vulnerabilidade

Em uma das cinco TED Talks mais vistas no mundo inteiro, a doutora Brené Brown explica o poder de ser e de se mostrar vulnerável. Trazendo resultados de sua pesquisa de anos – a especialista estuda vulnerabilidade, coragem, autenticidade e vergonha – na “The Power of Vulnerability”, ela explica como abraçar essa faceta provocou inúmeros benefícios em sua vida.

“Vulnerabilidade é basicamente incerteza, risco e exposição emocional”, detalha a professora pesquisadora da Graduate College of Social Work da Universidade de Houston. Assim como a maioria das pessoas nos tempos atuais, ela foi criada em um contexto que, a favor da execução, incentiva uma atitude de reprimir emoções e sentimentos. Seja ao não mostrá-los nunca ou não refletir sobre eles.

A realidade, no entanto, é que, embora desencorajada, a vulnerabilidade está estritamente ligada ao autoconhecimento e à inteligência emocional, fatores primordiais para diversas esferas da vida humana, como relacionamentos e carreira.

 

O que vulnerabilidade tem a ver com autoconhecimento

Para que o processo de autoconhecimento seja eficiente, é preciso que seja profundo. Assim, inevitavelmente, o levará para fora da sua zona de conforto, o que requer coragem para encarar pontos negativos, como erros e fracassos.

De acordo com Brown, os principais aprendizados oriundos do esforço de se autoconhecer só são devidamente absorvidos quando se aceita sentir e falar sobre dor, vergonha, medo, etc. Ou seja, quando se é vulnerável.

Autoconhecimento e carreira

Vulnerabilidade está conectada ao autoconhecimento e esse, por sua vez, tem tudo a ver com o crescimento também profissional. Ao investir em autoconhecimento, você entende melhor quem é, o que quer e consegue traçar melhor a forma com que vai chegar lá. Em nível micro e macro, consegue tomar decisões mais alinhadas com propósito e valores.

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O que vulnerabilidade tem a ver com inteligência emocional

“O mais difícil é que a vulnerabilidade é a primeira coisa que procuro em você e a última coisa que quero mostrar. Em você, é coragem e ousadia. Em mim, é fraqueza.” – Brené Brown

A empatia – capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros – é um dos principais componentes da inteligência emocional, que é, basicamente, a habilidade de perceber e lidar com as emoções (suas e dos outros). É ela uma das grandes responsáveis pela possibilidade de conexão significativa entre as pessoas.

Pense em como é muito mais difícil se conectar com pessoas que não transparecem nenhuma emoção ou fracasso; mostrar-se perfeito também é mostrar-se inatingível. Relacionamentos profundos, honestos e bem construídos, requerem vulnerabilidade de ambas as partes.

Inteligência emocional e carreira

Em muitos níveis, a inteligência emocional se relaciona à sucesso profissional – e isso já foi comprovado em diversos estudos científicos ao longo do tempo. Por exemplo, está ligada à resiliência ao enfrentar obstáculos, relacionamentos mais saudáveis com funcionários e clientes.

Também tem relação com a efetividade de um líder, capacidade de trabalho em equipe e até à performance do grupo. Não é à toa que a habilidade de inteligência emocional é tão valorizada nos profissionais hoje.

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Primeiros passos para abraçar a vulnerabilidade

Como somos programados a, pelo contrário, negar qualquer vulnerabilidade, o processo de aceitá-la não é fácil.

“Acho que a primeira coisa que temos que fazer é descobrir o que está nos mantendo fora da arena. Qual é o medo? Onde e por que queremos ser mais corajosos? Então, temos que descobrir como estamos nos protegendo da vulnerabilidade. Qual é a nossa armadura? Perfeccionismo? Intelectualização? Cinismo? Entorpecimento? Controle?”, destaca Brown. “Foi aí que eu comecei. Não é uma caminhada fácil para essa arena, mas é onde nos tornamos vivos.”

A dica, então, é não reprimir emoções, mas criar consciência do que está sentindo e investigar (ou confrontar) o que elas podem significar. A especialista recomenda fazer perguntas frequentes a si mesmo sobre pensamentos e sentimentos.

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Um outro ponto muito ligado à tendência a não sermos vulneráveis – e que precisa ser trabalhado – é o medo da reação dos outros e das críticas. Sempre haverá essa possibilidade, então a melhor forma de agir é ser indiferente à ela, fazendo o que precisa e mostrando o que for adequado.

Quanto mais desenvolver o desprendimento em relação às forças negativas, como o medo, mais flexibilizará sua capacidade de coragem e aumentará sua resiliência.

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