STEAM

Ser um profissional multidisciplinar é uma habilidade cada vez mais valorizada no ambiente de trabalho. Mas para se formar com esse perfil, é preciso investir em métodos de aprendizagem mais integrados e holísticos. Um dos modelos que têm se popularizado pelo mundo nesse sentido é a metodologia STEAM, cujo diferencial é integrar diferentes áreas do conhecimento, entre humanas e exatas, e ajudar a desenvolver o pensamento criativo. Conheça mais sobre o método.

O que é a metodologia STEAM?

Com base na sua experiência na Escola Eleva, que faz parte do grupo Eleva Educação, o gerente executivo de tecnologia Vincent Bonnet explica que a metodologia STEAM é uma variação do método STEM, sigla usada para designar um currículo que integra as disciplinas de Ciências, Tecnologia Engenharia e Matemática.

“Na prática, esse currículo não tem como objetivo ensinar cada matéria separadamente. A ideia é incorporar alguns ou todos os elementos dessas áreas do conhecimento em cada projeto. Um exemplo bem popular de projeto STEM é a construção de uma ponte usando apenas palitos de picolé e cola”, exemplifica.

Ele complementa que, posteriormente, o A de Artes foi inserido na sigla original para designar currículos baseados na ciência, mas que também incorporam expressão artística. Um exemplo comum de STEAM, de acordo com Vincent, é a criação de um colar com sementes ou a programação para criar ritmos ou efeitos visuais.

Os efeitos do método STEAM no mercado de trabalho

O aprendizado interdisciplinar, em geral, é fundamental para desenvolver competências e habilidades que ajudarão os alunos a ter sucesso na suas vidas, segundo a visão do gerente.

“O mercado de trabalho mudou radicalmente daquele que se satisfazia com modelos educacionais e currículos tradicionais e compartimentados. Ao longo das nossas vidas, precisaremos nos adaptar a novos ambientes, responsabilidades e conhecimentos. A resiliência se tornou uma necessidade, e com ela a nossa capacidade de ver as coisas de forma abrangente. A interdisciplinaridade ajuda muito, principalmente quando aliada a conhecimentos científicos que são muito valorizados na sociedade moderna e capazes de abrir muitas portas”, analisa.

Além disso, Vincent também aponta que o método STEAM traz uma abordagem mais acessível e democrática. “Quando as artes começam a fazer parte do STEM, ele ganha mais significância e gera mais engajamento, principalmente com alunos que têm dificuldade com os formatos mais tradicionais. Os empregos do século XXI já exigem criatividade, pensamento crítico e inteligência socioemocional. Precisamos providenciar oportunidades de aprendizado do século XXI que realmente preparem os alunos com essas habilidades”, pondera.

Ele ainda observa que o sucesso dos alunos no século XXI dependerá dos educadores envolvidos nessa formação. “Portanto, não somente faz sentido como também se torna necessário criar formações integrais e holísticas, para atender não somente as exigências do mercado mas também favorecer o sucesso pleno dos alunos. O desafio aqui é de quebrar as paredes que existiam entre matérias e profissionais. Isso requer repensar os currículos, planejamento de aulas e as colaborações entre professores. E demanda bastante esforço”, salienta.

Promovendo esse tipo de aprendizagem

Dentro da Escola Eleva, o corpo docente conseguiu encontrar meios de tornar realidade a implementação da metodologia STEAM. “A escola possui um currículo que reforça habilidades e conhecimentos necessários para que diversas áreas do conhecimento voltadas para a ciência e a tecnologia e também para a criatividade consigam trabalhar em conjunto. Buscamos favorecer a colaboração entre os professores das diferentes matérias para que as disciplinas tradicionais tragam em si oportunidades de desenvolver projetos STEAM”, explica.

Escolas que queiram adotar a metodologia podem começar com uma proposta de aprendizagem baseada em projetos, analisa Vincent. “Isso requer bastante planejamento. Acreditamos numa abordagem pragmática, de adoção progressiva. Tentar implementar tais propostas de forma abrangente e radical pode ser muito difícil e até inibir o desejo de tentar. É preciso colocar as ideias em prática logo, aprender com os erros e ir consertando de forma interativa durante o processo”, recomenda.

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Outra alternativa é ajudar os docentes a revisarem seus currículos e planejamento de aulas para que incluam outras maneiras de abordar a instrução e atividades que se relacionem com outras matérias. Para quem quer conhecer mais sobre o método STEAM, Vincent recomenda se informar sobre o assunto pela internet. “O segundo passo consiste em experimentar. Existem vários sites dedicados ao compartilhamento de boas práticas e até aulas prontas. O desafio é encontrar a atividade certa para atingir objetivos de aprendizagem tradicionais”, indica.

O gerente recomenda começar pelo site da STEAM Education da Georgette Yakman. “Ele tem uma quantidade impressionante de recursos e conteúdos de todo tipo, de boas práticas a currículos, passando por exemplos de aulas e material de desenvolvimento profissional. Depois, um terceiro passo seria convencer os líderes da escola para que a iniciativa não seja apenas um experimento e fazer com que toda a comunidade escolar apoie um investimento sério em desenvolvimento profissional e adoção de materiais didáticos dedicados”, sugere.

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