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Por que Google, IBM e outras grandes empresas não exigem diploma

Um novo tipo de colarinho. É assim que Ginni Rometty, CEO da IBM, descreveu os novos tipos de trabalho que a empresa quer preencher em áreas também novas como cibersegurança, data science, inteligência artificial e negócios cognitivos.

Embora seja uma referência aos colarinhos brancos e azuis que ainda classificam muitos empregos hoje em dia, o termo é um exemplo de um novo tipo de processo seletivo, especialmente na indústria tecnológica.

Trata-se de uma seleção baseada em habilidades, não mais em diplomas. E não é só quem não frequentou uma faculdade que se beneficia, mas também quem quer mudar de rumos na carreira e trabalhar com algo totalmente diferente.

É um bom desenvolvimento para ambos os lados: um número maior de pessoas pode participar de processos seletivos e as empresas podem diversificar seus pipelines de talentos.

Leia também: 3 conjuntos de habilidades que vão garantir que você não fique sem emprego no futuro

Invista em treinamentos e cursos

Mais de um terço dos recém-contatados pela IBM nos últimos dois anos, por exemplo, não se formaram nos moldes universitários tradicionais. E faz anos que o Google divulga ativamente que candidatos podem ter se formado em certa área _ou_ ter experiência equivalente.

“O que mais importa é ter as habilidades relevantes, que às vezes são obtidas através de treinamentos”, continuou Rometty. Esse tipo de treinamento pode tomar diversas formas, de um bootcamp de programação presencial a um curso online estruturado, como um programa Nanodegree da Udacity, ou estudos autodidatas.

A Intel, outra gigante do segmento, também já começou a investir nessa seleção e foca em iniciativas educacionais para encontrar e capacitar talentos de engenharia e ciência da computação.

Isso não significa que diplomas são inúteis – apenas que não definem mais futuros profissionais da maneira que costumavam.

“As qualificações acadêmicas seguem sendo uma consideração importante quando candidatos estão sendo avaliados, mas não serão mais uma barreira para quem quer colocar um pé na porta”, disse Maggie Stilwell, uma das responsáveis pela seleção de talentos da consultoria Ernst and Young, ao Glassdoor.

Como se destacar em uma entrevista, segundo o Laszlo Bock

Para demonstrar seu potencial, especialmente quando se trata de empregos ligados à tecnologia, candidatos podem investir em projetos pessoais e portfólios, que são uma forma palpável de demonstrar suas capacidades.

Outro ponto essencial é se preparar para a entrevista. Em um artigo publicado pelo jornal The New York Times, Laszlo Bock, que foi responsável pela seleção do Google por uma década, explicou como se destacar nesse momento.

1. Tenha (e mostre) persistência

A primeira coisa que o Google busca é habilidade cognitiva geral, o que significa “a habilidade de aprender e resolver problemas“.

Para Bock, mesmo que você não seja o melhor em algo difícil, não significa que deva desistir – e é especialmente útil persistir em treinamentos analíticos, lógicos e formais, que vão ajudá-lo mais para frente a absorver novos aprendizados.

“Um conjunto de conhecimentos que será inestimável é a habilidade de entender e aplicar informações”, continua. Isso vai ajudá-lo a avançar em seus estudos, obter novas

habilidades e criar novos projetos.

2. Escreva um bom currículo

A chave, segundo Bock, é destacar suas fortalezas da maneira correta. “Emoldure-as como: ‘Eu conquistei X, em relação a Y, ao fazer Z.'”, resume.

“A maioria das pessoas colocaria ‘escrevi editoriais para o The New York Times‘, mas seria melhor dizer: ‘Publiquei 50 editoriais, enquanto a maioria dos editorialistas publica 6, por ter oferecido insights aprofundados sobre uma dada área ao longo de três anos.'”

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3. Se prepare para as entrevistas

Com essas fortalezas bem destacadas no papel, é preciso se preparar para apresentá-las pessoalmente e agregar valor à sua candidatura.

“Você deve dizer: ‘Aqui está o atributo que vou demonstrar. Aqui está a história que o demonstra. E aqui está como essa história o demonstra'”, explica. “Em uma entrevista, a maioria das pessoas não explicita o raciocínio por trás de suas ações ou motivos.”

 

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