colocando dardo em alvo

As instituições e os líderes têm levados as pessoas aos objetivos errados, segundo o venture capitalist John Doerr. Entre as pessoas mais ricas dos Estados Unidos e investidor de grandes companhias, como Amazon e Twitter, Doerr explica em seu TED Talk que seguir algumas premissas ao definir as metas é o segredo para o sucesso em relação a elas. Para isso, defende o método conhecido como OKR, (Objectives and Key Results, em português “Objetivos e Resultados Chave”).

“Muitos de nós estão definindo objetivos errados, e muitos não estão definindo objetivos”, diz ele. São nesses dois pontos que o OKR ajuda: facilita e orienta as metas. Assim como Intel e Google, que há anos utilizam a técnica, outras organizações podem se beneficiar. Mas não são só elas, já que serve também para times e indivíduos.

Fundamentos do OKR

Doerr se autodenomina um disseminador do “Objetivos e Resultados Chave”, que é, basicamente, um sistema para definir objetivos. “Times verdadeiramente transformadores combinam suas ambições a sua paixão e aos seus valores e sabem bem o por quê”, destaca ele sobre o OKR.

Seu primeiro contato com a ideia se deu em 1975, quando trabalhou com o criador, Andy Grove. Grove foi um dos primeiros empregados da Intel, e chegou até o cargo de presidente, tendo um papel importante no crescimento da empresa de tecnologia.

O nome do sistema de Grove é descritivo do que a técnica pressupõe como passos importantes. Primeiro, ter um objetivo. Em segundo lugar, definir os resultados que serão necessários para alcançá-lo.

OKR
Diagrama dos principais aspectos do sistema OKR / Reprodução Labiotech.eu

 

Outros pontos são relevantes para definir com sucesso objetivos de acordo com o OKR, ter um alvo, que é o ponto a “atacar” para atingir os resultados chave. Além disso, ter foco na hora de mensurar com métricas relevantes e fazer isso a cada trimestre (em inglês, quarter) é o indicado.

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Objetivo

No sistema OKR, o objetivo – ou o “por quê?” – deve ser:

  • significativos;
  • concretos;
  • orientados para a ação e
  • inspiradores.

Duas histórias contadas por Doerr ilustram essa etapa.

“Por quê?”

Jini Kim é a protagonista da primeira. Ela criou a companhia de dados Nuna, que é voltado para o setor de saúde e presta serviço para o sistema público dos Estados Unidos.

Seu irmão é autista e sua atenção para a saúde a acompanha desde a infância, quando ela teve de guiar seus pais, imigrantes vindos da Coréia, pelo Medicaid (sistema público de saúde dos EUA) para que seu irmão tivesse a assistência que precisava.

“O que?”

O “o que” o palestrante ilustrou com a trajetória do cantor Bono, que é vocalista do U2. Por meio de sua organização, ele busca causar impacto com dois objetivos principais. alívio de dívidas para as nações mais pobres do mundo e acesso universal a remédios anti-HIV.

“Por que são bons objetivos? Por que são significativos, concretos, orientados para a ação e inspiracionais”, relembra o TED speaker. “Se o coração não encontrar uma rima perfeita com a cabeça, então sua paixão não significa nada”, afirma Bono.

Resultados chave

Da mesma forma, os resultados chave no OKR devem ser:

  • específicos;
  • limitados no tempo;
  • agressivos;
  • (porém) realistas;
  • mensuráveis e
  • verificáveis.

Aqui, uma história profissional é a escola de Doerr. Em 1999, ele introduziu aos cofundadores do Google o sistema OKR. Desde então, a cada trimestre, todos os googlers (como são chamados os colaboradores) escrevem seus objetivos e resultados chave. A prática não é utilizada para bônus e promoções, mas sim para que definam seus propósitos maiores – e para “obter compromisso coletivo”.

Em 2008, Sundar Pichai era um googler e em seu OKR definiu que construir o melhor browser de internet seria seu objetivo e, por isso, criou o Chrome. A métrica utilizada por ele seria o número de usuários da plataforma. Durante três anos ele mediu seu sucesso com base no mesmo indicador, apenas aumentando seu alvo. Primeiro sua meta era obter 20 milhões de usuários, depois 50 milhões e, por fim, 100 milhões. O único ano em que bateu a meta (e, de quebra, ultrapassou-na), foi o último da medição.

“Gosto dessa história não tanto pelo final feliz, mas porque mostra os resultados certos e o que é ter foco neles, ano após ano após ano”, diz o investidor palestrante.

O poder do sistema OKR

De acordo com o TED speaker, o método OKR não substitui o papel de uma cultura forte ou uma liderança, porém ajuda a direcionar esforços, definir e disseminar o propósito de uma organização, benefício que se estende a qualquer pessoa (ou time) que decida aplicá-lo.

Para ele, empreendimentos, escolas, governo e família são âmbitos que poderiam contar com a estruturação de objetivos fomentada pelo sistema. Por isso, indica que a audiência tome um tempo para escrever valores, objetivos e resultados chave. “OKRs são recipientes transparentes feitos a partir do ‘que’ e dos ‘como’ de nossas ambições”, resume ele.

infográfico com as informações da matéria
Infográfico desenvolvido pela Empreenda Brasil. Para acessar o conteúdo completo, clique aqui.

 

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