posição temporária em efetiva
Businessman showing his partner where to sign the contract

Com uma taxa de desemprego de 11,8% no mercado de trabalho brasileiro, segundo dados do IBGE, muitos profissionais apostam na chegada do fim do ano para conseguir um vaga temporária. Mesmo com tempo delimitado, os empregos temporários podem servir como uma porta de entrada para uma futura contratação. Especialistas na área dão dicas de como transformar uma posição temporária em efetiva.

Gerente de filial da consultoria de recursos humanos Adecco, Tatiana Carvalho analisa que os temporários costumam entrar nas empresas para suprir uma necessidade sazonal ou uma demanda extraordinária, que pode estar ligada ao afastamento de algum profissional. “Porém, durante esse período, muita coisa pode acontecer. A empresa pode inclusive ter um aumento de quadro e absorver esse temporário, como ela pode gostar da entrega dele e optar por continuar com ele. Atualmente, o temporário pode ficar até nove meses em uma empresa e, nesse tempo, ele pode estar abrindo uma nova porta no mercado de trabalho”, explica.

Para transformar uma posição temporária em efetiva, Tatiana afirma que o profissional precisa se dedicar à entrega em todas as funções as quais ele foi designado. “Ele não pode pensar na oportunidade apenas como uma passagem pela empresa. Existe um sentimento muito grande de meritocracia dentro do ambiente organizacional. Você é reconhecido na velocidade que você entrega resultado. Então na medida que esse temporário está entregando ou apresentando diferenciais dentro da área que ele conduz, ele vai ser olhado como um líder de sucesso, um profissional diferenciado dentro do todo”, aponta.

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Em geral, o imaginário das contratações temporárias está muito ligado às áreas de comércio e serviços, mas Tatiana opina que a ideia de que o profissional temporário vem para dar suporte já não é tão real. “Hoje temos algumas contratações temporárias que são bem estratégicas, na área de compras, marketing e recursos humanos, por exemplo. Não são só posições operacionais. E por mais que o trabalho seja por um período determinado, a empresa pode lembrar dos temporários que tiveram um bom desempenho quando uma vaga efetiva for aberta”, relata.

A gerente ainda se lembra de um caso em que o temporário cobria a licença-maternidade de uma colaboradora e, por superar as expectativas e performar melhor, acabou ficando com a vaga que estava cobrindo. “Competências comportamentais são muito importantes, como o quanto que a pessoa se adapta à cultura da empresa. Esse fit cultural conta muito no desenvolvimento do trabalho e do colaborador. A parte comportamental tem sido um diferencial, mas deve ser alinhada com a competência para o trabalho, além de habilidades como resiliência, saber lidar com pressão e busca constante por desenvolvimento”, exemplifica.

Diretora de negócios da Soma Desenvolvimento Humano, Rose Mary Barbosa também acredita que o diferencial para transformar uma posição temporária em efetiva está na parte comportamental. “A coisa que os recrutadores mais pedem é comprometimento com o trabalho. O profissional precisa, por exemplo, ser pontual, entregar resultados com qualidade, ter um bom relacionamento interpessoal, ser dedicado, ágil e responsável. Realmente tem que ter a vontade de fazer o trabalho bem feito e querer aprender, mostrando disponibilidade de flexibilidade”, indica.

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Ela ainda recomenda entrar na vaga temporária como se já fosse uma posição efetiva. “Fazendo isso, o profissional vai tratar de forma diferente tudo que acontecer no trabalho. Quando a pessoa tem na cabeça que é um trabalho temporário ela tende a lidar de qualquer jeito. Então, a melhor coisa é ter consciência de que o trabalho deve ser levado como efetivo, caso ele queira realmente um emprego permanente. É preciso ter atitude e iniciativa”, aconselha.

Rose também aponta que trabalhos temporários são uma ótima oportunidade para fazer networking. “O profissional vai conhecer pessoas novas, até o dono ou diretor do negócio, que podem indicá-lo para uma outra oportunidade. No mínimo uma porta de entrada para outra empresa ou emprego ele vai ter. Após o término desse período, ele tem que agradecer a oportunidade, pedir feedback e também de vez em quando mandar mensagem para gestor para sondar novas oportunidades. Não pode perder essa relação”, finaliza.

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