Para quem se interessa ou estuda tecnologia, o nome é bastante familiar. O Vale do Silício, localizado na Baía de São Francisco, na Califórnia, ganhou fama pelo tipo de empresas que se instalava na região. Por lá, já na década de 50, chegavam companhias como a Intel, que usavam o silício como matéria-prima para produtos como os processadores.
De lá para cá, o Vale sempre andou de mãos dadas com quem investia em tecnologia e inovação. Com o boom dos computadores, celulares e aplicativos, não é de estranhar que a região tenha recebido gigantes como Google e Facebook. E, olhando esse cenário, não é de se estranhar que tanta gente interessada em trabalhar e estudar áreas correlatas faça as malas para o Vale.
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Por trás dessa atração por uma região tão específica nos Estados Unidos, estão motivos variados. O primeiro deles, espiando um pouco da história do Vale, tem a ver com oferta de empregos em áreas tecnológicas – afinal, não faltam empresas em segmentos do tipo alocadas ali. É possível fazer as malas para estagiar no Google, ou optar por passar o verão trabalhando na Apple, em uma só região.
Ainda pensando nas empresas concentradas no Vale do Silício, há outro fator determinante: a rede formada por essas empresas. São tantas start-ups, tantas empresas dando os primeiros passos, em meio a gigantes tecnológicas, que se forma uma rede difícil de replicar em outro lugar do mundo. Para os estudantes e profissionais, é uma chance de ouro para networking e para conhecer de perto pessoas com expertises variadas.
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Esse é um cenário otimista também para quem deseja começar uma empresa “do zero”, para quem deseja apostar em uma start-up. Afinal, em uma comunidade tão integrada, com tanta gente que compartilha interesses, há outro elemento em jogo: os investidores. Falar de rodadas para conseguir capital, ou da busca por viabilizar um negócio faz parte de estar no Vale do Silício. Investidores sabem que, em um local do tipo, conseguem encontrar ideias diferentes – e, claro, lucrativas. “Se você tem um negócio bom, vai conseguir investimento”, resume Henrique Dubugras, que co-fundou aos 19 anos a empresa Pagar.me, um sistema de pagamentos online que movimenta milhões ao ano. Hoje, ele mora na região, depois de passar um período estudando na Universidade Stanford.
Outro lado do Vale do Silício: as escolas
Se, por um lado, há inúmeros profissionais fazendo as malas para trabalhar no Vale do Silício, por outro há estudantes interessados em escolas da região. Querem aprender sobre não só habilidades técnicas que possibilitam inovações tecnológicas (um curso de graduação em Ciência da Computação, por exemplo), mas também o know-how por trás de tantas start-ups na região. A mais conhecida, que já virou figura carimbada em discussões sobre empreendedorismo e tecnologia, é Stanford.
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Pela localização geográfica – já que não é exagero dizer que a instituição de ensino fica “logo ao lado” das empresas -, por si só, a escola chamaria a atenção. Pela cultura de inovação, passada adiante por gerações de alunos, e somada à abordagem multidisciplinar, que formou nomes de sucesso como Elon Musk. Stanford virou um polo para estudantes interessados em temas ligados à tecnologia e que tivessem vontade de empreender, mas não foi a única.
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Isso porque as universidades, a exemplo de Stanford, perceberam que deveriam ter conexões com empresas da região e com as inovações tecnológicas que acontecem diariamente. Passaram não só a conectar alunos aos postos de trabalho disponíveis na região, como também a estimular a produção e troca do conhecimento junto às empresas. É um dos ingredientes determinantes por trás do sucesso da Baía de São Francisco: as universidades que formaram as mentes pensantes e executantes do Vale do Silício.