Atualmente eu lidero uma práticas dentro da consultoria, a McKinsey Digital, que está na intersecção da área de consultoria estratégica com a parte de assistência on-the-ground para nossos clientes no que diz respeito a tecnologias.

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Estamos sempre buscando construir uma equipe disposta a assumir riscos significativos, e capaz de criar aquilo que não pode simplesmente ser extraído das supostas “melhores práticas”. Dessa forma, além de conhecimento e domínio de conteúdo, há quatro traços essenciais que eu procuro quando estou recrutando pessoas para meu time:

1. Curiosidade e empenho: Busco alguém que seja como um bom jornalista, que quer a todo custo chegar ao real, à história completa. Sim, dados e análises são importantes. Mas você também precisa gastar sola de sapato: sair, conversar com as pessoas, e ser capaz de fazer as perguntas certas para realmente diagnosticar a situação do cliente.

2. Uma veia empreendedora: É necessário ter ceda dose de empreendedorismo, para forçar a arte do possível até o seu limite, surgindo com soluções e ideias, mas também uma atitude realista para entender as restrições que fogem ao nosso controle.

3. Compreender o efeito cascata: Para trabalhar com projetos dentro do cliente e fazer proposições efetivas, é muito importante que a pessoa consiga pensar levando em consideração as implicações secundárias e terciárias que suas ideias terão. É preciso ter a capacidade de entender como cada ideia ou mudança de cenário incide, por meio de efeito em cascata, sobre os empregos das pessoas, decisões políticas, incentivos e, acima de tudo, sobre os clientes de nossos clientes.

4. Ficar confortável no palco: Em outras palavras, sentir-se confortável de estar em cena em uma grande variedade de situações desafiadoras, que vão desde sessões de feedback e aconselhamento individual, à facilitação de grupos e grandes apresentações. Muitas vezes, motivar os nossos clientes requer um pouco de teatro, e, no mínimo, uma sensação de convicção e energia que você deve transmitir quando entra na sala.

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Assim, por mais que todo mundo saiba que a McKinsey utiliza a resolução de casos – as famosas case interviews – durante o processo de recrutamento, a chave para mim não está em olhar simplesmente para respostas de um candidato, mas sim para como o candidato se vira ao longo do ping pong que é minha conversa com ele. Ele faz perguntas, explora opções, considera todas as implicações envolvidas no caso?

Eu também quero ver um currículo que mostre verdadeira liderança, e desafio os entrevistados a descrever em detalhes alguma experiência em que eles foram capazes de mudar a opinião das pessoas – e como fizeram isso. No fundo, ser consultor é uma profissão de lidar com gente. A maneira com que o o candidato se relaciona com outras pessoas, inclusive para liderá-las, é um fator de sucesso absolutamente crítico.

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Com o tempo, eu descobri que os melhores candidatos são aqueles que entram na onda e me devolvem ideias, questionamentos e perguntas, da mesma forma que tentam aproveitar ao máximo os dados e informações que eu forneço durante a entrevista. Eu quero trazer essas pessoas para o meu time: gente que vai me ajudar a aprender e aumentar a média das minhas equipes.

Ultimamente, parece que muitas pessoas que estamos trazendo para o time da McKinsey Digital começaram suas carreiras em agências digitais, aprenderam o conteúdo, mas então perceberam que seus clientes precisam de algo maior do que o que a agência pode oferecer para fazer as mudanças reais que vão realmente alavancar seus negócios.

São candidatos que conhecem o lado mecânico, mas querem se lançar para abordar a estratégia, a organização e as mudanças de processo que seus clientes precisam. Essa fagulha empreendedora é o que procuramos! Assim nós, recrutadores, precisamos explorar se o candidato tem os traços fundamentais que eu descrevi acima. Todos os anos entrevistamos muitos jovens talentosos, e estamos animados com a forma como essas pessoas nos ajudam a crescer.

David Edelman é um dos líderes globais da McKinsey Digital, e trabalha de Boston. Ele se formou em Economia em Harvard, onde também fez MBA. Este artigo foi originalmente publicado em seu blog no LinkedIn.

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