Leonardo Gomes é coordenador da área de seleção da Fundação Estudar e recentemente respondeu, em uma sessão ao vivo no Facebook, algumas perguntas de leitores do NaPrática.org sobre processos seletivos.
A ideia é ajudar o jovem a se preparar para as entrevistas de emprego e se dar melhor durante as seleções.
Para ele, o que é mesmo fundamental, independentemente de setor ou vaga, é saber como apresentar seus feitos. “Evidencie o que você já aprendeu e conquistou”, resume.
Além aprender como lidar com entrevistas e dinâmicas de grupo, também é possível aumentar as chances de contratação realizando um curso por e-mail que ensina a montar um currículo excelente ou lendo o ebook com dicas de recrutadores de grandes empresas.
Por fim, você também pode chegar mais preparado para a entrevista ao participar do curso online Processos Seletivos Na Prática!
Abaixo, leia as respostas de Leonardo e solucione suas dúvidas.
O ideal é evitar essa situação em que você não tenha informações sobre a vaga. Busque na internet informações sobre o padrão daquela vaga ou de vagas parecidas em outras empresas.
A Catho, a Love Mondays e a Hays têm muitas pesquisas sobre salários, então pesquise nessas fontes pelo nível de senioridade da vaga e você terá uma média, pelo menos, por região e nível. Chegue preparada: entenda seu próprio perfil, o nível de senioridade em que você se encaixa e como funciona essa faixa média no mercado.
Outro ponto importante é a coerência com seu próprio nível de senioridade e sua remuneração anterior provavelmente será levada em consideração. A expectativa de um grande salto salarial provavelmente vai ser questionada.
É algo muito frequente no mercado e o mais importante é conseguir evidenciar sua experiência. Você provavelmente tem mais experiência que alguém de 21 anos e é importante mostrar isso de maneira bem clara: o que você realizou, quais foram suas conquistas, por que faz mais sentido contratar alguém com mais maturidade profissional?
Leia também: Como falar de seus pontos fracos em uma entrevista de emprego?
Mesmo que não seja experiência no seu setor específico, tenha clareza sobre as experiências que já teve – atividades extracurricular, organizações estudantis, estágios em outro setor, tudo isso conta muito.
As empresas valorizam essas experiências e um profissional talvez esteja tecnicamente empatado com alguém um pouco mais júnior, mas tem muita bagagem para agregar a esse novo ambiente. Evidencie o que você já aprendeu e conquistou.
Capriche mais ainda na narração de experiências anteriores, sejam estágios, no centro acadêmico, na empresa júnior, na associação atlética, grupos extracurriculares, voluntariado.
Recomendamos o uso do modelo STAR [Situação, Tarefas, Ações e Resultados]: em que contexto você estava, o que realizou em termos de tarefas, que ações tomou e quais foram seus resultados?
Mesmo sendo um profissional novo, naquele setor ou no mercado de trabalho, o que você já executou acima da média em relação a seus concorrentes?
Temos testes de capacidade analítica e de lógica, mas estamos muito focados no método STAR. O candidato pode nos falar o que já conquistou até hoje e pode mandar um vídeo se apresentando.
Eventualmente também faz entrevistas, que são focadas em conquistas e em sua capacidade de aprendizado – o que aprendeu com aquelas experiências, quais foram os erros e acertos e qual é sua capacidade de entregar.
Conheça o setor a fundo. E priorizar alguns setores e empresas também é relevante: se candidatar em 20 empresas ao mesmo tempo é bacana, mas foque em algumas e pesquise-as com mais profundidade.
Use tudo que está no site, como relatório para investidores, acompanhe o desempenho do setor, pesquise sobre ele em grandes mídias, use os especiais do Na Prática, entenda ao máximo com tudo que está disponível.
Entenda também um pouco da realidade daquela empresa através do Na Prática ou do Love Mondays, em que profissionais das próprias empresas falam sobre os bastidores. Você pode procurar alguém de Recursos Humanos no LinkedIn e conversar sobre como funciona na prática – e saber além do que está no Google.
E se prepare para as perguntas tradicionais, que exigem autoconhecimento. Em cada etapa da sua vida, qual foi a principal conquista e qual foi o principal erro? O que aprendeu? Quais são seus pontos fracos e fortes? Que feedbacks recebeu?
Faça os testes da Fundação Estudar – de estilo de trabalho, de personalidade e de valores – para entender mais sobre seu próprio perfil, saber se há alinhamento com a cultura de uma empresa e quanto você gostaria de estar num ambiente assim.
Realmente, há processos que ainda priorizam faculdades mais conhecidas e tradicionais. Aqui na Fundação Estudar – e em muitas outras empresas – há o movimento de ponderar como a faculdade é avaliada, mas também valorizar muito o que você faz. Basicamente, o que você já fez naquele período de tempo com os recursos e oportunidades que tinha nas mãos? Quanto conquistou e mostrou iniciativa?
Posso dizer com segurança que muitas empresas valorizam isso. Então é bem possível que um candidato de uma faculdade menos popular passe na frente de um candidato de uma universidade conhecida justamente por ter feito mais.
O volume de conquistas conta bastante: procure o tempo todo se envolver com uma iniciativa ou mais e se destacar entre seus colegas e com certeza isso vai pesar na seleção.
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