Mãos seguram globo terrestre

Primeira e principal gestora de investimentos de impacto social do Brasil, a Vox Capital foi fundada em 2009. Com foco em resolver problemas sociais, a empresa busca negócios que melhores ou ampliem a prestação de serviços nos setores de saúde, educação e serviços financeiros.

Há cinco anos entre os 50 principais investidores de impacto do mundo segundo o Impact Assets, a Vox atualmente tem outros R$ 30 milhões para investir.

Onze empresas já receberam seu aporte financeiro. Uma delas é a Avanteuma startup de microcrédito que atua no nordeste brasileiro, em regiões  brasileiras de baixa renda atualmente avaliada em  mais de R$ 200 milhões.

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“Nossa filosofia de investimento é apoiar o  empreendedor a melhorar significativamente a vida  das pessoas. Empreender no Brasil é uma das coisas mais difíceis do mundo, então é essencial que ele esteja alinhado com o impacto.”, diz Gabriela Chagas,  que trabalha no fundo há dois anos e meio.

A equipe conversa com cerca de 500 empreendedores por ano, o que é apenas uma parcela dos que entram em contato – mas nem todo mundo atenta ao fato de que é um fundo de investimentos de impacto.

“Buscamos empreendedores quem vão mudar radicalmente a realidade brasileira e que, assim como nós, desejam ser agentes de transformação social positiva”, resume.

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[Gabriela Chagas, do Vox Capital / Foto: Divulgação]

O que o Vox Capital busca em empreendedores

Como é o processo de prospecção de investimentos?

GC: Vejo os e-mails do prospeccao@voxcapital. com.br – a caixa de entrada mais ativa da Vox –, mas as indicações de parceiros são as que mais convertem. Também frequento eventos e faço buscas ativas no Google, que convertem pouco, pela dificuldade de conseguir contato.

Acredito que trabalho de prospecção de investimentos é um trabalho prospecção de sócios e, portanto, tem um lado importante de tomar um café e conversar durante um evento. Antes de analisar o negócio, temos que analisar o empreendedor.

O que avaliam em uma startup?

GC: Fazemos análise de mercado para ver se é suficientemente grande, qual é o ticket médio que os clientes têm que pagar e quem são os concorrentes. Também fazemos uma análise de gestão de pessoas para entender o perfil de cada um, modelagem financeira e outra de impacto. É um material grande e que devolvemos para a startup, independente da decisão de investir ou não, que nos ajuda a entender os setores.

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A Vox Capital tem um perfil de empreendedor em mente?

GC: Varia bastante, mas uma coisa que não flexibilizamos é que ele seja muito orientado a impacto. É essencial que seja alguém que entende profundamente a dor de seu cliente e que vai pensar em todas formas de melhorar a vida dessas pessoas através do seu modelo de negócios.

Acredita que fintechs estejam vivendo um boom no Brasil?

GC: A barreira regulatória dá um certo medo, mas quando você é o primeiro dá muito mais. Muitas novas fintechs estão surgindo, porque hoje o mercado já tem track record, então desenvolveu mais confiança que são modelos de negócio viáveis. Ainda assim, a experiência da Avante nos demonstrou que é um setor que exige bastante capital, então é necessário que o boom de empresas esteja alinhado com um crescimento no pool de capital.

Que mudanças viu acontecer no ecossistema de startups brasileiro?

GC: É um universo pequeno e todo mundo se conhece, mas tem mais gente de fora surgindo, incluindo grandes empresas que não pensavam em startups no passado. Também vejo muita gente do mercado tradicional empreendendo. Com a crise, há muita gente boa por aí com tempo e vontade de empreender, o que para nós tem sido um grande ganho.

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Em que nichos fintechs têm mais chance para atuar no Brasil?

GC: Muitos brasileiros não têm conta bancária, a quase todas as agências bancárias ficam no Sudeste e metade das famílias brasileiras estão endividadas. Alguns nem conseguem emprego porque têm nome sujo. A oportunidade real é quando você entende que precisa empreender para resolver uma dor real da população brasileira.

O que um empreendedor deve saber sobre como um investidor pensa?

GC: Que é ele que está na posição de poder numa reunião, não eu. É ele que está abrindo mão de participação acionária no negócio para que um investidor entre. Então é preciso ter certeza que há sinergia entre as duas partes e que o investidor vai lhe agregar valor.

É bom saber o que outras investidas acharam depois de cinco anos com eles ou como esse fundo trabalha, por exemplo. Um bom empreendedor escolhe o investidor que quiser e falo isso com a maior tranquilidade.

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