Jovens de terno digitam concentrados no celular

O celular que você tem à mão é corporativo ou pessoal? Tempos atrás esta especificação fazia muito mais sentido do que faz hoje, quando chefes, subordinados e colegas se comunicam pelo Whatsapp, profissionais checam e respondem emails de trabalho em casa e vice-versa.

“Nós notamos essa convergência, hoje já não há tanta distinção entre o que é dispositivo pessoal e o que é dispositivo de trabalho”, diz André Gualda, especialista do ConsumerLab da Ericsson, área que há 20 anos estuda o comportamento das pessoas conectadas.

A percepção de Gualda está diretamente relacionada à maior flexibilidade do trabalho, que vem ganhando dimensões remotas ao longo dos últimos anos. E são justamente estas características que foram investigadas pelo Consumer Lab da Ericsson para a pesquisa “Flexibilidade na Vida Profissional”, que contou com a participação de 47,1 mil pessoas entre 15 e 69 anos de 23 países. Veja dados da pesquisa:

Remoto e flexível: Para 32% dos entrevistados de todo o mundo, o trabalho remoto é importante. Para 43% o horário flexível é importante.
No Brasil, 40% acreditam na importância do trabalho flexível e metade dos participantes da pesquisa também destacam a relevância do horário flexível.

O fato de a flexibilidade ainda não ser uma cultura local – embora venha ganhando mais força – pode justificar, segundo André Gualda, especialista do ConsumerLab da Ericsson, o percentual maior nas respostas dos brasileiros, em relação ao tema da flexibilidade.

Expediente pelo celular: Metade dos entrevistados usa o celular pessoal para trabalhar. Metade dos entrevistados usa o celular pessoal para trabalhar. No Brasil, o índice sobe para 57%. De acordo com André Gualda, a pesquisa mostra que nos países em que o uso do celular para trabalho é mais frequente a percepção da importância desta prática é menor do que nos países em que isso ainda não acontece em larga escala.

“Por ser rotina, as pessoas não têm essa percepção de importância”, diz o especialista da Ericsson.

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Junto e misturado: “As restrições para fazer atividades profissionais fora do ambiente do trabalho estão acabando”, diz André Gualda. A pesquisa indica que trabalhar em casa é algo comum entre os entrevistados: 22% declaram trabalhar em casa durante a noite, 13% dizem que trabalham em casa durante a tarde, 12% durante a manhã e 8% trabalham durante deslocamentos ou viagens. O computador pessoal é usado para trabalhar, segundo 33% dos participantes.

No Brasil, 30% disseram acessar redes sociais pra trabalhar e 15% fazem comprar online enquanto estão no escritório. “Tem os dois lados, as pessoas conseguem fazer atividades profissionais em casa e atividades pessoais no trabalho”, diz Gualda.

Na opinião dele, essa linha nebulosa entre atividades pessoais e profissionais é, justamente, o que acontece na empresa dos sonhos, sobretudo, segundo a Geração Y: o Google.

“Considerado o lugar de trabalho perfeito, no Google não há divisão entre o que é pessoal e o que é profissional, fazendo com que as pessoas fiquem mais horas no ambiente”, diz Gualda.

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com

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