Matheus Martins engenharia ambiental

Formado em engenharia ambiental e mestre em recursos hídricos e gestão de áreas contaminadas, Matheus Martins atua há mais de 10 anos como engenheiro de meio ambiente. Ainda na faculdade, ele foi aprovado no concurso da Petrobras para trabalhar como engenheiro e fez carreira na instituição. Experiente no gerenciamento de áreas contaminadas por hidrocarbonetos e águas subterrâneas, o líder da Fundação Estudar compartilha algumas dicas para jovens que querem seguir carreira na área ambiental.

Engenharia ambiental como carreira

A escolha pelo curso de engenharia ambiental se deu por uma mistura de afinidade com a área e oportunidade de trabalho. “O curso era muito recente quando eu fiz o vestibular. Sempre gostei e tive grande interesse por esses assuntos ambientais. A princípio, eu cogitava fazer geologia até que começaram a surgir as vagas nas universidades públicas para engenharia ambiental. Passei e segui carreira”, conta.

Ao longo dos estudos, Matheus se interessou pela área de recursos hídricos. “Hoje trabalho com o gerenciamento de áreas contaminadas por hidrocarbonetos, que são derivados de petróleo que eventualmente acabam atingindo o meio ambiente por conta de vazamentos e situações cotidianas. Isso impacta o meio subterrâneo e a gente tem essa missão de tratar aquela área e reabilitá-la para que ela não ofereça riscos à saúde humana, às comunidades e ecossistemas, além de outras atividades como garantir sustentabilidade corporativa e licenciamento ambiental”, esclarece.

O campo da engenharia ambiental é vasto e oferece muitas oportunidades para jovens profissionais, de acordo com Matheus. “Com o agravamento dos conflitos e crises ecológicas, da relação da sociedade com os impactos ambientais, temos uma situação de grandes problemas a serem atacados e grande demanda de serviço. Ainda mais que para os profissionais que trabalham nessa área que as demandas costumam ter um caráter compulsório. Além de inúmeras possibilidades de trabalho, existe uma necessidade de profissionais que estejam preparados para desenvolver tecnologias e métodos de trabalho e gestão que minimizem os riscos ambientais e consigam conciliar as atividades econômicas com a conservação ambiental”, esclarece.

A demanda do mercado

Quem quer trabalhar na área, precisa ter um interesse genuíno e vocação para lidar com o meio ambiente. “Não adianta seguir a carreira apenas porque vê oportunidades de bons salários e posições. É legítima essa opção, mas muito melhor quando há um interesse genuíno. Vai daquela ideologia de dar o melhor de si mesmo pela questão ambiental, de trazer uma contribuição efetiva para melhorar o mundo. É uma coisa que vem bem do interior que acaba te impulsionando a seguir carreira nessa área”. afirma.

Se especializar é fundamental para quem quer trabalhar com engenharia ambiental ou qualquer outra vertente relacionada ao meio ambiente. “A quantidade de gente formada nessa área aumentou muito porque houve uma grande procura por ter sido considerada uma profissão do futuro. Muita gente foi atraída por isso, e o mercado de trabalho ficou muito mais competitivo. Então, a atualização permanente se tornou algo fundamental para quem quer exercer a profissão. Associei uma vontade de continuar me aperfeiçoando com a necessidade de continuar desenvolver habilidades, aprendendo coisas novas e me especializando”, comenta.

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Outra particularidade da engenharia ambiental é a necessidade de aprendizado constante. “Jamais parar de estudar, não se acomodar e estar preparado para enfrentar interesses bem diferentes e bem diversos. O interessante da área ambiental é a multidisciplinaridade. Quando você tem muita gente envolvida, junta múltiplos atores e você tenta conciliá-los, chegar a consensos para diminuir os impactos ambientais de um plano, programa ou projeto. Esse gosto pelo diferente, pela interação com múltiplos atores é fundamental para seguir carreira nessa área. Você o tempo todo está se envolvendo em arenas de debate, fóruns de discussão com muita responsabilidade”, aponta.

E para isso ter soft skills e inteligência emocional podem ser ferramentas essenciais. “Se você está em um fórum, você tem que representar os interesses da sua categoria. Você precisa dialogar, discutir cenários ambientais, propostas de alocação de água, por exemplo, isso exige muita maturidade emocional e capacidade de articulação. É fundamental você estar aberto e ter essa empatia para saber quais são as necessidades do outro, para tentar a chegar uma situação que beneficie o maior numero de envolvidos possível”, pondera.

Para Matheus, fica cada vez mais claro a necessidade de levar a sério a ciência para lidar com problemas naturais, enfrentar as situações de crise e evitar a perda de tempo e recursos para resolver os problemas. “É lamentável que os investimentos em pesquisa estejam diminuindo porque mais do que nunca vamos precisar de dinheiro para fomento de pesquisas que tragam inovações para uma economia mais sustentável e menos impactante, com menos riscos sanitários. Mas quanto mais gente na engenharia ambiental, mais esforços são agregados. Mais gente mobilizada com esse espirito de trabalhar e melhorar as coisas. O movimento adquire força e a categoria ganha fôlego para participar de conselhos, discussões, influenciar o arcabouço legal e os rumos da politica nacional”, finaliza.

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