trabalhar em e-commerce

Se a internet cortou caminhos em muitas das atividades do cotidiano, comprar é uma das que o processo ficou tão simplificado quanto popular. Tanto que a maioria das marcas tradicionais já expandiu seus serviços para a internet e há muitas lojas que abrem primeiramente – e até exclusivamente – online.

Enquanto isso significa mudanças na experiência dos consumidores, para as companhias, o ciclo de inovação ajusta sua velocidade para se adequar ao mundo virtual. O resultado é um dia a dia “dinâmico”, como caracteriza Ingrid Grasser, gerente de e-commerce da Centauro

“As decisões são tomadas com base em dados de venda e acessos real time, permitindo mudanças de rumo estratégico ao longo do dia, tanto em precificação quanto em alocação de recursos em canais de marketing”, explica.

Para quem se interessa em empreender no ramo, a profissional considera importante ter um planejamento e o entendimento pleno do papel de todos os setores, como o de marketing, estratégia de vendas, logística, financeiro, etc. “Ter trabalhado em uma empresa antes pode ajudar a esclarecer essa dinâmica”, afirma ela.

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Desafios do setor

No dia a dia, trabalhar em e-commerce significa ter como foco o desafio de se adaptar para garantir satisfação dos clientes e qualidade no atendimento, acompanhados de crescimento rentável. “Com tanta informação disponível a um clique no celular, os consumidores deixarão de comprar em um varejo que ofereça simplesmente um produto”, diz a gerente.

A solução, então, é se diferenciar agregando valor com produtos e serviços, segundo Ingrid, que afirma ter entre os principais desafios no seu cargo a gestão de resultados dos canais de marketing e alocação dos investimentos, além da definição da estratégia de preços e controle das linhas de despesa.

Para Pedro Albuquerque, coordenador de novos negócios em e-commerce do Magazine Luiza, a influência do quesito “humano” ser menor causa mudanças fortes. “Faz com que a venda dos produtos e serviços tenha que ser feita de maneira bem objetiva”, destaca o coordenador. Por isso, há um esforço para otimizar o processo de compra, para que ele envolva poucos cliques e corra de maneira “intuitiva” ou bem suportada digitalmente, com conteúdos explicativos e clareza nas informações.

Além disso, “todos os concorrentes estão a um clique, o que faz com que a competição seja muito mais acirrada”, complementa ele. Como consequência, a exigência para trabalhar em e-commerce é grande.

Sua própria atuação serve como exemplo de como a versatilidade é prezada pelo setor. Com um time responsável por um dos canais de vendas, cuida de toda a parte estratégica do site e de desenvolvimento de produto. Na prática, seu trabalho envolve diversas áreas, além da adequação do serviço ao site próprio e ao aplicativo.

Habilidades valiosas para trabalhar em e-commerce

De acordo com Lucas Mendes, ex-sócio e CMO do Beleza na Web, o ramo exige certo conhecimento de dados. “Quem domina sabe tomar decisões baseadas em dados acaba por ter uma vantagem competitiva significativa para crescer”, resume ele.

Na época em que atuou na companhia de comércio online de cosméticos, via nesse fato uma das dificuldades, já que “encontrar profissionais de marketing com habilidades analíticas era raro”. “Acabamos tendo que formar alguns deles internamente” completa.

Porém, viu isso mudar nos últimos 5 anos. Atualmente trabalhando na Revelo, plataforma de recrutamento especializada em tecnologia que cofundou, vivencia um cenário bem diferente. Para Lucas, a capacidade de alavancar os dados para tomar decisões de negócio uma habilidade útil para trabalhar em e-commerce.

Por exemplo, conhecendo o comportamento de compra do usuário em detalhe, pode estimular a recorrência e criar uma vantagem competitiva. Não só isso: ter “pegada” e ser orientado a resultados também são características que combinam com o setor, segundo ele.

De acordo com Pedro, estar sempre atualizado e buscando coisas novas – como tendências, canais de comunicação e ferramentas – ajuda a tirar melhor proveito das plataformas e transformá-las em conversões (venda, aquisição de cliente, reviews e etc). Perfis analíticos, criativos e comerciais se encaixam no setor, contanto que o profissional tenha “habilidade de se adaptar rapidamente”.

Já Ingrid aponta a importância de um perfil analítico – apesar do background variado – e do domínio de ferramentas que possam suportar a tomada de decisão, para trabalhar em e-commerce. No entanto, uma característica comum é a capacidade de “resolver problemas”. “Como dizemos aqui, [serem] inconformados, pois os desafios são constantes. Nossas plataformas de venda ficam ativas 24/7 e precisamos estar sempre alertas”, explica.

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