Renner Lucena estudando inglês por conta própria

Aprender um novo idioma é um esforço contínuo e que exige muito foco. E, no caso de um país como o Brasil, nem todo mundo tem acesso aos meios para aprender inglês desde muito cedo — muito menos para ganhar fluência. Na hora de se preparar para um intercâmbio, ou mesmo na tentativa de alavancar o idioma estando no Brasil, há técnicas alternativas úteis para quem tem que se virar por conta própria.

O estudante maranhense Renner Leite Lucena aderiu a várias delas para acelerar o aprendizado do idioma. Estava determinado a estudar fora e, para isso, precisava de boas notas em testes padronizados, como o TOEFL. “Eu sempre fiz inglês na escola, mais focado no vestibular, mas não era suficiente para me sair bem na application”, conta ele, que recebeu apoio da Fundação Estudar para fazer um curso de inglês durante um ano. Mesmo com o curso regular no Brasil, ele afirma que precisou se esforçar. “Uns 10% do que eu aprendi de inglês veio do curso em si, e os outros 90% das outras técnicas que eu usei”, diz o estudante.

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Em um ano de preparação para a candidatura a universidades americanas, Renner evolui o suficiente para se sair bem nas provas. “Eu pulei do básico-intermediário de antes para o avançado, com tudo que fazia by myself”, detalha ele. Combinando o curso e o esforço individual, Renner passou em universidades de prestígio nos Estados Unidos, como Stanford, onde cursa engenharia.

Confira as indicações de Renner para quem quer melhorar o inglês e aproveite para pô-las em prática antes do intercâmbio.

 

1) Assista a séries de que você gosta, com áudio e legenda em inglês

 

É um jeito de transformar um momento prazeroso, de lazer, em algo que ajude no seu objetivo com o inglês. Vale selecionar aquela série da qual você já sabe de cor as falas na versão dublada e fazer a conversão, ou mesmo descobrir um filme novo que interesse. “Com o tempo, você pega o jeito e consegue entender melhor. Depois de dois meses, eu já consegui assistir sem legendas”, conta Renner. Essa também é uma dica para quem deseja se aprofundar em determinados temas ou sotaques. Vale optar, por exemplo, por uma série britânica com o “accent” carregado, ou mesmo uma que trate de medicina.

2) Aprenda novas palavras com músicas

É difícil encontrar alguém por aí que não goste de música. Para ter mais um aliado na hora de adquirir fluência, uma das alternativas é justamente optar pelas faixas no idioma. Para Renner, essa foi uma boa pedida, já que sempre teve uma relação muito próxima com a música. No caso dele, a técnica era procurar as letras na internet e, a partir daí, memorizar as palavras já aplicadas em um contexto. “As palavras que eu aprendia nas músicas entravam na minha cabeça e viravam parte do meu vocabulário. É muito diferente de aprender uma palavra procurando no dicionário”, explica o brasileiro.

3) Use bem as ferramentas online

A internet é uma ótima aliada de quem deseja ganhar fluência nos mais diversos idiomas, principalmente o inglês. Não faltam sites que ensinem regras de gramática, macetes para testes padronizados como o SAT e o IELTS, ou mesmo que corrijam automaticamente redações no idioma. Renner procurava informações que o ajudassem nos exames, além de vídeos que o ensinassem técnicas e dessem também exemplos. “Canais como o Notefull, no Youtube, eram os que eu mais assistia, porque me ajudavam na preparação para o TOEFL”, diz ele.

4) Não tenha vergonha de pedir ajuda

É hora de acionar as redes e perder a timidez para pedir ajuda. Deixe que as pessoas ao seu redor saibam da sua vontade de melhorar o inglês. Se elas também souberem o idioma, é a oportunidade perfeita: converse no idioma estrangeiro com elas, criando mais situações em que possa falar a outra língua. E, claro, peça feedback. “Eu tinha amigos na escola que tinham feito intercâmbio e curso de inglês, então chegava na cara de pau pedindo para falar com eles em inglês”, exemplifica Renner. “Também pedia para o meu professor de inglês do colégio conversar comigo nos intervalos das aulas, sempre que tivesse tempo”.

Para garantir que essa dica dê mais certo ainda, o aluno tem de deixar claro que aceita correções, mesmo que isso signifique ser interrompido. “Às vezes, o tanto de pausas pode ficar chato, mas com o tempo isso diminui e você percebe que está melhorando”.

5) Arrisque-se

Quando embarcou para Stanford, Renner não era fluente no idioma e ainda tinha dificuldade para “se expressar” em determinadas situações. “Como não tinha o inglês fluente, não conversava tanto, ficava mais calado e na minha”, conta ele. Com o tempo, ganhou mais confiança no idioma e passou a se arriscar mais.

Como ele mesmo destaca, só é possível ganhar fluência se expondo a situações diferentes no idioma. “Não tem como ir para o quarto e treinar, falando com as paredes. Você só consegue melhorar quando abre a boca e fala tudo errado”, brinca Renner. Mantendo conversas com falantes do idioma, cabe ao estudante manter o bom humor e aceitar as correções, aprendendo com os comentários. “No fim, é isso mesmo: ter cara de pau para perguntar quando não entender alguma coisa e ter leveza para tentar de novo, se falar errado”.

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