O trabalho de um profissional de ‘sales’ em um banco de investimentos

Há nove anos no mercado financeiro, o administrador graduado pela PUC-Rio Claudio Franco Neto nem sempre soube com o que gostaria de trabalhar. Só depois de fazer um estágio na Coca-Cola e um passar um tempo estudando no exterior, ele conheceu melhor o mercado financeiro e se identificou muito com o estilo de trabalho em bancos multinacionais.

Hoje, como profissional de sales do Bank of America Merrill Lynch, sua função é ajudar as empresas clientes a investir na Bolsa de Valores, sempre com ética e transparência. “O mercado de ações é muito dinâmico. Então, é preciso manter um contato próximo com o cliente, a fim de contextualizá-lo sobre cada novo cenário macroeconômico de maneira rápida e profunda. Alinhar expectativas em relação aos resultados é essencial”, afirma.

Claudio conta que seu dia no banco começa bem cedo. “Preciso me atualizar de todas notícias do Brasil e do mundo para ajudar nossos clientes de forma efetiva. Afinal, eles esperam que eu traga sempre boas ideias”, diz. “Até no fim de semana tenho que ler todos os jornais, não fico um só dia sem estudar. Posso dizer que o maior volume de trabalho em sales acontece fora do escritório”, acrescenta, demonstrando o prazer de quem realmente gosta do que faz.

Outro importante recurso para seu trabalho, destaca Claudio, é saber aproveitar a inteligência e a capacidade do seu time. “Conhecimento compartilhado e trabalho em equipe são fundamentais para que a gente possa tomar as melhores decisões”, diz. “É importante puxar o grupo junto com você quando está fazendo algo legal, inclusive compartilhar aprendizados sobre processos que estão dando certo”, acrescenta.

Ele descreve o estilo de trabalho no Merrill Lynch como pouco hierárquico. “Na área onde trabalho não temos paredes, sentamos todos próximos. A estrutura é horizontal, o que é muito legal.” Além disso, Claudio destaca a importância de ter a ética como principal valor e estar disposto a “vestir a camisa da empresa”. “Somos representantes da organização mesmo quando estamos fora do escritório”, aponta.

Claudio Franco Neto [foto: Cecília Araújo]

Preparação para o mercado

Segundo Claudio, os jovens que começam sua vida profissional no mercado financeiro chegam cada vez mais preparados. Além de ter inglês fluente – algo fundamental para essa área de atuação –, muitos já buscam qualificação em valuation para se destacar entre outros candidatos.

Ofertado por diversas instituições de ensino, o curso Valuation: avaliação de empresas, fusões, aquisições e ações tem como objetivo formar o profissional desde as etapas de negociação até a tomada de decisão em relação a ações no mercado brasileiro. Já a certificação CPA 20 tornou-se necessária para quem quer trabalhar em bancos.

Um conselho a quem participa de um processo seletivo para entrar no mercado financeiro é saber dizer de maneira estruturada, com bons argumentos, por que quer trabalhar no setor. No caso de Claudio, por exemplo, um motivador para ele ter escolhido o mercado financeiro para atuar é seu poder de fomentar outras indústrias. “Ajudar uma empresa a levantar dinheiro para investir é muito gratificante”, diz.

“O que mais gosto no mercado financeiro é que é um setor muito dinâmico. Há um leque de possibilidades de atuação, e é possível se movimentar com facilidade entre as áreas”, conta. Mesmo assim, se diz muito satisfeito com sua posição atual. “Ter que me atualizar sobre o mercado é o que me faz acordar feliz às 6h todos os dias. O frio na barriga que eu sentia surfando quando era moleque tenho hoje no dia a dia de trabalho”, conclui.

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