O conselho de administração é uma estrutura comum na governança de empresas, órgãos do governo e até de organizações sem fins lucrativos. Trata-se de um grupo de profissionais experientes que acompanha o trabalho realizado pela diretoria. No caso de empresas de capital aberto, o conselho atua como “a voz dos acionistas” nas decisões mais importantes.
Mas não são apenas empresas de grande porte que podem ter um conselho – a Endeavor, por exemplo, recomenda fortemente que seus empreendedores adotem Conselhos Administrativos ou Consultivos. A diferença entre esses dois é que, enquanto o Conselho Administrativo tem de fato uma atuação deliberativa, o Conselho Consultivo atua mais como um mentor para a organização, oferecendo pareceres e recomendações que podem ou não serem adotadas.
Mas o que faz, de fato, um conselheiro de uma empresa? E qual a rotina de um profissional que se dedica a essa função? Mario Mello, ex-diretor geral do PayPal Brasil e que hoje compõe o conselho de empresas como Construtora Tenda e Track & Field, explica que as principais responsabilidades estão relacionadas à visão estratégica da organização. “O planejamento dá o norte da agenda, e o conselho avança em temas a cada reunião para evoluir esta estratégia”.
No cenário ideal, ele diz, a diretoria envia os materiais a serem discutidos cerca de 3 dias antes. As reuniões, que podem ter uma frequência mensal ou superior, duram entre 2 e 8 horas. “Nessas reuniões, há muito de atualização, deliberações e decisões sobre investimentos – como por exemplo, no caso da construção de uma fábrica nova, a administração precisa convencer o board da necessidade”.
Também há casos, segundo ele, em que o conselheiro assume uma posição de suporte à administração – quase como um mentor. “Perguntamos para o CEO: o que está te fazendo perder o sono? E assumimos uma atuação bastante prática com relação às principais oportunidades”.
Tanto as atribuições do conselho quanto sua organização são geralmente determinadas por regulações governamentais e pelo estatuto da própria organização. Essas orientações especificam o número de membros do conselho, como eles devem ser escolhidos e a frequência das reuniões. A maior parte dos conselhos varia entre 3 e 30 membros, mas alguns analistas apontam que o número ideal é 7.
A B3, por exemplo, explica em seu site que seu conselho de administração é responsável pela “definição de estratégia e orçamentos anuais, bem como decisão sobre quando chamar Reuniões de Acionistas e propor divisão de dividendos”. Lá, o Conselho também é responsável por eleger e supervisionar os diretores e escolher auditores externos. O conselho se reúne mensalmente e os 11 membros são eleitos nas Reuniões de Acionistas para um mandado de 2 anos.
Conselhos não são apenas compostos de executivos aposentados ou próximos do encerramento de suas carreiras. Mario Mello começou bastante jovem – aos 37 anos, quando assumiu o conselho da Visanet. No entanto, a essa altura ele já acumulava vasta experiência em posições de diretoria e gestão de pessoas.
Este é o caminho para assumir uma posição de conselheiro – acumular experiência relevante no setor, com vivência em altos níveis de gestão e tomada de decisão. O WalMart, por exemplo, afirma que procura board members com “realizações profissionais relevantes, ampla experiência e sabedoria, integridade, experiência com e entendimento do ambiente de negócios”, além de algumas expertises específicas, como “experiência com e-commerce e tecnologia, marketing, finanças ou jurídico”.
Ou seja, para se tornar um membro do Conselho de Administração, quanto mais qualificações forem trazidas à mesa, melhor. Pesquisar sobre a trajetória de conselheiros de empresas em que você desejaria atuar é outra forma de identificar o que ela estaria buscando em novos membros.
Por fim, é importante que você estabeleça boas relações nas organizações pelas quais passar e nas suas interfaces profissionais, de forma a deixar portas abertas para uma possível recomendação.
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