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Como decidir qual é a carreira e a área que você quer seguir? Confira nossas dicas!

Se você se sente perdido quando se trata de carreira e não tem ideia de como descobrir qual é a área de trabalho certa, não se desespere – muitos jovens estão numa situação parecida. 

Para ajudar nessa tomada de decisão, o NaPrática.org trouxe algumas reflexões e ferramentas que podem servir como ponto de partida. A primeira coisa que precisa ficar clara é: não se trata de uma decisão definitiva. É sempre possível (e inclusive comum) mudar de rumo, de área, de setor.

Refletir sobre a carreira, no fundo, é pensar sobre a sua vida profissional. E essa é uma reflexão recorrente, que vai ser necessária em diversos momentos da vida: na hora de escolher o curso de graduação, de escolher a especialização, na hora de escolher o tipo de empresa em que se quer trabalhar, de avaliar uma proposta de emprego tentadora…

Frequentemente você vai ter que reavaliar o caminho tomado, fazer ajustes, novas escolhas. Então nada de sucumbir àquela pressão de “decisão para a vida toda”, certo?

Também é importante saber que não há receita de bolo ou teste exato – e nem é essa a proposta desse material. Desconfie dos testes e exercícios que te dão uma resposta pronta, como um único curso ou a área ideal. É necessário investir tempo para refletir, testar, e extrair o máximo de cada experiência.

No fim, a única pessoa que pode responder o que você realmente quer, naturalmente, é você.

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Com a ajuda de especialistas da Fundação Estudar, a redação do NaPrática.org responde duas grandes dúvidas dos jovens que estão começando carreira e querem descobrir onde trabalhar, seja em relação à área (como marketing, financeiro, operações, saúde, gestão pública, etc), ao setor (governo, terceiro setor, consultoria, agronegócio, startup, tecnologia, etc) ou à própria empresa.

As respostas são direcionadas para jovens universitários ou recém-formados, mas também podem ajudar quem ainda está decidindo qual curso de graduação seguir ou quem pensa em mudar de curso ou até mesmo de carreira. 

A organização também pode ajudar nesse processo com seus cursos presenciais, como o Carreira Na Prática (que apresenta o dia a dia em diversas áreas e setores) e o Autoconhecimento Na Prática, que tem uma versão presencial e outra online e promove reflexões profundas sobre motivações e interesses.

Vale lembrar que coaches formados e psicólogos também podem contribuir nesse processo. 

1. Não tenho interesses claros. Por onde começar?

Os seus gostos e interesses podem não ser óbvios, e entendê-los muitas vezes exige uma reflexão mais profunda. Você deve se fazer perguntas como: Que tipo de profissão lhe atrai? Que profissionais você admira e por que? O que você gostaria de fazer no dia a dia? No que é bom, tanto em sua opinião quanto na opinião dos outros?

Pare para pensar com calma em cada uma dessas perguntas, e organize o seu raciocínio em uma folha de papel para organizar o pensamento. No final, você vai ver que muitos interesses ficarão mais claros! Também existem alguns recursos que podem te ajudar nesse entendimento:

Testes de Autoconhecimento

É possível começar com os testes de autoconhecimento que ajudam a entender seus valores, personalidade e estilo de trabalho, todos oferecidos gratuitamente pela Na Prática aqui

Também não deixe de complementar e cruzar o resultado com outras avaliações, como o teste Myers–Briggs (MBTI), oferecido gratuitamente pelo site 16Personalities, e este teste de âncoras de carreira da Robert Half, que foca em aptidões. Ebook “Ferramentas de Autoconhecimento”, oferecido gratuitamente pelo Na Prática, também traz ferramentas úteis para entender melhor quem você é, como a Janela de Johari e o Modelo de John Whitmore.

Feedback e pontos cegos

Para se aprofundar ainda mais, é interessante pedir feedback de pessoas em seu convívio e que não tenham medo de criticá-lo. Esse é o momento de envolver outras pessoas no seu processo de autoconhecimento, e entender como os outros percebem você. Mas como fazer isso?

Envie para os seus amigos, familiares ou colegas de trabalho a seguinte pergunta: “Quais são minhas características (positivas ou negativas) mais marcantes?” Você pode enviar por email, WhatsApp, ou até mesmo criar um Google Forms se achar que as pessoas ficarão mais a vontade de responder de forma anônima.

Antes de ler as respostas dos outros, responda você mesmo essa pergunta. Depois cruze as respostas, e você pode se surpreender. Você vai ver que muitas respostas sobre suas características eram pontos cegos, e você nem sabia que as outras pessoas te enxergavam assim. Cruzar a sua autoavaliação com a avaliação externa também ajuda a trazer um quadro mais realista sobre os seus interesses.

Reflexão

Com todos esses insumos em mãos, você pode começar a mapear áreas e funções que combinam com seu perfil. Alguém que preza por estabilidade e segurança, por exemplo, pode preferir um setor mais tradicional. Já quem não liga para cenários de incerteza e valoriza autonomia pode buscar startups ou áreas que envolvam inovação, e por aí vai. 

Quando estiver pensando sobre tudo isso, mantenha-se atento a algumas “armadilhas” do cérebro, como o viés de confirmação (quando não se busca informações contraditórias a uma crença, como “esse setor paga bem” ou “esse setor está sempre crescendo”) e atalhos mentais (quando se ignora informações para tornar escolhas mais fáceis e rápidas, como escolher algo por status, pressão ou dinheiro). Parece muita coisa, mas acredite: o esforço vale a pena.

 

Leia também: 3 vídeos para quem se interessa por autoconhecimento (e quer começar ainda hoje!)

2. Estou em dúvida entre áreas. Como escolher?

Se a dúvida é entre muitas áreas diferentes, o primeiro passo é reduzir o escopo. Mas antes de olhar para fora, é preciso olhar para dentro e dar alguns passos rumo ao autoconhecimento. Assim, antes de mais nada, empregue o mesmo processo que descrevemos no primeiro item, como fazer testes de autoconhecimento do Na Prática, para descobrir do que gosta, no que é bom e o que valoriza em um ambiente de trabalho.

Saiba como cada área funciona

Feito isso, é hora de trabalhar para construir bases sólidas sobre como as áreas que você está em dúvida realmente funcionam. Busque ir além dos estereótipos como “mercado financeiro é uma loucura mas paga bem” ou “trabalho em ONG é tranquilo e recompensador”. 

Pesquise (de verdade!) o setor e a área: como funciona, quais são as principais empresas e funções, como é o dia a dia de quem já trabalha com isso. A internet vai se mostrar bastante útil, já que muito desse conteúdo está online em fóruns, no próprio portal Na Prática (que tem vários textos sobre dia a dia), e nos Ebooks e Cursos por Email que disponibilizamos gratuitamente. 

Converse com pessoas

Ainda assim, é preciso ir além e sair da tela do computador: utilize suas redes sociais para encontrar amigos que já estão trabalhando em uma dessas áreas e marque uma conversa; descubra e aborde profissionais no LinkedIn, explique a situação e pergunte, sem ser insistente, se seria possível marcar um café ou responder algumas perguntas por email.

Uma dica para quem vai usar essa plataforma: se procurar pessoas que estudaram na mesma faculdade que você (é possível personalizar a busca no LinkedIn para conseguir isso), a familiaridade aumenta suas chances de obter uma resposta. E não se esqueça de investir no texto de apresentação, objetivo e sucinto. Você vai se surpreender com a quantidade de pessoas dispostas a ajudá-lo.

Se possível, também inscreva-se nas edições temáticas do Carreira Na Prática, curso presencial em que vários profissionais de um setor explicam melhor o seu dia a dia de trabalho. 

Ao longo desse processo de investigação, você provavelmente vai perceber que muitas áreas que cogitava não são como imaginava e não estão nada relacionadas com o seu perfil. Assim, já é possível cortar algumas opções e reduzir para duas ou três áreas no horizonte. Pronto, grande parte das distrações forma embora.

A ferramenta a seguir, chamada Matriz de Decisão, vai te ajudar a entender melhor o que cada área representa para você principalmente se você ainda ficou em dúvida mesmo depois de pesquisar o mercado. Confira:

Ferramenta: Matriz de Decisão de Carreira

O objetivo da matriz de decisão é comparar duas ou mais áreas em termos práticos e que são importantes para você, como salário, status, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, equipe e potencial de aprendizado – o que quiser.

Imagine que você está em dúvida entre trabalhar em consultoria estratégica ou uma ONG que defende o meio ambiente, por exemplo. A matriz permite que você compare essas opções de forma bem objetiva: na consultoria, o salário e o potencial de aprendizado são altos (o que pode ter peso 5), mas a jornada de trabalho é bastante longa (peso 2, se isso for um problema para você). Já a ONG, que também oferece um bom potencial de aprendizado, tem um salário menor mas uma jornada mais agradável. E por aí vai.

 

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