Mercado

Como o mercado financeiro está se aproximando dos profissionais de tecnologia?

Quando a Empiricus foi criada, 12 anos atrás, o objetivo de seus fundadores era levar conteúdo sobre finanças a um mundo inexplorado de pessoas comuns que pretendiam investir melhor ou que, às vezes, nem sabiam que podiam investir.

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O cenário, sem dúvidas, era adverso. Naquele momento, poucas pessoas investiam no Brasil, havia pouca educação sobre finanças nas escolas e no ensino superior e as tecnologias eram ainda escassas no mercado.

“Os investimentos eram restritos, tínhamos menos plataformas e os processos eram muito sisudos, focados na figura de um gerente de banco, e as pessoas mal podiam questionar porque a educação financeira ainda era rasa”, conta Vinícius Bazan, diretor de produtos da Empiricus. “Existia uma crença de que era preciso ter um investidor cuidando das suas finanças e procurando tudo no mercado por você.”

Ao longo dos anos, porém, tudo mudou. Só em 2020, por exemplo, 2 milhões de novos investidores entraram para a bolsa de valores do Brasil, e a própria Empiricus, nos últimos tempos, resolveu criar a sua própria plataforma de investimentos.

“Nós passamos pela transformação de criar um grupo de empresas que fecham esse ecossistema e temos produtos hoje para toda a jornada do investidor”, relata o gestor.

O Na Prática conversou com Vinícius, que é responsável por criar experiências de investimento mais simples, para entender como a tecnologia está demandando novos profissionais no mercado de finanças. O resultado desse bate papo você confere a partir daqui.

Leia também: As transformações que estão por vir no mercado financeiro brasileiro

Afinal, como é ter uma carreira no mercado de finanças?

Na visão de Vinícius, existem dois caminhos amplos para se trabalhar com finanças no Brasil hoje – cada qual com suas especificidades e modelos.

Um deles, o mais tradicional,  está concentrado em antigas corporações, como os bancos, que ainda concentram uma grande massa de profissionais. Já o outro, de fintechs e startups, abre um leque maior de possibilidades, uma vez que os serviços e produtos financeiros se diluem entre as novas iniciativas.

“Hoje você tem uma série de startups que, de forma subjacente, trabalham com finanças, mas que não necessariamente tem uma proposta de banco ou de conta digital”, explica.

Nesse universo, portanto, empresas de seguros, bancos digitais, credoras, corretoras e mesmo empresas editoriais, como a Empiricus, fazem parte de um mundo maior, o das fintechs.

“Todas essas startups de tecnologia que cresceram na última década, elas invariavelmente trouxeram alguma frente de finanças dentro dos seus processos”, destaca o gestor ao dizer que o mercado vai além das empresas diretamente ligadas ao ramo financeiro.

Profissionais de tecnologia mais importantes do que nunca

Quando o assunto são profissionais de tecnologia, Vinícius assume que o momento nunca foi tão ideal para a contratação desses perfis.

“Houve um movimento de migração para o mundo digital na última década. Se você olhar o que era a própria bolsa há alguns anos e comparar com o que ela é hoje, ela é muito mais user friendly, muito mais mobile. Nós saímos do formato desktop para fazer negociações pelo celular”

Nesse cenário, Vinícius aponta que estão em alta profissionais de:

  • desenvolvimento front e back end;
  • infraestrutura;
  • dados;
  • automação;
  • inteligência artificial.

Em geral, as pessoas que se especializam nessas áreas não passam por modelos de estudo tradicionais e muitas vezes ingressam nas empresas antes mesmo de finalizar a graduação.

Ainda assim, áreas de formação comuns são, segundo o diretor da Empiricus, análise de sistemas, ciência de dados e engenharia de software.

“Não considero [o desconhecimento sobre finanças como] uma barreira de entrada e eu não deixo de contratar alguém de tecnologia que não entende de finanças, mas quando você conhece, a chance de você alavancar a sua carreira é muito maior.  Além disso, é preciso estar sempre se atualizando, tanto sobre finanças quanto na área de investimentos”.

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