, era uma oportunidade que devia ser explorada com a maior energia possível.

Eu cheguei no evento preparado, com entusiasmo e vontade de vender o meu peixe. Pouco tempo depois da conferência, eu estava contratado pela empresa em que estou hoje, a Rede Globo.

O engraçado é que, no início, a Globo sequer estava no meu radar. Foi só no fim do evento que eu resolvi sentar na mesa da empresa para ouvir sobre o papel que eles imaginavam para os jovens lá dentro. Houve uma empatia na hora! Daí coloquei as cartas na mesa, falando sobre minha trajetória e minhas expectativas de carreira, sempre explorando um discurso que eu havia ensaiado.

Para elaborar essa minha apresentação, utilizei a metodologia de competências, focado em uma combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes. A partir daí construí um discurso objetivo que englobava os principais pontos da minha trajetória, sem entrar naquele vício de ficar elencando itens do currículo, o que é um erro comum de muitos candidatos. Eu tinha em mente que, mais importante do que expor as minhas experiências, era mostrar o que elas acrescentaram a minha vida e como elas ajudaram no meu desenvolvimento.

Minha dica é para os participantes se prepararem. O improviso também tem seu charme e espaço, é claro. Mas é muito importante construir um bom discurso sobre si próprio, estudar as empresas que vão estar presentes e, claro, estudar sobre você mesmo. Tenha na ponta da língua a sua trajetória, expectativas, virtudes e fraquezas e deixe que elas contem a sua história. Isso aumenta as chances de alguma empresa se identificar com ela.

Por fim, chegue com muita vontade e deixe-a transparecer a todo momento. A sua energia e disposição vão deixar sua história muito mais interessante e vão aumentar as suas chances de sair de lá contratado pela empresa que faz mais sentido pra você.

Rafael Magalhães, contratado pela Bain & Company

A conferência foi fundamental para a minha contratação, ajudando a compreender quais eram meus pontos positivos e negativos como profissional e quais empresas seriam mais adequadas ao meu perfil. A empresa em que fui contratado me viu pela primeira vez lá: a consultoria Bain & Company.

Minha fala passou por sessões e mais sessões de treinamento e planejamento para que estivesse em sua forma final. Uma coisa que ajudou bastante a pensar quais elementos deveriam estar presentes em minha fala de apresentação às empresas foi a metodologia focada em competências (conhecimento, habilidade e atitude) que fez parte do treinamento dos participantes antes da conferência e ajuda a olhar sua trajetória com outros olhos.

Foi o ponto onde, para mim, foi desmistificada a ideia de que você precisa ser um supercandidato, com pontos impecáveis em todos os quesitos. As empresas sabem que esse candidato não existe. No fim, se você não apresentar as suas carcaterísticas de forma sincera, elas só levarão mais tempo para descobrir como você realmente é.

Eu sempre uso meu exemplo: eu tenho enorme dificuldade em me organizar. Apesar disso, tento compensar essa lacuna com criatividade, raciocínio rápido e fora da caixa, e habilidade em falar com pessoas. Alguns empregadores estão dispostos a fazer essa troca, outros não.

Quanto à questão do nervosismo, é importante encarar o ambiente de conversa com as empresas nas mesas como risk-free: elas estão lá pra te conhecer, e você a elas.

Matheus De Lucca, contratado como estagiário pela Heinz

A conferência foi absolutamente determinante para o meu futuro! Quando participei da conferência, estava finalizando o curso de Engenharia Química, na Universidade Federal de Santa Catarina, e minha busca por estágio já durava meses.

Na Conferência Na Prática, encontrei o pessoal da Heinz, empresa recém adquirida pela 3G e que implementava um novo modelo de gestão. Estavam com processos seletivos quentinhos do forno e buscavam pessoal pra fábrica, em Goiânia. Como eu tinha liberdade de mudança, os interesses casaram. No dia seguinte eu estava eu no escritório de Barueri para uma dinâmica de grupo. Uma semana depois eu era estagiário da Heinz.

A conversa com a empresa foi natural. Como eu sabia que precisava de um estágio curricular para me formar, já dava início às conversas perguntando sobre o momento da empresa, me apresentando e dizendo que buscava.

Eu acho que chegar com alguma coisa na ponta da língua é legal, saber dizer à que veio, e explicitar porque determinada empresa pode te oferecer aquilo. Conhecer as empresas participantes ajuda muito nisso, e a conversa flui melhor.

Aí entra o objetivo maior da feira que é conhecer de verdade o que é trabalhar nessas empresas participantes. Os mentores estão lá pra te dizer isso. Então aproveite pra perguntar tudo o que quiser saber. Eu fiz perguntas sobre dia-a-dia, setores da empresa, estilo de gestão, processos seletivos e como eram os programas de estágio e trainee.

quero-participar

Google inaugura campus para empreendedores em São Paulo

Google Campus São Paulo

O sexto centro para startups de uma das empresas mais valiosas do mundo será oficialmente inaugurado em 13 de junho, na capital paulista. Trata-se do Google Campus São Paulo, uma mistura de espaço de coworking e aceleradora voltada para empreendedores.

Situado na região do Paraíso, o edifício tem seis andares. Três deles são dedicados inteiramente ao trabalho colaborativo e serão preenchidos por startups escolhidas pelo Google e por instituições parceiras, em diferentes fases.

Assista ao Bate-Papo do Na Prática com Fábio Coelho, CEO do Google Brasil

Há também auditórios (os eventos abertos ao público serão anunciados no site), salas de aula, de silêncio e de amamentação, entre outros ambientes. Tudo é gratuito.

Google Campus São Paulo 2
[divulgação]

Para ter acesso, é preciso preencher um formulário online – e provavelmente chegar cedo para conseguir uma mesa no café, único espaço sempre aberto para todos. Até agora, cerca de 7 mil pessoas já fizeram seu cadastro.

O local funcionará das 9h às 19h, de segunda a sexta. A exceção fica por conta do Programa de Residentes, em que cerca de 10 startups escolhidas pela empresa terão acesso ao campus 24 horas por dia. Outros benefícios incluem mentoria e contato com a rede de especialistas.

São elegíveis startups que desenvolvam tecnologias únicas, apresentem modelos de negócios disruptivos, foquem em soluções com alto potencial de impacto e tenham equipes diversas.

A ideia parece funcionar: foi em outro campus do tipo, em Tel Aviv, que o aplicativo Waze se desenvolveu. Empreendedores interessados podem se inscrever até 8 de julho.

Da Amazônia para o mundo: conheça a motivação do Impact Hub Manaus

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Região mais vasta do Brasil em termos geográficos, o Norte abriga 7% dos brasileiros. São cerca de 15 milhões, segundo o Censo 2010. É o potencial humano dessa imensidão que interessa Juliana Teles, jornalista por formação e sócia do Impact Hub Manaus, que integra a rede global de espaços colaborativos Impact Hub. Com inauguração marcada para agosto, o segundo coworking da cidade servirá de ponto de encontro para empreendedores.

Natural da cidade, Juliana ficou raízes de volta quase sem querer. Após experiências em São Paulo, onde integrou a equipe nacional da AIESEC, um intercâmbio em Uganda e trabalhos em projetos sociais Amazônia adentro, viu-se atraída pela ideia de ajudar outros a desenvolverem seus projetos. “Tem muita gente boa que sai de Manaus para fazer as coisas ou fica aqui e continua na inércia”, explica. “Elas não encontram as pessoas ou as ferramentas certas e a ideia morre.”

A vontade de empreender na área começou a germinar quando ela participou do Liderança Na Prática 32h em 2013. “Foi a primeira vez que encontrei pessoas fora da AIESEC que também queriam transformar Manaus”, lembra ela, que também foi presidente da organização universitária na cidade. “Eram quarenta pessoas que falavam da sua vontade de fazer a diferença no mundo.”

Baixe o ebook especial: “10 dicas para quem quer empreender”

Empolgada, tornou-se multiplicadora do programa em Porto Velho, em Rondônia, e em Belém, no Pará. “O Liderança Na Prática acontece de fim de semana, quando todo mundo se junta e se adora e tem encontros incríveis, mas onde nos encontramos depois?”, questiona. “Com o Impact Hub, queremos ser o lugar da segunda, da terça, da quarta…”

Por etapas A decisão de criar o espaço foi calcada no pragmatismo. Entre os dois sócios, Juliana e Marcus Bessa sabiam que tinham energia e conhecimento limitados. Ao oferecerem um local para trocas e convivência, pensaram, o potencial de impacto seria muito maior.

“Um de nossos propósitos é dar mais opções de escolha para os outros”, diz ela. “É a questão do autoempoderamento. Queremos que as pessoas pensem: ‘Eu posso fazer isso, então quais são os caminhos?'”

Juliana Teles - Impact Hub Manaus - 2
[acervopessoal]

Em 2014, quando Juliana já integrava Global Shapers Manaus – movimento que une jovens que pensam ações de impacto locais, ligado ao Fórum Econômico Mundial –, ambos passaram uma semana no Impact Hub paulista para tirar dúvidas. No ano seguinte, ela pediu demissão do emprego e passou a focar nas fases iniciais de desenvolvimento, como captação de investimento.

Leia também: ‘A AIESEC me ensinou a unir autoconhecimento e coragem’, diz presidente da organização

Depois, enfrentaram todas as etapas do processo seletivo do Impact Hub, que exige plano de negócios, planejamento financeiro de cinco anos, análise de mercado e uma série de entrevistas, entre outros requisitos. Fundada na Áustria, a rede conta com 81 espaços espalhados pelo mundos, cinco deles no Brasil.

Comunidade O crivo se estende aos membros da comunidade fundadora, que estão sendo escolhidos cuidadosamente pelos dois. A ideia é misturar, nas palavras de Juliana, jovens e adultos, empreendedores e cientistas. Uma vez abertas as portas, todo mundo será bem vindo. “Queremos que a comunidade seja a mais diversa possível”, diz ela.

Enquanto o Impact Hub Manaus não tem sua inauguração oficial, a dupla organiza eventos pontuais, como palestras e workshops.

Depois de passar por diversos empregos, Juliana supervisiona as obras entusiasmada. Aos 25 anos, ela não tem pressa. “Enquanto jovens, é importante termos paciência e calma porque já queremos ter um império construído ao sair da faculdade”, diz. “Mas toda trajetória é válida, desde que a pessoa saiba que está aprendendo e tenha alguma ideia de onde quer chegar.”

Desafio Ambev oferece R$ 30 mil a empresas juniores

Pessoas trabalhando em computadores

Apesar de conter cerca de 12% de toda a água doce do mundo em seu território, o Brasil ainda tem mais de 9 milhões de cidadãos com problemas de acesso à água potável. Para discutir o assunto, que ganhou novas proporções com a crise hídrica recente, a Ambev lança um “Desafio Ambev” em parceria com a Brasil Júnior, a confederação nacional de empresas juniores.

Empresas universitárias de todo o Brasil poderão inscrever seus projetos. Sejam eles de cunho econômicos/sociais, de engenharia ou de gestão pública/empresarial, o importante é que proponham soluções inovadoras e de alto impacto para a região do semiárido.

Três finalistas poderão apresentar suas ideias no Congresso Internacional das Empresas Juniores, entre 20 e 24 de julho, e a equipe vencedora ganhará 30 mil reais para implementar seu projeto.

As inscrições do Desafio Ambev vão até 3 de julho.

Veja mais informações no edital do concurso.

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As perguntas inesperadas que você precisa responder para trabalhar no Goldman Sachs

Prédio da goldman sachs

Ter conhecimento técnico sobre finanças não é suficiente para garantir um emprego no Goldman Sachs — segundo maior banco de investimentos do mundo. A companhia, presente no Brasil desde 1995, é bem concorrida. Foi classficada como o quarto empregador mais atrativo do mundo, de acordo com uma pesquisa feita pela Universum Global com estudantes de negócios.

O processo seletivo não é fácil. No ano passado, a empresa contratou somente 8,3 mil dos aproximadamente 270 mil candidatos a suas vagas. Ou seja, 3%. O candidato precisa provar que tem habilidades, experiência, motivação e que se adaptaria à cultura do lugar.

O site Business Insider reuniu 21 questões feitas durante a seleção de candidatos a empregos no banco. Caso você queira se candidatar a uma das vagas nas próximas seleções, vale se preparar pensando nas respostas:

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“Se você fosse um objeto, qual seria?”

Candidato a analista financeiro

“Quantos metros quadrados de pizza é consumido no país a cada ano?”

Candidato a analista de programação.

“O que é mais importante: criatividade ou eficiência?”

Candidato a analista de operações.

“Se um negócio é oferecido para ser assinado imediatamente, mas antes é necessário tempo para verificar sua eficácia para a empresa, o que você faria?”

Candidato a estágio temporário de verão.

“Se você fosse preso por algo que não considerava ser errado, o que você faria?”

Candidato a analista de hedge fund.

“Qual sua opinião sobre Adolf Hitler?”

Candidato a analista de operações.

“Se um amigo seu fosse questionado sobre um defeito e uma qualidade sua, o que ele diria?”

Candidato a pesquisador.

“Nomeie um assunto recorrente na mídia que pode afetar os negócios no Goldman Sachs”

Candidato de estágio.

“O que levou à crise financeira em sua opinião?”

Candidato a analista de operações.

“Você precisa de nós mais do que precisamos de você?”

Candidato a analista de hipotecas.

“Pode me citar uma situação na qual você era parte de um time e não o líder deste?”

Candidato ao setor de imóveis e serviços corporativos.

“Você tem uma balança e oito bolas idênticas, das quais uma é mais pesada que as demais. Quantas vezes seria necessário pesá-las para identificar a que é diferente?”

Candidato a estágio em engenharia de software.

“Qual a melhor ideia para um negócio que você já ouviu?”

Candidato a analista.

“O que acontece quando você digita Google.com no navegador?”

Candidato a estágio temporário de verão.

“O que você faria se um cliente insistisse em fazer um negócio ou transação que você sabe que se trata de algo ruim no longo prazo, mas que beneficiaria o banco?”

Candidato a analista de operações.

“O que te deixa frustrado?”

Candidato a analista financeiro.

“Qual característica sua que nos faria não contratá-lo?”

Candidato a analista de operações.

“Conte-me sobre uma experiência em que não foi capaz de corrigir uma falha sua?”

Candidato a estágio temporário de verão.

“Se lhe pedissem para mover um prédio ao longo de um rio, o que você faria?”

Candidato a analista de tecnologia.

“Existe algo neste trabalho que te deixa nervoso?”

Candidato a analista de operações.

“O que te faria parar de usar a internet?”

Candidato a diretor-gerente.

 

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Este artigo foi originalmente publicado em Época Negócios

O dia a dia de operações no terceiro setor: acima de tudo, foco no resultado final

jovem com barba e óculos

No terceiro setor, algumas prioridades são diferentes do que costuma-se ver em empresas tradicionais. A importância do planejamento, no entanto, é tão fundamental quanto em qualquer negócio. Na Fundação Estudar, quem coordena a área de operações é André Ferreira. “Não podemos perder a essência da Estudar”, começa. “Mas com processos mais planejados e uma estrutura, podemos impactar mais jovens e de forma mais eficiente.”

Entre os desafios iniciais de operações está decidir que índices importam. Ou, como prefere André, quais são as cartas e quem são os players do jogo. “Depois, você cria uma hipótese sobre um problema, vê se funciona no mundo real e começam a aparecer os pepinos”, brinca. O importante é entender como melhorar os processos e o cotidiano da empresa.

Administrador por formação e dono de um MBA em gestão de projetos, envolveu-se com operações na Ambev, seu primeiro emprego depois da graduação. “Eu cuidava de todos os indicadores de gente e gestão, que incluíam turnover e custos de operação”, diz. Em 2015, ao fim de cinco anos na empresa e com o título de especialista em gente e gestão na parte de logística, ele acompanhava vinte indicadores e índices de cerca de 130 centros de distribuição e 52 fábricas pelo país.

“Era um trabalho que envolvia muito sistema mas era muito voltado para execução e resultados, que faz um paralelo com a Estudar”, explica. A transição veio como um desafio pessoal: André queria se testar mais e conhecer um novo mercado. “Sair da maior empresa do país para um ONG com produtos se firmando fazia com que eu me dissesse: ‘Você tem que saber mais’.”

Leia também: Por dentro da equipe de marketing da Fundação Estudar

Estruturação Do ponto de vista operacional, André divide os eventos da Fundação Estudar em começo, meio e fim. Ele cuida do meio. “Operações é cuidar de toda a parte mão na massa, da logística ao fornecedor e gestão de custo – todos os pilares necessários para que as coisas aconteçam”, diz. “Tenho que montar a base para o processo final.”

Na ponta estão as áreas como educação, marketing e sourcing, que fazem as demandas e lhe oferecem o input necessário, como um calendário anual de eventos e o número de participantes. No fim, está o evento em si, que garante feedback imediato tanto interno (dos colegas) quando externo (dos participantes).

A rotina é intensa. Em um só fim de semana de abril, aconteceram sete eventos da Fundação Estudar em diferentes cidades. Para que as coisas aconteçam sem tantos sobressaltos, a equipe de operações começa a organizar tudo pelo menos dois meses antes.

Isso inclui entrar em contato com parceiros, fornecedores, organizar coffee breaks, passagens, estadias e o retorno de materiais e até checar se as cadeiras são confortáveis e as lâmpadas estão funcionando – tudo dentro de uma tabela apertada de custos. Por isso, o bom relacionamento com parceiros fundamental. “Sem os parceiros que nos oferecem suas salas, por exemplo, não conseguiríamos fazer os eventos”, diz.

Qualidades “Sempre temos em mente que precisamos ter estabilidade financeira e obter a melhor qualidade pelo menor custo para crescer mais”, fala. “E planejar facilita a execução, enquanto uma execução bem planejada perde menos tempo, menos dinheiro e menos esforço.”

Entre as melhorias operacionais que ele atualmente desenvolve na Fundação Estudar estão uma área de projetos e outra de melhoria contínua, que buscam automatizar a rotina e os processos operacionais de outras áreas. “Quero livrar as pessoas para pensarem mais no conteúdo e menos na planilha do Excel”, resume.

Entre as competências que usa no dia a dia, André destaca a comunicação interpessoal, capacidade de negociação e empatia. “Você vai trabalhar com muita gente diferente e é preciso entender o lado do fornecedor”, diz.

Resiliência também é fundamental. “Vai dar errado? Sim. Vai aparecer um monte de coisa que você não mapeou e você vai precisar agir rapidamente para ver o que dá pra atender e o que não dá.”

A cobrança faz parte do cargo, mas deixar os resultados acessíveis facilita a comunicação. “É preciso garantir que todas as informações estejam claras e disponíveis, para que alguém possa bater o olho e entender”, diz. “A área de operações precisa desse perfil de gente que quer resolver e tem foco no resultado final, acima de tudo.”

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10 ideias inovadoras que podem mudar o Brasil

Jovens comemoram aprovação em trainee

Esse ano, o Google promoveu pela segunda vez no Brasil o seu Desafio de Impacto Social, uma iniciativa que visa empoderar ONGs por meio do investimento e fomentar o uso criativo da tecnologia para gerar impacto social. Ao todo, a empresa de tecnologia vai investir 10 milhões de reais em dez organizações brasileiras.

Depois de analisar mais de 1000 inscrições de ONGs por todo o país, o Google selecionou dois finalistas de cada região para chegar a essas dez organizações. O Vetor Brasil, projeto criado por José Frederico Lyra Netto e Joice Toyota – ambos bolsistas da Fundação Estudar –, é uma das organizações representando a região Centro-Oeste do país. Partindo do princípio de que as transformações mais escaláveis no país partem do setor público, o Vetor trabalha com o desenvolvimento de lideranças dentro de entidades do governo. Em outras palavras, levam para os órgãos públicos jovens talentosos e que querem “fazer a diferença”!

“Estudei em escola pública no ensino fundamental e via as dificuldades do ensino público no país. Sempre tive vontade de trabalhar com o setor público para ajudar a transformar isso”, explica Joyce Toyota em entrevista ao Na Prática. Depois de trabalhar em projetos no setor pública como consultora, ela resolveu assumir a vocação de vez como líder do Vetor Brasil. José Frederico também tem experiência na área; ele fez parte do time liderado pelo então Secretário Thiago Peixoto na reforma educacional de Goiás, quando o estado passou de 16º a primeiro lugar no IDEB, índice que mede a qualidade da educação no Brasil.

bolsistas vetor brasil fundacao estudar

Atualmente, 45 profissionais selecionados para o Programa Trainee de Gestão Pública da instituição estão atuando em 11 governos do país, em todas as regiões do país e em gestões de cinco partidos diferentes (na imagem em destaque, alguns dos jovens que já passaram pelo Vetor participam de treinamento). 

O concurso

Nessa última fase da votação do desafio do Google, 3 dos dez projetos serão escolhidos para receber o prêmio de 1,5 milhão de reais, enquanto os demais ganharão 650 mil reais cada. Dos ganhadores do maior prêmio, dois serão eleitos por um juri especializado e um será escolhido por votação popular, que está aberta até o dia 13 de junho. Vote aqui no Vetor ou na iniciativa de sua escolha!

Com o valor do prêmio, o Vetor utilizará a quantia na criação de um portal para conectar jovens às diversas oportunidades de atuação no governo, propiciando espaços de aprendizado sobre a esfera pública brasileira e estimulando a percepção do jovem como agente de transformação do país. Focado em interatividade, o site oferecerá ainda testes de interesse e mapeamento de carreira, e chegará a mais de 30 mil jovens profissionais em seu primeiro ano. A iniciativa solucionaria um grande problema do governo brasileiro, que tem dificuldade em atrair jovens talentos para seus quadros. 

Vetor Brasil - Gestão Pública

A seguir, veja a lista dos dez projetos selecionados para o Desafio de Impacto 2016 do Google:

Arredondar
Uma solução que faz de toda compra uma oportunidade de doação para ONGs

A captação de recursos é um grande desafio para as ONGs no Brasil. O Arredondar pilotou uma solução para construir oportunidades de doação na vida cotidiana do brasileiro. Sua plataforma permite aos consumidores arredondar para cima os seus pagamentos em lojas, e doar até um real em cada compra para ONGs e projetos sociais. Com o nosso prêmio, eles vão construir uma rede robusta e expandir-se para mais de 10.000 pontos de venda ao longo dos próximos dois anos, apoiando mais de 100 organizações.

THEMIS

Um app que fornece conhecimento e ferramentas para trabalhadoras domésticas lutarem por seus direitos

Cerca de 70% das mais de 6 milhões de trabalhadoras domésticas no Brasil trabalham sem carteira de trabalho assinada. THEMIS vai ajudar essas mulheres, explicando seus direitos, proporcionando uma calculadora de salário, e conectando as trabalhadoras umas às outras. O projeto visa a atingir mais de 50% de todas trabalhadoras domésticas brasileiras até o final de 2019.

Centro de Valorização da Vida

Um app que torna o apoio emocional acessível a pessoas em momentos difíceis

A organização mundial de saúde (OMS) confirma que 90% dos casos de suicídio podem ser evitados. O Centro de Valorização da Vida (CVV) presta apoio emocional atuando na prevenção do suicídio atendendo pessoas em situação de risco. O CVV oferece uma rede com mais de 2.000 voluntários que respondem a pedidos de ajuda 24 por dia, totalizando 1 milhão de atendimentos por ano. Com o prêmio, eles vão desenvolver um aplicativo para facilitar a conexão entre pessoas que precisam de ajuda com os voluntários, mais do que duplicando o número de atendimentos em dois anos.

Aliança da Terra

Uma ferramenta que conecta pequenos fazendeiros com as informações que eles precisam para melhorar seus negócios

De acordo com o último Censo Brasileiro, 25% das famílias rurais vivem em situação de extrema pobreza. Este projeto, Conectar para Transformar o Vale dos Esquecidos, vai conectar pequenos produtores através de uma ferramenta capaz de ajudá-lo a controlar melhor o seu gado e ao mesmo tempo potencializar sua capacidade de conservar a sua terra e o meio ambiente. Ao longo dos próximos dois anos, 500 pequenos produtores de 3 assentamentos rurais poderão coletar, analisar, gerenciar e compartilhar dados sobre a sua produção e meio ambiente para aumentar a renda de suas famílias e transformar a realidade local.

WWF-Brasil

Rastreamento coletivo para impedir a propagação de doenças como a Zika e a Dengue

Em 2015, foram registrados 1,6 milhão de casos de dengue no Brasil, mas apenas cerca de 30% dos municípios brasileiros monitoram as populações de mosquitos Aedes. O WWF-Brasil propõe uma armadilha de baixo custo e um aplicativo para smartphones chamado AeTrapp para o monitoramento comunitário destes dados. Isso contribuirá para o combate aos mosquitos e prevenção da dengue, zika e chikungunya. Com o nosso prêmio, eles implementarão o seu projeto piloto na Amazônia, inicialmente em 10 comunidades, e posteriormente difundirão o uso da tecnologia para todo o país.

Instituto INOVAGRI

Um sistema que orienta agricultores a não desperdiçar água

Apesar do Brasil ter cerca de 12% das reservas de água doce do mundo, a água ainda é muito escassa no Nordeste. Após 5 anos de chuvas abaixo da média, a situação está bem mais grave. Com a plataforma S@UA (Sistema de Assessoramento para o Uso da Água na Agropecuária), o Instituto INOVAGRI vai conectar os gestores de abastecimento com dados de agricultores para distribuir a água limitada de forma mais eficiente. Eles pretendem beneficiar mais de 80 municípios em dois anos com o prêmio.

Transparência Brasil

Um app que monitora a construção de escolas e garante a responsabilidade governamental sobre elas

Segundo dados de 2014 do Ministério de Educação, 20% das obras de escolas em andamento foram abandonadas ou paradas e 34% enfrentavam atrasos de 277 dias em média. A maioria dos alunos (83%) frequenta instituições públicas. O aplicativo Cadê Minha Escola permitirá que os cidadãos possam monitorar a construção de creches e escolas com fotos e relatórios, e verificar o status dos projetos. Em 4 anos, pretendemos aumentar a quantidade de obras entregues no prazo e reduzir em 30% o tempo médio de atraso.

Vetor Brasil

Um portal que liga jovens com grande potencial a cargos públicos de alto impacto

Apesar de empregar mais de 11 milhões de pessoas, o governo brasileiro tem dificuldade para atrair jovens líderes para posições de alto impacto. Para conectar os jovens com oportunidades no governo, Vetor Brasil usará o prêmio para construir o Portal Vetor Brasil, um portal abrangente e interativo – incluindo testes de interesse e mapeamento de carreira – que vai chegar a mais de 30.000 jovens profissionais em seu primeiro ano.

IPAM Amazônia

Uma plataforma que ajuda comunidades indígenas a se adaptarem às mudanças climáticas

As terras indígenas na Amazônia brasileira protegem 110 milhões de hectares de floresta, porém as mudanças climáticas ameaçam esse patrimônio nacional e os povos que nelas vivem: nos últimos anos, mais da metade dessa área passou por secas severas. Com nosso prêmio, o IPAM Amazônia desenvolverá um aplicativo que fornecerá alertas para os indígenas sobre alterações no clima, ao mesmo tempo que coletará dados fornecidos por eles. Em dois anos, 173 povos poderão se preparar melhor para o que virá – e juntos protegeremos seu modo de vida e a Amazônia.

ITS – Rio

Uma plataforma que empodera cidadãos no debate e na criação de políticas públicas

Desde 1988, apenas quatro leis federais foram feitas dessa forma pelo Congresso. Com o prêmio, o ITS Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro) vai ampliar a plataforma Mudamos.org, que promove a construção de políticas públicas colaborativamente. Vai também construir um aplicativo para obter assinaturas digitais certificadas, permitindo assim propor projetos de lei de iniciativa popular, conforme previsto pela Constituiçao. No primeiro ano, o objetivo é impactar 3 milhões de brasileiros e criar o primeiro projeto de lei de iniciativa popular feito pela internet.

Vote nas suas iniciativas preferidas aqui!

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