Desde 2006, ano em que fundou o HubSpot (startup de softwares de marketing, vendas e CRM), Dharmesh Shah atua como Chief Technology Officer (CTO).

Ao longo de sua trajetória como empreendedor no universo de startups – que começou nos anos 1990 e passou pelo prestigioso Massachussetts Institute of Technology (MIT), onde obteve seu mestrado e MBA – ele aprendeu a importância da confiança para a carreira.

Em um post recente no LinkedIn, compartilhou algumas lições sobre o tema. Confira abaixo a tradução do Na Prática:

Primeiro: confiança não é bravata ou arrogância, ou mesmo uma demonstração de coragem. Confiança não é algo ousado ou um ar presunçoso de crença em si mesmo.

A confiança é discreta: é uma expressão natural de habilidade, expertise e autoestima.

Tenho a sorte de conhecer várias pessoas verdadeiramente confiantes. Muitas trabalham comigo no HubSpot, outras são fundadores de suas próprias startups. Mas a maioria são pessoas que conheci ao longo de minha carreira e que trabalham em uma série de indústrias e profissões.

Não surpreende que eles tenham várias qualidades em comum:

1. Elas se posicionam não porque estão sempre certas… Mas porque não têm medo de errar

Pessoas arrogantes tendem a tomar uma posição e então proclama-la e totalmente rejeitar opiniões ou pontos de vista diferentes. Eles sabem que estão certos – e querem (na verdade precisam) que você saiba também.

Seu comportamento não é um sinal de confiança, no entanto. É sinal de bullying intelectual.

Pessoas verdadeiramente confiantes não se importam em serem provadas erradas. Acham que descobrir o que é certo é mais importante do que estar certo. E, quando estão errados, são suficientemente seguros para voltar atrás de maneira graciosa.

Pessoas verdadeiramente confiantes admitem com frequência que estão erradas ou que não têm todas as respostas. Quem pratica bullying intelectual nunca faz isso.

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2. Elas escutam dez vezes mais do que falam

Gabar-se é uma máscara para a insegurança. Pessoas verdadeiramente confiantes são quietas e discretas. Eles já sabem o que pensam e querem saber o que você pensa.

Então fazem perguntas abertas que dão aos outros a liberdade de pensar e ser introspectivo. Eles perguntam o que você faz, como faz, do gosta em relação a isso, o que aprendeu… E o que deveriam fazer se se encontrassem numa situação similar.

Pessoas verdadeiramente confiantes sabem que têm muitos conhecimentos, mas queriam saber mais… E sabem que o único jeito de aprender mais é escutar mais.

3. Elas se esquivam dos holofotes para que outros recebam atenção

Talvez seja verdade que fizeram a maior parte do trabalho. Talvez eles realmente tenham ultrapassado grandes obstáculos. Talvez seja verdade que transformaram uma coleção disparatada de indivíduos em uma equipe de perfomance incrivelmente alta.

Pessoas verdadeiramente confiantes não ligam – pelo menos, não demonstram. (Por dentro estão orgulhosas, como deveriam.) Pessoas verdadeiramente confiantes não precisam da glória. Elas sabem o que conquistaram.

Não precisam da validação alheia porque sabem que a validação verdadeira vem de dentro.

Então ficam nas fileiras de trás e celebram suas conquistas através dos outros. Ficam para trás e deixam os outros brilharem – uma injeção de confiança que ajuda os outros a se tornarem verdadeiramente confiantes também.

4. Elas pedem ajudam livremente

Muitos acham que pedir ajuda é sinal de fraqueza. Fica implícito no pedido uma falta de conhecimento, habilidade ou experiência.

Pessoas confiantes são suficientemente seguras para admitir uma fraqueza. Então elas frequentemente pedem ajuda, não só porque têm segurança para admitir que precisam mas também porque sabem que buscar outra pessoa para ajudá-las transparece como um enorme elogio.

Dizer “você pode me ajudar?” mostra um grande respeito pela expertise e julgamento de indivíduos. Caso contrário você não perguntaria.

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5. Elas pensam: “E por que não eu?”

Muitas pessoas sentem que precisam esperar serem promovidas, contratadas, selecionadas, escolhidas… Como o velho clichê hollywoodiano, aguardam serem descobertas de alguma forma.

As pessoas verdadeiramente confiantes sabem que acesso é quase universal. Elas podem se conectar com quase qualquer pessoa através das redes sociais. (Todo mundo em sua rede conhece alguém que você deveria conhecer.) Elas sabem como atrair investimentos, criar produtos, construir relacionamentos e redes e escolher seus próprios caminhos – podem escolher o caminho que quiserem.

E discretamente, sem chamar atenção, vão lá e fazem.

6. Elas não derrubam os outros

Falando de maneira geral, as pessoas que gostam de fofocar ou falar mal dos outros o fazem porque esperam que, em comparação, pareçam melhores.

A única comparação que uma pessoa verdadeiramente confiante faz é com quem ela era ontem – e com quem ela espera ser algum dia.

7. Elas não têm medo de parecer bobas

Correr por aí de roupa de baixo é certamente algo extremo mas, quando você é verdadeiramente confiante, não se importa de estar ocasionalmente em um situação que não representa seu melhor.

(E curiosamente as pessoas tendem a te respeitar mais, e não menos.)

8. … E assumem seus próprios erros

A insegurança tende a criar artificialidade e a confiança, sinceridade e honestidade.

É por isso que as pessoas verdadeiramente confiantes admitem seus erros. Elas aproveitam seus erros. Não se importam que eles sirvam como contos preventivos. Não se importam em ser alvo de risos – dos outros e de si mesmos.

Quando você é verdadeiramente confiante, não se importa de ocasionalmente “mal”. Percebe que, quando você é genuíno e despretensioso, as pessoas não riem de você. Riem com você.

9. Elas só buscam a aprovação de quem importa

Você diz que tem 10 mil seguidores de Twitter. Ótimo. Vinte mil amigos no Facebook. Legal. Uma rede social e profissional de centenas, até milhares? Fantástico.

Mas isso é pouco comparado a ganhar a confiança e respeito das poucas pessoas em sua vida que realmente importam.

Quando ganhamos sua confiança e respeito, não importa onde você vá ou o que tente, tem verdadeira confiança porque sabe que as pessoas que realmente importam estão nos dando apoio.

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Artigo originalmente publicado no LinkedIn

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