Tecnologia

“O futuro da transformação digital não é robótico, mas humano”, afirma Nadia Leão do Grupo Boticário

“O futuro da transformação digital não é robótico, mas humano”, afirma Nadia Leão. A especialista em transformação digital do Grupo Boticário participou do Brazil Tech Trends, evento promovido pela Fundação Estudar, e abordou a temática – que tem ganhado destaque sobretudo com a pandemia.

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De acordo com a especialista, embora não seja possível fazer previsões precisas sobre o futuro, aquele temor de que as máquinas dominarão o mundo – principalmente o corporativo – não condiz com a realidade. Afinal, elas serão (e já têm sido) empregadas justamente para facilitar algum processo humano.

“Quando falamos de transformação digital, estamos falando de pessoas, processos e tecnologia. No final do dia, o que realmente importa é ter produtos que solucionem a vida das pessoas – sejam clientes ou colaboradores. Processos que não fazem mais sentido serem manuais, ao serem substituídos por tecnologias que agreguem valor, já é uma transformação digital”, afirma.

Leia também: Entenda o que é transformação digital e seus impactos no mercado pós-pandemia

Nadia destaca que, via de regra, as soluções tecnológicas que sobrevivem são aquelas que têm aplicabilidade no dia a dia e, ainda, tornem um processo mais fluído. “Por trás de toda grande ideia deve haver um grande problema a ser solucionado, caso contrário é apenas entusiasmo. Quando uma tecnologia não é capaz de solucionar um problema (ou facilitar algum processo), as pessoas não veem valor e ela rapidamente cai em desuso.”

Pandemia e a aceleração da transformação digital

A pandemia tem transformado a realidade de todo o planeta e um dos impactos mais acentuados está na transformação digital. Com a necessidade do distanciamento social, a tecnologia, mais uma vez, encontrou diversas soluções. Apesar disso, a especialista pontua que o momento atual apenas acelerou esse processo – sobretudo de tecnologias já existentes, porém que não eram adotadas em sua plenitude.

“Varejistas, mesmo os mais resistentes, quando precisaram fechar as portas, passaram a buscar por recursos digitais que já existiam. Aplicativos de delivery, como Ifood e Rappi, por exemplo, são plataformas onde os clientes desejam resolver um problema e lá são conectados aos vendedores, que justamente podem solucionar a demanda”, pontua Nadia.

Outras tecnologias já existentes, mas reforçadas durante a pandemia, estão as lojas online e a necessidade de meios de pagamento digitais. “O PIX não foi pensado e criado somente agora, mas foi uma solução acelerada pelo Banco Central devido ao momento. Por resolver uma demanda [pagamento instantâneo] e ter aplicabilidade prática, foi bem recebida pelos consumidores.”

A jornada do usuário

Por isso, quando se trata do assunto, Nadia reforça que a fórmula não é complexa. É necessário olhar para a jornada do consumidor (que neste caso é da tecnologia): entender quais são as suas dores e como tornar jornadas e processos mais fluidos. Mas como nem sempre é possível acertar de primeira, a experimentação é a chave.

“Aos que estão experienciando a área, uma dica importante é sempre testar. Hoje é possível realizar testes de produtos com um custo baixo e fazer adaptações necessárias. Assim, é possível torná-lo uma solução que de fato será empregada na vida das pessoas”, finaliza.

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