Coach de C-Level

Os programas de coaching promovem uma espécie de assessoria que envolve metodologia e processos estruturados para ajudar a melhorar o desempenho em aspectos da vida. Por meio de planos de ação e meta, os coaches guiam os coachees rumo ao progresso esperado – muitas vezes, no campo profissional. Entre os clientes desse ramo, também está o C-Level – incluindo CEOs. Mas em que aspecto profissional os executivos do topo do escalão corporativo precisam de orientação?

Especializado em atender o C-Level, o coach Rubens Pimentel declara que os programas de coaching precisam ter começo, meio e fim determinados desde o primeiro encontro. A duração, varia: de três a cinco meses, mas pode chegar a seis, no máximo. Esse é o ideal, segundo ele, mas quando se trata do seu público, a eficiência não é opcional. Os executivos não têm “tempo nem paciência para programas muito longos”. “Obteve resultado e ele passa para o próximo. É por isso que está no C-Level: é uma pessoa ‘de resultados’”, explica.

Rubens Pimentel / Acervo pessoal

 

Sua conexão com o grupo se deu por duas razões principais. A primeira, experiência e contato com os altos executivos consequências de sua atuação como consultor. Inclusive, ele buscou aprender sobre coaching, a princípio, com objetivo de encontrar ferramentas que o ajudassem em seus treinamentos dentro das empresas. Em segundo lugar, os resultados que atingia ao atender os níveis gerenciais foram notados pelos profissionais do alto escalão.

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Não existe formação que capacite, especificamente, um coach de C-Level. Uma das formas que Rubens encontrou para desenvolver conhecimento foi formar um grupo de coaching que se reúne periodicamente para estudar metodologia e ferramentas. “A gente desenvolveu um programa chamado ‘Coaching S.A’, aplicado só em empresas”, conta.

Principais demandas que um coach de C-Level atende

 

Modelo de hierarquia do C-Level / Reprodução 4thbin

Quando se trata dos CEOs, Rubens indica que sua principal demanda é relacionada à “solidão” que o cargo compreende. “Como tomar grandes decisões sozinho, como se relacionar com o conselho de administração e como conseguir com os vice-presidentes ou diretores, que estão abaixo, construir um time que seja coeso nas decisões?”, esclarece.

Nas outras áreas da C-Suite, como o VP, o diretor-comercial ou de RH, as questões costumam ser ligadas à liderança de time. Profissionais que não conseguem fazer com que a equipe seja unida e trabalhe junto ou que não sabe dar feedbacks, por exemplo.

“Não podemos esquecer que quem está no C-Level é gente também. Então, eles sentem medo, solidão, se sentem ameaçados por outras pessoas dentro da empresa e precisam saber lidar com esses comportamentos, dentro do espectro de tomada de decisão executiva.”

Por que executivos chegam ao topo com esses dificuldades? De acordo com Rubens, muitas vezes o profissional tem uma profissão técnica e não foi treinado para os desafios de liderança.

Outro motivo, para o coach de C-Level, é proveniente da gestão baseada na estrutura matricial, em que as pessoas são vinculadas às suas unidades funcionais mas movimentam-se de acordo com projetos. “Isso muda totalmente a forma de se relacionarem com pares, superiores e o time”, explica ele. Então, os programas de coaching auxiliam no desenvolvimento rápido de aspectos fundamentais para os resultados no curto e médio prazo, completa.

Sucessão de líder

“Estou terminando o trabalho com um executivo no C-Level que vai ser promovido e expatriado. Ele vai trabalhar na matriz da empresa nos Estados Unidos. A matriz perguntou para ele: quem vai ficar no seu lugar? Ele não tinha quem colocar porque ele, como líder, nunca pensou que uma das atividades seria formar seu sucessor, então ele não formou. É uma área super técnica da empresa, não vai encontrar fácil no mercado uma pessoa que faça o que eles fazem. Então a gente teve que fazer um programa de coaching para primeiro descobrir qual dos quatro profissionais abaixo dele estava mais pronto. Olhamos em três dimensões: técnica, gestão e comportamental. Escolhemos a pessoa e eu fiz um trabalho com esse diretor para ele preparar essa pessoa.”

Trabalhar como uma unidade

“Em outra multinacional, um caso de cinco diretores que trabalhavam bem individualmente, mas não juntos. Os cinco entraram em coaching com nosso grupo. Os diretores foram divididos e de tempos em tempos a gente fazia uma sessão com os três coaches e os cinco diretores na sala e conversávamos juntos com eles para que criassem unidade de time. Hoje eles têm unidade de time e trabalham bem juntos.”

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