Jovem sorrindo com notebook no colo

Fazer estágio durante a faculdade tem muitos benefícios, como a inserção no mercado de trabalho, possibilidade de aplicação de teorias aprendidas, experiência para enriquecer o currículo e até poder dar início a sua rede de contatos profissionais.

Para quem está na fase das primeiras decisões profissionais, no entanto, as experiências de estágio são ainda mais interessantes. Pelos aprendizados que proporcionam, elas podem ajudar a descobrir – ou confirmar – qual é sua carreira dos sonhos.  

A trajetória profissional de dois Líderes da Fundação Estudar, entrevistados pelo Na Prática, comprovam isso. Enquanto estudava Administração, Alexandre Maluli fez estágios para testar a carreira que pensava gostar, e também conhecer outras. Bruno Morato, por sua vez, trancou a faculdade de Medicina por um combo de estágios, com objetivo de ampliar seus conhecimentos em uma área completamente diferente.

O Programa Líderes Estudar oferece bolsa de estudo, mentoria, orientação de carreira, além do acesso à rede da qual Alexandre Maluli faz parte. As inscrições para a edição 2020 estão abertas. Candidate-se pelo Na Prática!

Vivenciar a profissão

Visto que proporciona vivência no campo, fazer estágio pode servir para confirmar (ou não) a inclinação profissional do estudante.

Alexandre, por exemplo, passou a vida inteira pensando que trabalharia no mercado financeiro. Ele ainda acreditava nisso quando presenciou uma palestra do criador do fundo de investimentos M Square, no Insper, onde cursava Administração. Por isso, o estudante resolveu pedir a ele um estágio de férias.

“Vi que era um fundo relevante e com gente boa, queria estar perto e aprender com eles”, conta. Apesar de a empresa, até então, nunca ter aberto a modalidade de estágio “de férias”, ele conseguiu a oportunidade.

Atuando na área de investimentos internacionais, o estudante analisava fundos, trackeava indicadores e trabalhava para melhorar o modelo de Excel da empresa. Mas, as atividades que exercia, e o dia a dia na instituição, o fizeram perceber que, na realidade, ele não se encaixava na área.

“Aprendi lá que preciso de algo mais ‘mão na massa’ – gosto de ter resultados palpáveis”, explica. Vivenciar o cotidiano, para ele, fez muita diferença. “Você pode ter uma ideia do que é trabalhar com isso, mas só vai entender quando estiver lá”, diz.

Ampliar os horizontes

No 4º ano de Medicina na Universidade de São Paulo (USP) – curso mais concorrido da instituição -, Bruno resolveu trancar a faculdade. Depois de perceber que a maior parte dos problemas da área não residia nos profissionais e sim nos processos, ele decidiu que poderia contribuir mais como um gestor. “Queria atuar em larga escala, de forma que impactasse muita gente ao mesmo tempo”, conta.

O estudante passou em um programa de estágio compartilhado, MIP (Master Internship Program), em que teve a oportunidade de trabalhar na Ambev, McKinsey & Company e no Credit Suisse.

Como o curso de Medicina não tratava de gestão – “nem sobre como gerir meu consultório”, brinca Bruno – fazer estágio serviu para lhe dar mais insight sobre um campo inexplorado. Sua intenção era conhecer mais sobre gestão, em geral, e aplicar o aprendizado na sua área.

Ele também desejava aprender sobre finanças, porque via que a saúde no Brasil, além de subfinanciada, também tem problemas de mau aproveitamento dos recursos.

Conhecer o funcionamento dos processos

Se o estudante sente que tem uma visão muito genérica sobre seu campo, é possível conhecer melhor os processos pertinentes, estagiando. Dessa forma, fica mais fácil entender exatamente onde se encaixaria como profissional.

Alexandre ainda estava na faculdade, quando o interesse pelo empreendedorismo fez com que procurasse trabalho em uma startup – para acompanhar o crescimento de uma empresa. Começou a estagiar na Startup Culture, rede social direcionada a empreendedores.

O que ele aprendeu aumentou sua vontade de empreender – caminho que decidiu, afinal, seguir. “Percebi o poder que a proatividade e a autonomia têm, e o controle que você tem de fazer as coisas acontecerem”, conta.

Ainda na faculdade, ele criou o site Estudar Com Você, uma plataforma de videoaulas voltada para universitários. A ideia partiu da dificuldade de estudar, que via, com frequência, nos colegas.

Durante o programa de estágios compartilhados (MIP), Bruno também fortaleceu o desejo antigo de empreender. Além disso, decidiu realmente atuar na área de saúde – especificamente com tecnologia, porque percebeu que “seria, possivelmente, a principal forma de dar mais acesso para ela, reduzindo ou mantendo custos”.

Ainda com a faculdade trancada, ele conseguiu outro estágio, desta vez, em uma startup, atuando exatamente com o que descobriu querer trabalhar: tecnologia e saúde. “Queria muito saber como era o começo de um negócio”, explica Bruno.

Leia mais: “A sua carreira começa no primeiro dia de faculdade”

Impulsionar o autoconhecimento

O autoconhecimento é a chave para descobrir qual é a carreira que se quer seguir. Fazer estágio é uma experiência que, de fato, o impulsiona. Depois de dois estágios intensos, Alexandre diz, hoje, ter uma noção clara do que quer fazer. “Sei que gosto de trabalho dinâmico, de ter autonomia, de poder me reinventar e gosto de variar, lidar com pessoas e, também, trabalhar sozinho”, possibilidades que encontrou no empreendedorismo. 

Na medida em que estagiar é o momento ideal para experimentar, trabalhar em funções e setores diversificados não é um problema. Pelo contrário, pode significar mais maturidade e, principalmente, mais habilidades desenvolvidas.

Segundo Bruno, que fez estágio em empresas de indústrias bem diferentes, isso faz com que “você se torne uma pessoa mais completa, constrói um kit ferramental para enfrentar qualquer tipo de problema, independente do contexto”. Assim, você não só decide qual é sua carreira dos sonhos, também se prepara para ela.

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