Escritório com pessoas trabalhando

“Seja a mudança que você quer ver no mundo”. A frase de Gandhi pode até ter se tornado um tanto clichê, mas é a mais pura verdade se tratando de impacto social. E é nisso que acreditam algumas iniciativas desse segmento, voltadas especificamente para o engajamento cívico, como o Civi-co, espécie de coworking cívico social; a Colab.re, rede social focada em cidadania; e o Pipe Social, vitrine que conecta negócios e investidores.

Mesmo com diferentes propostas, os três seguem o mesmo objetivo: trazer benefícios e gerar impacto para a sociedade.

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CIVI-CO

Inaugurado em outubro de 2017, o Civi-co se apresenta como um “espaço para reunir pessoas e organizações que geram transformações positivas na sociedade, no espaço público e governamental”. A iniciativa surgiu quando Patrícia Villela Marino (sócia do projeto ao lado de Ricardo Podval) sentiu a necessidade de expandir o local em que as instituições que trabalhava – Humanitas360 e Instituto PDR – ocupavam.

Em vez de pensar apenas em suas necessidades, decidiu criar um espaço em que outras pessoas que trabalhassem com impacto cívico social pudessem se reunir. A ideia do civi-co é exatamente essa, como explica o Gerente de Comunidade Vitor Beloti: “procuramos focar no empreendedor cívico-social. É uma forma de ver a população como agentes de mudança e fugir do estigma de que o sistema é complicado, até porque nós somos o sistema”.

Mais do que um coworking, eles pretendem ser uma espécie de rede, localizada em um prédio de cinco andares e 1.700 metros quadrados em Pinheiros. Hoje já abrigam 42 organizações, como o Grupo Tellus, Veduca, Transparência Brasil e Gerando Falcões.

O objetivo está claro: ser um ambiente que estimule a troca entre as organizações ali presentes. “Quando você está há muito tempo na área social repara que todos estão tão atarefados que muitas vezes não se comunicam entre si. Sendo que a solução do nosso problema poderia estar perto, só faltava esse espaço de troca”, opina Vitor.

Pelo foco claro em iniciativas cívicas, Vitor, que é também um empreendedor social, tem a responsabilidade de filtrar e buscar organizações para fazer parte do civi-co: “se a sua comunicação não estiver claramente mostrando esse caminho (do impacto social), talvez aqui não seja o seu lugar e dessa maneira nosso ecossistema não poderá te ajudar”, explica.

É dele também a função de gerir o relacionamento com as organizações membros, procurando entender suas necessidades e oferecer ferramentas de desenvolvimento. Esse é um dos pontos que diferencia o espaço de Pinheiros de um coworking comum – eles, inclusive, querem que as pessoas não os vejam apenas como um local de trabalho. Um exemplo são as parcerias oferecidas: advogado pro bono, análises de cultura, produção de vídeo de storytelling e eventos.

Todos os eventos são abertos ao público para que o civi-co seja visto também como um espaço a serviço da população. “Temos o entendimento que todas as inciativas sociais – sejam elas quais forem – não se comunicam com as políticas públicas e isso já é incoerente na essência do Impacto Social, porque é realmente aonde você alcança escala. Para a gente é muito interessante trazer o político, que é à base da sociedade, para cá”, resume.

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COLAB.RE

Criado em 2013 por cinco empreendedores pernambucanos (Bruno Aracaty, Gustavo Maia, Josemando Sobral, Paulo Pandolfi e Vítor Guedes), o Colab.re é uma rede social focada em políticas públicas, com o objetivo de criar uma gestão colaborativa entre a população e o poder público.

O programa fecha parceria com prefeituras e empresas – atualmente são mais de 100 entidades ativas – e cria um canal direto de reclamação e sugestões. Por meio do site ou do seu celular você pode identificar um problema, fazer uma reclamação e acompanhar o desenrolar do processo.

O contrário também acontece: as prefeituras ou empresas usam o canal para fazer pesquisas com a população. Um exemplo recente é a consulta pública feita pela prefeitura de São Paulo sobre a Alameda Rio Claro: por meio do Colab.re eles buscam sugestões para a melhoria da região. Hoje já são mais de 170.000 usuários presentes na rede.

PIPE SOCIAL

Uma vitrine de negócios sociais que surgiu para conectar iniciativas sociais com aceleradores e investidores, com a meta de provocar conexões sociais no Brasil. A ideia da Pipe Social, criada por Carolina Aranha, Lívia Hollerbac e Mariana Fonseca, é que tanto quem deseja investir consiga identificar as startups, quanto as startups conheçam as possibilidades que o ecossistema oferece.

Além dessa rede, a plataforma oferece diversos serviços como análise de mercado, teste de produtos, consultorias para proposta de valor, etc. A Pipe também foi responsável pela criação de um mapa social, lançado em 2017, que apresenta iniciativas divididas por região, setores de atuação, áreas em que mais precisam de ajuda e mais.

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