compreensão interpessoal e empatia
Woman supporting her colleague after hard working day

Para ser comunicar efetivamente com diversos grupos, compreensão interpessoal e empatia são habilidades de extrema importância. Isso porque, por meio delas, é possível entender intenções, motivações e desejos de outras pessoas, o que torna os relacionamentos interpessoais mais fáceis.

Apesar dessas características serem valorizadas, principalmente no mercado de trabalho, o Brasil ocupa a 51ª posição no ranking mundial de países empáticos, de 63 nações analisadas, segundo pesquisa da Universidade de Michigan. Entenda mais sobre os conceitos e como desenvolver essas competências.

O que é?

Neuropsicólogo e mestre em processos de desenvolvimento humano, Fabrício Almeida explica que compreensão interpessoal e empatia são traços que começam a ser desenvolvidos na infância. “Desde muito cedo, somos programados a perceber nuances no rosto dos seres humanos e nos comportamentos sociais que nos indicam o que o outro está sentindo ou pensando. A partir da  capacidade de compreender e atribuir estados mentais a si e aos outros (conhecida como teoria da mente), a criança começa a conseguir funcionar socialmente”, esclarece.

Por meio desse cenário, nasce a empatia, definida como uma forma de “achar a humanidade compartilhada”, segundo o filósofo e especialista no assunto Roman Krznaric. “A empatia vem da percepção da necessidade e da vontade do outro”, complementa Fabrício. Nesse sentido, a compreensão interpessoal se alia como uma maneira de entender as emoções e pensamentos dos diversos indivíduos que compõem um grupo.

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Desenvolvendo compreensão interpessoal e empatia

A prática de se colocar no lugar do outro é fundamental para aprimorar a empatia e a compreensão interpessoal, afirma o neuropsicólogo. “Vivemos em uma sociedade que cada vez mais isola os seres humanos e faz com que eles sejam autocentrados. Então, a primeira coisa a se fazer para desenvolver essas habilidades é estar em um local social, como um grupo ou time. Profissionais que trabalham em casa, por exemplo, são menos propensos a ter feedback social e desenvolver essas competências interpessoais”, aponta.

Buscar o autoconhecimento também é uma ferramenta valiosa para fortalecer a empatia e a compreensão interpessoal. “Se você conhece seus limites, sabe fundamentar suas opiniões e tem uma autoestima fortalecida, acaba não se privando de entrar em situações que possam colocar em cheque o que você acredita. Consequentemente, isso aumenta a probabilidade de troca com outras pessoas e isso puxa a empatia”, analisa. Além disso, trabalhar a inteligência social é primordial para existir em uma sociedade exige os mesmos comportamentos em momentos e maneiras distintos, segundo Fabrício.

No ambiente organizacional, líderes tem um papel fundamental no desenvolvimento da compreensão interpessoal e empatia. “Estamos em um momento laboral importante, em que tem se falado sobre comunicação não-violenta e no reconhecimento de limites pessoais e profissionais. Cabe aos líderes guiar a equipe e promover a boa comunicação, que promove a empatia no ambiente de trabalho”, afirma o psicólogo.

Tipos de empatia

#1 Cognitiva: Entender o ponto de vista do outro

#2 Emocional: Compartilhar os sentimentos do outro

#3 Compassiva: Perceber que o outro precisa de ajuda e se colocar à disposição

Obstáculos e desafios

Fabrício aponta que o uso das redes sociais como meio de majoritário socialização tem dificultado o exercício de se por ativamente no lugar de outras pessoas. “Algumas pesquisas ainda mostram que estamos cada vez menos capazes de perceber as nuances em expressões faciais nos outros, característica diretamente relacionada a transtornos do espectro autista. E reconhecer as reações dos pares impacta diretamente a forma como nos comunicamos socialmente e na empatia e compreensão interpessoal. Em contrapartida, os indivíduos estão mais fechados e se expondo menos”, ressalta.

O especialista analisa que a forma como as pessoas estão se desenvolvendo caminha para uma inabilidade de interpretar emoções e sentimentos dos outros e que o contexto socioeconômico brasileiro contribui para esse cenário. “Estamos em uma cultura muito polarizada, então temos perdido a habilidade de dialogar. A empatia e compreensão interpessoal são desenvolvidas justamente no momento de diálogo com o outro ou quando tentamos entender pontos de vista diferentes”, pondera.

Aqueles que não se desenvolverem a compreensão interpessoal e empatia poderão sofrer com isolamento social, aumento na probabilidade de adoecimento mental e comportamento violentos com outros, de acordo com Fabrício. Dentro do trabalho, esses indivíduos terão menor probabilidade de serem promovidos, dificuldades de trabalhar em equipe e de executar tarefas. Além disso, apresentarão desrespeito a valores sociais e normas éticas e morais.

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