O Questionário Proust consiste em uma série de perguntas sobre a personalidade, conhecidas após a popularização das respostas do escritor francês que lhe dá o nome, Marcel Proust. Com temas que proporcionam a reflexão, o questionário favorece o autoconhecimento. Além disso, pode ser utilizado por quem busca compreender melhor outros – seu propósito inicial.
Sua origem se deu no Reino Unido, durante a Era Vitoriana (de 1837 a 1901), a partir dos “confession books” (em português, “livros de confissões”), em que os participantes respondiam perguntas pessoais. As questões, que vão desde gostos a percepções, variavam de acordo com cada edição dos livros.
À pedido de uma amiga, em 1886, Proust, na época adolescente, respondeu pela primeira vez às perguntas de um destes álbuns, chamado Confessions. An Album to Record Thoughts, Feelings, &c. Depois de sua morte, em 1924, quando ele já era reconhecido como grande escritor, o livro foi encontrado e seu conteúdo massivamente divulgado. Em 2003, o exemplar original respondido por Proust foi leiloado por cerca de 102 mil euros.
Antes um passatempo da classe alta, depois de popularizado os questionários começaram a inspirar entrevistas contemporâneas – sendo os conjuntos de perguntas a que Proust respondeu os mais utilizados como base.
Bernard Pivot, apresentador do talk-show francês “Apostrophes”, foi um dos primeiros a fundamentar suas entrevistas no Questionário Proust. James Lipton, apresentador do programa americano “Inside The Actors Studio” se inspirou em Pivot e fez o mesmo. Outro exemplo é a famosa revista americana “Vanity Fair”, que regularmente submete figuras de diversas áreas, como Donald Trump e David Bowie, às questões.
Como mencionado, as perguntas eram diferentes a cada álbum “confessions”. No entanto, os questionários mais famosos são os que o escritor francês respondeu.
Ainda que algumas perguntas do Questionário Proust possam ser menos relevantes atualmente, a atividade oferece possibilidade de autorreflexão e pode levar à conclusões desconhecidas sobre si mesmo. Também serve se o intuito é conhecer melhor outra pessoa, basta compartilhá-lo.
Confira a lista de perguntas e as respostas originais de Proust, traduzidas do site Open Culture, pelo Na Prática.
“Um desejo de ser amado, ou, para ser mais preciso, ser acarinhado e mimado, muito mais do que ser admirado.”
“A inteligência e o senso moral.”
“Encantos femininos.”
[em branco]
“Ter carinho por mim e se a sua personalidade é extraordinária o bastante para que seu carinho seja ainda mais valioso.”
“Não saber, não ser capaz de ‘querer’.”
“Amar.”
“Receio que ela não seja incrível o suficiente, não me atrevo a falar, tenho medo de destruí-la falando-a.”
“Não ter conhecido minha mãe ou minha avó.”
“Eu mesmo, como as pessoas que admiro gostariam que eu fosse.”
“Um país onde certas coisas que eu gostaria se realizassem como por mágica, e onde o carinho seria sempre retribuído.”
“A beleza não está nas cores, mas na harmonia delas.”
“Andorinha.”
“Atualmente, Anatole France e Pierre Loti.”
“Baudelaire e Alfred de Vigny.”
“Hamlet.”
“Berenice [de Jean Racine].”
“Beethoven, Wagner e Schumann.”
“Leonardo da Vinci e Rembrandt.”
“Sr. Darlu, sr. Boutroux.”
“Cleópatra.”
“Eu só tenho um de cada vez.”
“O que é ruim sobre mim.”
“Não sou instruído o suficiente.”
“Meu serviço militar!”
“Força de vontade e sedução.”
“Melhorado – e amado.”
“Entediado por ter pensado em mim mesmo para responder a todas essas perguntas.”
“Aqueles que entendo.”
“Tenho medo de que contar me traga má sorte.”
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