imagem composta por três pessoas: duas mulheres, uma negra e outra branca, e um homem negro

A pandemia da Covid-19 adiou por mais uma geração a igualdade de gênero no mundo. Segundo o mais recente Relatório de Desigualdade Econômica de Gênero, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), a atual crise sanitária acrescentou mais 36 anos ao tempo necessário para reduzir a disparidade.

Isso significa que a estimativa global de igualdade, que antes era de 99,5 anos, saltou para 135,5 anos. Dentre as razões que mais têm contribuído para esse cenário, há o destaque para dois fatos. Primeiramente, a maioria entre os que ficaram desempregados em 2020 foi composta por mulheres. Além disso, com o isolamento social, as responsabilidades domésticas também atingiram mais o gênero feminino.

Estudo estima mais de 250 anos para igualdade entre homens e mulheres no mercado

“Se quisermos uma economia dinâmica no futuro, é vital que as mulheres estejam representadas nos empregos de amanhã. Agora mais que nunca é crucial focar na liderança feminina, comprometer-se com objetivos e mobilizar recursos. É o momento de incluir a paridade de gênero nos planos de recuperação”, afirma Saadia Zahidi, diretora-administrativa do Fórum Econômico Mundial.

Impacto da pandemia na igualdade de gênero

Junto a pandemia, segundo o relatório, o ano de 2020 também contou com uma crescente disparidade de gênero na política de muitos países. No âmbito global, as mulheres ocuparam cerca de um quarto de cargos. Em números, elas representaram 26,1% das cadeiras parlamentares e 22,6% dos cargos ministeriais em todo o mundo.

O relatório ainda aponta, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que a taxa de desemprego feminino foi de 5%. Em contrapartida, o índice masculino chegou a 3,9% no mesmo período. A maior participação de mulheres nas áreas de serviço e consumo pode ter contribuído também para essa marca – dado que o isolamento social impactou diretamente tais setores.

Igualdade de gênero no Brasil em 2020

No posicionamento global, o Brasil ocupa a 93ª posição entre os 156 países que integram a lista. De acordo com o documento, parte desse resultado é impactado pela falta de representatividade feminina na política. Em 2020, menos de 15% das mulheres ocupam assentos e postos políticos.

As desigualdades de gênero no Brasil também persistem em termos de participação e oportunidade, porém houve uma ligeira queda. “Essas lacunas manifestam-se principalmente em termos de salários e rendimentos. Até esta data, 54,2% da desigualdade salarial e 56,7% da diferença de renda foram reduzidas”, afirma o relatório.

Por fim, ainda sobre a igualdade de gênero no Brasil, o Fórum Econômico Mundial ainda apresentou os seguintes insights:

  • 61,9% das mulheres adultas e 80,1% dos homens ocupam a força de trabalho;
  • As mulheres ocupam apenas 39,4% dos cargos de chefia;
  • Apenas 10,7% das mulheres brasileiras nas universidades estão matriculadas em cursos STEM contra 28,6% dos homens.

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