gerenciando a si mesmo

“Que critérios pautarão sua vida?”. É com esse questionamento, título do texto de Clayton Christensen, que o compilado de artigos de “Gerenciando a si mesmo” da Harvard Business Review se inicia. A obra traz uma série de conceitos que buscam ajudar profissionais a enfrentar desafios, traçar estratégias, investir seu tempo para conquistar seus objetivos e administrar suas carreiras da melhor forma possível.

O material traz a expertise de diversos profissionais reconhecidos como Peter Drucker, considerado o “pai” da Administração moderna, o jornalista Tony Schwartz, a psicóloga Catherine McCarthy, o pai da inteligência emocional Daniel Goleman, e o acadêmico Robert Kaplan.

Gerenciando a si mesmo

Professor de administração da Universidade de Harvard, Clayton Christensen dá o ponta pé inicial do livro afirmando que é possível utilizar teorias de gestão e inovação para ajudar as pessoas a terem uma vida melhor, além de construir bons negócios. Pensando nisso, ele traz três questionamentos: “Como ser feliz na carreira? Como ter uma relação duradoura e feliz com a família? E como levar uma vida íntegra?”.

Para a primeira pergunta, ele se inspira na teoria de motivação de Frederick Herzberg, que afirma que o grande estímulo para a carreira não é apenas a remuneração financeira, mas oportunidades de aprender, ser reconhecido, assumir responsabilidades e contribuir. Por isso a gestão é tão importante nesse processo. Em gerenciando a si mesmo, o acadêmico afirma que nenhuma outra atividade pode proporcionar essas experiências tão bem quanto a autogestão.

Para obter o sucesso, ele recomenda que os profissionais tracem uma estratégia de vida, usem seus recursos com sabedoria, sejam humildes e escolham os parâmetros certos. A partir dessa introdução, os especialistas dão dicas de como ter sucesso gerenciando a si mesmo. Confira algumas das lições compartilhadas na obra:

Lição 1: Autoconhecimento (de verdade)

No primeiro artigo da obra, Peter Drucker cita Napoleão, Leonardo da Vinci e Mozart como exemplos de grandes personalidades que eram bem-sucedidos gerenciando a si mesmos. Mas ele garante que qualquer pessoa pode (e precisa) aprender a gerenciar a própria vida. E, para isso, é preciso ter autoconhecimento. Drucker ressalta que, muitas vezes, as pessoas pensam que conhecem seus pontos fortes e fracos, mas se enganam. Para ele, a única forma de verdadeiramente conhecer suas forças e fraquezas é por meio da análise de feedback.

A partir disso, os profissionais devem trabalhar para potencializar seus pontos fortes e aprender a superar o que definiu como “arrogância intelectual”. Outras questões importantes que devem ser analisadas, segundo Drucker, é forma como o profissional trabalha, aprende e processa informações. Entender quais são os seus valores e a ética profissional que te norteia também são conhecimentos que ajudam nesse processo.

Lição 2: Cuide bem da sua energia

Gerenciamento de tempo é uma grande preocupação no âmbito profissional, mas o jornalista Tony Schwartz e a psicóloga Catherine McCarthy afirmam que é mais importante observar no que você coloca sua energia. Em Gerenciando a si mesmo, eles escrevem que é comum que profissionais aumentem sua carga de trabalho e se prejudiquem emocionalmente e fisicamente para dar conta das crescentes exigências no trabalho.

Contudo, esse processo faz com que os trabalhadores fiquem menos comprometidos, mais distraídos e, consequentemente, haja uma taxa de rotatividade maior nas empresas. Para eles, a solução é focar na energia que, ao contrário do tempo, pode ser expandida e renovada com regularidade. Reenergizar os trabalhadores implica que as empresas invistam mais neles, ao invés de pedir que entreguem mais. Do lado pessoal, os indivíduos precisam detectar quais são os comportamentos que roubam suas energias e se comprometer em mudá-los.

Lição 3: Exercite a liderança total

Tentar balancear vários aspectos da vida, do profissional ao pessoal, é um grande desafio para várias pessoas. A impressão é que sempre que um lado vai bem, o outro começa a desmoronar, o que torna mais difícil continuar gerenciando a si mesmo. Mas não necessariamente precisa ser assim, de acordo com Stewart Friedman, professor da escola de negócios da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Para dar conta de tudo, o acadêmico sugere que as pessoas apliquem um processo que nomeou de liderança total.

O conceito mescla o ato de fazer mudanças sustentáveis que beneficiem não só o indivíduo, mas pessoas à sua volta, com o impacto em diversos âmbitos da vida. Para isso, cada um deve identificar quem e o quê são as coisas mais importantes para ele. A partir disso, ele recomenda fazer pequenas experiências para ver como cada mudança afeta os diversos aspectos da vida do indivíduo. Ele analisa que pouco se perde quando o experimento der errado, mas o acúmulo de muitas pequenas vitórias faz com que os esforços de cada um se concentrem cada vez no que é mais relevante dentro do seu universo.

Lição 4: Volte-se para si mesmo

Se conectar com seu eu interior é uma parte importante de estar gerenciando a si mesmo. Professor emérito de desenvolvimento de liderança e contabilidade na Harvard Business School, Robert Kaplan afirma que muitas vezes é difícil conseguir receber um feedback honesto, ainda mais quando se ocupa cargos de liderança muito altos. Para driblar essa dificuldade, o acadêmico acredita que é possível encontrar as respostas necessárias dentro de si mesmo.

Ele recomenda que os profissionais se questionem sobre sua performance, como se comunicam, se relacionam, sobre gestão de tempo, entre outros. Kaplan garante que é mais importante fazer as perguntas certas do que encontrar as respostas. Com esse processo, fica mais fácil superar alguns desafios profissionais e traçar planos para melhorar áreas ou aspectos que estejam deixando a desejar.

Lição 5: Observe seu estado emocional

Por fim, o pesquisador que popularizou o conceito de inteligência emocional Daniel Goleman aponta que o humor é o fator que mais influencia o desempenho de colaboradores, principalmente quando se trata do líder. O estilo emocional de cada um é contagiante e isso pode ser tanto positivo como negativo. O processo neurológico chamado contágio de humor faz com que o comportamento de todo um grupo se paute pelas emoções de quem estiver ocupando a liderança, seja de um projeto ou de uma companhia.

Por isso, profissionais e líderes precisam entender o impacto que seu estado emocional tem no meio, seja de trabalho ou não, e fazer os ajustes necessários para alcançar os objetivos propostos. Ter essa compreensão também envolve um processo de autoconhecimento muito profundo e valioso, que terá grandes desdobramentos na forma como cada um lida com as responsabilidades e desafios da vida.

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