Liderança

Lições de carreira das 6 pessoas mais admiradas do mundo em 2019 segundo ranking

No fim de julho, a organização internacional de pesquisa de mercado YouGov divulgou seu ranking anual com as personalidades mais admiradas do mundo. Para chegar ao resultado, 42 mil pessoas de 41 países foram entrevistadas com o questionamento: “Levando em consideração pessoas vivas, qual homem ou mulher você mais admira?”.

O resultado foi o primeiro lugar para a ex-primeira dama norte-americana Michelle Obama, entre as mulheres. Em seguida, respectivamente, aparecem a apresentadora Oprah Winfrey, a atriz e ativista Angelina Jolie, a rainha britânica Elizabeth II e a atriz e ativista Emma Watson.

No ranking masculino, o fundador da Microsoft Bill Gates aparece em primeiro, posição que ocupa desde da primeira edição da pesquisa. Na segunda colocação, aparece o ex-presidente norte-americano Barack Obama, seguido do ator chinês Jackie Chan. Em quarto e quinto lugar, respectivamente, estão o presidente da China Xí Jìnpíng e o empresário e filantropo chinês Jack Ma.

Levando em consideração apenas os votos dos brasileiros, as personalidades mais admiradas mudam um pouco. Entre os homens, estão Barack Obama, Silvio Santos, Sergio Moro, Dalai Lama e Bill Gates. Já entre as mulheres, a admiração vai para Michelle Obama, Angelina Jolie, Fernanda Montenegro, Malala Yousafzai e Ivete Sangalo.

Leia também: O que é liderança e por que ela é tão importante para uma carreira de sucesso?

Mas o quê fez com que essas dez pessoas fossem consideradas as mais admiradas do mundo? Uma característica que todos têm em comum é o fato de serem líderes em suas áreas de atuação. Como pessoas de destaque, cada um tem importantes lições de carreira que podem inspirar quem quer se destacar no mercado. Por isso, o Na Prática separou superações e inspirações da trajetória dos seis primeiros colocados. Confira:

O que as 6 pessoas mais admiradas do mundo têm a ensinar sobre carreira

Michelle Obama

Durante a campanha eleitoral de Donald Trump à presidência, em 2016, Michelle Obama fez um discurso criticando o que definiu como “a forma odiosa e repressora” que o candidato falava sobre mulheres.

“Estou aqui, na campanha eleitoral, ouvindo mensagens de ódio sobre mulheres. Isso traz um sentimento de medo e violação que mulheres demais já sentiram quando alguém as agarrou ou assediou. Achávamos que era coisa do passado, mas aqui estamos nós mais uma vez ouvindo o mesmo discurso. E nós mulheres estamos fazendo o que sempre fizemos: tentando sobreviver e fingir que não nos incomoda. Mas quero deixar claro que isso não é normal. Não importa qual seja seu partido, nenhuma mulher merece ser tratada desse jeito. Homens fortes não precisam diminuir mulheres para se sentir poderosos. Se deixarmos Trump vencer, estamos passando a mensagem que esse tipo de comportamento é aceitável. Mas podemos dizer que basta e que esse tipo de atitude não será tolerada. Podemos mostrar às nossas crianças que rejeitamos o medo e o ódio”, discursou. 

A fala de Michelle mostra bem que ela jamais deixou de defender os valores que acreditava e nem teve medo de repreender quem tomava atitudes contrárias ao que ela julgava correto. Contudo, a ex-primeira dama nunca atacou verbalmente a quem se opunha, mas defendia seu ponto de vista de forma não violenta.

Bill Gates

“Sucesso é um péssimo professor. Ele seduz pessoas inteligentes a pensarem que eles não podem perder”, defende o bilionário Bill Gates. E apesar de ser considerado um homem bem-sucedido, Gates já cometeu diversos erros durante sua carreira. Antes de criar a Microsoft, ele investiu em uma empresa fornecedora de dados sobre rodovias a engenheiros de trânsito de municípios. Contudo, o projeto tinha um péssimo modelo de negócios e gerou um prejuízo de US$ 3,4 mil aos sócios.

Durante sua presidência na Microsoft, ele também admitiu ser o culpado pela empresa não se tornar uma potência no setor de smartphones, por uma “falha de administração” de sua parte, o que possivelmente gerou uma perda de US$ 50 milhões à companhia. Contudo, Gates sempre foi capaz de aprender com suas falhas e até virou defensor com a célebre frase: “É bom comemorar o sucesso, mas é mais importante prestar atenção às lições do fracasso”.

Oprah Winfrey

Empresária de sucesso com patrimônio líquido de US$ 3 bilhões, Oprah Winfrey não teve uma vida fácil. Durante a infância pobre, foi abusada sexualmente pelo tio e primos, chegando a fugir de casa aos 13 anos. Aos 14, engravidou mas perdeu o bebê logo após o parto. Depois do trauma, ela deixou a atitude de adolescente problemática (como a própria define) e começou a focar nos estudos. Seu bom rendimento a rendeu uma bolsa de estudos na faculdade, onde cursou comunicação. Depois de se formar criou o talk show The Oprah Winfrey Show que viria a ser um sucesso de audiência e ficar 25 anos no ar.

Somente aos 34 anos, a apresentadora viria a falar sobre o abuso que sofreu na infância durante entrevista. A atitude inspirou outras mulheres a se abrirem e seu programa começou a trabalhar o assunto, com segmentos em que vitimas contavam suas histórias. Oprah demonstrou como não se deixar afetar pelas coisas ruins do passado, transformá-las em algo positivo e como é possível ajudar pessoas que passaram pela mesma situação.

Barack Obama

Chegar a presidência dos Estados Unidos já é um grande feito. Como homem negro, Barack Obama abriu um precedente inexistente no governo norte-americano. Como líder, ele mostrou o poder da comunicação para conquistar a simpatia do público em discursos e declarações assertivos, claros e alinhados com seus valores. Seu poder de oratória é reconhecido mundialmente e inspira grandes líderes.

Tanto na entrada como na saída do governo, Obama inspirou com suas palavras e poder de empatia. Ao assumir a presidência, proferiu a frase “Yes, We Can” (Sim, nós podemos) que se mostrou um símbolo de que as minorias poderiam ter mais voz em sua administração, dirigindo a população a um ideal comum. Ao deixar a posição, continuou com o discurso otimista, que inspirou milhões de seguidores, mantendo-se alinhado aos valores defendidos no começo da carreira como presidente com o “Yes, We Can”.

Angelina Jolie

Ativista humanitária, Angelina Jolie é ótimo exemplo de como usar a popularidade e visibilidade para apoiar causas de impacto social e projetar uma imagem positiva. Durante sua vida, fez diversas missões à zonas de conflito e doações para causas diversas. Sua filantropia a ajudou a reverter a imagem de criança rebelde e com gostos particulares que tinha diante o público. Sua atuação em agências internacionais a ajudou a se tornar uma das personalidades mais influentes do mundo, chegando a ser eleita a celebridade mais poderosa do mundo pela Forbes em 2009.

“Não podemos nos fechar à informação e ignorar o fato de que milhões de pessoas estão sofrendo por aí. Eu honestamente quero ajudar. Eu não acredito que eu sinto diferentemente de outras pessoas. Eu acho que todos nós queremos justiça e igualdade, uma chance para uma vida com significado. Todos nós gostaríamos de acreditar que se estivéssemos em uma situação ruim, alguém nos ajudaria”, discursou quando se tornou embaixadora da agência da ONU para refugiados, em 2001, após testemunhar os efeitos da crise humanitária enquanto gravava o filme Lara Croft. Esse foi o começo de sua vida filantrópica.

Jackie Chan

Um dos maiores astros de filmes de ação e luta, Jackie Chan passou por uma infância conturbada. Sua família era extremamente pobre e tentou vendê-lo a um casal britânico ainda bebê. Quando ainda era pequeno, seus pais fugiram para a Austrália, em busca de melhores condições de vida. Órfão, ele foi viver em um rigoroso internato onde aprendeu arte marciais e acrobacias e começou a se destacar. Aos oito anos, conseguiu um papel em um filme ao lado de Bruce Lee e começou a crescer no cinema, até se tornar um sucesso mundial.

Se não fossem as adversidades na vida do ator, talvez ele não teria descoberto seu talento em lutas e não teria tido a chance de participar de um filme e posteriormente se tornar um astro do cinema. Assim como Oprah, Jackie Chan ressignificou os traumas da infância e conseguiu construir um carreira de sucesso a partir de sua resiliência.

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