Encontrar satisfação profissional é uma coisa, encontrar satisfação a longo prazo é outra ainda mais difícil de se alcançar. Especializado em ajudar líderes em transições de carreiras, o coach Michael Melcher acredita ter descoberto práticas que colaboram para um contentamento duradouro.
Ele pegou o aprendizado que teve com os clientes, mas também se apoiou na própria experiência, já que sua carreira foi tudo, menos linear. Melchner se graduou em Negócios, trabalhou em órgão do governo americano, atuou como advogado, foi CEO de uma startup de tecnologia e hoje é coach executivo e sócio da Next Step Partners.
Além de tudo, dá palestras e escreve sobre vida profissional. Ele é autor do livro “The Creative Lawyer: A Practical Guide to Authentic Professional Satisfaction” e já publicou artigos no New York Times e Huffington Post.
Recentemente, compartilhou sua abordagem para alcançar – e ajudar seus clientes a alcançar – satisfação profissional, em um evento da Universidade de Stanford, onde, há anos, se graduou.
Uma carreira bem-sucedida requer ocasionalmente dar um passo para trás e olhar de forma mais distanciada e geral, segundo Melchner. Ele pontua quatro pontos indispensáveis para guiar essa reflexão:
Segundo o especialista, o ideal é tomar passos “preventivos” para evitar problemas futuros na carreira. Quando a ação vem só quando você sente insatisfeito, ela pode ser tão orientada por esse sentimento, que fica difícil visualizar de forma geral e tomar uma decisão relacionada aos seus desejos mais enraizados – e não só os temporários.
Um jeito melhor é ter uma abordagem multidimensional mesmo quando você estiver satisfeito com seu trabalho. Olhe para todos os elementos (comece pelos que o coach sugeriu acima) e trabalhe neles consistentemente.
“Esforços incrementais se somam”, diz Melcher. “Você não precisa fazer uma grande coisa para progredir. O que você faz todos os dias é mais importante do que você faz de vez em quando.”
Divida uma meta em micro-objetivos e gaste 20 minutos por dia trabalhando neles. Fazendo isso e priorizando, você vai perceber que a maior parte das tarefas relacionadas à sua satisfação profissional vão cair na categoria de “importante”, ao invés de urgente.
“[Na categoria “importante”], não faz diferença se você não fizer nada neste dia ou mesmo nesta semana, mas, eventualmente, isso será um problema”, alerta o coach.
Aprendemos através da experimentação, não ponderando, de acordo com especialista. Por isso, reservar tempo para pensar logicamente sobre sua carreira pode não ser a melhor estratégia.
Para Melchner, a maneira como pensamos sobre desenvolvimento profissional e transição de carreira é falha. Consideramos que seja um processo de pensamento e que só depois vem o “fazer”. Quando, na verdade, deveria ser um processo de experimentação.
“Nós não conseguimos achar o caminho para a resposta certa pensando. Temos que tentar coisas diferentes e depois ver como aprendemos com elas”, explica.
Melcher sugere sentar com um amigo para fazer alguns “exercícios de carreira”. Um é pensar em uma experiência que você teve, ou em um momento em que você estava tão envolvido em alguma coisa, que não percebeu a passagem do tempo.
Então, faça a si mesmo perguntas como: “O que eu estava fazendo nessa experiência? Como eu estava me sentindo? Quem estava envolvido? Quais talentos eu estava mostrando? Como foi a minha interação com os outros?
Você também pode perguntar ao amigo o que pensa de você, se detecta algum padrão, tendência, etc.
Outro exercício que Melcher passa aos clientes consiste em organizar e categorizar as diferentes possibilidades de trabalho.
“Muitas vezes, as pessoas não têm certeza sobre o próximo passo, mas isso significa que elas podem ter cinco ou seis possibilidades, sendo que cada uma tem cerca de 15% de probabilidade”, explica o coach.
Mapeie todos e reflita sobre cada um. Dê um número para cada (0-10): Quão interessante seria exercer a função? Em segundo lugar, quão fácil ou difícil seria acontecer? E, finalmente, quanto você realmente sabe sobre essa carreira? Quão profundo é o seu conhecimento sobre o trabalho? Some os pontos e veja onde cada trabalho cai em um gráfico.
Toda trajetória tem transições e ciclos, destaca Melchner. “Não importa quão bem administramos uma carreira, não importa o quanto somos competentes, acabamos passando por muitos desses ciclos”, afirma.
“Não se trata de evitar completamente esses ciclos, mas sim pensar sobre o que podemos fazer e seguir em frente.”
“Fazer”, aqui, é tão amplo quanto a sua carreira pode ser intrincada: você pode dar dois passos para frente, dois para trás, para os lados, tentar outra coisa. Isso não significa que você está fazendo algo errado, apenas que você está explorando o caminho e descobrindo o que é gratificante no presente.
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