Analistas do mercado financeiro na mesa de operação, observando painel de bolsas

O mercado financeiro existe para conectar as pessoas que têm dinheiro com as pessoas que precisam de dinheiro. Parece simples, mas a necessidade das pessoas e empresas por esse serviço deu origem a uma indústria gigantesca. Quem faz o trabalho de intermediário são os bancos, e os responsáveis por cuidar da saúde do sistema financeiro são instituições públicas – no Brasil, o Ministério da Fazenda e o Banco Central no Brasil.

O avanço da tecnologia e da internet nas últimas décadas virou muitas indústrias de cabeça para baixo. Não foi diferente com o mercado financeiro. Você sabia que, há apenas 100 anos, o ouro ainda tinha uma função central nessa indústria? E que até a década de 1950 só existia dinheiro de papel no mundo?

Hoje, podemos controlar nossas contas correntes pelo smartphone, o que tem levado os bancos a investir mais em tecnologia e menos na contratação de funcionários para as agências. Além do impacto no mercado de trabalho, a indústria tem sido desafiada a dar respostas cada vez mais complexas, como decidir a validade do bitcoin, primeira moeda virtual que não está ligada a um país e sequer existe em papel.

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No Brasil, um dos principais desafios do mercado financeiro é a bancarização. O que isso significa? Apenas 55% da população têm conta em banco. Estamos bem atrás de Inglaterra, Estados Unidos e Espanha, em que quase todas pessoas são clientes de bancos. Mas nos saímos bem na comparação com países como Índia e México, onde apenas um terço das pessoas são bancarizadas.

Consequência disso é a falta do hábito de poupar. Sete entre dez brasileiros não guardam dinheiro. Isso é ruim não só para a pessoa, que precisa pedir emprestado quando o bolso aperta, mas também para a economia do país. Menos dinheiro nos bancos impacta o sistema como um todo, porque o recurso poderia ser investido de diversas maneiras. Além da tradicional poupança, uma opção de investimento é se tornar sócio de empresas na bolsa de valores – comprando ações. Outra alternativa é investir em fundos que usam os recursos aplicados por pessoas para construir hotéis, shoppings ou moradias. Riqueza gera riqueza.

Para quem se interessa pelo setor, o mercado financeiro é amplo de oportunidades para trabalhar:

Bancos de varejo

Financiam o consumo das pessoas físicas – clientes comuns – e também das pessoas jurídicas – empresas de micro, pequeno e médio porte. Captam depósitos e concedem empréstimos, financiamentos e opções de investimento aos clientes. Entre os maiores no Brasil estão: Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica Federal.

Bancos de investimento

Emprestam dinheiro para empresas. Também assessoram e financiam operações de compra, fusão e reestruturação de companhias. Podem administrar fundos de investimento e auxiliar empresas a abrir capital (negociar ações) na bolsa de valores. Entre os maiores estão: Goldman Sachs, JPMorgan, Credit Suisse, BTG Pactual e Itaú BBA.

Gestoras de recursos

Buscam as melhores oportunidades de investimentos para os seus clientes – sejam eles empresas ou pessoas. Esses investimentos podem ser em ações na bolsa de valores, no setor imobiliário, em infraestrutura, agropecuária etc. Entre as gestoras, existem aquelas especializadas em asset management, por exemplo. Algumas das maiores são: XP Gestão de Recursos, Gávea Investimentos, Itaú Unibanco, Bradesco e BTG Pactual.

Gestoras de fundos “private equity”

Compram fatias de empresas com o dinheiro dos investidores. Ficam de cinco a dez anos como sócias dessas companhias e lucram (ou saem no prejuízo) quando passam o negócio para frente, a partir da abertura de capital na bolsa de valores ou da venda da participação na empresa. O desafio de quem trabalha com isso é entrar na administração da empresa e alavancar seus resultados para obter melhores ganhos ao fim da sociedade. Entre as maiores do Brasil estão: BTG Pactual, GP Investimentos, Carlyle, Gávea Investimentos e Pátria.

Seguradoras

Criam e vendem seguros para empresas e pessoas. Os principais são: seguros de vida, de saúde, de imóveis, empresariais, de automóveis e de transporte de carga. Também podem trabalhar com consórcios de imóveis e automóveis, previdência e planos de capitalização. Entre as maiores empresas do Brasil estão: Bradesco Saúde, Itauseg, Porto Seguro Seguros, Bradesco Seguros e Previdência, e Mapfre Seguros.

Corretoras de valores mobiliários

Captam os recursos dos clientes para aplicar no mercado de ações. A função do corretor é acompanhar o mercado para saber o melhor momento de comprar e vender ações. Algumas das maiores corretoras são: Coinvalores, Ativa, Souza Barros, Concórdia e Fator.

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