desenvolvedor trabalhando em código

A expectativa é que o mercado de tecnologia da informação sofra menos com os solavancos da economia brasileira neste ano. “Mesmo que os números deste 2º trimestre que está em curso já reflitam recessão, a demanda por profissionais de TI existe e a expectativa é que o mercado cresça acima da economia em 2015.”, diz Marcelo da Silveira, sócio da consultoria de recrutamento em TI Conquest One.

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De acordo com ele, mesmo com a indústria retraída, há  setores mais “saudáveis” no momento que compensam o fraco desempenho industrial. “Construção, farmacêutico e tecnologia são setores que estão bem e contratando, o que equilibra a balança”, diz.

Um dos motivos que explicam o fôlego específico do mercado de tecnologia da informação é o fato de a área ser uma das principais alternativas para turbinar a produtividade das empresas. “Quando há uma recessão, as empresas precisam produzir mais mesmo com redução de funcionários e TI é parte desta solução”, explica.

Desenvolvedores são os mais buscados

Dentro do leque de atuação em TI, a área de desenvolvimento é a que se mostra mais promissora para profissionais, segundo a consultoria. No ano passado, desenvolvedores responderam por quase metade (41%) das vagas de TI preenchidas, segundo levantamento da Conquest One.

A demanda por desenvolvedores deve seguir em alta neste ano. Tecnologias como Dot.Net, PL-SQL e Java são as especialidades mais procuradas, de acordo com divulgados pela consultoria. No ano passado, juntas somaram 28% das oportunidades preenchidas.

A procura também é alta para preencher quadros na área de infraestrutura de TI. Dentro deste grupo, analistas de suporte foram requisitados em 11% das vagas nesta área, seguidos por consultores Windows (6%) e DBAs (5%), que são os administradores de bancos de dados. No total do ano passado, profissionais de TI ligados a infraestrutura foram requisitados em 28% das oportunidades anunciadas pela consultoria.

Mas esta não é uma tendência que deve se sustentar por muito tempo, segundo Silveira. “A área de infraestutrura vem sofrendo impacto em função de consolidação. Muitas empresas estão transferindo dados para nuvem o que diminui o número de posições ligadas à manutenção da infraestrutura de rede nas empresas”, diz o sócio da Conquest One.

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Experiência e inglês são requisitos 

Má notícia para quem está em começo de carreira. A preferência das empresas é por profissionais com certa bagagem no currículo. No ano passado, 90% das vagas foram direcionadas aos níveis pleno, sênior ou gerencial. A tendência segue neste primeiro trimestre de 2015, 20% das oportunidades foram para cargos de liderança, para atuar nas funções de líderes e gerentes de projetos.

Mas Silveira recomenda cautela ao analisar estes números. “Embora a gente trabalhe em multiplataformas, somos mais focados no recrutamento de especialistas”, diz. Outro fator que ele cita é o fato de profissionais em começo de carreira em TI trabalharem menos por projetos. São, como ele, diz mais “internalizados” nas empresas.

Seja para quem dá os primeiros passos na carreira em tecnologia, seja para quem já trilhou um caminho de carreira, o domínio de inglês é um diferencial de destaque. Em 2014, 10% das vagas traziam esta exigência.

Não basta aquele conhecimento instrumental, segundo Silveira. “O profissional deve saber se comunicar em inglês durante reuniões e conferências por telefone. Quem consegue se destaca”, diz.

Os setores que mais contratam 

“Surpreendentemente o setor de construção está aquecido e vemos demandas para profissionais de TI em todas as áreas dele”, diz Silveira.

Segundo ele, o fato que haver espaço para profissionais neste setor se deve ao fato de o “casamento” entre TI e construção ser mais recente. “A área de TI ainda está em desenvolvimento no setor de construção. Não é como os setores farmacêutico ou bancário que já têm áreas de TI mais consolidadas”, diz.

Para os próximos meses,  a consultoria aposta numa escalada de oportunidades de TI no setor financeiro, voltadas a projetos de mobilidade e segurança. ” TI já é core do setor financeiro”, diz Silveira.

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

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