A ideia foi popularizada pelo cientista Peter Senge em “A Quinta Disciplina” (1990) – obra que foi considerada pela Harvard Business Review, em 1997, uma das mais inspiradoras sobre Administração em 75 anos. O livro (em inglês, “The Fifth Discipline”) sugere uma visão sistêmica de todos os aspectos da vivência humana, inclusive o trabalho. Nele, o cientista propõe uma abordagem ampla e interdisciplinar para a administração das instituições.
De acordo com Senge, as Learning Organizations são estruturadas em cima da concepção de “aprendizagem organizacional”. O que significa que são voltadas para uma cultura de aprendizado, para a inovação e para a disseminação de conhecimento por todas as áreas. O autor procura mostrar que a aprendizagem organizacional é um fenômeno individual e coletivo, que precisa ser relacionado à cultura interna, pois é chave para a competitividade e sobrevivência das instituições.
Enquanto muitas empresas se preocupam em buscar um líder que, finalmente, inspire mudanças, segundo a A Quinta Disciplina, eles deveriam procurar desenvolver a cultura de aprendizado. Com ela, os trabalhadores conseguem expandir continuamente sua capacidade de criar resultados e novos padrões de pensamento. Só assim, as instituições se adaptam e se destacam em seu mercado, explica o cientista.
Para criar uma Organização de Aprendizagem, Senge recomenda aos altos executivos construir uma base de propósitos e valores fundamentais para a organização, criar processos de aprendizagem efetivos e desenvolver políticas orientadoras para o negócio.
Além destas sugestões, Senge propõe a prática do que ele chama de “disciplinas”, que podem servir de um guia de cultura de aprendizado para transformar qualquer empresa em uma Learning Organization.
Consiste em “esclarecer e aprofundar a visão pessoal continuamente, concentrar energias e desenvolver a paciência”, explica ele. Dois fatores importantes nessa disciplina são: definir o que é importante e ser capaz de ver a realidade como ela é.
Os modelos mentais incluem as presunções e generalizações que influenciam as práticas da empresa. Senge sugere diminuir a influência da hierarquia oficial e promover honestidade, extinguindo os “jogos de poder”. Promover a reflexão coletiva sobre eles é o primeiro passo para transformá-los.
Expressa-se na disseminação da visão da organização. Desta forma, segundo o cientista, os funcionários vão querer participar do desenvolvimento dos processos para alcançar o objetivo. Assim, “as pessoas não jogam de acordo com as regras do jogo, mas se responsabilizam pelo jogo”, diz Senge.
“O aprendizado em grupo começa com o diálogo, a capacidade dos membros de uma equipe de acabar com as suposições e pensar, genuinamente, em conjunto”. Esta disciplina é importante porque o trabalho em equipe leva a resultados que, sozinhos, os funcionários não conseguiriam alcançar. As duas principais práticas desta disciplina são o diálogo e a discussão.
Por último, o pensamento sistêmico, alicerce da Learning Organization”. Basicamente, é a compreensão interdisciplinar dos sistemas que envolvem uma organização. Consiste no entendimento da interdisciplinaridade das relações que estruturam os processos, e suas consequências.
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