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Entenda o trabalho em fundos de venture capital e private equity

Homem faz apresentação em reunião de trabalho

Carreira ideal para os criativos que adoram números e não fogem a uma boa negociação, a gestão de fundos de venture capital e private equity ainda é uma atividade relativamente nova por aqui – e promissora.

Isso porque apesar de existir há mais de 20 anos, este mercado no Brasil completa apenas uma década em “processo constante e com mais coerência”, segundo Miguel Perrotti, fundador da gestora de fundos de investimento Invest Tech, focada em venture capital e private equity para o mercado de tecnologia da informação e comunicações.

Leia também: O que é private equity e qual o perfil do profissional?

“É uma área que tem mercado potencial e poucos gestores”, diz Guilherme Monteiro, gestor do Capital Tech II, um dos fundos da Invest Tech.

Falta de profissionais qualificados e as perspectivas do setor podem significar salários atrativos para quem colhe bons resultados. A média para alguém com certa experiência é de 300 mil reais a 400 mil reais por ano, sendo um terço do valor como remuneração fixa e o restante variável. Ou seja, meritocracia é palavra de ordem entre os gestores de fundo.

O que faz um gestor de fundos?

Guilherme Monteiro tem 31 anos e sob sua responsabilidade está o Capital Tech II, um fundo de investimentos milionário: 209 milhões de reais. Entre os investidores estão “nomes de peso” como Caixa Econômica Federal, Grupo Telefonica e BNDES.

“Eles nos confiaram este dinheiro para fazer a gestão, a partir da tese de investimento que apresentamos a eles”, diz Monteiro. Com o dinheiro, o gestor do fundo e sua equipe investem em empresas privadas do ramo de tecnologia da informação e comunicações, que são o foco da gestora.

Leia também: Entenda a indústria de private equity no Brasil

“Nosso objetivo é encontrar empresas alinhadas ao perfil do fundo, entrar em contato com elas e negociar investimento de dinheiro em troca de participação societária”, diz Monteiro.

Depois desta fase negocial, vem o que Monteiro descreve como a etapa de agregar valor. A meta é tornar a empresa mais rentável e, por isso, valiosa aos olhos do mercado. “Nós levamos para a gestão da empresa uma série de competências, fazendo plano estratégico de negócios e, inclusive, indicação de executivos”, diz.

Alcançada a meta de crescimento no valor de mercado da empresa chega-se à fase final, quando o fundo deixa de participar da estrutura societária da companhia. “Ou encontramos outro investidor que compre a participação na empresa ou uma empresa que tenha o entendimento de que existe valor nessa companhia em que investimos”, diz Monteiro.

Outra solução de saída possível é abrir o capital da empresa na Bolsa de Valores. “No Brasil, esta alternativa é a mais difícil, por conta das condições do mercado”, diz.

Leia também: ‘Transformar as empresas é inspirador’, diz analista de private equity

Competências necessárias

O viés técnico financeiro deve ser bem forte no profissional que escolhe esta carreira. Por isso, formações em administração de empresas e economia se destacam na profissão. Conhecimentos de governança corporativa também são requeridos, já que é preciso apresentar regularmente relatórios sobre as empresas aos investidores do fundo.

Mas não basta adorar números e “devorar” balanços empresariais para se dar bem, afirmam Monteiro e Perrotti. “Eu brinco que é preciso ter um quê de artista e um quê de engenheiro”, diz Perrotti.

É que além do lado exato, matemático, a carreira pede habilidades mais ligadas às áreas de humanas, como liderança, criatividade e negociação, por exemplo, além de visão estratégica de negócios.

Leia também: Como funciona o mercado de venture capital na prática

No entanto, não espere aprender na faculdade estas duas últimas habilidades. “Até aprendi conceitos de negociação e de visão de negócio, mas estas são competências que dependem muito mais da experiência que o profissional adquire ao longo da trajetória”, diz Monteiro, formado em administração de empresas pelo Insper.

Segundo a Perrotti, é justamente essa combinação entre a criatividade empresarial e o viés financeiro que fez a Invest Tech decolar desde a sua fundação.

Ele era empresário da área de TI diz ter trazido para a gestora um pouco do lado emocional do empresário, um tomador de riscos, por excelência. Já Maurício Lima, que também é sócio-fundador da Invest Tech veio do mercado financeiro e tem perfil extremamente analítico.

“São dois perfis. É preciso ter essa visão de criar, desenvolver, montar o projeto e acreditar num sonho não dá certo. Se for muito analítico acaba não fazendo nada”, diz.

 

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Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com 

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