lições sobre gestão de pessoas

São tantos os desafios na atividade de empreender que contar com a sabedoria dos que já passaram pelos obstáculos típicos pode ser uma boa ideia. Seja se inspirando na trajetória, ou até passando por um treinamento estruturaso. A Endeavor, por exemplo, mantém um programa de mentorias: o “Scale Up”, que tem exatamente o objetivo de conectar e transmitir conhecimento entre empreendedores – menos e mais experientes.

Em uma das sessões recentes, o sócio-diretor da Stone, Bernardo Carneiro, e o fundador da Stone e Arpex Capital, André Street, falaram sobre o desafio encontrar profissionais, montar um time coeso, avaliar o desempenho e até tomar decisões como líder. 

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Lições sobre gestão de pessoas e empreendedorismo

#1 Não pense em reter talentos, mas sim “encantar”

Quando se fala em atrair profissionais, André considera negativa a palavra “retenção”, na sua essência, por acreditar que uma empresa não deve tentar “reter” as pessoas, mas sim “encantá-las” todos os dias. Para isso, ela deve prover desafios que as deixem estimuladas, uma boa remuneração, um time formado por pessoas boas para se inspirarem, um sistema de avaliação justo, que busque tirá-las da zona de conforto e construir o próximo passo na carreira.

Além disso, segundo ele, é benéfico ter um programa de sociedade que enriqueça os que gerem valor. Tudo isso associado a um propósito “instigador” deve ser o bastante para que os profissionais se encantem e mantenham o interesse em sua função na companhia.

#2 Equilibre o time entre experientes e novos talentos

Em relação ao conflito: desenvolver novos talentos ou trazer pessoas experientes, o fundador da Arpex afirmou que o ideal é ter um mix entre ambos os perfis, com maior peso para o desenvolvimento interno.

No entanto, ao trazer gente de fora, é necessário ter atenção ao alinhamento cultural (e principalmente a motivação das pessoas). Ainda é fundamental adicionar, de tempos em tempos, pessoas com conhecimento específico, que decidam trabalhar na empresa pelas razões certas e naturalmente se enquadrem minimamente no seu padrão cultural.

O processo de imergir alguém na cultura do negócio não é tão difícil quanto parece, mas requer trabalho do líder e disciplina, explica André. Para ele, facilita quando se pode contar com o próprio time para tornar estas pessoas insiders na cultura.

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#3 Avalie o desempenho constantemente (e até publicamente)

Na Stone, o empreendedor utiliza o modelo de avaliação de desempenho desenvolvido por Jack Welch, antigo CEO da GE (e destrinchado no livro “Paixão por Vencer, o qual André recomenda).

O método é baseado em segmentar os profissionais por entrega e mérito e divulgar publicamente sua performance. Assim, o fundador da Arpex acredita que se exercite a humildade, além de mostrar de forma clara como a empresa está vendo o trabalho das pessoas e dar chance de melhorar e trocar experiências com quem performou excepcionalmente.

“Demitir o ego todos os dias é fundamental para liderar pessoas, e é especialmente importante para os profissionais mais experientes.”

Apesar de defender um sistema e um processo formal de feedback algumas vezes ao ano, ele destaca a importância do feedback diário e constante como uma prática que busque melhorar a vida de quem o recebe.

#4 Tome decisões – sempre – eticamente

Para ele, antes de mais nada, o empreendedor deve manter-se “imaculado” eticamente. Ou seja: não pegar atalhos de qualquer gênero (ou dar um “jeitinho”).

“Líder tem que ser exemplo de ética e correção e sua maior missão é dar ao time o melhor o ambiente para atingir seus objetivos. Líder inspira, pega no pé dos bons e reforça o propósito o tempo todo. Os bons líderes que conheço são humildes de verdade, buscam conhecimento e adoram passá-lo adiante. São admiráveis e corretos e cumprem a palavra sempre.”

Um framework básico para decisões difíceis, segundo o empreendedor:

  1. Saiba o que é certo e errado;
  2. Analise friamente os fatos e
  3. Pergunte-se como o fato vai ser percebido por terceiros.

Em suma, não vá contra seus princípios, não deixe se levar pela emoção ou subjetividade nos negócios e “não faça nada que não possa contar aos outros ou ler no jornal no dia seguinte”.

 

Confira todas as dicas e lições da mentoria de André Street na matéria original, no blog da Stone.

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