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Muitas empresas investem em novidades tecnológicas para aprimorar seus procedimentos. E a área recrutamento não fica de fora, por isso é crescente o número de processos seletivos com algoritmos.

Gerente de gente e gestão, Lucas Niemeyer explica que a empresa em que trabalha sempre focou em usar fatos e métricas, realizando análises para tomadas de decisão e contratação. “Avaliamos qual é o perfil das pessoas que deixam a empresa e o que mantém funcionários motivamos por meio de pesquisas, grupos focais e análises estatísticas, por exemplo”, esclarece.

Ele aponta que há um esforço contínuo para automatizar seus processos com ajuda da tecnologia. “Isso evita que precisemos ficar recriando os mesmos raciocínios. Algoritmos oferecem análises prontas das quais podemos tirar conclusões. Utilizamos um que ajuda a prever a rotatividades de pessoal, analisando funcionários que estão em risco de deixar a empresa. Com isso, conseguimos tomar ações para prevenir a saída e reter talentos”, avalia.

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Cuidados com os algoritmos

Para Lucas, o principal risco de utilizar processos seletivos com algoritmos é não adotar os parâmetros certos para a modelagem. “Existem empresas que vão traçar o perfil do funcionário que elas querem como alguém mais velho, que tenha filhos e more perto da empresa, por exemplo. São fatores que contribuem para a baixa rotatividade, mas não são os aspectos que mais influenciam na entrega de resultados. Assim, você acaba enviesando o processo”, opina.

O especialista recomenda adotar critérios que estejam relacionados a performance e características de trabalho, ao invés de variáveis como gênero, idade, orientação sexual, entre outros. “Avaliar a evolução do candidato na faculdade, tempo de permanência em empregos anteriores ou quantidades de acertos em determinado teste é muito mais importante do que eu verificar se o candidato é um homem ou uma mulher”, exemplifica.

Ele ressalta que as empresas precisam tomar muito cuidado para mapear bem quais são as necessidades e características fundamentais para cada vaga. “Se você tem uma boa discrição de papéis e responsabilidades e como é a rotina, você provavelmente vai conseguir definir com facilidade quais são as competências necessárias e como eliminar qualquer viés”, garante.

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Em relação aos candidatos, o gerente reflete que a única preocupação que podem ter é se processos seletivos com algoritmos refletem de fato o que a empresa busca. “Mais do que saber as variáveis, é ter uma certeza de que as melhores pessoas estão sendo recrutadas para as posições certas. No Brasil, a utilização de processos seletivos com algoritmos ainda está em uma fase muito inicial”, percebe.

Lucas ainda analisa que é preciso parar de olhar apenas para os processos dentro das empresas e avaliar como ele pode alavancar resultados. “Ainda não utilizamos todas as tecnologias ao nosso alcance”, enfatiza.

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