sonho de infância

Você tem curiosidade em saber o que os grandes líderes do mercado desejavam para suas carreiras? No Dia das Crianças, o Na Prática conversou com seis CEOs, de diversas indústrias e setores, sobre seu sonho de criança.

Será que eles chegaram lá? O que foi valioso durante o caminho? Seja para se inspirar ou entender os passos necessários para o sucesso, é sempre bom conhecer mais da trajetória de quem atingiu – ou está no caminho para atingir – seu objetivo profissional.

 

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Breno Machado, CEO do Grupo Jaime Câmara (GJC)

Breno Machado, CEO do Grupo Jaime Câmara (GJC)
Breno Machado / Acervo pessoal

Qual era seu sonho de infância?

“Quando criancinha mesmo? Eu sonhava em ser pedreiro! Eu ficava horas acompanhando o Everaldo, que era o pedreiro preferido do meu pai para fazer as reformas da casa da família, em Goiânia.

No início da adolescência eu ainda não sabia, com convicção, o que gostaria de ser profissionalmente. Mas eu tinha convicção que seria algo que tivesse muito impacto nas empresas em que eu viesse a trabalhar e na vida das outras pessoas.

Lembro que fiz um teste vocacional na oitava série e o resultado não ajudou muito, pois deu aptidão para ciências exatas, humanas e biológicas! Mas eu era fascinado mesmo era por matemática e por física! Na época considerei Engenharia Genética, Engenharia Naval, Engenharia Aeronáutica e Engenharia Eletrônica.”

“Viciado em grandes desafios”, Breno escolheu prestar o vestibular do ITA, um dos mais difíceis da época, e, consequentemente, a Engenharia. “Como não tinha nem Naval nem Genética, sobraram a Engenharia Aeronáutica e a Eletrônica. Por uma questão de amplitude do mercado, optei pela Eletrônica.”

Apesar de pouca clareza sobre seu sonho profissional, o CEO conta que já sabia querer ser um grande líder, ter muito impacto e contribuir para alguma grande transformação.

Breno considera que ter um sonho é muito importante – em qualquer fase da vida. Não só tê-los: “alimentá-los”, também. “Já que os sonhos moram na nossa cabeça, os seus alimentos, obviamente, são as ideias e as informações.”

Chegou lá? 

“Tenho a impressão de que quando a gente chega onde tinha planejado, às vezes nem percebe, porque quando estamos chegando já temos novos sonhos e novos desejos para correr atrás. O alvo muda. O que considero muito bom, caso contrário a vida ficaria muito sem graça.”

Um dos seus sonhos, formar-se no ITA, Breno conseguiu realizar. Trabalhou em uma multinacional bastante cobiçada pelos engenheiros, mas migrou para a Vale depois de se apaixonar por planejamento.

Em seguida, na Vale, teve oportunidade de definir sua estratégia e ajudar nos projetos mais importantes. “Ou seja, já estava realizando o sonho de ter impacto em uma empresa, mesmo sem ter um cargo muito elevado.”

Um novo sonho nasceu, o de fazer mestrado em uma universidade de ponta. “Fiz duas especializações em gestão em ótimas escolas brasileiras de negócios. Mas o sonho aumentou: eu queria ir estudar em outro país, mesmo sem ter dinheiro para isso.” De início, a Vale pagaria seu curso, mas foi privatizada e cancelou a bolsa. Breno conseguiu custear a formação com outras bolsas (conseguiu cinco e abriu mão de uma).

Novo sonho: trabalhar em uma das melhores empresa de consultoria do mundo, que eu havia conhecido na Vale, a McKinsey & Company. “Nesta empresa eu aprendi muito, e me envolvi nos projetos mais importantes de várias outras empresas, nossos clientes. O sentimento de realização do sonho de ter impacto nas empresas foi muito intenso nesse período.”

O sonho de ser CEO, o líder da Fundação Estudar conseguiu realizar na empresa em que trabalha atualmente, na qual entrou como consultor. “Acho interessante perceber como os meus sonhos foram evoluindo e se transformando ao longo do tempo, e, ao mesmo tempo, mantendo uma temática constante: a de ter impacto nas empresas e nas pessoas.”

 

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O que te ajuda na trajetória?

Como protagonistas da sua história de sucesso, Breno destaca quatro características.

Capacidade de sonhar: “sem isso teria sido difícil ter a energia, a determinação e a perseverança necessárias para correr atrás”

Resiliência: “a vida traz muitos desafios e situações difíceis. É importante criarmos uma ‘casca grossa’!”

Bom senso: “Ter bom senso, ter uma capacidade de decidir baseado numa análise racional dos problemas ajudou-me a tomar boas decisões na vida e nos negócios, e ajudou-me a me destacar nas empresas como um bom solucionador de problemas. Mas isso pressupõe também não ter preguiça de debruçar sobre o problema, por mais complicado que seja, e dedicar longas horas para fazer análises e buscar as soluções.”

Luiz Fernando Barreto, CEO da Estasa Soluções Imobiliárias

Luiz Fernando Barreto, CEO da Estasa Soluções Imobiliárias
Luiz Fernando Barreto / Acervo pessoal

Qual era seu sonho de infância?

“Até os oito, nove anos, [sonhava em ser] jogador de futebol como todo brasileiro”, conta o CEO da Estasa, que é membro da Rede de Líderes Estudar. “Depois disso… na minha época só sabíamos das opções tradicionais como médico, engenheiro, advogado, dentista; eu sonhava em ser engenheiro.”

Chegou lá? 

“Jogador de futebol não consegui e desisti por falta de habilidades, engenheiro também foi superado”, brinca Luiz. “Acho que na verdade descobrimos nosso sonho de verdade um pouco mais tarde, na minha época aos 20, 22 anos. Hoje, com a informação disponível, acho que aos 17 e 18 já começam os interesses.”

Atualmente, ele descreve seu objetivo como ter sucesso, fazer a empresa crescer, ser melhor a cada dia e impactar positivamente quem tem contato, como clientes e colaboradores.

O que te ajuda na trajetória?

“Adquirir conhecimento é o básico de tudo”, resume. “Quando estudamos, viajamos, debatemos, lemos, etc., estamos nos desenvolvendo.”

Ainda que a bolsa de estudos proporcionada pela Fundação Estudar tenha sido seu “primeiro diferencial”, Luiz considera que a sua persistência seja a “maior habilidade para o sucesso”. “Se estamos fazendo a coisa certa, corrigindo os erros, aparando as arestas, um dia chegamos lá.”

Marcelo Soares, diretor geral da Som Livre e Sistema Globo de Rádio

Marcelo Soares, diretor geral da Som Livre
Marcelo Soares / Arquivo pessoal

Qual era seu sonho de infância?

“É curioso mas não me lembro de ter sonhos de carreira profissional quando criança. Minha mãe dizia que eu seria médico porque não desviava os olhos quando a TV mostrava cenas fortes de cirurgias ou contusões”, conta o CEO da Som Livre, que também é membro da Rede de Líderes Estudar.

Em algum ponto da infância, ele também desejou ser jogador de futebol, “mesmo sem jogar bem”. “Já adolescente, enquanto tocava bateria em banda com amigos, sonhava em ser músico e fazer shows para milhares de pessoas. Mas também não tocava bem.

Comecei a minha carreira na Brahma muito cedo, com 21 anos. Mesmo nessa idade eu ainda não sabia ao certo o que queria fazer. Eu queria uma oportunidade para fazer alguma coisa e tinha convicção de que, ao contrário do futebol e da bateria, ali eu seria bom.

Por caminhos surpreendentes, 20 anos depois de entrar na Brahma me vi como CEO da Som Livre. Finalmente estava trabalhando com música. Consegui trazer para a empresa ferramentas de gestão que havia aprendido em um mercado completamente diferente. Muitas vezes senti que todas as experiências anteriores tinham me preparado exatamente para essa posição.”

Chegou lá? 

“Cheguei onde queria sim, em alguns aspectos até além. Profissionalmente os desafios não acabam. O cenário competitivo no mundo do conteúdo, mídia e entretenimento fica a cada dia mais difícil. Mas, mesmo com toda a energia profissional que ainda tenho, os grandes objetivos da vida hoje são ligados a meus filhos: acompanhá-los em seu crescimento e ajudá-los a se prepararem para o mundo complexo que estamos criando.”

O que te ajuda na trajetória?

Além de grande capacidade de comunicação, Marcelo aponta a habilidade de raciocínio lógico como importantes em sua carreira. “Formatar um pensamento lógico e conseguir comunicá-lo de forma eficiente resolve a maioria dos problemas. Acho que sempre consegui usar isso bem.”

Marcus Ayres, principal do Boston Consulting Group

Marcus Ayres, principal do BCG
Marcus Ayres / Acervo pessoal

Qual era seu sonho de infância?

“Sempre fui bastante interessado por ciências e gostava de interagir com pessoas, então minhas profissões dos sonhos quando criança sempre combinavam esses elementos”, relata Marcus, que já pensou em ser cientista, professor, piloto de avião, entre outras.

Chegou lá? 

Ainda que não tenha seguido as carreiras que imaginava, o principal do BCG encontra alguns motivadores antigos na sua carreira atual. “Alavancar a curiosidade intelectual minha e de outros para conjuntamente resolver problemas complexos; como um bônus, ainda que não tenha virado um piloto de avião acabo viajando o mundo em projetos.”

O que te ajuda na trajetória?

Segundo o principal, algumas das habilidades essenciais a profissionais de alta performance, e também importantes para professores e cientistas, o ajudaram ao longo da carreira. “O raciocínio analítico para resolução de problemas, independente da natureza qualitativa ou quantitativa dos mesmos, e comunicação com presença executiva.”

Sergio Pedreiro, CEO da Estre Ambiental

Sergio Pedreiro, CEO da Estre Ambiental
Sergio Pedreiro / Acervo pessoal

Qual era seu sonho de infância?

“Tem algumas fases em que eu sonhei que queria ser médico. Mas depois cresci um pouco mais e surgiu uma paixão por aviões.” O interesse fez com que Sergio, que além de CEO é Líder Estudar, se formasse no ITA. Mas a graduação nunca virou sua profissão – desde então atua na área de negócios.

Chegou lá? 

“O sonho de criança de ser médico durou muito pouco”, relata ele. A paixão por aviação, por sua vez, tornou-se um hobby. “Acho que essa paixão era mais pela aviação em si do que profissionalmente trabalhar com isso”, explica o CEO. “A proximidade com o tema me satisfaz, mas acabei tendo outras oportunidades profissionais.”

O que te ajuda na trajetória?

São três as características indispensáveis em sua carreira: persistência, dedicação e a capacidade de “conversar com o maior número de pessoas possível e escutar“. Na posição de CEO, Sergio conta que teve de desenvolver suas habilidades de comunicação. “Para passar a visão, dar a motivação, inspiração para a equipe e estabelecer a direção da companhia”, explica ele.

Suzana Soncin, CEO do Consórcio SCANIA

Suzana Soncin, CEO do Consórcio SCANIA
Suzana Soncin / Acervo pessoal

Qual era seu sonho de infância?

“Sonhava em trabalhar em empresas, pois desde criança gostava muito de brincar de escritório. Lembro que passava horas arrumando meu espaço na sala de minha casa, com papéis, canetas, grampeador, entre outros utensílios de escritório. Também ficava fascinada quando minha mãe me levava ao banco.”

Chegou lá? 

“Comecei a realizar meu sonho de criança logo no início de carreira como estagiária na Caixa Econômica Federal, confesso que papel para organizar não faltava”, brinca a CEO do Consórcio SCANIA.

Porém, hoje, as preocupações e objetivos se estendem para estratégias, principalmente de pessoas, produtos e processos, “que têm peso bastante relevante neste momento disruptivo pelo qual todas as empresas do mundo estão passando.”

O que te ajuda na trajetória?

Suzana menciona dois aspectos que contribuem para sua evolução pessoal e profissional. Primeiro, trabalhar em um lugar que faça “sentido para você”, que tenha um propósito claro e alinhado com seus onferenciajuntos.com.br.

Em segundo lugar, ela destaca “autorresponsabilidade”. Buscar sempre aprender, estar atualizado com as tendências de mercado e pronto para as oportunidades, explica.

 

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