Claudio Andrade quer utilizar expertises de sua companhia de investimentos para revolucionar mercado de construção de casas populares (Imagem: Divulgação)

Quando Cláudio Andrade decidiu que seu sonho era sair da Salvador, na Bahia, para estudar Administração de Empresas em São Paulo, ele não sabia que fundaria uma empresa de renome no mercado financeiro nem que sua influência seria tão importante para o segmento algumas décadas depois. O que ele tinha, na verdade, e muito devido à influência familiar no início dos anos 90, era apenas um desejo curioso de se aventurar.

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“Eu tinha uma avó que contava como seus irmãos tinham se aventurado pelo mundo e papai ocasionalmente voltava com jornais de negócios que eu adorava ler e cujas histórias me fascinavam”, relembrou ele em entrevista ao Na Prática.

Para Cláudio, os negócios, o mercado financeiro e as empresas eram temas que importavam muito àquela altura. Ele sabia, no fundo, que tinha talento para esse segmento. E embora a família quisesse que o garoto estudasse engenharia, por conta de sua habilidade com matemática, ele sabia que seu destino reservava outras equações.

“O custo de morar fora era relevante pra minha família e eu economizava muito pra isso”, conta o empresário.”O fato de aquela ter sido minha decisão e eu ter lutado pra que ela acontecesse, fez com que eu estivesse disposto a qualquer coisa pra fazer aquilo dar certo. O processo fez com que eu aprendesse sobre obstinação, resiliência e a me virar”.

E assim começava, mesmo que sem muitos objetivos definidos, a carreira de Cláudio Andrade, que mais tarde seria pautada pelos mesmos valores aprendidos no fim do adolescência.

Da formação à fundação do seu negócio de sucesso

Anos mais tarde, Cláudio realizou o sonho de estudar administração e se formou na Fundação Getúlio Vargas, uma das instituições de ensino mais prestigiadas no setor. 

Durante sua formação, ele chegou a fazer um intercâmbio na Ecole de Commerce de Montpellier, na França, e logo em seguida obteve sua certificação para atuar como analista de investimentos (CFA) no mercado financeiro.

“A graduação foi um marco porque além do que se aprende objetivamente, fiz muitos amigos, conexões que tenho até hoje, e aprendi como aprender o que não sei. Isso abriu portas para minhas primeiras entrevistas de trabalho”, relembra Cláudio. 

Depois disso, tornou-se bolsista do Banco Garantia, o que mais tarde se converteria numa bolsa do Programa de Bolsas Líderes Estudar, e acabou trabalhando na instituição financeira.

Foi a partir dali que ele começou a semear seu sonho de cofundar a gestora de investimentos que gere hoje, a Polo Capital, mas, antes, Cláudio conta que precisou refletir por um tempo sobre suas escolhas de vida enquanto viajava do sul ao norte do continente africano.

“Esse período foi relevante porque foi um momento em que, ao sair do dia a dia de trabalho, foi possível olhar as coisas de fora. Pensar sobre o por que as coisas que fazia funcionavam, quais eram meus diferenciais, qual era a melhor oportunidade pro futuro. Acho que é fundamental em certos momentos fazermos um “zoom out” da nossa vida e refletir com distanciamento sobre os nossos porquês, e o que realmente queremos pro futuro”

A criação da Polo Capital e seu início desafiador

Polo Capital enfrentou desafios no início até se consolidar por um modelo que visou investimentos pouco convencionais (Imagem: Polo Capital/Divulgação)

Referência no mercado de capitais por sua originalidade de operações e por sua defesa ferrenha dos direitos de investidores minoritários, a Polo Capital, fundada por Cláudio, conseguiu multiplicar em 30 vezes o capital inicial de seus investidores.

Na visão de Cláudio, o sucesso do negócio se deu devido ao olhar diferenciado dele e de sua equipe para títulos valiosos que por anos ficaram fora do radar de investidores regulares por serem considerados “inseguros”.

“Nossa contribuição foi em fazer o dever de casa e encontrar estruturas que os tornaram oportunidades de investimento”, ressalta ele. “A partir daí, começamos a investir regularmente em empresas listadas nos demais países da América Latina em 2004.”

O início da Polo, porém, foi bem menos animador do que Cláudio imaginava. O sumiço de clientes em potencial e um desempenho abaixo do esperado fizeram com que a gestora não começasse do tamanho que a equipe esperava. Mas Cláudio, nessa fase, resolveu manter o mesmo padrão de conduta – como quando estudar em São Paulo parecia um objetivo impossível.

“Lembro que conversamos que o melhor a fazer era focar no trabalho e entregar retornos. Se fôssemos bem sucedidos em fazê-lo, inexoravelmente a captação viria. E assim aconteceu. Depois disso passamos também por vários momentos de baixa performance e seguimos com a mesma abordagem: trabalho duro, não mudar o que fazemos (o processo) com o vento ou com modismos, comunicar os clientes sempre sobre o que está sendo feito e agir com integridade.”

Sonho agora é utilizar negócio para ajudar a sociedade

Em um processo natural, contou Cláudio, a Polo acaba tendo envolvimento maior em alguns negócios nos quais aloca investimentos. Em especial, a empresa foca em negócios cujos produtos e serviços são voltados para as classes de menor renda.

“Somos controladores de uma varejista e acionistas de referência de uma incorporadora. Quando logramos melhorar a nossa eficiência distributiva e operacional, isso se traduz em preços menores para os nossos clientes, o que aumenta o quanto conseguem consumir.”

Nesse caminho, a incorporadora Tenda, sob influência da Polo há 10 anos, conseguiu reduzir seu custo de construção de moradias populares em cerca de 30% em pouco menos de uma década. Essa melhora na eficiência, segundo Cláudio, reduziu preços e ampliou a capacidade de compra de pessoas com menor renda.

Agora, segundo o empresário, o objetivo é ampliar o impacto dessa eficiência de custos.

“Temos em andamento um projeto de uma “fábrica de casas” que representa um grande salto de produtividade na construção e pode reduzir substancialmente os custos de residências e melhorar sua qualidade usando tecnologia”, conta ele. “Transformar isso em realidade teria a nosso ver um impacto muito substancial na sociedade.”

Para isso, porém, Cláudio explica que precisará criar doses extras de motivação, que, segundo ele, são construídas internamente.

“Eu amo o que eu faço, gosto do desafio intelectual. Quanto a ajudar outras pessoas, creio que poucas coisas trazem tanta satisfação quanto fazer a diferença pra outras pessoas. Às vezes é uma pergunta, uma oportunidade, uma conexão, importa menos a forma; o crucial é ser parte de um processo que melhora o mundo e impacta positivamente a vida de outros.”

A trajetória de sucesso de Cláudio Andrade te inspirou?

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